Últimas indefectivações

terça-feira, 7 de maio de 2024

O sacrifício valeu a pena


"Em Junho de 1974, período que fervilhava de mudanças, as Marias do Benfica conquistavam a segunda Taça de Portugal

Em 2023/24, o voleibol feminino encarnado reconquistou, 50 anos depois, a Taça de Portugal.
As Marias do Benfica conquistaram as primeiras duas edições da prova-rainha, em 1972/73 e 1973/74, fazendo também a dobradinha com o Campeonato Nacional. A equipa era, então, a melhor em Portugal, não perdendo nenhum jogo nacional desde 1967.
A primeira final da Taça foi na Póvoa de Varzim, que, em 30 de Junho de 1973, festejava o São Pedro. As Marias acabaram a festejar a primeira Taça, frente ao Leixões (3-1), pelas ruas poveiras.
A segunda final deu-se contra a equipa do CDUP (3-0), ao sábado de 29 de Junho de 1974, em Viseu, no Pavilhão do Fontelo. A cidade era um festival de voleibol, pois recebia as finais das Taças de Portugal feminina e masculina.
Mas a Federação era criticada pela escolha, pois distanciava muito de Lisboa e do Porto. O Benfica viajou para Viseu na sexta-feita para conseguir abastecer, dado não haver combustível ao fim de semana pela crise petrolífera de então. Outra crítica apontava as datas, que batiam com o período de exames, e a maioria das voleibolistas eram estudantes.
Não havia festa na cidade, mas houve-a na equipa, pois Paula Antunes completava 19 anos. Ao almoço, depois do bolo, as colegas 'deram-lhe um disco'. A equipa masculina ofereceu-lhe 'um lindo ramo de cravos vermelhos', simbólico de 'que são os cravos vermelhos que marcam os grandes dias'.
Antes do jogo, as equipas jogaram futebol no relvado do hotel, interrompido pelos treinadores, que lhes tiraram a bola. Em jeito de retaliação, prometeram ao seccionista Abílio Pissarra 'que o deitavam à piscina se ganhassem o jogo'.
Pelo segundo ano consecutivo, as Marias trouxeram a Taça de Portugal. 'Com mais ou menos sacríficio, valeu a pena', mesmo em dia de aniversário, exames ou com uma filha doente em Lisboa. Também os masculinos venceram a Taça de Portugal, frente ao Leixões (3-1). Foram grandes as ovações dos muitos benfiquistas no Fontelo.
À 1:30 de manhã, Abílio Pissarra, jogadores e jogadoras do Benfica acabaram na piscina do Hotel Grão Vasco. Até às 5 da madrugada, as ruas viseenses foram de um Benfica em ambiente de festejo, com ceia, viola, fado, dança, uma e outra cerveja, ou chã.
No dia seguinte, como em 1966, almoçou-se na Bairrada, mas agora com duas Taças de Portugal na mesa. Pela primeira vez, o Benfica somava duas conquistas em provas nacionais na mesma época, em ambos os géneros.
No Museu Benfica - Cosme Damião, pode contemplar estes troféus na área 3 - orgulho Eclético."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

Treinador? Não, obrigado


"Não tenho competência nem ambição para ser treinador de futebol e, tendo em conta o nível de conhecimento superior exibido atualmente, penso que estou ainda menos preparado para ser treinador de bancada. Vejo mais certezas do que dúvidas, com convicções tamanhas que me levam a questionar se os clubes deveriam recrutar os seus treinadores no mundo do futebol ou no Twitter. No banco, todos cometem erros, mas na bancada ou no café não falta quem acerte sempre.
Lembro-me bem do que foi dito sobre Xabi Alonso, quando perdeu 0-3 em casa frente ao FCP, no seu segundo jogo à frente do Bayer Leverkusen. Em 180 minutos, a avaliação do antigo médio estava feita: impreparado para treinar ao mais alto nível. Um ano depois, chovem elogios em cima do homem que conquistou a primeira Bundesliga para o clube alemão, superando inclusive o recorde de invencibilidade do gigante Bayern de Munique. Guardiola foi terceiro classificado na primeira época no comando do Manchester City. Didier Deschamps viu Portugal roubar o Campeonato da Europa à França em 2016, antes de vencer o Campeonato do Mundo em 2018. Não faltam exemplos de treinadores que falham objetivos e depois contribuem com um papel crucial para a conquista de objetivos ainda maiores, alguns aparentemente inalcançáveis. Os que nunca falham, normalmente, estão sentados no sofá.
No Benfica, Trapattoni foi o último treinador a despedir-se do Clube erguido em ombros. Todos os que se seguiram, mesmo os campeões, viram a sua competência colocada em causa pelos adeptos quando nada corria bem. Jesus, Rui Vitória, Bruno Lage e, agora, Roger Schmidt. Vale a pena refletir. A exigência é maravilhosa, mas o bom senso também."

Pedro Soares, in O Benfica

Até ao fim


"Matematicamente, o campeonato ainda não está decidido. E se vencermos em Famalicão, sejam quais forem os outros resultados, não se decidirá nesta jornada.
Reverter a classificação para o nosso lado exigiria golpes de sorte absolutamente fora do comum, e é preciso um optimismo muito acima da média para acreditar nessa possibilidade. Porém, a verdade é que já vimos de tudo no futebol europeu e mundial. E, este momento, há que garantir, pelo menos, que a matemática não venha a quebrar do nosso lado.
Ao Benfica cabe, pois, vencer os jogos que lhe faltam, preferencialmente com boas exibições. Não sendo possível ser campeão, que adie ao máximo a atribuição desse título, e reduza ao mínimo e distância final para o rival. Se no palmarés isso não irá fazer grande diferença, na análise à temporada não poderá deixar de ter tido em conta. Até porque as últimas impressões são as que ficam, a terminar com 9 vitórias nos últimos 10 jogos deixará certamente alguma marca.
Também não podemos olhar apenas para o umbigo. O campeonato do Sporting tem sido absolutamente extraordinário. Se não me falham as contas, o Benfica nunca teve, à 31.ª jornada, os 81 pontos que eles somam nesta altura. Embora possamos ainda chegar, com mais 3 vitórias, aos 85 (que, em condições normais, dariam para ser campeão de várias temporadas=, nem a pontuação da época passada (87) seria suficiente para assegurar este título. As coisas são o que são: o Sporting tem sido muito forte, eu diria anormalmente forte, e seria sempre difícil superá-lo neste ano. A ideia ganha ainda mais vigor se olharmos para os 13 pontos de vantagem que temos sobre o FC Porto - o nosso principal adversário das últimas décadas.
Não queremos dar nada a ninguém, e não vamos dar nada a ninguém. Há que somar 9 pontos e então fazer as contas."

