Últimas indefectivações
quinta-feira, 14 de março de 2024
Aos 28 anos, no auge da carreira....
"Renunciou à Seleção para se dedicar em exclusivo ao Benfica
AURSNES é um grande jogador, de equipa, polivalente, que cumpre sempre bem, com inegável qualidade, qualquer que seja o lugar onde o treinador o coloque a jogar. Já perdemos a conta à quantidade de posições que fez desde que chegou ao Benfica - e não me lembro de ouvir alguma vez comentar-se que "o Aursnes hoje não jogou nada".
AURSNES é também um enorme profissional, simples, discreto o quanto baste, avesso a polémicas, avesso a vaidades descabidas e desnecessárias, é daqueles que coloca sempre os interesses do grupo acima dos seus.
AURSNES tinha o lugar garantido na seleção da Noruega. Não abdicou por birra, não abdicou por estar velho e acabado, não abdicou sequer por não ser primeira escolha do selecionador. Com 28 anos, no auge da carreira, abdicou para se poder concentrar exclusivamente no Benfica.
Obrigado, AURSNES!"
Garrafinhas!
"Em Inglaterra jogaram como nunca, perderam como sempre.
❌ Os 2 convocados por a canarinha falharam os seus penaltis...
❌ o melhor guarda redes do mundo de penalti não apanhou nenhum...
Da Rassa do Dragoun nem a garrafinha faltou!!
O mau perder do "bom samaritano" marcou presença. Já é um habitué...😏
Falta pouco para ficarem a época a seco.."
O Benfica tem um problema e não consegue resolvê-lo
"... e também não parece esforçar-se muito para travar os comportamentos dos seus adeptos radicais nos jogos europeus
Durante os próximos dois anos vai pender uma pena suspensa sobre o Benfica na venda de bilhetes para os seus adeptos nos jogos fora das competições europeias, no que deve ser lido como um indício de que a corda está a esticar tanto que não faltará muito para a UEFA castigar severamente o clube, incluindo a possibilidade de fazer jogos à porta fechada. Já faltou mais.
Os episódios de mau comportamento de benfiquistas têm sido recorrentes e deviam envergonhar os seus dirigentes, com Rui Costa à cabeça. O que ocorreu em Milão na época passada na partida frente ao Inter e o que se verificou em San Sebastián antes e durante o banho de bola que a Real Sociedad deu às águias são imagens que se aproximam de um radicalismo enraizado nalguns países de Leste e que têm produzido duras punições a partir de Nyon.
Não há como negá-lo: o Benfica tem um problema com os seus adeptos mais extremistas e não parece saber resolvê-lo. Em parte porque também não parece muito empenhado em tratar do assunto, tanto do ponto de vista interno como da defesa da imagem para o exterior. Depois do que sucedeu no País Basco, por exemplo, esperava-se no mínimo que a Direção das águias agisse com punho de ferro, tentando saber, um a um, quem andou a espalhar terror nas ruas e no novo Anoeta e agisse em conformidade; e por outro lado uma ação de relações públicas também teria sido uma decisão feliz em nome da credibilidade na vez de um seco pedido de desculpas em forma de comunicado que terminava com um argumento a inspirar grandeza: «Felizmente não há feridos a registar.» Pinto da Costa não diria melhor.
Este é um tema que passa muitas vezes pelos pingos da chuva porque se dissolve sempre no que aconteceu dentro das quatro linhas, mas é muito mais relevante do que meras notas de rodapé. Porque não é um problema de circunstância, mas algo muito mais estrutural. E que devia ser encarado com menos desculpas e mais ação.
O Real Madrid, por exemplo, acabou com os lugares cedidos à claque Ultras Sur. Já lá vão 11 anos desde que Florentino Pérez se fartou. Em substituição entraram os Grada Fans (aqueles que se vestem todos de branco atrás de uma das balizas do Santiago Bernabéu), que para merecerem o direito de ali estar têm de assinar um contrato em que se dispõem a cumprir uma série de requisitos. Que não são nada mais que regras de bom senso. Quem se portar mal é expulso, simples. E que se sabia, desde 2013 os merengues não deixaram de ter apoio e ganharam umas coisinhas: cinco Champions, três Mundiais de clubes, quatro Supertaças europeias, três campeonatos, duas Taças do Rei e quatro Supertaças de Espanha.
