Últimas indefectivações

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bom prenuncio...






Competência... curiosa a veia triplista do Heshimu !!!

Imortal

Três títulos para disputar!

"Dezassete anos depois o Benfica está numa meia final europeia. Liga Europa é curriculum que falta na nossa gloriosa histórico.

Lembro-me bem daquele penalty falhado por Vítor Paneira no jogo da primeira mão (2-1) contra o Parma ou da precoce expulsão de Mozer na segunda (0-1), lembro-me de não ganhar aquela Taça das Taças mesmo sendo a melhor equipa em prova, e de quanto isso me custou na época.

Dezassete anos depois podemos honrar a história e mudar o guião. Guião que já teve ontem sofrimento em demasia para quem havia vencido 4-1, mesmo contra uma equipa que não perde em casa quase há três anos, e que tem valor considerável, devíamos ter sofrido menos. Luisão devolveu-me alguma serenidade, que quase perdia com aquele frenesim inexplicável de metade da primeira parte.

Agora o Bacalhau à Narcisa e o Pudim Abade de Priscos só serão gostosos se houver respeito por um Braga que nos limites já chegou muito além do horizonte pré estabelecido. Se o Benfica é superior ao Braga, pendo que é, a verdade é que Arsenal, Celtic, Liverpool e companhia também eram e já não os vemos por cá. Respeito e humildade para chegar a Dublin.

Neste regresso ao cabeçalho do futebol europeu é justo sonhar com a nona final europeia mas só depois de carimbar passaporte para o Jamor e de vencer a primeira competição da época dia 23 em Coimbra.

Três títulos para disputar e o campeonato para dar minutos aos menos utilizados. Concordo inteiramente.

Esta semana ouvi críticas a Jorge Jesus por ter rodado todos os jogadores e perdido na Figueira, o Porto rodou em Janeiro apenas alguns contra nacional e Gil Vicente e em vez dum jogo perdeu um título.

Faz bem Jorge Jesus porque quer ganhar títulos e não jogos. Esta segunda quinzena de Abril pode ser de sonho. Eu quero sonhar, e sinto que Jorge Jesus e os jogadores também."


Sílvio Cervan, in A Bola

"Comparações"

"1. Já o escrevi na semana passada: foi um 'tiro no pés' o 'apagão' verificado no final do Benfica-FC Porto. Demos um argumento aos nossos adversários para dizerem que somos iguais a eles e que não sabemos perder. Mas as reacções lidas e ouvidas ao longo da semana merecem outras ilações:

-a reacção negativa da larga (larguíssima) maioria dos benfiquistas mostra que a nossa cultura é bem diferente daquela que domina entre os apaniguados do FC Porto: nunca os vimos criticar atitudes semelhantes dos seus responsáveis, por menos relevantes que sejam;

-não há comparação possível entre este (apesar de tudo) triste fait-divers e as atitudes quase semanais dos responsáveis do FC Porto, dos constantes apelos à guerra contra o Benfica (e o Sul...), ao 'gozo' face a agressões a dirigentes do Benfica; do apoio ao comportamento dos seus Super-Dragões (com uma folha de serviços que o seu líder até se orgulha de apresentar em livro!) aos vários episódios de anos e anos de Apito Dourado e seus antecedentes.

Infelizmente, muitos opinadores colocam ao mesmo nível quem determinou ou permitiu (pelo silêncio) o pequeno episódio do 'apagão' e quem corrompeu árbitros ao longo de décadas sucessivas até ser desmascarado pelas Escutas.

A propósito: curiosa a pequena reportagem do Diário de Notícias de 2.ª-feira passada, com uma foto de Pinto da Costa com um grande penso na testa, uma semana depois de ter sido agredido e ter levado quatro pontos em Portimão, num célebre jogo no qual José Guímaro (um dos árbitros célebres da época) deu (mais) uma decisiva vitória ao FC Porto, a caminho do título, com uma arbitragem que ficou memorável. Os adeptos algarvios revoltaram-se, Pinto da Costa foi atingido e, uma semana depois, nas Antas, deu espectáculo...


2. Liga Europa, quinta-feira da semana passada, à mesma hora (20.05). Na Luz, o Benfica (vindo de derrota frente ao FC Porto e perca do Campeonato) teve mais de 60 mil espectadores no jogo com o PSV, em jogo transmitido em canal aberto (SIC). No 'Dragão', o FC Porto, no seu primeiro jogo depois do título conseguido na Luz, teve 38 mil espectadores no encontro com o Spartak, transmitido em canal pago (Sport TV). Diferenças..."


Arons de Carvalho, in O Benfica

E não se pode apagá-los?

"No dia do Benfica-FC Porto, no Estádio da Luz, assistimos a uma das cenas mais baixas e canalhas da história do Futebol português. Onze mamíferos, sem honra nem dignidade, recusaram-se a entrar em campo de mão dada com crianças, como é prática nos jogos do Campeonato. A atitude é de uma pequenez repelente. Nenhum ser humano que se preze de o ser recusa dar a mão a uma criança. Os onze mamíferos recusaram.

Demonstraram com esse gesto uma ausência de carácter que os atira para o nível da escumalha social daqueles que arrancam cadeiras, destroem bares e quartos de banho e sujam as paredes com excrementos. São o «lúmpen». Restos humanos...

Perante tal atitude, que dizem os nossos doutos opinadores televisivos, os nossos plumitivos que diariamente assassinam a gramática e a ortografia? Gritam a sua indignação pacóvia:

-Ah! Que bandidos! Apagaram a luz!

