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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Lixívia 16

Tabela Anti-Lixívia
Benfica.......... 41 (-5) = 46
Corruptos..... 35 (+2) = 33
Sporting........ 33 (+7) = 26

Voltou a paz e tranquilidade !!! Depois de semanas de turbulência, devido a supostos erros da Taça da Liga, o Campeonato regressou com mais um festival de erros, em beneficio dos clientes habituais: Lagartos e Corruptos!!!!
Se os tais erros na Taça da Liga ainda tivessem sido legítimos, até se podia 'aceitar' tanta choradeira, mas o problema é que na arbitragem do Setúbal-Sporting, o único erro foi um penalty contra o Sporting que ficou por marcar...; e em relação ao jogo de Moreira de Cónegos, hoje confirmou-se a boa decisão do árbitro, com o aparecimento de novas imagens da expulsão do Danilo (a empresa que efectuou a transmissão em directo da partida, como é óbvio não teve a 'sorte' de apanhar o lance todo...!!!).
Com ameaças, agressões, invasões de campo e afins, a já habitual tendência para beneficiar os dois Clubes geridos por inimputáveis, acentuou-se, e voltaram a ser descaradamente beneficiados no Campeonato, com silêncio total dos 'ex-indignados'!!!

Estava com muito medo do Nuno Almeida no Guimarães-Benfica, o árbitro Arouca-Benfica da época passada, e do Benfica-Estoril de 2013... Mas sem estar perfeito, não esteve muito mal... Foi permissivo com a agressividade do Vitória, mas isso já nós estamos habituados... Ficaram vários cartões por mostrar na 1.ª parte aos nossos adversários... e no início do 2.º tempo, o Jonas apareceu deitado no relvado, e até hoje a PorkosTV não 'descobrir' as imagens do lance!!!
Sendo que perto do final da partida, no lance onde o Salvio se isola, é carregado pelas costas no momento do remate... se fossem com outros dava, seguramente, muita choradeira!!!!
Mas para ilustrar os tais critérios que eu tanto reclamo por aqui, deixo este Gif para memória futura! O Benfica deve ser o Clube do Mundo que comete mais faltas ofensivas, em Cantos ou Livres Laterais, aqui fica um exemplo! Será um bom exercício tentar descobrir onde está a falta?!



Em Paços, voltámos a recordar os tempos onde os Corruptos jogam com vários guarda-redes em simultâneo (o Rolando era um dos especialistas...)! Artur Soares Dias, o tal árbitro que foi ameaçado por adeptos Corruptos na véspera do jogo... Adepto confesso dos Corruptos, amigo do líder da claque dos Corruptos (assumido por uma das partes), árbitro que chegou a trocar camisolas no final de jogos com adeptos Corruptos em pleno Estádio, não viu uma Mão descarada do defesa dos Corruptos dentro da área... Seria uma grande defesa num jogo de Andebol, mas o rapaz é defesa-esquerdo...!!!
O Mini também jogou a bola com o braço dentro da área, mas a PorkosTV escondeu as repetições, pelas imagens disponíveis não tenho certeza da intencionalidade! Os Corruptos pediram também um penalty por Mão na Bola, mas é um daqueles lances à queima-roupa...


No Domingo em Alvalade, foi 'bonito' ver os Lagartos vencerem 2-1, com um golo precedido de fora-de-jogo, e um penalty perdoado ao adversário!!!
O lance do fora-de-jogo é difícil de detectar ao vivo, mas a repetição não deixa dúvidas... O penalty, é descarado ao vivo e na repetição!!!
Nos primeiros segundos da partida (!!!), à um lance duvidoso com Bruno César, que faz um corte de carrinho e levanta o braço, mas as repetições não foram esclarecedoras...
O 2.º amarelo ao Elias, devia ter sido vermelho Directo... já o 1.º amarelo, tinha sido 'alaranjado'!!! Curiosamente, o Elias parece que depois de expulso, retardou a ida para o balneário, algo que o seu treinador também costuma fazer... são os tais exemplos!!!
E já agora, essa coisa do treinador castigado, estar constantemente em contacto com o banco, na UEFA não é permitido... !!!