Luís Fialho, in O Benfica

Ser Benfica faz bem!


"Este Benfica que nos preenche tem a capacidade de nos fazer bem muito para lá da competição e do desporto, ele toca positivamente as nossas vidas em muitas outras dimensões. Sem veleidade de tudo abarcar nas curtas linhas duma coluna, indico algumas que são consensualmente importantes.
A identidade e a pertença são uma dessas dimensões, permitindo a todos fazer parte de um coletivo, grande, forte e prestigiado, com símbolos e heróis, com uma identidade forte e com uma história, mas também com um presente e com augúrios de um futuro brilhante. Não é pouco coisa num mundo em que se vive cada vez mais o imediatismo e em que, mesmo entre nós, se luta cada vez mais pelo sustento e pelo abrigo.
Outra é seguramente e cultura de excelência e superação pela ambição, pelo trabalho e pela melhoria contínua que é matriz e lema do Sport Lisboa e Benfica, é um verdadeiro farol para todos nós, adultos ou crianças, que por vezes questionarmos o destino perante e dureza da caminhada e que enfrentamos a cada passo a tentação de desistir ou abrandar, contentando-nos com menos. A tudo isso o Benfica diz não e vai à luta até ao último minuto, e quantas vezes arranca dessa forma uma vitória em cima de um jogo onde tudo parecia correr mal. Nisso nos inspiramos muito e daí tiramos grande mais-valia porque também é assim na vida, o que faz esta inspiração contagiante um importante fator de motivação e de sucesso individual.
Outra ainda, de importância capital, é o incentivo à prática desportiva e à atividade física num tempo em que tudo, dos hábitos de lazer ao teletrabalho, nos empurra para o sedentarismo com todas as suas consequências sobre a nossa saúde e bem-estar. Mas a que mais abre sorrisos é a solidariedade humana incondicional que cultivamos e que ganha expressão máxima no envolvimento e na proximidade relacional de jogadores e atletas que descem dos pedestais da fama e se materializam em abraços e palavras de incentivo em momentos de grande dificuldade dos adeptos."

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3n4n4


"0
João Neves não foi utilizado na vitória frente ao Braga e já não restam totalistas na presente época. O jovem centrocampista e Aursnes são quem participou em mais partidas (52), sendo que o norueguês é o que soma mais minutos (4878, incluindo tempos adicionais), Otamendi o 2º (4751) e António Silva o 3º (4603);

3
O Benfica é campeão nacional pela 3ª vez no escalão sub-19 feminino de futebol;

4
O Benfica conquistou, pela 4ª vez, a Taça da Liga de futebol no feminino;

6
Marcos Leonardo está no trio de melhores marcadores do Benfica na baliza sul do estádio da Luz, em jogos oficiais, na presente temporada, com 6 golos (Di María e Rafa são os restantes). O líder de assistências para golo naquela baliza é Neres, com 7;

15
Neres é o 5º, em 2023/24, a chegar às 15 participações diretas na finalização de golos em jogos oficiais, com 5 golos e 10 assistências. Aursnes tem o mesmo total, mas com 4 golos e 11 assistências. O líder é Rafa (20+14), seguido por Di María (16+14) e Kökcü (5+11);

23
Rafa chegou aos 324 jogos oficiais de águia ao peito e é agora o 23º com mais jogos em competições oficiais pelo Benfica, partilhando essa posição com Carlos Manuel e Chalana;

75
Marcos Leonardo bisou e leva 7 golos desde que chegou ao Benfica em apenas 526 minutos de utilização (incluindo tempos adicionais), precisando de 75 minutos para marcar. Limitando a análise ao Campeonato Nacional, prova em que o avançado brasileiro marcou todos os golos e alinhou em 341 minutos (incluindo tempos adicionais), concretiza a cada 49 minutos em campo;

100
António Silva e Aursnes completaram 100 jogos, incluindo particulares, pela primeira equipa do Benfica."

João Tomaz, in O Benfica

Fever Pitch - Domingo Desportivo - Ok mas 20 não são 24

Regenerar o futebol

Mauro Xavier, in Record

Zero: Ataque Rápido - S04E38 - Correu bem. E agora, Amorim?

Terceiro Anel: Diário...

Terceiro Anel: Famalicão...

O que é que o Mbappé, o Ronaldo e o Gyökeres têm em comum?


"A resposta imediata a esta questão poderia ser, são os três avançados e marcam muitos golos, mas, considerações futebolísticas à parte, têm em comum a forma peculiar e única como festejam os seus golos.
O francês Kylian Mbappé celebra a maioria dos seus golos cruzando os braços e enfiando as mãos debaixo das axilas. Tornou-se um dos festejos de golo mais emblemáticos do mundo. O Cristiano Ronaldo, por outro lado, festeja os golos com um salto, acompanhado de um movimento com os braços de cima para baixo, soltando o famoso grito "SIIM". Este festejo é replicado em todos os continentes. Já Gyökeres, num festejo que tem sido amplamente difundido na Liga Portuguesa e repetido por pequenos e graúdos, festeja os seus golos fazendo uma espécie de máscara à frente da boca, com os dedos entrelaçados.