Durante épocas a fio, os dirigentes do FC Porto dedicaram-se às mais infames distorções da verdade desportiva. O presidente da agremiação reunia-se em casa com árbitros na véspera dos jogos em que estes iam apitar o seu clube. Ofendidos, chocados, os jornalistas de fancaria soltaram de viva voz:

-Ah! Corrécios! Apagaram a luz!

Gente de espinha direita, que se opôs a esta nova forma de fascismo com epicentro nas Antas, foi perseguida, perdeu o emprego, foi sujeita a espancamentos bárbaros e à tortura de julgamentos de farsa. Que escreveram, solidários, os seus colegas mansos e de espinha mole?

-Ah! Que vergonha! Apagaram a luz!

Um garoto arruivado sem maneiras, a quem a Comissão de Arbitragem resolveu oferecer como prenda um Campeonato Nacional, gane contra os árbitros que, por vontade do seu dono, até ficam de cócoras se tiverem de entrar pela porta do seu estádio. Que solta a urba dos podriqueiros nas primeiras páginas dos seus pasquins?

-Ah! Inclementes! Apagaram a luz!

Na Luz, nesse domingo, os jogadores do Benfica entraram em campo com as mãos cheias de crianças. Os jogadores do FC Porto entraram de mãos a abanar. Nada na manga: muito menos dignidade. Os meninos ficaram a ganhar: não tiveram de desinfectar as mãos depois.

Não bastou apagar a luz; era preciso apagá-los todos. É no lado escuro da vida que se sentem bem."


Afonso de Melo, in O Benfica

Apagar o apagão?

"Ninguém apaga o apagão. Uma certeza: durante anos a fio, vai continuar a falar-se no inapagável apagão. Os nossos adversários e detractores sustentam que o Benfica apagou, naquele episódio, a sua cultura democrática. Foi mesmo? Quem abriu, no próprio jogo, as hostilidades? Não foram, desde logo, os jogadores do FC Porto, que recusaram dar a mão às crianças no momento da entrada formal em campo? Nesse preciso momento, deu-se o primeiro apagão. Apagou-se, pintada de azul, a disponibilidade para uma convivência cordial.

E o que se passou no decurso da partida? Os adeptos portistas mais não fizeram do que insultar os aficionados do Benfica. Utilizaram todos os impropérios, a maioria dos quais irreproduzível, vandalizaram as bancadas, até funcionários dos bares chegaram a sequestrar. Será que esse comportamento boçal justificava que fosse estendida, em casa alheia, a passadeira de honra aos novos campeões, para mais numa competição marcada por várias imoralidades, sempre em prejuízo do Benfica e em benefício do principal opositor?

Estranho, mesmo, é que alguns benfiquistas, num acesso súbito de misericórdia perante velhas e recentes atrocidades cometidas pelo rival nortenho, critiquem o apagão e apaguem mesmo a justeza dos históricos remoques vermelhos aos processos hediondos que têm sido apanágio do clube das riscas azuis. Como pode um benfiquista ficar indiferente à vergonha que tem pautado que tem pautado as competições nacionais no último quarto de século? Como pode um benfiquista aceitar que a sua casa sirva de palco à festa daqueles que, ao longo dos últimos anos, tudo fizeram para subverter a verdade desportiva?

O apagão é mesmo inapagável. Este Campeonato passará para a história como sendo o Campeonato do Apagão. Afinal, mais cristalino, mais genuíno, mais legítimo do que muitos dos triunfos, esta temporada, do novo (mas sempre velho) campeão nacional."


João Malheiro, in O Benfica

O famoso minuto 58

"Nos dias que correm, tudo, mas literalmente tudo, serve para atacar o bom nome do Benfica. Agora, até o presidente do Vitória de Setúbal insulta os profissionais do nosso Clube porque, pasme-se, o Benfica não conseguiu vencer o Portimonense e a Naval. Eu, como benfiquista, também fiquei agastado, mas não esperava encontrar em Fernando Oliveira um companheiro de lamentação.

O inesperado da situação prende-se, essencialmente, com dois motivos. De facto, já vira presidentes adversários a decidir nomeações de árbitros, árbitros assistentes, observadores e, inclusive, a decidir sobre a constituição de plantéis de clubes satélite disfarçados de adversários. Até já vira dirigentes a tomar decisões sobre a oportunidade das famosas lesões na glândula da decência que impedem alguns futebolistas de clubes adversários de defrontar o seu clube. Mas nunca vira nenhum presidente de nenhum clube onde essas práticas aparentam ser correntes a querer tomar decisões sobre a constituição da equipa do Benfica. Fiquei surpreendido, pois Fernando Oliveira chegou a pensar em poder fazer no Benfica o que outros, aparentemente, fazem no seu Vitória.

O segundo motivo que me leva a tal espanto, prende-se com o facto de só agora Fernando Oliveira ter incluído a expressão “um jogo entre amigos” no seu discurso. Eu, por exemplo, já a uso há bastante tempo. Uma das vezes em que a usei foi em Abril de 2009, num jogo entre o Vitória de Setúbal e o FC Porto. Para os mais distraídos, foi o jogo do famoso ‘minuto 58’, o fatídico minuto em que, certamente por coincidência, Leandro Lima e Bruno Gama, jogadores emprestados pelo FC Porto ao Setúbal, e que estavam a ser os dois jogadores mais perigosos dos sadinos, foram substituídos. Antes da substituição o jogo estava empatado. No final, os de Setúbal tinham perdido para os do Porto.

Nesse dia não ouvi o actual presidente do Setúbal falar em verdade desportiva nem no infame minuto 58. Possivelmente, estaria a festejar a vitória dos amigos sobre o seu Vitória. De facto, de “jogos entre amigos” percebe ele."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

O culpado !!!

Fado maldito !!!