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sábado, 21 de setembro de 2024

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‘Il Sorpasso’ – dois escoceses num filme italiano


"As desastrosas aventuras de Denis Law e de Joe Baker na sua passagem por Turim.

Em 1961 Denis Law estava em Turim. Vendo bem não havia grande justificação para que um escocês natural de Aberdeen, que acabara de fazer uma época de exceção pelo Manchester City, rumasse a Itália. Mas John Charles, um calmeirão galês que marcava golos em barda, abrira a porta dos clubes italianos para aqueles que jogavam para lá da Mancha e o preço que o Torino pagou por Law tinha muito que se lhe dissesse: 110 mil Libras. Assim, quando desembarcou no aeroporto de Turim abriu a boca de espanto: milhares e milhares de adeptos estavam à sua espera e os fotógrafos disparavam flashes como se fossem metralhadoras. A seu lado, Joe Baker, um garoto de 21 anos que fora contratado ao Hibernian, passava despercebido. Melhor para ele.
Denis e Joe tornaram-se bons amigos. E formaram uma dupla eficaz na frente de ataque do Torino. Logo na estreia, contra o Vicenza, o primeiro fez um golo e o segundo dois. Ah! As bancadas estremeciam a patadas. Pena que fosse sol de pouca dura. O cattenacio estava na moda nesse tempo. Sobretudo por causa de dois tipos embirrentos e desprovidos de escrúpulos chamados Nereo Rocco e Helenio Herrera. Com eles valia tudo, arrancar olhos inclusive. Law e Baker passaram a sua primeira grande provação no dia em que defrontaram o Inter de Herrera. O argentino, que passou por _Portugal e pelo_Belenenses, dera ordens firmes aos seus defesas: batam-lhes com força em tudo o que fique abaixo das amígdalas. Os dois britânicos terminaram a partida negrinhos de nódoas e aliviados por não terem ossos esfrangalhados. Muita sorte também por perceberem vagamente a língua italiana: ambas as famílias foram insultadas do pior, desde as mãezinhas às mulheres a dias. As coisas começavam a correr contra a maré para os dois escoceses, ainda por cima depois de uma estrondosa vitória face à grande rival Juventus. Os Agnelli não eram apenas donos da Juve e da FIAT, mas também de jornais como o La Repubblica e La Stampa. O pai Giovanni e o filho Gianni resolveram, então, jogar um jogo ainda mais sujo do que o do detestável Herrera: atiçaram os cães sarnentos, os mais infames repórteres que tinham ao seu serviço, contra_Denis e Joe. As suas vidas foram dizimadas, eram seguidos para toda a parte, levantaram sobre eles os mais diversos escândalos.
Denis Law foi o primeiro a quebrar. Sinceramente não estava para aturar tal tipo de comportamentos e aproveitava todas as folgas para regressar a Manchester. Joe aguentou-se. Mas o azar iria bater-lhe à porta coma violência do Destino. Numa noite de Janeiro de 1962, na véspera de um jogo contra o_Veneza, Denis e Joe foram apanhados pelos paparazzi num restaurante da cidade. Foram massacrantemente fotografados durante horas. Então, Joe Baker explodiu com toda a sua fúria bem escocesa e disparou um murro violento nos queixos de um tal de Celio Scarpin. O fotógrafo cambaleou mas não caiu. Joe voltou à carga e atirou-o para dentro do_Grande Canal. O gesto teve consequências imediatas e Benjamín Santos, o treinador argentino do Torino, retirou-o da equipa.
Passou-se um mês. No dia 7 de fevereiro, Baker recebeu a sua nova máquina, um Alfa Romeo Giulietta Sprint, e saiu disparado pela estrada fora levando consigo Denis e o irmão deste, Joseph. Eram três escoceses felizes, de cabelos ao vento, gozando o sol italiano, inconscientes de que o futuro estava para mudar com brusquidão. A farra prolongou-se durante horas. Iam parando nas esplanadas, escorropichando copos de Barolo de Valpolicella, na expectativa de darem de caras com alguma Sophia Loren ou Gina Lollobrigida. Ninguém sabe dizer qual dos três insistiu prolongar a manhã pela tarde, a tarde pela noite e a noite pela madrugada. Facto: já nascia o sol quando Joe entrou a mais de 140 km/hora na faixa contrária e quase esbarrou de frente contra um infeliz que ia a caminho do emprego. O_Alfa raspou numa estátua de Giuseppe Garibaldi e capotou. Os três pândegos foram atirados para fora da viatura.
As manchetes berraram: Pauroso incidente d’auto ai granata Baker e Law._Os jornalistas invadiram o hospital para saberem que Joe Baker tinha partido vários ossos da face. Não voltaria a jogar pelo_Torino. Na época seguinte alinhou pelo Arsenal. Denis teve mais sorte, mas o La Stampa tratou de arrasar com a sua experiência italiana: «Baker e Law, jogadores do Torino, arriscaram perder suas vidas em um acidente de carro, na manhã de ontem. Os dois jogadores já vinham provocando graves preocupações ao clube Granata, com seu comportamento indisciplinado». O_Torino abriu-lhe a porta da rua. O Manchester United a da entrada. Dino Risi poderia ter realizado este filme. Chamar-lhe-ia Il Sorpasso. Tal como o que assinou no ano seguinte."

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Vermelhão: Vitória na Champions!