O que têm de diferente? Nem todos registaram a sua pose típica de celebração.
Mbappé, que deverá transferir-se para a equipa espanhola Real Madrid no final da temporada, já tomou medidas para registar um logótipo que representa a sua celebração como marca em vários países, bem como na União Europeia. O mesmo aconteceu com o seu apelido, as suas iniciais e duas das suas citações mais famosas. A marca mista, ou vulgarmente, o logótipo a preto e branco representa um Mbappé sorridente, a festejar à sua maneira.
Mbappé não é o único atleta famoso que procurou proteger os direitos exclusivos da sua celebração de assinatura. Em 2022, por exemplo, o velocista jamaicano Usain Bolt apresentou um pedido de registo do logótipo que mostra a sua pose de celebração da vitória. Esse pedido ainda está pendente no Gabinete de Patentes e Marcas dos EUA.
Se é bastante comum os atletas e celebridades registarem os seus nomes como marcas, registar formas especificas de comemoração, já não é uma prática tão comum, o Cristiano Ronaldo e o Lionel Messi têm cerca de 6 marcas, cada um, registadas na Europa, tendo sido, entretanto, destronados por Mbappé como os jogadores com mais marcas registadas.
Sendo inúmeros os casos de disputas jurídicas que envolvem a utilização de nomes de figuras públicas em contencioso de marcas, essas disputas têm por fundamento a proteção dos direitos de imagem e a prevenção de exploração não autorizada da fama de uma pessoa para fins comerciais.
Tais litígios ocorrem frequentemente quando alguém regista o nome de uma personalidade famosa como marca e tenta explorar comercialmente a sua imagem ou reputação sem autorização. Lionel Messi e Cristiano Ronaldo também estiveram envolvidos em disputas relacionadas com o uso dos seus nomes por marcas detidas por terceiros.
No caso de Lionel Messi, em 2011, uma empresa espanhola denominada J.M.-E.V. e Messi Cuccittini apresentou um pedido de registo da marca "MESSI" para uma variedade de produtos, incluindo roupas desportivas e equipamentos. Messi contestou o registo, alegando que o seu Apelido era amplamente conhecido como sendo a sua marca pessoal e que o uso indevido poderia causar confusão aos consumidores. Em 2018, o Tribunal Geral da União Europeia decidiu a favor de Messi, anulando o registo da marca "MESSI" pela empresa espanhola.
No caso de Cristiano Ronaldo, em 2015, uma empresa chinesa chamada Xintong Tiandi Technology solicitou o registo da marca "CRISTIANO RONALDO" na China para produtos como carteiras, roupas e bebidas alcoólicas. Ronaldo acionou judicialmente a empresa requerente chinesa, alegando uma violação dos seus direitos de propriedade intelectual. Em 2017, um tribunal chinês decidiu a favor de Ronaldo, afirmando que o uso do seu nome na marca poderia criar confusão junto dos consumidores e implicar uma associação não autorizada com o jogador.
Estes casos exemplificam a importância dos direitos de imagem e da proteção das marcas pessoais de figuras públicas. As celebridades têm interesse em proteger os seus nomes e reputações contra o uso não autorizado por terceiros, especialmente quando isso pode criar confusão nos consumidores ou explorar indevidamente a sua fama para fins comerciais, por terceiros.
Então e os festejos? O Cristiano Ronaldo, por exemplo, registou várias marcas associadas ao seu nome, como CR7, mas não registou, até ao presente momento, a sua forma de celebração de golos.
A razão pela qual os atletas famosos procuram acumular direitos (e registos) sobre as suas poses de assinatura e outros aspetos da sua imagem é óbvia. Pretendem transformá-las em marcas de sucesso que possam ser utilizadas comercialmente numa vasta gama de mercados. Entre os produtos abrangidos pelos pedidos de registo de Mbappé encontram-se vestuário, têxteis, calçado, brinquedos, jogos de vídeo, guarda-chuvas, malas, jóias, perfumaria, cosméticos e pastas de dentes.
Mas como pode a pose de celebração de uma estrela do desporto tornar-se uma marca? Para responder a esta pergunta, temos de analisar a natureza e a função das marcas registadas.
Uma marca registada é utilizada no comércio para distinguir os produtos e serviços de uma empresa dos seus concorrentes. Como tal, a principal função de uma marca registada (mas não a única) é indicar a origem comercial de um produto ou serviço. Os logótipos, ou as marcas mistas, que representam a pose icónica de um atleta famoso podem satisfazer este requisito. Estas posturas corporais, criam uma associação forte entre o jogador e os produtos nos quais a sua imagem é afixada, oferecendo uma caraterização mais distintiva em comparação com uma imagem tradicional. Desta forma, através da marca, os consumidores conseguem distinguir os produtos vendidos e/ou apoiados pelo jogador dos produtos vendidos por outros, funcionando como uma indicação da fonte comercial.
Importa, no entanto, ter em consideração que esta proteção não deve colidir com a liberdade de expressão. Sendo uma marca registada, Mbappé poderia, em teoria, fazer valer os seus direitos contra o determinado Website, de forma a impedir a divulgação de publicações que utilizem a sua marca e que manchem ou retirem partido da sua reputação. Esta hipotética causa de ação teria ainda mais fundamento se o website apresentasse publicitário e secções patrocinadas, uma vez que Mbappé poderia alegar que as suas marcas estariam a ser exploradas comercialmente.
O problema potencial seria que essa aplicação cega do direito à marca impediria, indevidamente, o direito dos adeptos de futebol à liberdade de expressão e até a liberdade de imprensa. Além disso, permitiria injustificadamente que os proprietários de marcas registadas impedissem que as suas marcas fossem utilizadas para fins que não fossem estritamente comerciais.
A estratégia de proteção de determinada marca de um desportista ou de uma celebridade é legítima e está em linha com as atuais tendências de branding, mas estas personalidades não devem fazer valer as suas marcas contra quem se limita a expressar opiniões e ideias, sem um objetivo económico específico. Caso o façam, arriscam não apenas perder o processo judicial, mas também alienar os seus fãs.
Um caso bastante comum de logotipo que teve por base, não o festejo, mas a forma de encestar de um jogador é a marca Jordan, propriedade da Nike, e criada de forma a promover o basquetebolista Michael Jordan e incentivar o consumo junto dos seus fãs. A parceria com Michael Jordan começou em 1987 com o lançamento do clássico Jordan 1, que selou esta colaboração, tendo o logótipo do salto para o cesto sido registado em 1990.
Por cá, ficamos a aguardar o registo do festejo de Gyökeres."

1 Minuto

- Minuto...

Títulos no basquetebol


"Nesta edição da BNews, o destaque recai nos títulos conquistados pelas equipas masculina e feminina de basquetebol benfiquistas.