Tudo se resume a uma questão de querer. Honra seja feita a Frederico Varandas, que sofreu ao enfrentar a claque mais representativa do Sporting, retirando-lhe uma série de privilégios que alimentavam uma série de práticas que pouco ou nada tinham a ver com os interesses do clube.
No momento em que o líder da claque do FC Porto, Fernando Madureira, se encontra detido por atos ligados à própria claque, entrámos definitivamente numa era em que os clubes portugueses têm de abandonar vícios do século passado e lembrando, doa a quem doer, quem realmente manda. Antes que passem mais vergonhas."
Dilema (Liga) Europa
"Sporting e Benfica com diferentes perspetivas na Europa. Schmidt não terá dos benfiquistas a mesma folga que Amorim pode ter dos sportinguistas
Este dilema tem um nome: Europa. Ou melhor, tem dois nomes: Liga Europa. Porque se da Champions se tratasse nada de dilema: a Liga dos Campeões não permite gestões, ainda mais nesta fase, pede ambição que pode levar ao prestígio e ainda a mais milhões.
Compreendo que o Sporting, tal como Rúben Amorim anda a dizer há algum tempo, dê prioridade ao campeonato. Não é todos os anos que os leões são campeões - ou melhor, raros são os anos em que os leões são campeões -, menos ainda os intervalos curtos entre campeonatos a verde e branco. Por isso compreendo que em temporada em que o título é, em março, um objetivo palpável o foco seja a liga nacional. Mas custa-me entender que se possa abdicar assim tão facilmente de uma prova europeia - menos milionária, sim, mas igualmente prestigiante e mediática, sobretudo com o passar das fases e eliminatórias.
O plantel do Sporting é curto. Sim, é curto. Quando todos às ordens, como foi o caso do jogo com o Arouca, ainda se olha para um banco com alternativas que podem acrescentar. O problema é quando falta uma ou duas peças: basta isso para a manta ficar curta. Demasiado curta. E aí o treinador não poderá ser absolvido de época após época preferir sempre grupos mais reduzidos…
Antes do jogo com o Arouca - deslocação vista, e com razão, como chave -, porém, o treinador leonino abriu a porta a alguma ambição europeia: «Não abdicamos de nada! Se houver uma duvidazinha, vamos sempre para o campeonato. Este [jogo, Arouca] é o mais importante que temos, por ser a nossa grande prioridade, mas não abdicamos de nada, nem da Taça de Portugal nem da Liga Europa!» Não se pede a Amorim que perca esse foco principal no campeonato, mas os adeptos do Sporting têm sido claros em todas as deslocações europeias e a mensagem tem sido mostrada em faixas nas bancadas: chegar a Dublin é também um sonho - menos realista? Sim, mas se os adeptos sonham, o treinador não os deve acordar antes de tempo, o risco faz parte do jogo.
Do jogo do Benfica faz também parte a Liga Europa. O dilema encarnado é no entanto diferente do leonino. Porque Roger Schmidt está numa posição em que eliminação aos pés do Rangers agudizaria ainda mais a relação extremada entre treinador e massa adepta encarnada. As águias entraram para a eliminatória com os escoceses com o estatuto de favoritas, derrota não seria perdoada e deixava o foco (negativo) ainda mais colocado no alemão. Nesta perspetiva puramente europeia, o dilema de Schmidt é um problema, não lhe perdoariam mais um desaire; já Amorim não tem essa pressão - mas que isso não o desresponsabilize de tal forma para abdicar de lutar."
E se o futebol profissional seguisse exemplos do futebol e do futsal femininos?
"Reduzir e reciclar é um excelente lema da atualidade, que pode muito bem ser aplicado ao mais belo jogo
A partir da temporada de 2025/2026 as Ligas femininas de futebol e futsal passarão a contar com dez equipas, em vez das atuais doze. Isto terá implicações no formato das competições na próxima época, dado que terá forçosamente de haver um maior número de despromoções.
O que parece, analisado de repente e do ponto de vista dos clubes menos fortes, uma má novidade, pode muito bem vir a constituir uma excelente notícia para o futebol e o futsal femininos. Num país de pequenas dimensões, poucos praticantes (ainda que em crescendo) e parcos recursos económicos, menos tem tudo para ser mais: mais competitividade, mais equilíbrio, mais sustentabilidade financeira e, consequentemente, mais qualidade.
