“Deixem-me que comece por agradecer a vossa presença aqui hoje. Sinto-me reconhecido – em nome do Clube – por terem promovido este encontro, mas, sobretudo, por terem aceite que este encontro se realizasse fora da Assembleia da República.
Pode parecer um pormenor, mas é nos pormenores que se afirmam os valores e a ética. É nos pormenores que se revela o carácter das pessoas. É nos pormenores que podemos ver as verdadeiras intenções dos seus protagonistas.
Ao contrário de alguns que acham que a política e o futebol devem viver separados, sou daqueles que defendem que devem colaborar, que devem até empenhar-se em projectos comuns, mas sempre com transparência, sem oportunismos e com a consciência de que a política não deve servir para branquear comportamentos menos sérios, nem o futebol deve apenas servir para promover os políticos em tempo de campanha eleitoral.
Ao contrário de muitos, não sou daqueles que olha com desconfiança os políticos. Acho que devemos muito aos políticos que souberam consolidar a nossa democracia nos últimos 35 anos.
Alguns maus exemplos que possam existir, não nos devem fazer cair na tentação de tomar a parte pelo todo! Porque também no futebol há maus exemplos, mas não é por isso que deixa de haver gente séria e trabalhadora entre nós.
Devemos muito aos políticos, porque a democracia depende deles. Não há democracia sem instituições representativas e políticos fortes. É por isso que quero, nesta representação de deputados, prestar uma homenagem a toda a Assembleia da República.
Servir o Estado é uma função de grande dignidade que exige um profundo sentido de responsabilidade. Administrar o que é público exige rigor e transparência. Exige sentido de dever.
A Casa da Democracia tem por obrigação servir os cidadãos deste país, e a última coisa que deve permitir é que alguns cidadãos se sirvam dela. Tal como a política, o futebol deve ser uma ponte que ajude a transmitir valores a sociedade.
O futebol é, seguramente, o desporto mais poderoso e mais eficaz na transmissão de qualquer mensagem. É por isso que o futebol deve ser posto ao serviço de algumas causas. Dou-vos dois exemplos de como a política e o futebol podem colaborar sem qualquer tipo de promiscuidade.
Recentemente – como devem saber - estive em Timor, numa visita verdadeiramente emotiva. Estamos a trabalhar no sentido de levar a Benfica TV até Timor. Será – sem dúvida - a medida mais eficaz na defesa e promoção da língua portuguesa naquele território que alguma vez se tomou desde que Timor se tornou independente.
A Benfica TV pode e deve ser um instrumento da lusofonia, ao serviço da língua portuguesa, e desta forma o futebol torna-se um instrumento político de enorme potencial sem nunca reclamar nada à política. Sem nunca lhe pedir nada em troca. É assim que as coisas devem funcionar!
A Fundação Benfica tem um projecto junto das crianças e jovens em risco. Num primeiro momento o projecto está a ser implementado na Amadora, mas a nossa intenção é alargar o projecto ao maior número de Câmaras do país.
É uma política de integração e ajuda aos mais carenciados que o Benfica promove sem nada pedir e sem nada esperar do poder político! Política significa decidir, optar, assumir responsabilidades. São verbos que também valem para o futebol. A política deve ser orientada por princípios e deve ser assumida sempre com verdade. O futebol também.
Quer na política como no futebol a desonestidade não deve caber. É de pessoas íntegras que se deve construir a política e o futebol. Esse é o meu desejo!!
Sobre o Benfica, quero dizer-vos que estamos optimistas e apesar de saber que o futebol é uma dialéctica constante entre a realidade e o desejo, creio que tal como este ano, o nosso desejo vai continuar a coincidir com a realidade.
Vivemos tempos em que a única certeza parece ser a da mudança. Tempos de oportunidades, mas também de perigos, porque há novos riscos e ameaças.
A diferença como encaramos estes dois cenários diz muito do que somos. Temos duas opções: ou somos um clube aberto, seguro, confiante no futuro, ou então assumimos uma postura deprimida, fechada, derrotada.
Pela minha parte posso-vos garantir que o Benfica está optimista e seguro das suas capacidades. O Clube voltou a ter futuro, o Clube recuperou a sua história e cresce todos os dias.
Podem ter a certeza, e assim quero concluir, que estamos a trabalhar no sentido de garantir uma equipa competitiva que revalide o título de campeão nacional da presente temporada.
