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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Antevisão da Liga Europa

Na Segunda-feira vamos saber qual será o futuro próximo do Benfica na Liga Europa. O facto de sermos cabeças-série não é garantia de eliminatória fácil. Antes do sorteio, e antes da campanha de desvalorização do adversário do Benfica (seja ele qual for...), aqui fica a minha analise:

Muitíssimo complicado
JUVENTUS
Com este, até os avençados teriam dificuldade em baixar o grau de dificuldade da eliminatória!!! A Juventus tem uma equipa fortíssima, joga num raro 3-5-2, e historicamente o Benfica tem pavor a Italianos...

Difícil, mas ultrapassável
AJAX
LAZIO
SWANSEA
DÍNAMO DE KIEV
Não gostaria de fazer uma viagem a Kiev em Fevereiro, a Lazio tem a tal aura do Benfica-ser-normalmente-lixado-pelos-Italianos!!! O Jesus já matou alguns 'borregos' internacionais, mas por acaso os sorteios têm nos afastado dos Italianos, espero que continue assim...!!! O Ajax e o Swansea estão ao nosso alcance, viagens fáceis, e ambientes positivos... Mas nunca se pode desvalorizar a mecanização no jogo dos Holandeses, e o plantel rico dos Galeses, que são das equipas da Liga Inglesa que joga futebol mais positivo...

Traiçoeiras
PAOK
DNIPRO
BETIS
VIKTÓRIA PLZEN
Os Ucranianios têm dinheiro, e uma equipa de contra-ataque, além disso temos a viagem e as potenciais condições climatéricas adversas... O PAOK tem sempre um ambiente especial, seria o reencontro com o Miguel Vítor e Katso (além do Dino!!!)... e mais alguns Internacionais Gregos. Recordo que o Paok ficou fora da Champions num Play-off muito disputado com o Schalke 04... O Betis é daquelas equipas chatas, a viagem era curta, mas recordo-me de um particular em Faro na época passada, que nos deu muito trabalho...!!! Os Checos são uma equipa que nas últimas épocas ganhou alguma experiência de Champions, com resultado negativos é verdade, mas...

Benfica favorito, mas viagem/tempo/relvados...
CHORNOMORETS
ANZHI
ESBERG
MACCABI
Aqui o problema será as viagens (Ucrânia e Rússia/Tchetchena!!!) e os muitos prováveis relvados impraticáveis... A deslocação a Israel também não é curta, e nossa última viagem para aqueles lados, não foi nada boa... Deste lote, os Dinamarqueses parecem ser os mais tenrinhos, apesar dos bons resultados que fizeram nesta fase de grupos!!! O Anzhi depois da loucura das super-contratações, o nível da equipa baixou, é verdade que ainda têm alguns bons jogadores (Jucilei, um dos que chegou a ser falado para o Benfica...!!!), mas a viagem seria a principal dificuldade...
Esta questão das viagens, também não pode ser desvalorizada: nos 16 avos-de-final, vamos jogar a Paços primeiro - depois de na 4.ª-feira anterior, potencialmente jogarmos a 1/2 final da Taça da Liga (Corruptos ou Sporting)!!! -, e com o Guimarães no fim-de-semana entre a 1.ª mão e a 2.ª mão; e se passarmos aos Oitavos-de-final, jogamos com o Estoril na Luz, depois da 5.ª-feira jogamos a 1.ª mão, vamos à Choupana - mais uma viagem -, jogamos a 2.ª mão, e recebemos a Académica!!!

Benfica favorito, os meus preferidos!!!
SLOVAN LIBEREC
MARIBOR
O meu favorito é mesmo o Maribor, mas são duas deslocações relativamente curtas... Pelo que vi do Slovan, o maior problema seria a quantidade industrial de porrada que dão!!! Nos jogos com o Estoril mostraram eficácia no contra-ataque...