1. Campeãs nacionais
A equipa feminina de basquetebol do Benfica foi mais forte no jogo derradeiro da final dos play-offs frente ao União Sportiva (51-67) e regressou à posição cimeira da modalidade, conquistando o terceiro título nacional em quatro temporadas.
Eugénio Rodrigues elogia as jogadoras: "Vencermos desta maneira, em casa do adversário, é uma demonstração de que esta equipa tinha caráter. Estamos muitíssimos felizes porque podemos devolver aos Benfiquistas a alegria, e espero que continuem a ter orgulho nesta equipa de mulheres benfiquistas. Foi à Benfica."

2. Troféu conquistado
O Benfica ganhou a Taça Hugo dos Santos, batendo, na final, o FC Porto, por 66-72. Norberto Alves destaca o mérito da equipa: "Houve um grande esforço dos jogadores nesta altura da época. Foi uma vitória justa."

3. Desaire em Famalicão
O Benfica foi derrotado, por 2-0, na deslocação a Famalicão.
Roger Schmidt faz a leitura do jogo: "Foi uma primeira parte 'descontrolada', com oportunidades para os dois lados. Depois do intervalo estivemos melhor e dominámos, tivemos momentos suficientes para decidir o jogo e para o ganhar. Depois, o Famalicão marcou. A partir daí, foi diferente, e foi difícil para nós voltar ao jogo."
Otamendi partilha o que sente em relação à época: "Não estivemos bem, penso que é claro. Há que estar preparado para competir e ganhar títulos, encarar a próxima da melhor maneira. Tratar de não cometer os erros que cometemos nesta, vestir a camisola e representá-la da forma que ela merece."

4. A uma vitória do título
A equipa feminina de futebol do Benfica ganhou, por 0-1, na visita ao Valadares Gaia. O triunfo na última jornada (no Benfica Campus, sábado às 14h00, frente ao Racing Power) garante o tetracampeonato.
Filipa Patão lamenta as condições do piso e releva a atitude das jogadoras: "Vir a este campo já é difícil em condições normais, muito mais com as condições que tivemos aqui. As nossas jogadoras foram umas guerreiras."

5. Outros resultados
A equipa B empatou a dois golos com o Paços de Ferreira. Os Sub-19 empataram, sem golos, na visita ao Farense. As equipas Sub-17 (vitória, por 1-2, no campo do Sporting) e Sub-15 (empate a zero com o Sporting no Benfica Campus) deram passos importantes para a conquista dos respetivos títulos.
No râguebi, o Benfica apurou-se para as meias-finais do Campeonato Nacional ao ganhar, por 23-16, ao CDUL. A equipa feminina de voleibol perdeu, por 3-2, na negra da final dos play-offs da Taça Federação. A equipa feminina de hóquei em patins triunfou, por 9-2, ante a APAC Tojal.
No jogo de atribuição dos 3.º e 4.º lugares da UEFA Futsal Champions League, o Benfica ganhou, por 3-6, frente ao Sporting.

6. Evento especial
Ao longo do fim de semana, num domingo em que se celebrou o Dia da Mãe, as mães participaram nos treinos das Escolas do Benfica de Futebol no Complexo Desportivo do Estádio da Luz."

ESPN: Futebol no Mundo #335 - Real Madrid campeão espanhol: melhor trabalho de Carlo Ancelotti?

Germânicos esquisitos!!!

Visão: S05E35 - Famalicão...

Bi-mentira!

Uma fake news repetida muitas vezes não passa a ser uma verdade


"SIC notícias - 20⁰ Título de Campeão
RTP 3 - 20⁰ Título de Campeão
SportTV - 20⁰ Título de Campeão
CNN - 20⁰ Título de Campeão
CMTV - 20º Título de Campeão

Sporting - 24º Título de Campeão

Não se pode nem deve normalizar uma mentira. A FPF e a Liga Portugal devem tomar uma posição oficial sobre este tema."

Insistir na mentira!

Democracia...

Eliminação da Taça Revelação...

Santa Clara 2 (4) - (2) 2 Benfica
Melro(2)
(Fortes, Dris)


Mais uma eliminação nos penalty's, a terminar uma época, muito mal aproveitada pela nosso equipa de sub-23. A aposta no Paulo Lopes falhou.

Resultado extremamente injusto, num jogo onde devíamos ter goleado... Marcámos primeiro, permitimos que o Santa Clara fizesse a remontada sem o merecer, e levámos o jogo a prolongamento, nos descontos...
Com a confusão que se instalou, nos festejos do nosso golo, ficámos em superioridade numérica, mas acabámos por criar pouco perigo no período extra... mesmo assim, tivemos um golo muito mal anulado, perto do fim...

O único ponto positivo da época, foi a afirmação do Melro como ponta de lança, espero que na próxima época, seja opção na equipa B. Boa evolução do Leandro na lateral-direira...

Águia: Diário...

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

O Futebol é Momento - S02E39 - Em casa, no sofá, em todo o lado...

No Princípio Era a Bola - O título mais significativo do Sporting com Amorim e a piada corajosa do treinador no dia do adeus de Menotti, o maior filósofo do futebol

Chuveirinho #73 - Pinto da Costa cancela as eleições c/ Dre & Vasco

A Verdade do Tadeia #2024/157 - Sporting é campeão

Falsos Lentos - S04E35 - Carlos Campeão!

Zero: Tema do Dia - Cinco nomes decisivos para o campeão Sporting

Zero: Senhoras - S04E29 - Quem sobe, quem desce, quem vence?

Zero: Playbook #88 - Rúben Prey diz não à NBA... para já

Atypical: Playoff Mode...

Segundo Poste...