Sabemos onde estamos e para onde queremos ir. Sabemos o que devemos fazer e aquilo que devemos evitar. É com esta garantia que termino esta minha intervenção, reiterando a minha gratidão pela vossa presença aqui esta noite!”
in Site do Spot Lisboa e Benfica- Luís Filipe Vieira
Pode parecer um pormenor, mas é nos pormenores que se afirmam os valores e a ética. É nos pormenores que se revela o carácter das pessoas. É nos pormenores que podemos ver as verdadeiras intenções dos seus protagonistas.
Ao contrário de alguns que acham que a política e o futebol devem viver separados, sou daqueles que defendem que devem colaborar, que devem até empenhar-se em projectos comuns, mas sempre com transparência, sem oportunismos e com a consciência de que a política não deve servir para branquear comportamentos menos sérios, nem o futebol deve apenas servir para promover os políticos em tempo de campanha eleitoral.
Ao contrário de muitos, não sou daqueles que olha com desconfiança os políticos. Acho que devemos muito aos políticos que souberam consolidar a nossa democracia nos últimos 35 anos.
Alguns maus exemplos que possam existir, não nos devem fazer cair na tentação de tomar a parte pelo todo! Porque também no futebol há maus exemplos, mas não é por isso que deixa de haver gente séria e trabalhadora entre nós.
Devemos muito aos políticos, porque a democracia depende deles. Não há democracia sem instituições representativas e políticos fortes. É por isso que quero, nesta representação de deputados, prestar uma homenagem a toda a Assembleia da República.
Servir o Estado é uma função de grande dignidade que exige um profundo sentido de responsabilidade. Administrar o que é público exige rigor e transparência. Exige sentido de dever.
A Casa da Democracia tem por obrigação servir os cidadãos deste país, e a última coisa que deve permitir é que alguns cidadãos se sirvam dela. Tal como a política, o futebol deve ser uma ponte que ajude a transmitir valores a sociedade.
O futebol é, seguramente, o desporto mais poderoso e mais eficaz na transmissão de qualquer mensagem. É por isso que o futebol deve ser posto ao serviço de algumas causas. Dou-vos dois exemplos de como a política e o futebol podem colaborar sem qualquer tipo de promiscuidade.
Recentemente – como devem saber - estive em Timor, numa visita verdadeiramente emotiva. Estamos a trabalhar no sentido de levar a Benfica TV até Timor. Será – sem dúvida - a medida mais eficaz na defesa e promoção da língua portuguesa naquele território que alguma vez se tomou desde que Timor se tornou independente.
A Benfica TV pode e deve ser um instrumento da lusofonia, ao serviço da língua portuguesa, e desta forma o futebol torna-se um instrumento político de enorme potencial sem nunca reclamar nada à política. Sem nunca lhe pedir nada em troca. É assim que as coisas devem funcionar!
A Fundação Benfica tem um projecto junto das crianças e jovens em risco. Num primeiro momento o projecto está a ser implementado na Amadora, mas a nossa intenção é alargar o projecto ao maior número de Câmaras do país.
É uma política de integração e ajuda aos mais carenciados que o Benfica promove sem nada pedir e sem nada esperar do poder político! Política significa decidir, optar, assumir responsabilidades. São verbos que também valem para o futebol. A política deve ser orientada por princípios e deve ser assumida sempre com verdade. O futebol também.
Quer na política como no futebol a desonestidade não deve caber. É de pessoas íntegras que se deve construir a política e o futebol. Esse é o meu desejo!!
Sobre o Benfica, quero dizer-vos que estamos optimistas e apesar de saber que o futebol é uma dialéctica constante entre a realidade e o desejo, creio que tal como este ano, o nosso desejo vai continuar a coincidir com a realidade.
Vivemos tempos em que a única certeza parece ser a da mudança. Tempos de oportunidades, mas também de perigos, porque há novos riscos e ameaças.
A diferença como encaramos estes dois cenários diz muito do que somos. Temos duas opções: ou somos um clube aberto, seguro, confiante no futuro, ou então assumimos uma postura deprimida, fechada, derrotada.
Pela minha parte posso-vos garantir que o Benfica está optimista e seguro das suas capacidades. O Clube voltou a ter futuro, o Clube recuperou a sua história e cresce todos os dias.
Podem ter a certeza, e assim quero concluir, que estamos a trabalhar no sentido de garantir uma equipa competitiva que revalide o título de campeão nacional da presente temporada.
Sabemos onde estamos e para onde queremos ir. Sabemos o que devemos fazer e aquilo que devemos evitar. É com esta garantia que termino esta minha intervenção, reiterando a minha gratidão pela vossa presença aqui esta noite!”
in Site do Spot Lisboa e Benfica- Luís Filipe Vieira