No emparalhamento para os Oitavos, já não haverá cabeças-de-série - e até nos pode calhar os Corruptos -, o grau de dificuldade aumenta. Divido assim por categoria:
Rubin Kazan
Fiorentina
Tottenham
Nápoles
Shakhtar
Mais uma vez, longas viagens a leste, e equipas com bons plantéis - o Shakhtar tem uma super-equipa brasileira do meio-campo para a frente...!!! -, mas com pouca carisma, que potencialmente podem dar eliminações pouco dignificantes; Italianos a evita, principalmente o Nápoles, grande plantel e Rafa Benitez!!!

Valência
Basileia
Sevilha
Boas equipas, mas tanto o Valência como o Sevilha com a crise que se tem abatido sobre Espanha, estão um pouco mais acessíveis... apesar do Benfica, historicamente, não se dar bem com os Castelhanos!!!

Eintracht
Lyon
AZ
Trabzonspor
Seria interessante ver o regresso do Luisão a Frankfurt!!! Um pouco mais a sério, a equipa do Eintracht pode não ter muito talento individual, mas usam e abusam do físico... O potencial do Lyon baixou muito... O AZ é complicado, é uma equipa competitiva... Além da viagem à Turquia ser desaconselhável, recordo que da última vez jogámos Istambul, e não no Estádio do Trab... onde o ambiente é muito mais complicado!!!

Ludogorets
Salzburgo
Genk
Claramente os mais acessíveis, e com a sorte que normalmente acompanha os Corruptos nestes sorteios, os mais prováveis adversários deles!!!

PS: Não costumo comentar as nomeações dos árbitros da Liga, até porque não tenho confiança em nenhum deles, mas existem uns piores que outros, e o Vasco Santos é dos mais anti-benfiquistas!!! Numa altura onde o Benfica demonstra algumas fragilidades, onde os Corruptos estão aflitos, e em vésperas do clássico na Luz, parece que o Sistema está a mandar toda a artilharia pesada, depois do Rui Costa com o Arouca, agora o Vasco Santos - logo em Olhão onde já nos espera um relvado impraticável... -, mais valia mandarem o Macaco apitar o jogo...!!!

Dignidade

"Eusébio da Silva Ferreira, o incomparável, disse recentemente que no Benfica também aprendeu «a perder com dignidade». E é assim. Ser Benfiquista é como no casamento, para o melhor e para o pior. E então na 12.ª jornada do Campeonato, o Benfica, que começou a etapa com líder da classificação em igualdade pontual com os de Alvalade, após uma emocionante recuperação de sete pontos - de menos cinco para mais dois -, deixou-se empatar em casa com o último da tabela.
Não ponho em causa a dignidade da equipa do Benfica. Para mim, o Benfica é sempre digno, seja digno vencedor ou digno vencido. Perder, toda a gente perde, excepto os batoteiros que compram resultados e títulos. No jogo com o Arouca, o Benfica foi um digno empatado: esteve a perder por duas vezes, por duas vezes chegou ao empate, não passou disso, correu sempre atrás do prejuízo, como usa dizer-se, e não alcançou nunca o benefício.
O Benfica tinha em relação ao seu adversário, o neo-primodivisionário Arouca, um avanço de 18 pontos, vinha de cinco vitórias seguidas para o Campeonato, ao passo que o Arouca ia na sexta derrota consecutiva, pelo que o empate em casa a dois golos tem um amargo travo a derrota. Pelo menos, dois pontos o Benfica perdeu e pontos fazem muita falta a um Clube com o historial do Benfica e a natural ambição dos Benfiquistas. Com o empate em casa frente ao Arouca, o Benfica deixou fugir o Sporting, proporcionando-lhe a liderança, e perdeu o avanço sobre o Porto. No próximo jogo em casa para o Campeonato vamos encher a Catedral, apoiar a equipa e exigir-lhe, em nome da dignidade Benfiquista, que seja uma digna vencedora. O Benfica dá todas as condições à equipa para tanto. E para frustração bastou a época passada."