O Benfica precisa de uma revolução


"Quando era criança, no início dos anos 90, ao chegar ao Estádio da Luz, sentia um impacto que me estremecia. Ali estava o gigante de betão onde sabia que o Benfica tinha vencido mais de 20 campeonatos, onde teve caminhadas para títulos europeus e noites épicas com mais de 120.000 adeptos. Entrava na antiga sala dos sócios e via velhotes que tinham visto Eusébio e o Benfica campeão europeu. Havia quadros na parede com essas equipas e essas epopeias. Entrava no pavilhão Borges Coutinho e ali estava Carlos Lisboa ou as grandes equipas de hóquei dos anos 90. No relvado havia Mozer, Veloso e Vítor Paneira. Sabia que o Benfica era forte, era um gigante e falava-se tanto de mística. Da mesma maneira que tentamos explicar aos estrangeiros o que significa a palavra saudade, no Benfica ensinava-se aos mais jovens a palavra mística. Agora já ninguém fala na mística do Benfica...
Penso naqueles velhotes a jogar às cartas na antiga sala dos sócios e que se lhes dissesse que nos próximos 30 anos o Benfica só iria vencer 8 Campeonatos e 3 Taças de Portugal e, pior ainda, que isso seria visto pelos benfiquistas com uma certa normalidade, que eles iriam-se levantar aos gritos e com ameaças de estaladas para o jovem gaiato não estar a dizer disparates. E rapidamente iriam para a entrada do Estádio da Luz, aquela imperial entrada com a águia e o placar vermelho a dizer "Estádio Sport Lisboa e Benfica" debater o clube durante horas. Era ali que se fazia a Democracia Benfiquista. E quando os jogadores saíssem dos balneários em direção ao campo de treinos ouviriam das boas, mesmo que os coitados não percebessem nada do que os velhotes queriam dizer com campeonatos perdidos no futuro.
Sou nostálgico por natureza. E devo parar de o ser. Porque o Benfica já viveu demasiado o seu passado glorioso e tem que olhar é para o futuro. Tenho de largar a recordação cor-de-rosa e enfrentar a dura realidade. Esses velhotes que dariam estaladas são os mesmos que depois votaram em Damásio e Vale e Azevedo. Os filhos dos velhotes são os mesmos que entraram no síndrome de Estocolmo de votar em Luís Filipe Vieira consecutivamente porque "deves querer voltar ao Vietname" ou "antes nem as pedras da calçada eram nossas". Os netos dos velhotes votaram em Rui Costa, que manteve consigo toda ou praticamente toda a direção de Luís Filipe Vieira. Entra-se naqueles corredores e gabinetes da Luz e a maioria daqueles dirigentes, diretores e secretários estão ali há 10 ou 20 anos. E até eu sou muito mais crítico quando o Benfica perde campeonatos e tapo o sol com a peneira quando o Benfica vence ocasionalmente. O ano passado não fazia eu aqui no zerozero este tipo de reflexões sobre o panorama geral do clube, porque estava embriagado com a alegria do 8º título em 30 anos. Em maio de 2023 não escrevi que a prometida auditoria deixa muitas dúvidas, que os estatutos ainda não foram alterados, que não deixam os adeptos aproximarem-se da equipa ou que há diretores no Benfica que se sentem donos do clube.
A eleição de Rui Costa foi a promessa de algo novo, mas é uma Primavera Marcelista. O que o Benfica precisa é de um 25 de Abril. Também com cravos, não com violência nem ameaças. E esta revolução é de pessoas, mas também de mentalidade. Acredito mesmo que Rui Costa e restante entourage deve dar a sua vez a outros. Mas também é preciso que outros se comecem a posicionar. Onde está oposição forte? Quem é o "D. Sebastião" que se segue? E depois de nova direção, não está o trabalho feito. Aliás, começa aí a remontada...
O Benfica precisa de encher os seus quadros, de alto a baixo, do futebol às restantes modalidades de ideias novas e gente competente. Precisa de alterar os seus estatutos para um regresso pleno e são à Democracia Benfiquista. Precisa de parar de se preocupar tanto em celebrar vendas e lutar para manter os seus melhores jogadores, principalmente os que são da cantera. Precisa de renovar o Estádio da Luz e melhorar o ambiente dos jogos. Incentivar o regresso das bandeiras, do ânimo e dar a iniciativa aos adeptos para que cantem e voltem a criar uma envolvência que honre a expressão "Inferno da Luz". Precisa de acertar muito mais nos treinadores e jogadores que escolhe. Precisa de ter uma muito maior mentalidade competitiva para que até nos anos em que não é campeão (e com certeza ninguém pede que o Benfica ganhe sempre. Não pode é perder quase sempre!), ganhe outros troféus. Precisa de vender a derrota muito, mas muito mais cara que a vende atualmente, em que perde e há um coletivo encolher de ombros. Adeptos barafustam um pouco e vão para as roulotes beber cerveja, jogadores dizem que "é preciso levantar a cabeça", Presidente vai para a BTV dizer um inócuo "assumo a responsabilidade" e no dia seguinte no pasa nada...
Ou então nada disto se vai passar e vai ficar tudo na mesma. Para o ano Rui Costa é o Presidente, os restantes dirigentes são os mesmos, o treinador é o mesmo, os jogadores são os mesmos, a mentalidade é a mesma, os estatutos são os mesmos e os adeptos sentados nas bancadas da Luz calados ou a assobiar são os mesmos.
Einstein dizia que "Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo igual". Mas afinal de que sabia esse velhote? Era algum génio? Por acaso jogava cartas na antiga sala dos sócios? Bah. Até porque toda a gente sabe que essa frase não foi dita por Einstein, é mito urbano. Por isso Benfica, eu se calhar estou só a ser um "garotão que não apoia" e bora lá fazer tudo igual para o ano em busca de resultados diferentes. Quem sabe nos próximos 30 anos vencemos outros 8 campeonatos.
Agora percebo porque a nossa claque canta "Dizem que somos loucos da cabeça..."
Uma nota final: Ao longo da minha vida, sempre que o Benfica era campeão, o primeiro telefonema que recebia, segundos após o apito final, era de um avô sportinguista. Gostava muito de ontem lhe poder ter telefonado a dar os parabéns..."