Estas medidas foram acompanhadas pela criação de uma quarta divisão nacional, no futebol, e de um campeonato nacional de sub-15, no caso do futsal.
Voltando ao encurtamento do número de equipas, a verdade é que ele parece capaz de fazer bastante sentido noutras latitudes. E sim, estou a falar do futebol profissional masculino.
Mais do que discutir a competitividade, o equilíbrio, a sustentabilidade financeira e a qualidade, que constituem deduções lógicas, importa referir o fundamental no caso das ligas profissionais: o alívio do calendário competitivo.
A partir do próximo ano as provas europeias vão ter ainda mais jogos. Não se prevendo que diminuam as datas reservadas às Seleções Nacionais, é pouco crível que a redução da Taça da Liga compense o congestionamento causado às equipas que atingirem as competições da UEFA, desejando-se pelo caminho que desta vez possamos ter representantes na Liga Conferência.
No mundo científico há centenas de investigadores, de variados quadrantes do globo, a estudarem os calendários competitivos no futebol. As conclusões não são brilhantes do ponto de vista dos atletas, ainda que possam ser extremamente luminosas quando admiradas à luz do dinheiro envolvido e da geração de receitas. Como em tudo na vida, há que procurar equilíbrios, até porque sem jogadores em boa forma a tendência será sempre a de piorar a qualidade dos espetáculos oferecidos, o que a prazo provocará uma quebra nessas receitas que agora sobem, sobem, sobem. E não vale a pena comparar com a NBA, porque o tipo de cargas a que os atletas são sujeitos é diferente. Não digo que o dos basquetebolistas é menor, apenas que pede diferentes tipos e tempos de recuperação. Para não falar da rotatividade das equipas durante um jogo e da própria duração do mesmo.
Com menos equipas no campeonato português — por força dos tais equilíbrio, competitividade e qualidade — o produto torna-se mais vendável.
As equipas que representam Portugal na Europa podem preparar-se melhor.
A Taça de Portugal pode ter pelo menos mais uma eliminatória ao fim de semana (bem como meias-finais com menor espaçamento entre as duas mãos).
Pode ser, até, que passem a encontrar-se datas para jogos adiados por imprevistos meteorológicos, políticos ou de qualquer outra ordem.
Talvez não fosse má ideia começar a pensar a sério no assunto."
Penúltima chamada
"Roberto Martínez faz esta sexta-feira a derradeira convocatória antes de, em maio, revelar a lista definitiva de 23 eleitos para o Euro-2024; as novidades serão… muitas!
Penúltima chamada para o voo rumo a Marienfeld. Os passageiros Pedro Gonçalves, Trincão, Paulinho, Francisco Conceição, Jota Silva, Beto, Florentino, Tiago Djaló, Mathias Lage e Diogo Leite devem dirigir-se, de imediato, à porta de embarque.
É que, já esta sexta-feira, acontece a última chamada antes do derradeiro anúncio, em maio, dos 23 convocados para o Euro-2024. Na mente do selecionador Roberto Martínez a lista de eleitos de Portugal para a fase final está definida. Com exceção para imponderáveis, como lesões de última hora (ou as atuais, que não recuperem), já não há grandes dúvidas na cabeça do técnico que levou a Seleção a inéditas 10 vitórias em 10 jogos de qualificação.
Certo é que, excetuando os ausentes por motivos de força maior (como os lesionados Diogo Jota e Ricardo Horta, ambos recuperáveis para maio), a lista final de 23 será feita a partir dos que estiverem neste estágio de março — isto é, não haverá ausentes por opção agora que, depois, sejam anunciados a 19 de maio.
Ora, sendo assim, o que fazem, então, neste texto os dez jogadores mencionados no primeiro parágrafo, os tais passageiros que poderão integrar esta penúltima chamada? A resposta está na originalidade prevista para a convocatória desta sexta-feira: Martínez vai chamar 32 jogadores: 11 (mais os três guarda-redes) que permanecerão nos dias todos do estágio; e depois um grupo de 9 para o primeiro jogo, a 21 de março, com a Suécia em Guimarães, e outro grupo 9 para o segundo, na Eslovénia, a 26.