Anexos:

Benfica
1.ª-Tondela(f), V(0-2), Pinheiro, Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), E(1-1), Oliveira, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
3.ª-Nacional(f), V(1-3), Soares Dias, Nada a assinalar
4.ª-Arouca(f), V(1-2), Veríssimo, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
5.ª-Braga(c), V(3-1), Sousa, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
6.ª-Chaves(f), V(0-2), Martins, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
7.ª-Feirense(c), V(4-0), Luís Ferreira, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
8.ª-Belenenses(f), V(0-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-0), Esteves, Nada a assinalar
10.ª-Corruptos(f), E(1-1), Soares Dias, Prejudicados, Impossível contabilizar
11.ª-Moreirense(c), V(3-0), Godinho, Prejudicados, Sem influência no resultado
12.ª-Marítimo(f), D(2-1), Vasco Santos, Prejudicados, (1-4), (-3 pontos)
13.ª-Sporting(c), V(2-1), Sousa, Prejudicados, Sem influência no resultado
14.ª-Estoril(f), V(0-1), Paixão, Prejudicados, (0-4), Sem influência no resultado
15.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Rui Costa, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
16.ª-Guimarães(f), V(0-2), Almeida, Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Marítimo(c), V(2-0), Nuno Pereira, Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-1), Hugo Miguel, Beneficiados, Impossível contabilizar
3.ª-Corruptos(c), V(2-1), Martins, Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Almeida, Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
5.ª-Rio Ave(f), D(3-1), Pinheiro, Nada a assinalar
6.ª-Estoril(c), V(4-2), Capela, Beneficiados, (4-3), Sem influência no resultado
7.ª-Guimarães(f), E(3-3), Soares Dias, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
8.ª-Tondela(c), E(1-1), Rui Costa, Beneficiados, (0-1), (+1 ponto)
9.ª-Nacional(f), E(0-0), Vasco Santos, Prejudicados, (0-1), (-2 pontos)
10.ª-Arouca(c), V(3-0), Xistra, Beneficiados, Impossível contablizar
11.ª-Boavista(f), V(0-1), Veríssimo, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
12.ª-Setúbal(c), V(2-0), Rui Costa, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
13.ª-Benfica(f), D(2-1), Sousa, Beneficiados, Sem influência no resultado
14.ª-Braga(c), D(0-1), Hugo Miguel, Beneficiados, Sem influência no resultado
15.ª-Belenenses(f), D(0-1), Tiago Martins, Nada a assinalar
16.ª-Feirense(c), V(2-1), Esteves, Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)

Corruptos
1.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Veríssimo, Nada a assinalar
2.ª-Estoril(c), V(1-0), Luís Ferreira, Prejudicados, Sem influência no resultado
3.ª-Sporting(f), D(2-1), Martins, Prejudicados, (0-1), (-3 pontos)
4.ª-Guimarães(c), V(3-0), Sousa, Nada a assinalar
5.ª-Tondela(f), E(0-0), Hugo Miguel, Beneficiados, (1-0), (+ 1 ponto)
6.ª-Boavista(c), V(3-1), Almeida, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
7.ª-Nacional(f), V(0-4), Rui Costa, Beneficiados, Sem influência no resultado
8.ª-Arouca(c), V(3-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
9.ª-Setúbal(f), E(0-0), Pinheiro, Nada a assinalar
10.ª-Benfica(c), E(1-1), Soares Dias, Beneficiados, Impossível de contabilizar
11.ª-Belenenses(f), E(0-0), Oliveira, Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
12.ª-Braga(c), V(1-0), Xistra, Beneficiados, Sem influência no resultado
13.ª-Feirense(f), V(0-4), Luís Ferreira, Beneficiados, Impossível contabilizar
14.ª-Chaves(c), V(2-1), Vasco Santos, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
15.ª-Marítimo(c), V(2-1), Esteves, Prejudicados, Sem influência no resultado
16.ª-Paços de Ferreira(f), E(0-0), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)