João Paulo Guerra, in O Benfica

Erros e falhas incomprreensíveis

"O problema do Benfica não é a classificação, pois estar emparalhado com o outro candidato ao título, após tantas asneiras e um início de campeonato desastroso é até bom. O problema maior são as exibições permanentemente aquém do exigido, e uma inconstância permanente. Empatámos em casa com o Arouca, como podíamos ter empatado com o SC Braga ou o Gil Vicente. As equipas de Jorge Jesus sempre jogaram bem, mesmo quando os resultados finais não eram os melhores. Era preciso melhorar os resultados, e não piorar as exibições.
Ver este Sporting, em primeiro lugar, com inteira justiça, devia ser humilhante para o FC Porto e Benfica. De facto, os recursos são tão dispares, que só ver o Sporting lutar pelo título é já um título para o Sporting.
O Benfica fez na Liga dos Campeões o suficiente para passar aos oitavos, não fora a mala pata de Atenas, ou o dilúvio de Lisboa contra os gregos, e teria sido óptimo. Os adeptos não criticam a prova europeia, mas não aceitam o empate com o Arouca. Dez pontos numa Liga dos Campeões é positivo e raramente não dá uma classificação. Contra o PSG ganhámos o jogo e fizemos um milhão de euros. Quantos dos adeptos não davam um milhão de euros para ter ganho ao Arouca?
O Benfica que jogou na Europa seria certamente campeão em Portugal. A consciência do potencial do Benfica torna mais intolerante o adepto com erros e falhas incompreensíveis. O empate contra o Arouca custou dois pontos, custou a liderança, custou capital de esperança e tirou mais de dez mil adeptos dos próximos jogos.
A eliminação da Liga dos Campeões, desta forma, deu esperança e um sinal de que podemos ganhar títulos, não permaneça a errática vocação de fazer asneiras nos ditos momentos mais fáceis. O Benfica de terça faz acreditar! Esperemos não ver mais o da última sexta."

Sílvio Cervan, in A Bola

O passo seguinte de Bernardo Silva

"Luís Filipe Vieira percebeu os desafios do futuro e apostou fortíssimo no Futebol Caixa Campus do Seixal, infraestrutura que colocou o Benfica no caminho certo como potência formadora no contexto do futebol nacional. Graças a esta decisão estrutural, os encarnados, a pouco e pouco, aproximaram-se do Sporting, a quem chegam a superar, hoje em dia, em vários capítulos, nomeadamente nos títulos da formação e no número de internacionais em cada escalão. Porém, perdem de goleada para os leões num outro aspecto: o da coragem de apostar nos jovens da casa. Poder-se-á dizer que a recente crise do Sporting acelerou o crescimento de alguns jogadores, com o caso mais flagrante a ser o de William Carvalho; mas outros momentos houve, sem crise de qualquer espécie, em que Quaresma, Hugo Viana, Cristiano Ronaldo, Rui Patrício, Moutinho ou Veloso foram lançados. Ou seja, o clube de Alvalade, talvez por ter começado mais cedo nesta prática, assume com a naturalidade o que ainda falta ao grémio da Luz, a aposta na produção própria.
O Benfica, neste momento, tem excelentes jogadores jovens, que pedem uma oportunidade séria. Ivan Cavaleiro é um deles, João Cancelo, outro, e Bernardo Silva, que acaba de renovar contrato até 2019, é visto pela generalidade dos observadores como a mais séria revelação encarnada desde Rui Costa. Porém, se continuar a marcar passo na equipa B, se as portas da turma principal se mantiverem fechadas, atrasará a evolução que se lhe antevê.
Seguramente, com o caminho que o País leva, a aposta na formação é o único caminho viável para manter bons níveis de competitividade. Mas não vale a pena ter formação se o objectivo for o de vencer títulos. Porque o mais importante é ganhar jogadores."

José Manuel Delgado, in A Bola

«Resultadismo»