Esta convocatória excecional incluirá, portanto, os que integrarão uma lista de espera, para a eventualidade de um dos que já assegurou reserva ter algum percalço no derradeiro instante e abra vaga para os que ainda acalentam esperanças de ver o seu nome no rol final de 23 escolhidos — que até podem ser 24 ou 25, caso os selecionadores consigam no workshop de 8 de abril na Alemanha autorização da UEFA para o alargamento das listas, como pretendem."
A culpa é dos europeus
"O ex-base três vezes All-Star Gilbert Arenas quer mais defesa e dureza na NBA e menos pontos e já encontrou os culpados pela atual situação
Nas últimas décadas a NBA preocupou-se que os jogos atingissem, regularmente, os 100 pontos. Os estudos que têm, desde os anos 90, mostram que isso é bom. Que mesmo quando a sua equipa perde, os adeptos vão para casa mais satisfeitos com três digitos no marcador. Mas agora, com as médias a registarem os números mais elevados dos últimos 50 anos, 115,0 pontos/jogo — na época passada foi 114,7 e desde 2018/19 tem estado sempre acima 111,2 —, a preocupação de muitos é, quem diria, que não se marque tanto. Elevar os níveis defensivos. Para tal algumas regras que não protegem tanto o atacante poderão ser alteradas, mas o commisioner Adam Silver não abraça de peito aberto essa linha de pensamento.
Para o ex-base Gilbert Arenas, três vezes All-Star, a culpa é dos europeus, como afirmou no seu podcast Gil’s Arena. Eles estragaram «o nosso estilo… americano, mais de isolamento, de um contra um» porque não são tão fortes fisicamente, atléticos, e não gostam de defesas agressivas. Para que se adaptassem melhor e tirassem partido do lançamento de três pontos, «a NBA retirou a agressividade… Suavizaram as regras» por causa da globalização do negócio.
Gilbert diz até que a solução era livrarem-se dos europeus, «hoje em dia são 150», e que estes têm de passar pelas universidades americanas e aprender a defender pois, além do francês Rudy Gobert (Wolves) e do grego Giannis Antetokounmpo (Bucks), não há nenhum entre os melhores defensores.
Mas será que os americanos defendem? Haverá algum treinador europeu na Liga? O basquete mudou há muito. Está mais espaçado no campo e para que haja ajudas defensivas alguém ficará mais afastado e liberto para lançar ou atacar o cesto. Hoje todos são mais versáteis, e sim, os postes europeus lançam muito bem. Mas o basquete mundial também evoluiu e o Europeu já não leva 20 pontos das equipas da NBA. Bate-se com elas, com americanos.
Quem fez a revolução dos triplos? Um americano: Stephen Curry, com os seus loucos e certeiros lançamentos de onde quer seja. Obrigou que todos o seguissem. O seu treinador Steve Kerr, que explorou a eficácia de Curry, aposta num basquete coletivo, de passe e movimentação ofensiva. De que Gilbert não gosta. Aprendeu-o com… outro americano, Gregg Popovich, dos Spurs. O primeiro ganhou quatro títulos como técnico, o segundo cinco. E nenhum voltou as costas à defesa.
No início de época havia 125 estrangeiros de 40 países na NBA, 64 europeus, mas também 26 canadianos, que vieram de universidades da América do Norte. As tais que ensinam a defender… Entre o top 25 de defensores está ainda o letão Kristaps Porzingis (Celtics), o francês Victor Wembanyama (Spurs), o sérvio Nikola Jokic (Nuggets), o bósnio Jusuf Nurkic (Suns) e o lituano Jonas Valenciunas (Pelicans).
Nas últimas cinco épocas Antetokounmpo e Jokic ganharam quatro dos troféus MVP e este ano três dos cinco atuais candidatos são do velho continente. Muitos europeus quando chegam à NBA já atuaram em equipas seniores e enfrentam homens experientes. O que Arenas não gosta é que a liga esteja a ser dominada por estrangeiros e que estes se tenham adaptado muito bem melhor à mudança do jogo e regras."
Penalty's!
Jornada negra para a Liga da Verdade pic.twitter.com/Q7JygwTvsz
— O Fura-Redes (@OFuraRedes) March 13, 2024
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