Jornadas anteriores:
1.ª jornada
2.ª jornada
3.ª jornada
4.ª jornada
5.ª jornada
6.ª jornada
7.ª jornada
8.ª jornada
9.ª jornada
10.ª jornada
11.ª jornada
12.ª jornada
13.ª jornada
14.ª jornada
15.ª jornada

Épocas anteriores:
2015-2016

Os méritos de Rui Vitória

"Escolheu bem Rui Vitória o timing para puxar dos galões. Não fugiu ao tema da arbitragem, falou dos lances em que também o Benfica se sentiu prejudicado, mas - sem dizê-lo disse tudo - com uma diferença: mais penalty menos penalty, um ou outro golo mal anulado, a sua equipa consegue ganhar mais do que os outros. E por isso encheu-se de brios para dizer não admitir que todo o ruído provocado pelos adversários retire esse mérito aos seus jogadores.
E não foi preciso muito para se ver que o treinador dos encarnados tem razão: sem casos de arbitragem o Benfica ganhou em Guimarães; sem razões de queixa do árbitro (pelo contrário...) o FC Porto não foi além de um empate em Paços de Ferreira; ontem o Sporting sofreu para vencer em casa o Feirense. E assim se mostrou porque lidera o conjunto da Luz com vantagem tão confortável: Rui Vitória orienta a equipa mais regular do campeonato.
O futebol não entusiasma? Há uma excessiva obsessão pelo controlo do jogo? Talvez. Mas funciona. E é por isso - mais do que pela vantagem de seis pontos para o FC Porto e de oito para o Sporting - que o Benfica é o principal candidato ao título. Ainda é cedo para na Luz se encomendar as faixas, claro. Só para a semana a Liga atinge a sua metade. FC Porto e Sporting podem encontrar, no mercado, soluções mais competitivas, é verdade. O problema reside no facto de Rui Vitória poder fazê-lo sem ter sequer de ir às compras: chegou onde está com lesões em catadupa, das quais se começa agora a livrar. Jonas voltou, é verdade, mas convém dizer que, por exemplo, André Almeida tem sido o lateral-esquerdo, porque Grimaldo e Eliseu se lesionaram ao mesmo tempo. Só mm de muitos problemas que o treinador tem ultrapassado com vitórias. Se isso não é mérito, é o quê?"

Ricardo Quaresma, in A Bola

Fim de semana baixou a temperatura

"O futebol português precisa de bom senso para ultrapassar o momento dedicado que atravessa. A alternativa é o abismo.

O futebol português saiu airosamente do fim de semana de todos os riscos. Não houve casos particularmente polémicos e a temperatura passou de insuportável a muito elevada, o que, a curto prazo, permite que as competições possam retomar alguma normalidade. Porém, seria bom que os vários protagonistas das cenas tristes da passada semana tivessem a humildade de autocrítica, porque foi ultrapassada a linha que separa o protesto da arruaça, retirando-lhes a razão que eventualmente pudessem ter.
Parece claro que, no contexto presente, por questão de mero bom sendo, o Conselho de Arbitragem deve defender os árbitros evitando nomeações de risco, ou seja, os jogos dos três grandes (especialmente esses) devem ser entregues a juízes experientes. Não quer isto dizer que estes estejam imunes à crítica ou à contestação (é ver o que o Sporting disse de Jorge Sousa, o mais experiente de todos, depois do jogo da Luz), mas terão outro traquejo para enfrentar as dificuldades.
Também se torna evidente a necessidade de moderação verbal por parte dos responsáveis. A razão pontual que possam ter não resiste a um discurso de hipérbole que mais parece ter como objectivo sacudir a água do capote perante os maus resultados.
Dito isto, o que se está a passar especificamente com o FC Porto merece atenção redobrada porque a sensação que dá é de estarmos perante uma potencial fractura no clube. As ameaças a Artur Soares Dias, prontamente repudiadas pelo líder dos Super Dragões e pelo próprio clube em comunicado, seguidas de mensagens de contestação a esse mesmo chefe de claque e ainda a um administrador da SAD e a um empresário que trabalha com os dragões e é filho do presidente, configuram uma situação explosiva que já nem é disfarçada. Depois de três épocas em seca de títulos e com mais um ano de dificuldades em perspectiva, só resultados particularmente bons poderão calar a contestação e devolver a margem de manobra à SAD portista. E este é um caminho cada vez mais estreito e perigoso.
PS - É difícil entender as razões que levaram a Direcção da Liga de Clubes, nesta fase crítica, a optar pela invisibilidade. A Liga não tem que tomar partido por este ou por aquele clube. Mas deve defender a indústria e isso não fez...