"1. Antes do Benfica-Arouca da semana passada, recorde-me do encontro com a Académica (então treinada por Pedro Emanuel) de há duas épocas, jogo bem triste pela atitude anti-desportiva da equipa visitante, com anti-jogo desde os minutos iniciais e um 'autocarro' de dois andares estacionado na sua baliza. Quase no final, fez-se finalmente justiça e ganhou a única equipa que quis jogar. Este Benfica-Arouca só foi diferente no resultado... injustíssimo. O Benfica, que fez uma boa primeira parte, poderia ter chegado ao intervalo com três ou quatro golos de vantagem, tantas as oportunidades flagrantes falhadas. O Arouca foi lá À frente duas vezes e marcou um golo. A segunda parte foi mais do mesmo. No final, um injustíssimo empate.
Claro que, depois do jogo, só se falou em muito má exibição do Benfica, em crise disto e daquilo. Se alguma ou algumas da inúmeras oportunidades de golo iniciais se tivessem concretizado, o Benfica teria conseguido muito provavelmente uma vitória folgada e, depois só se falaria na recuperação da equipa, com uma série invejável de triunfos consecutivos. É o resultadismo a condicionar as apreciações. Pois eu, que ficara muito feliz com a vitória sobre o Sp. Braga e naturalmente muito contrariado com este resultado, não gostei mesmo nada da exibição (e da atitude) com os minhotos e achei positiva a exibição (e a atitude) frente ao Arouca. E, face ao que fui lendo e ouvindo, até falei com alguns amigos benfiquistas em quem confio (há outros que rapidamente passam do aplauso ao assobio e são normalmente mal dizentes), os quais corroboraram a minha opinião. O mal foi na concretização, não na exibição. O mais difícil é criar as ocasiões, principalmente com um autocarro de dois andares frente à baliza e um guarda-redes tão eficiente quanto 'fiteiro'. Não se pode é falhar tanto frente à baliza.

2. O jornal do Sporting está a 'revisitar' o Apito Dourado. Finalmente! Ao fim de tantos anos de silêncio (com a honrosa excepção do presidente Dias da Cunha), parece que o clube acordou. Já era sem tempo...

3. O nosso presidente foi absolvido num processo movido por Antero Henriques. Nada que surpreenda. Mas gostaria de saber quem pagou as despesas, se o próprio que se disse ofendido (olha quem...) se a SAD do seu clube..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Virar costas

"O nosso Benfica empatou em casa com o Arouca. Perdemos ingloriamente dois pontos, virámos (por agora) as costas ao primeiro lugar e, se não aprendermos com os erros cometidos, poderemos acrescentar outros tantos “perderes” a este perder.
Nós, benfiquistas nas bancadas, começámos a perder quando percebemos (e foi logo nos minutos iniciais) que pagáramos para ver um jogo de futebol e assistiríamos a um anti-jogo de futebol. Aquilo foi um não acabar de simulações de lesões, perdas de tempo absurdas, gente a cair fora do campo e arrastar-se para dentro do campo no intuito de queimar tempo… e o árbitro a promover que aquele triste espectáculo de anti-jogo se transformasse em regra aceite e legitimada. Foi igualmente notório que a sorte nos virava costas nas ocasiões de golo que se não conseguiam concretizar. No entanto, as costas que a sorte nos voltou não são suficientemente largas para arcar com as responsabilidades todas. Também a qualidade e a competência nos viraram costas nos golos sofridos e nos golos esbanjados. Além disso, a atitude que se exige aos nossos profissionais virou-nos costas, quando percebemos que os nossos encararam aquele jogo como um jogo que se “ia resolvendo” em vez de ser um jogo “para resolver”. O treinador, na bancada, teve opções que viraram costas ao senso comum de quem, também na bancada, não percebia as opções tomadas.
Para cúmulo dos cúmulos, no final do jogo, enquanto esperávamos que os futebolistas (como exige a tradição benfiquista) se dirigissem ao centro do relvado para agradecer aos que na bancada sempre os apoiaram, observámos que a nossa equipa nos virava as costas. No final de tudo isto, fica a certeza de que nós, os amadores, não viramos costas à equipa e continuaremos lá, na bancada, a abraçar o Benfica."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Paris e... mais