O melhor treinador do Sporting desde os violinos


"Os campeões por regra são justos, mas o da época que finda em Portugal não só é justo como indiscutível. O Sporting foi a equipa com o processo de jogo mais competente - defensivo e ofensivo - e isso é sempre o mais determinante para o sucesso. Além da qualidade do treino, visível nos comportamentos de jogo, foi também admirável na valorização das individualidades, tanto na perceção dos reforços certos para posições críticas, com as inatacáveis escolhas de Gyokeres e Hjulmand, como na recuperação de Paulinho, na explosão de Trincão, no crescimento de Bragança, na perceção do que podia vale Geny Catamo, no relançamento da carreira de Quaresma.
Não foi coisa pouca. E há um nome comum a tudo isto: Rúben Amorim, seguramente o melhor treinador da história do Sporting, pelo menos desde os violinos.
Ontem, no dia da festa leonina, morreu um dos maiores sábios do jogo, profissional de futebol até ao último dia de uma longa vida. Partiu aos 85 anos o argentino César Luís Menotti, treinador campeão do mundo em 1978. Mas muito mais do que alguém que ganhou títulos, Menotti logrou o respeito dos que amam o jogo por pensar melhor, ousar diferente, inspirar sempre. Era um romântico, sim, mas é dos românticos que nascem as histórias mais bonitas que este jogo deixará para contar, hoje e no futuro.
Lembro Menotti porque merece, mas também por ter dito um dia que «90% dos jogadores atuais não sabe jogar futebol, entendendo-se como tal um jogo coletivo». Fazer crescer jogadores não é para todos, mas é sempre no coletivo que eles se afirmam, mesmo os maiores talentos. Maradona não fez em Barcelona o que conseguiu em Nápoles, Messi não replicou em Paris o que se lhe viu na Catalunha. Nem esses, os dois maiores génios que o mundo viu filmados a cores, renderam sempre o mesmo.
O futebol é contexto, sempre. Quando a maioria dos jogadores parece melhor do que antes é porque o contexto tático (e de clube) os favoreceu. Quando a maioria parece pior, é porque o contexto falhou, na equipa e no clube. Benfica e FC Porto são hoje exemplos da última conclusão, o Sporting da anterior, naturalmente. Os campeonatos ganhos também se explicam assim.
Acredito que os treinadores têm duas competências fundamentais: as genéricas, exigíveis a líderes em qualquer atividade - e que são relativas a empatia, gestão de grupo, relacionamento ou capacidade de comunicar -, e as específicas, que no futebol são essencialmente treino e jogo, criar um e gerir o outro, ligados como gémeos siameses.
Quando louvamos Pep Guardiola ou Jurgen Klopp não é difícil admitir que são ambos fortes nas duas dimensões. Olhando a realidade do campeonato português, a sensação que tenho – não vivendo o dia a dia dos clubes, mas recolhendo atentamente sinais diários – é de que Roger Schmidt é mais forte nas competências genéricas e Sérgio Conceição mais eficaz nas específicas. Rúben Amorim é forte em ambas, mais equilibrado e por isso mais completo.
E, de novo, os campeonatos ganhos também se explicam assim."

Lá se foi a transição exemplar no FC Porto


"A equipa de Pinto da Costa é passado, e não tem o direito de perturbar o futuro dos dragões, tal como é desejado por Villas-Boas

O que está a suceder na transição de poder no FC Porto desafia a racionalidade; pela leitura literal dos regulamentos do clube que está a ser feita pelos órgãos cessantes, indicia-se uma opacidade preocupante; e, no fim do dia, quem sairá prejudicado serão os dragões, impossibilitados de colocar em prática, em tempo útil, o programa esmagadoramente vencedor do recente ato eleitoral.
Não sendo dado, por natureza, a valorizar teorias da conspiração, é-me difícil encontrar alguma boa razão que leve ao impasse em que os azuis e brancos vivem, e depois de ler os comunicados, absolutamente contraditórios, da equipa que está de saída e da equipa que não consegue expeditar o processo de entrada, mais perplexo fico.
O timing eleitoral estabelecido no FC Porto só faz sentido se, de facto, permitir que quem ganha as eleições possa, em primeiro lugar, inteirar-se das condições em que recebeu o clube, e a seguir, com base nestas, preparar a temporada seguinte.
É um contrarrelógio exigente, que não se compadece com expedientes dilatórios, que interpretados seja de que forma for, acabam sempre em prejuízo para o clube. A equipa de Pinto da Costa é passado, e não deve ter o direito de perturbar o futuro tal como é desejado pela gestão de André Villas-Boas. Não me parece, sequer, que os elementos que estão na porta de saída queiram apagar alguma coisa comprometedora (porque o rasto dinheiro, hoje em dia, é sempre localizável…), ou que se encontrem presos ao prato de lentilhas a que, eventualmente, ainda terão direito se levarem o mandato até ao limite legal. Mas que parece que querem esconder alguma coisa, fazendo fé no comunicado de André Villas-Boas, ao recusarem, de facto, a cooptação, com direito de veto, de um dos homens de confiança do presidente-eleito, apontado à SAD, isso parece.

O que aconteceu nas recentes eleições do FC Porto foi um ato massivo de recusa de uma instituição, em relação ao cominho que o clube vinha a trilhar ao longo dos últimos anos. Se isso não for levado em consideração por quem perdeu de forma retumbante, qual o sentido? Criar dificuldades adicionais a quem entra? Demonstrar uma colagem patológica ao poder? Rescrever a história? Seja o que for, desta ópera bufa a que temos assistido haverá apenas um prejudicado, certo e seguro: o FC Porto. Terra queimada? Ou algo mais?"