ÁS
Rui Vitória
Passou pelos dias de tormenta com a serenidade de quem nada deve e por isso não teme. Teve palavras tranquilas e sensatas, defendeu o grupo que lidera e, a seguir, conduziu o Benfica a um triunfo importante no castelo de Guimarães. Estamos perante uma liderança humilde mas mesmo assim firme, que se afirma cada vez mais...
(...)

DUQUE
João Paulo Rebelo
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto mostra ser, a cada dia que passa, um peixe fora de água, incapaz de qualquer contributo positivo para a causa que tutela e que, aliás, sempre lhe foi estranha. A forma como interveio na recente crise da arbitragem deu bem a ideia da irrelevância do seu magistério.

Será desta que Queiroz muda de projecto?
«A Federação Iraniana reconheceu não ter nem as condições, nem a autoridade para a implementação do plano já aprovado»
Carlos Queiroz, seleccionador demissionário do Irão
A relação entre Carlos Queiroz e a Federação de Futebol do Irão tem tido tanto de profícua (é a melhor selecção asiática) quanto de tumultuosa. O técnico português acaba de bater com a parta (coisa que já fizera no passado) e desta feita parece realmente decidido a mudar de ares. Talvez lhe surja um projecto menos dependente dos políticos, numa federação com «mais autoridade».


Dia de CR7 em Zurique. E Fernando Santos?
Não se espera nenhum cataclismo cósmico que afaste da conquista de prémio da FIFA, The Best, para melhor jogador de 2016, que hoje será entregue em Zurique. Ao mesmo tempo, aqui se formulam votos para que Fernando Santos ganhe o galardão de melhor treinador do mundo. Merece...

(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

PS: Quando o Delgado afirma que nesta jornada 'não houve casos particularmente polémicos', está de facto a afirmar que os Corruptos e os Lagartos foram beneficiados... porque se não fossem, haveria seguramente polémica!!!

Sejam bem-vindos à Lei 2 - a bola

"Este é o segundo de 18 artigos em que o ex-árbitro Duarte Gomes descomplica as Leis de Jogo. E esta semana falamos sobre um objeto essencial: a bola. Sem ela, não há futebol, não há jogo