"O Benfica protagonizou uma bela noite europeia. O objectivo primacial não foi alcançado, o apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões? Verdade que sim. Só que o triunfo foi de inequívoca justeza e já se admitia, à partida, que na Grécia os ventos não iriam soprar de formar favorável à prossecução dos novos intentos.
Deu muito Benfica e limitado PSG. Os franceses subestimaram o embate? Uma falácia. Com menos alguns jogadores, em tese titulares, nem por isso deixam de ser ma equipa rica e uma... rica equipa. E o Benfica? Continuou ou não com a ausência forçada de unidades nucleares? Salvio, Cardozo, pelo menos esses. Com que resposta? Empreendedora, exclamativa, triunfante.
Esta campanha europeia fica, dramaticamente, marcada pelo desaire em Atenas. Na capital helénica, a formação rubra autenticou um dos melhores desempenhos de todo o seu historial europeu. Perdeu o jogo, naquela que constituiu uma das maiores mentiras de sempre. Foi o domínio do jogo, amplo e convincente, foram oportunidades de golo desperdiçadas em série. Aconteceu. Dolorosa e não menos injustamente.
Importante, agora, é que se reúnam vontades para atacar a Liga Europa com, pelo menos, a mesma maturidade que aquela que patenteámos na pretérita temporada. Só? Também que este justo êxito, frente ao PSG, tenha ultrapassado o trauma do empate com o Arouca. A Liga nacional exige muita competência, para já não falar de persuasão, do Benfica nos próximos capítulos. Importa vencer o Olhanense, também o Vitória de Setúbal, para rececionar o FC Porto, no mínimo, em igualdade pontual. E decidir o Campeonato? Decidir uma etapa de quem aspira a um futuro vermelho."

João Malheiro, in O Benfica

Nesta data querida

"A Benfica TV festejou esta semana o seu quinto aniversário. E se há projectos com bastos motivos para festejos, este é seguramente um deles. Poucos acreditariam, em 2008, que tão ousada iniciativa redundasse no êxito que hoje se vê. Depois de um período de amadurecimento, a estação entrou numa nova era da sua existência quando, no último Verão, passou a transmitir os jogos da nossa equipa principal de futebol, juntando também à grelha de programação aquela que é, indiscutivelmente, a mais empolgante liga europeia da actualidade.
Devo confessar que, durante algum tempo, duvidei que tal fosse possível. Parecia-me um sonho demasiado alto, e uma iniciativa demasiado arriscada, avançar para um canal de TV com as características daquele que temos hoje, e que faz as delícias de todos os benfiquistas. Tenho de dar a mão à palmatória.
Assinante deste o primeiro momento, vejo a programação melhorar dia após dia, vejo os meios técnicos envolvidos trazerem qualidade superlativa às transmissões – não só do futebol, como também de todas as modalidades que compõem o puzzle do ecletismo encarnado. Vejo! Sobretudo vejo, com gosto, fervor clubista, mas também com a exigência de um telespectador atento, que aprecia o trabalho de profissionais de excelência, os quais, dia após dia, hora após hora, fazem o Benfica entrar-nos pela casa dentro. Não podemos adormecer à sombra do êxito conquistado. Há sempre espaço para melhorar, para inovar, e essa deve ser a matriz de pensamento daqueles que trabalham na casa. Mas o que foi feito nestes cinco anos constitui matéria suficiente para que todos os envolvidos estejam de parabéns.
Deixando uma palavra especial para o Ricardo Palacin (profissional, benfiquista e, se me permitem, também amigo), e, nele, para todos os restantes colaboradores da Benfica TV, não posso deixar de saudar aquele que é o principal obreiro de todo o projecto: o Presidente Vieira, cuja sucessão de realizações vai tendo cada vez menos paralelo na história centenária do clube da Luz."

Luís Fialho, in O Benfica

Sobrevoando os picos da Europa

"Mais uma viagem em patins sobre a história europeia do Benfica, desta vez na Taça das Taças (já extinta) e na Taça CERS. Momentos de brilho e uma promessa final.