Insultos, invasão e o adeus do campeão


"Os gestos de Varandas no Dragão, os incidentes de Chaves e o Sporting campeão

No final do FC Porto-Sporting, Frederico Varandas fez o gesto de adeus e mandou um beijo a um grupo de adeptos do FC Porto que o insultava. Os gestos são certamente sarcásticos, mas não preenchem o tipo de «gestos de caráter injurioso, difamatório ou grosseiro» previsto no Regulamento Disciplinar da Liga. Não há sanção a aplicar.
Em Trás-os-Montes foi diferente, lutava-se pela manutenção na Liga e o Desportivo de Chaves perdia em casa com o Estoril quando em tempo de compensação, e com a bola em jogo, um adepto da casa entrou no relvado e dirigiu-se a Marcelo Carné, guarda-redes dos visitantes. Este confronto gerou enorme confusão envolvendo outros adeptos, jogadores, dirigentes e forças de segurança. O árbitro expulsou o guarda-redes por este ter atirado o adepto ao chão. E expulsou ainda outro jogador do Estoril por ter dado um pontapé a outro adepto.
Nos termos das leis do jogo art.º 12, n.º 3, o árbitro terá entendido que houve «conduta violenta» que acontece quando «um jogador usa ou tenta usar força excessiva ou brutalidade». E daí a expulsão. Mas um jogador de futebol, agredido por um adepto, não pode defender-se? Sim, mas tem de agir em legítima defesa.
Do ponto de vista criminal a lei é clara: diz o artigo 32, do Código Penal, que «constitui legitima defesa o facto praticado como meio necessário para repelir a agressão atual e ilícita de interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro». Trata-se de uma causa que exclui a ilicitude, ou seja, um ato que seria ilegal, por ex., bater noutra pessoa, torna-se legal se for praticado para essa pessoa se defender de um mal maior: sim, quem é atacado pode defender-se. Já a questão de saber se o jogador do Estoril foi atacado pelo adepto, e se se defendeu dentro dos limites da lei, terá de ser vista com recurso a testemunhos, já que as imagens que vimos não são concludentes.
É que nesta matéria o próprio direito desportivo remete para a lei geral: art.º 15.º, n.º 2, do Código de Disciplina da FPF «o facto (a reação do jogador) não é sancionado disciplinarmente quando a sua ilicitude for excluída pela ordem jurídica considerada no seu todo, nomeadamente em legítima defesa (...)». Quer dizer, o próprio direito desportivo permite ao jogador atacado defender-se, desde que a defesa seja proporcional ao ataque: a quem lhe dá um pequeno empurrão não pode dar um pontapé! Mas pode dar outro empurrão! Ora Marcelo Carné foi expulso: o árbitro terá entendido que a reação do jogador foi além da legítima defesa.
O Desportivo de Chaves não estará livre de sanções: «O clube é responsável pelas alterações de ordem e disciplina provocadas pelos seus sócios (...)», diz o art.º 172 n.º 1 do Regulamento Disciplinar. Veremos qual será a sanção. À hora em que escrevo este texto não sei o resultado do jogo Famalicão-Benfica. Mas acordem hoje campeões ou só nas próximas duas jornadas, Rúben Amorim e Frederico Varandas vencerão o segundo campeonato em quatro anos! Merecem o Direito ao Golo, sem hesitações."

Capitão...

Prensa!

O Triste Adeus (Matemático) Ao Título De 2023-24


"Famalicão 2 - 0 Benfica

Antes de Jogo
> Fim de semana carregado de títulos e de importantes vitórias rumo a outros títulos. Ganhar ao Famalicão. Pelo Benfica, sempre pelo Benfica, adiar a festa do título de alguém é algo que pouco interessa.
> Gosto: de ver Carreras, Kökcü (em vez de Rafa) e Marcos Leonardo na equipa.
> Não gosto: de Aursnes a lateral direito com a possibilidade de lançar Diogo Spencer no jogo; de João Mário em vez de Florentino, obrigando João Neves a esfalfar-se como bombeiro defensivo do meio campo.

Durante o Jogo
> 2 min Belo passe de Carreras, deixando Neres em posição de escolher a quem assistir. Mas que desperdício, ó Neres...
> 5 min E já vai um golo anulado para cada equipa por fora de jogo. Dúvidas no nosso: se o guarda redes pode jogar a bola com as mãos, as mãos não contam?
> 17 min Bem, que gesto técnico de cabeça do Marcos Leonardo, com os pés no chão, em rotação, grande defesa do guarda-redes, que pena!
> 25 min Vários lances de perigo nas duas áreas, belo jogo. >30 min O nosso meio campo sem o Tino dá muitas abébias - e a defesa é que sofre.
> 40 min Di María está no jogo, em todo o lado no ataque; já o Kökcü deu uma de Rafa nos últimos jogos: desaparecido em combate. Não está no lugar dele?
> 45 min Empate ajusta-se. Tino em aquecimento acelerado, mais o Arthur Cabral. Marcos Leonardo já está no duche? E o João Mário?
> 46 min O Rafa também entrou. E o João Mário ficou...
> 53 min Mais um passe teleguiado do Di María a isolar alguém nas costas da defesa deles. Há pouco foi João Mário a desperdiçar, agora o Rafa. Acordem!
> 58 min Di María no ferro. Estamos em cima deles, a criar e a falhar oportunidades. E vai mais um passe do Angelito a isolar alguém, desta vez foi o Arthur a desperdiçar. Assim...
> 65 min Se o empate ao intervalo se ajustava, estes 20 min da segunda parte já o tornaram claramente injusto para nós.
> 69 min Que me desculpem os admiradores do João Mário, mas assim não dá. O que eu não dava para que vocês tivessem razão.
> 71 min Trubin volta a sofrer um golo entre ele e o primeiro poste, nem sequer se lançou...
> 75 min Agora, só agora, entrou o Tiago Gouveia. Agora, só agora, saiu o João Mário.
> 77 min Mais um jogo interrompido por causa da pirotecnia. Até quando?
> 80 min Nunca tive a sorte de ver o Luiz Júnior fazer um jogo menos bom com o Benfica. Defende sempre tudo!
> 85 min Passe falhado do Tino, 2-0 para eles e é o triste adeus, agora matemático, à renovação do título.
> Acabou: as últimas imagens são normalmente as que ficam - e as últimas imagens deste jogo são péssimas. O segundo lugar há muito que era o nosso destino, mas tínhamos obrigação de acabar de forma diferente."

Por culpa de Puma, um Benfica que se deu mal com felinos perdeu o título para os leões


"Na melhor fase do Benfica no jogo, Puma Rodríguez marcou para o Famalicão e mandou que os festejos começassem em Alvalade. Zaydou fez o segundo para os minhotos e aí a festa do Sporting saiu à rua. Os encarnados estavam impedidos de deslizar sob pena de verem o rival lisboeta ser campeão nacional, mas não conseguiram evitar o desaire (2-0)