Depois de na semana passada termos aqui falado sobre o palco onde tudo acontece (na Lei 1 - O Terreno de Jogo), passamos hoje para a segunda das regras que regem as Leis de Jogo.
É que, sem bola, não há brilhantismo individual, não há jogadas colectivas, não há fintas estonteantes nem trivelas fantásticas. Sem bola não há golos memoráveis, não há bruaaaá das bancadas, não há futebol, não há jogo. Certo?
Vamos a isso, então...
Regra de ouro: a bola tem que ser esférica (que é como quem diz, redondinha). Difícil esta, não era? Depois, tem que ser feita de material adequado. Não pode ser de chumbo, esferovite, algodão ou afins. Não dava lá muito jeito, digo eu. Couro, por exemplo, serve muito bem.
Agora a parte curiosa: a bola, no início do jogo, tem que pesar menos de meio quilo (situa-se, mais concretamente, entre as 410 e 450 gramas). E dizemos "antes do jogo" porque, se por força de chuvas torrenciais ou outras intempéries, ela se tornar um pouco mais pesada durante a partida, o jogo continua. Entendido?
Outras curiosidades: o perímetro da bola, que é no fundo a medida da sua circunferência, deve ter entre 68 e 70 cm. Nem mais nem menos. E, já agora, a sua pressão obedece a regras bem restritas: deve ser a equivalente a 0.6 e 1.1 atmosferas, ao nível do mar. Ou seja, tem que estar no ponto, apta - o suficiente - para saltar e ser pontapeada pelos jogadores, mas sem ar a mais nem ar a menos.
Como é que uma coisa tão pequenina pode exigir tanto rigor?
Para o adepto, a bola é apenas uma bola. Para quem dirige e para quem joga, é mais, muito mais do que isso. De forma a confirmar todas essas premissas e imposições legais, os árbitros vêem todas as bolas disponíveis para o jogo, antes do início da partida, no seu balneário.
Munidos de um manómetro, testam - uma a uma - todas as bolas que poderão entrar no jogo. Não pode haver deslizes, mesmo naquilo que aparentemente são meros pormenores. São, em média, entre oito e dez o número de bolas que os clubes visitados devem apresentar. Quando o jogo começa, as bolas - à excepção daquela que iniciará a partida - são distribuídas pelos apanha-bolas, que estão dispostos em torno do terreno de jogo.
Mas há mais.
Nas competições aprovadas pela FIFA não pode haver nelas qualquer tipo de publicidade e todas as consideradas "oficiais" devem ter um logotipo que o confirme (de entre três que foram aprovados). Porquê? Porque só assim se confirma que ela foi devidamente testada e satisfaz os requisitos mínimos da Lei 2. Caso esses selos de qualidade não existam, as bolas não podem rolar nos relvados do futebol profissional.
Agora algo mais prático: se, no decurso de um jogo, a bola tornar-se defeituosa (ou seja, perder ar ou furar, por exemplo), o árbitro deve interromper de imediato o jogo. Depois deve substituir a bola por outra em condições. Só de seguida deve recomeçar a partida com uma bola ao solo, a efectuar no local onde ela se encontrava no momento em que o jogo foi interrompido.
Sobre esta nota, duas considerações importantes:
- Futebol não é basquetebol. Lá não há "bola ao ar"! Há "bola ao solo". E nessas, a bola só entra em jogo (que é como quem diz, só pode ser disputada pelos jogadores) depois de tocar, efectivamente, no solo. Nunca antes disso.
- Se, por acaso, a bola ficasse defeituosa dentro de uma das áreas de baliza (que o adepto conhece como pequena área), a bola ao solo não seria exactamente no local onde ela estava quando o árbitro interrompeu o jogo, mas sim "na linha da área de baliza, paralela à linha de baliza, no local mais próximo onde a bola se encontrava, no momento da interrupção". Trocando por miúdos: não fazia sentido fazer uma bola ao solo tão pertinho da linha de baliza (imaginem os pontapés e empurrões de quem defende e quem ataca). Por isso, nesses casos, a lei achou mais sensato (e eu concordo) afastar um pouco a bola da zona de potencial confusão.
Quase a terminar, nota para uma excepção importante e que acontece quando a bola perde as suas condições esféricas nos pontapés de penálti (seja em tempo normal de jogo, seja para achar vencedor): caso isso se verifique quando ela é pontapeada para a frente mas antes de tocar em qualquer outro jogador, na barra ou poste... o penálti deve ser sempre repetido.
Exemplo dessa excepção:
- A bola é chutada e rebenta no seu trajecto, mas antes de chegar à baliza: aí o penálti é repetido. Porquê? Porque não foi considerado efectuado. Não terminou o seu efeito.
Exemplo da aplicação da regra geral:
- A bola rebenta depois de bater no poste, na barra ou após defesa do guarda redes: aqui já deve ser executada bola ao solo. Porquê? Porque aqui o penálti já terminou o seu efeito. Considera-se que a bola só rebentou "à posteriori", daí aplicar o princípio geral.
Entendido? Muito bem.