O Hóquei em Patins do Benfica está no topo do Mundo. Taça dos Campeões Europeus; Supertaça Europeia; Taça Intercontinental - num ano tudo ganhou em termos internacionais. A semana passada falei aqui da história do Benfica na Taça dos Campeões, das suas presenças nas finais, e da própria história da prova, agora disputada em novos moldes, tal como acontece com o Futebol, largamente dominada pelas equipas espanholas. Mas o Benfica tem mais finais europeias do que as que soma na Taça dos Campeões (seis). Vamos a elas!
Se a Taça dos Campeões começou a ser disputada em 1965/66, a segunda prova do CEHR, Comité Européen de Rink-Hockey, a Taça das Taças, teve a sua primeira edição onze anos mais tarde, em 1976/77. Curiosamente, e ao contrário do que sucedeu na Taça dos Campeões, as equipas portuguesas rapidamente dominaram os acontecimentos, sobretudo graças às três primeiras vitórias inaugurais do Oeiras, a primeira sobre o Arenys de Munt, e as seguintes sobre o Voltregá, ambos espanhóis. O Benfica só chegou pela primeira vez a uma Final da Taça das Taças em 1982/83 (ano europeu brilhante também para o Futebol), sendo derrotado pelo FC Porto. Depois de um empate prometedor nas Antas (2-2), os 'encarnados' viriam a perder, por 5-6, no velho pavilhão Borges Coutinho, situado debaixo do Terceiro Anel, num jogo fantástico do qual me recordo bem e testemunhado por público vibrante.
A uma Final, seguiu-se outra: em 1983/84, o Benfica disputou o jogo decisivo com os espanhóis do Reus (4-6; 5-4), falhando de novo a conquista do troféu. Parecia que a sina das finais perdidas estava para durar. Sporting (1980/81) e 1984/85), FC Porto (1981/82 e 1982/83) e Sanjoanense 1985/86) juntariam os seus nomes ao do Oeiras. Daí até 1995/96, época em que a Taça das Taças se extinguiu e que os vencedores das taças de cada país passaram a integrar a Liga dos Campeões, só houve mais duas vitórias lusitanas, uma do Sporting (1990/91) e outra o Óquei de Barcelos (1992/93). Giovinazzo, de Itália (1979/80); Reus, de Espanha, como já vimos (1983/84); Barcelona, de Espanha (1986/87); Noia, de Espanha (1987/88); Roller Monza, de Itália (1988/89), 1991/92 e 1994/95); Liceo da Corunha, de Espanha (1989/90 e 1995/96) e Amatori Lodi, de Itália (1993/94) completam a lista de vencedores. O Benfica não voltou à Final. E a Taças das Taças já não terá lugar no novo Museu.

A sina das finais ganhas
ENFIM, para consolo, embora um bom consolo, cabem no Museu duas Taças CERS, o equivalente, se assim o podemos dizer, à velhinha Taça UEFA, agora travestida de Liga Europa.
Disputada desde a época de 1980/81, primeiro em regime de taça e depois já com uma «final four» a partir de 2007/2008, é outra competição dominada pelos espanhóis que somam até agora 14 vitórias (Liceo da Corunha, 3; Reus, 2; Tordera, Noia, Voltregá, Vilanova, Vic, Barcelona, Tenerife, Mataró e Vendrell, todos com uma) contra dez de equipas italianas (Novara, 3; Verecelli, 2; Bassano, HC Monza, Amatori Lodi, Seregno, e Follonica, todos com uma) e nove de equipas portuguesas (Benfica, 2; FC Porto, 2; Paço de Arcos, Óquei de Barcelos, Sesimbra, Sporting e Oliveirense, todos com uma).
Aqui, e ao contrário do que sucedeu na Taça dos Campeões e na Taça das Taças, não há lugar a finais perdidas. Foram precisos dez anos para que o Benfica chegasse pela primeira vez à Final da Taça CERS. Estávamos em 1990/91 e o adversário foi o sempre poderoso Reus. Depois de uma derrota na Catalunha, por 4-6, os 'encarnados' impuseram-se, de que maneira, em Lisboa por conclusivos 10-3. A final seguinte já foi no sistema de «final four» que vigora hoje em dia nas duas provas europeias de Hóquei em Patins - não esquecer que a Taça Continental é somente um troféu. O adversário foi outra equipa espanhola, o Vilanova, e o Benfica venceu, por 6-4. Não foi assim há tanto tempo: 8  de Maio de 2011.
Mas, vinda do passado, existe outra vitória histórica: a do Torneio de Montreux, em 1962. única de uma equipa portuguesa nessa famosa competição que se disputa, com altos e baixos, desde 1921.
Falaremos sobre isso. Palavra de honra!"

Afonso de Melo, in O Benfica