Os contratos televisivos multimilionários só podem ser assinados com a certeza de que em frente dos ecrãs estão milhões de pessoas. Ter uma quantidade significativa de gente a ver os seus jogos é algo a que os jogadores se habituam cedo nas carreiras. Aquilo a que podem não estar tão acostumados é a saber que o plantel do rival está sentado numa mesma divisão a torcer por uma escorregadela.
O Benfica, a precisar de um deus para pedir ajuda, que fosse a Cronos, deus do tempo. Só assim se adiariam as contas do título para o mais tarde possível. Tudo o que não fosse vencer o Famalicão dava o título ao Sporting. A melhor forma de combater os nervos que daí podiam advir, muito embora o prejuízo maior tenha sido feito no passado, era marcar cedo.
Em circunstâncias como esta, em que no quadro tático Roger Schmidt deve ter escrito que o Benfica se ia organizar no sistema tático de OR-GU-LHO, obviamente que o lado emocional entrou de mão dada com os jogadores encarnados. Porém, em vez do brio levar a uma abordagem ao jogo repleta de valentia, o clube da Luz decidiu abrir-se com o Famalicão numa conversa sobre fragilidades.
O futebol ping pong à moda minhota demonstrou a incapacidade do Benfica em dominar. O Famalicão, descomprometido em relação à classificação, expôs-se ao risco de levar muitos elementos ao meio-campo contrário e contribuiu para a atividade sísmica que abalou a partida. Cedo apareceram as primeiras ameaças de verdadeiro caos. Di María foi apanhado fora de jogo quando marcou, do mesmo modo que Jhonder Cádiz também não escapou ao escrutínio da equipa de arbitragem.
O Famalicão de Armando Evangelista, além de inclinado para o ataque, alargava muito a circulação, em especial com variações para a direita, onde Martín Aguirregabiria se projetava para testar as capacidades defensivas do compatriota Álvaro Carreras. Foi por ali que Puma Rodríguez também descolou rumo a um remate que bateu no poste.
Com as duas equipas em 4x2x3x1, os famalicences interpretaram o sistema de forma mais atrevida com Zaydou a ter liberdade para ocupar espaços que, no Benfica, João Neves e João Mário, não conseguiram replicar. Com os encarnados a optarem por um certo exagero posicional que nem Neres ou Di María estavam a conseguiu quebrar, o Famalicão continuou a ser perigoso. Desta vez, foi Cádiz a aparecer numa posição boa o suficiente para não atirar tão por cima como acabou por acontecer.
Quando se espremeu o rendimento ofensivo do Benfica, o sumo recolhido foi um cabeceamento de Marcos Leonardo, titular depois do bis contra o SC Braga, que o guarda-redes do Famalicão, Luiz Júnior, defendeu junto à relva. Soube a pouco.
Roger Schmidt tentou agitar as águas e ninguém melhor do que Rafa para o fazer. Ao intervalo, o alemão abdicou de ter Kökcü como terceiro médio para colocar o camisola 27 nas costas do avançado que, na segunda parte, foi Arthur Cabral. Foram trocas acertadas. Com as movimentações sem bola, Rafa e Arthur Cabral forçaram a linha defensiva do Famalicão a recuar, criando espaço para que Di María passasse a decidir de frente para a baliza contrária.
As novas dinâmicas do Benfica levaram Rafa a aparecer na cara de Luiz Júnior que, por coincidência, se vestiu de verde, e nesses preparos travou o desvio subtil. Pouco depois, Di María atirou ao poste. As mudanças dos encarnados contrastaram com a insistência do Famalicão na mesma estratégia.
Os comandados de Armando Evangelista voltaram a expor Álvaro Carreras e nem a tentativa de dobra de Otamendi conseguiu evitar que Puma Rodríguez voltasse a fazer nova diagonal. Acontece que, na ocasião, o internacional pelo Panamá corrigiu a direção do remate, dando instruções à bola para aterrar na baliza de Trubin. Depois, foi Zaydou que se soltou até ao ataque e fez o 2-0 perante o ucraniano.
Por muito que tenha sido com uma dose cavalar de esforço dentro do campo que o Sporting se sagrou campeão, foi do sofá que viu confirmar-se a derrota do Benfica e começou a festejar o 20.º título de campeão nacional. Famalicão acabaria por ser o local onde os leões foram buscar a vitória, na jornada 20 que cavou um fosso irrecuperável para o segundo lugar, e foi no Minho que os encarnados enterraram a luta."

Vinte e Um - Como eu vi - Famalicão...

Águia: Famalicão...

BI: Famalicão...

Bigodes: Famalicão...

5 minutos: Diário...

Memória e história


"Os eventos que marcam os anos que passam

Aqui há uns anos tinha estabelecido para mim, e partilhado com alguns companheiros do jornal: quando começarem a chegar aí à redação os miúdos nascidos em 2000 – ano em que acabei o curso – é sinal para me reformar. Na minha cabeça seria como um espelho virado para nós, um sublinhar dos primeiros cabelos brancos e dores nas costas, um sinal para regenerar. Há muito tempo que deixei de perguntar a idade aos que entram, apenas o ano em que nasceram, porque está aí o verdadeiro choque.
Dizem o ano e faz-se em mim silêncio a ligar a data a factos, mão na testa. Primeiro os de 1995, depois os de 1998. Não eram nascidos no ano de 1994 em morreu o Kurt Cobain e cheguei à escola em choque para falar da notícia com as amigas, logo a seguir o Ayrton Senna naquele domingo em que não acabei o almoço, nem nunca mais apontei num caderno os tempos de qualificação e corrida da Fórmula 1, como faria mais tarde a ver horas de etapas da Volta a França, em vez de estudar para exames.
E por fim os de 2000. Eles já chegaram. Para eles o Y2K é história, o 11 de Setembro também mesmo sendo já nascidos. Até do Euro-2004 só têm memórias difusas de bandeiras nacionais às janelas. Sofreram pouco naquele jogo com a Grécia que daqui a nada faz 20 anos, vá lá.
Por acaso ainda cá estou, mas mais calma. Eles andam aí e trazem frescura, novos interesses, ensinam-nos a ver o TikTok e o Reddit. Mas se calhar nunca viram um Rambo, também ele história do cinema. É giro falar sobre o que é história para eles e memória para mim, como esta semana aconteceu com o ‘Vítor do Poste’, um dos cromos do incrível programa Liga dos Últimos, no final dos anos 2000.
A vigência de Pinto da Costa na presidência do FC Porto tem praticamente a minha idade. A sua saída do comando dos dragões vai ser memória comum. Também as conferências de Rúben Amorim, com todos a torcermos para que volte atrás na intenção de passar a ser um chato. Quem sabe o que estarão daqui a uns anos a pensar dos nascidos em 2025 a chegar a uma redação em que serão eles os veteranos…"