Nota final: Além daquelas que são distribuídas aos jovens que cumprem a função de apanha-bolas (e que aqui já referimos), há também a opção (não obrigação) de colocar outras bolas que ao redor do relvado (em vários pontos, a cerca de um metro da linha lateral, para acesso mais rápido dos jogadores em casos de lançamento lateral, por exemplo). A ideia é tornar o jogo mais célere e dinâmico. Lá foi o tempo em que a bola saía do estádio e eram os suplentes que as iam buscar à estrada, enquanto jogadores e árbitros aguardavam pacientemente (na verdade ainda acontece em muitos jogos, sobretudo distritais... mas seria inadmissível no futebol profissional).
E pronto. Podem respirar. E reter.
Porque jogar à bola não custa, mas perceber o jogo a sério dá um pouco mais de trabalho (esperem até falarmos das leis mais complicadas...).
Para a semana há mais. E nas seguintes também. Fiquem por perto."

#ACulpaÉdoBenfica !!!

O motorista e a mensagem

"Uma sugestão de metáfora para o campeonato, onde as emoções cultivadas ao longo da semana vêm ao de cima em meros 90 minutos

Três autocarros colocados lado a lado, com diferenças relativamente insignificantes de potência, velocidade de ponta, binário, e mais algumas daquelas características a que todos fazemos referência quando queremos parecer especialistas. Ou seja, três veículos imponentes na dimensão e na capacidade de transporte e com "performances" idênticas. Pelo menos antes de começarem a rolar... Imaginemos agora, ao lado dos poderosos veículos, três motoristas. Dirão os mais "aceleras" que tendo em conta tratar-se de veículos semelhantes, a diferença será feita pelo piloto. Nesta competição imaginária, o que interessa, porém, não é ser mais rápido ou chegar mais longe. Interessa, isso sim, convencer o maior número de passageiros a subir a bordo. Ganha o motorista que transportar mais pessoas mas para as convencer o trio dispõe apenas da capacidade de persuasão.
Como é evidente, a metáfora não corresponde à imagem actual da luta pelo título em Portugal - qualquer dos três veículos já fez parte do respectivo percurso e passou por mais ou menos imponderáveis, mais ou menos incidentes e até acidentes. O que conta, na verdade, é a importância do discurso e de como este pode persuadir os passageiros de que nada é tão grave ou inultrapassável como possa parecer ou de como, pelo contrário, um certo tom de lamento do motorista legitima receios ou descontrolo emocional naqueles que transporta.
Dentro de campo, quando se joga, é difícil (impossível?) manter a calma e a imparcialidade. Se a mensagem que vier de fora ao longo da semana, de quem é suposto ser condutor, acentuar sentimentos de injustiça ou de que se rema contra uma corrente demasiado forte, como pedir para ultrapassar essa maré? Como pedir, em especial nos momentos de aperto, cabeça para organizar e pontaria para finalizar?
A mensagem do motorista tanto pode criar um confortável refúgio como ser uma caverna assustadora."

A desresponsabilização do resultado

"Um dos riscos dos treinadores e dirigentes culpabilizarem constantemente o exterior é a criação de uma certa cultura de desresponsabilização que possa passar uma mensagem errada para os atletas. E quando escrevo errada não é no sentido ético ou social. É errado porque pode criar nos atletas uma sensação que o que fazem é melhor ou menos errado do que a realidade. E com isto a capacidade de autocrítica é menos concreta e construtiva.
Não quero com isto assumir que os clubes se queixam sem fundamento. Existem vários casos que podem dar razão ao clube que se queixa. Mas a verdade é que quando esses clubes são beneficiados (e são quase todos) não se vê esse sentido crítico ou essa coerência e os jogadores podem ser levados a acreditar que fizeram tudo bem e que não há tantas coisas a melhorar. O velho exemplo de que quando o atleta é titular é mérito dele e quando não joga é por opção do treinador. Ou seja, o que é bom é meu mérito o que é menos bom é da responsabilidade dos outros.
Os melhores atletas são motivados de modo intrínseco. Podemos retirar várias informações por aqui e uma delas é que esses atletas têm uma maior capacidade de se motivarem por eles próprios do que os que são motivados de modo extrínseco, ou seja, por factores externos a si. Geralmente pelo reconhecimento que têm, colegas, ambientes de estádio, objectivos criados pelos seus líderes.
Mas também pressupõe outro aspecto bastante importante: os atletas motivados mais pela questão extrínseca também são mais permeáveis a aspectos negativos. Ansiedade, ambientes conflituosos, ruídos, desresponsabilização das suas acções, etc. E quando um plantel se vê no meio de uma disputa de acusações e desresponsabilizações, nem todos têm a capacidade de discernir que dentro dos possíveis erros dos árbitros ou outros agentes desportivos, há uma percentagem pequena ou grande de aspectos que devem ser melhorados e que são garantidamente da sua responsabilidade.
O risco de não se dividir que os árbitros erram de os insucessos da equipa se devem exclusivamente a esses erros, é que com esta última afirmação, retiramos dos atletas qualquer responsabilização e consequência do que fazem menos bem. E com isto deparamo-nos com um aspeto interessante de ser analisado: é que quando essas equipas não vencem e não há nada a apontar aos outros agentes desportivos envolvidos, os atletas têm alguma dificuldade em conseguir de modo claro, conciso e concreto em compreender onde podem claramente melhorar."

Benfiquismo (CCCXLII)

O último golo na velhinha Catedral...

Reviravolta... em cima da hora!!!

Benfica B 3 - 2 Guimarães B


Ao fim de 8 jornadas, novamente a vitória!!! Prémio justo, para um conjunto de jogadores, que independentemente dos resultados, tem lutado pelas vitórias em todas as jornadas... Não é fácil, para uma equipa tão jovem, e com algumas limitações, 'sobreviver' na II Liga...

O Benfica tentou sempre assumir o jogo, o Guimarães fez um jogo mais cínico, mas ao contrário da nossa equipa principal, esta equipa B, tem falta de qualidade nos últimos 15 metros (as hesitações no momento do remate no nosso ataque, levam qualquer um ao desespero!!!), e com a falta de experiência, temos muitas dificuldades na pressão após perda de bola, permitindo assim contra-ataques perigosos aos adversários...

Ainda por cima, depois de ficarmos em desvantagem no início do jogo, perto do intervalo, num grande trabalho individual do Joãozinho empatámos... Logo a seguir, o Vitória com um golo de uam vida, volta a ficar em vantagem mesmo antes do intervalo...
No 2.º tempo, o jogo ainda foi mais de um só sentido, com a substituição do Saponjic a aparecer demasiado tarde... era notório que faltava gente na área... O empate só apareceu ao minuto 86, e o golo da vitória aos 93... com o Rúben Dias a ponta-de-lança!!!

Os Vitorianos como é normal protestaram muito... no cartão ao Joãozinho até podiam ter alguma razão, o cartão podia ter caído para qualquer um dos jogadores (Yuri ou Joãozinho), agora no golo anulado ao Guimarães o fiscal-de-linha esteve bem, e no 3.º golo, o Saponjic foi mais forte, ganhou posição e marcou...
Infelizmente é comum, no Tugão, os defesas mergulharem constantemente para tentarem 'cavar' faltas ofensivas, hoje foi um festival dessas situações e o árbitro marcou quase sempre tudo a favor do Vitória, mas no lance do golo, não marcou nada... se em vez, de 'treinarem' os mergulhos, tentassem jogar à bola, talvez não tivessem perdido... aliás já ontem, com as equipas principais aconteceu algo parecido, a facilidade como os jogadores se atiram para o relvado é um dos cancros do Tugão...