Estrela Vermelha 1 - 2 Benfica


Esta versão do Benfica em 'Turco', está a resultar!!! O faro goleador do Kerem está, e vai fazer a diferença, nesta época!!! As equipas de sucesso, precisam de pontas-de-lança que façam golos, mas também precisam de outros jogadores, normalmente médios ofensivos, que acrescentem golos à equipa! E o Benfica tinha falta deste tipo de jogadores...

Não foi perfeito, longe disso. O adversário é fraco, basta analisar o currículo dos seus melhores jogadores, alguns com passagem modestas pelo Tugão, mas o ambiente Champions motiva qualquer um!!! Dito isto, o golo cedo acabou por fazer 'mal' ao Benfica: entrámos muito bem, com pressão, a tentar mandar no jogo, mas em vantagem recuámos imediatamente... Chegámos ao 0-2 de bola parada, mas nessa altura, já tínhamos baixado as linhas! Mas ainda tínhamos discernimento e pernas para algumas saídas para o ataque...

Algo que mudou no 2.º tempo, com a equipa, inexplicavelmente, a não conseguir gerir a vantagem com a bola no pé!!! As nossas Laterais estavam desprotegidas, o Estrela aproveitou-se disso... a entrada do Aursnes, mudou o desenho do nosso meio-campo, com o Florentino a 'ajudar' o Kaboré e o Aursnes a 'cair' na esquerda, porto do Carreras...!!!

Mas, quando recuperámos a bola, não sabíamos o que fazer... Isso é preocupante! E mesmo com as linhas recuadas, demos algum espaços na defesa. O posicionamento do Benfica sem bola é de facto fraco, a defender e a atacar! Uma das heranças mais pesadas do Schmidt!!!

Mesmo assim, defensivamente, a melhor oportunidade para a equipa da casa, foi um 'quase' auto-golo do Aursnes, numa bola parada!!! Muita da posse de bola do Estrela, foi na sua zona recuada e longe da nossa área...

Com duas substituições feitas, o Lage só tinha mais um momento para alterar alguma coisa, e infelizmente 'atrasou-se' na decisão: só depois do golo sofrido! O Di Maria e o Kokçu estavam rotos! Aliás o golo sofrido, é após um dos nossos ataques mais prometedores do 2.º tempo, com os jogadores a recuarem lentamente!

A estreia do Kaboré não foi famosa, mas o contexto também não foi o ideal! Não merece avaliações definitivas, mas no Bessa preferia o Bah!!!

O Amdouni está com demasiada pontaria, poucos minutos, e já leva duas bolas nos ferros! Continuo a pensar que o Rollheiser é mais útil ao lado do Tino!!!

A 'questão' Pavlidis, deve-se muito ao facto da equipa jogar com Extremos de pé trocado! Sem jogadas para o ponta-de-lança marcar golo, é impossível ele marcar!!!

O próximo jogo da Champions será com o Atlético de Madrid (hoje, mais uma vitória a fechar um jogo, na raça), mas até lá temos dois jogos importantíssimos para a Liga, a começar no Bessa. Não creio que o Lage vá arriscar, uma rotação alargada, mas a equipa hoje pareceu cansada!!!

Bom início...

Estrela Vermelha 1 - 2 Benfica
Varela(2)


Sofrimento desnecessário, mas o mais importante, foram os 3 pontos!!!
Naquela que é a melhor geração, desde da nossa vitória neste Youth League, começamos com uma vitória fora de casa, apesar de algum desperdício...!!!

A uma vitória na Champions!

Benfica 89 - 88 Rilski
28-24, 19-16, 15-23, 27-25

À rasquinha, também conta!!!
Com as lesões do Broussard e agora do Stone, tudo ficou mais complicado! Com os dois Americanos disponíveis, eu diria que a presença na Champions, estava garantida, mas como se viu hoje, contra um adversário limitado, foi preciso sofrer até ao fim...!!!

O Drechsel é o nosso melhor jogador, o Rorie ainda pode dar mais, o Relvão fez um bom jogo... O Thornton, até esteve bem na defesa... ofensivamente, organizou, penetrou, assistiu, mas no lançamento esteve horrível !!!

Não podemos falhar tantos Lances Livres, o Nico, o Makram e o Marcus deviam ficar de 'castigo' a fazer LL nos próximos dias!!!

Agora, com os Suíços, suspeito que vai ser outro jogo muito apertado!!!

Pode ser que até dê


"Alguns pontos de atraso. Treinador despedido. Dúvidas em relação ao substituto. Entrada em falso na estreia. Estádio ao rubro. Reviravolta fantástica. Não é sobre 2019.
Vagueou por aí a ideia de que em dois dias não era possível mudar coisíssima nenhuma. De que a mera troca de treinador não ia valer de muito. “Estas coisas levam tempo”, diziam. O pior: de que a época do Benfica tinha chegado ao fim. Discordo. De tudo. E o jogo de sábado deu-me razão — vimos uma coisa que pouco teve que ver com antigamente. Creio ter a explicação.
Não foi tudo, mas ajudou qualquer coisa: o efeito "novo treinador". Uma mudança no comando técnico que geralmente provoca a melhoria imediata do desempenho da equipa. Este conceito não é vazio de ciência; é algo mais que uma “fézada”: o novo treinador traz consigo novas táticas, dinâmicas e estratégias que podem revitalizar o grupo de jogadores. Além das componentes técnico-táticas — que pouco ou nada terão mudado com os dois dias de Lage —, alguns jogadores deixam de sentir a comodidade de outrora e são forçados a suar se quiserem um lugar na equipa. Ainda assim, reforço que este efeito não mais é do que uma parte da fórmula.
Vou contar-vos um segredo. A função do treinador não se esgota no treino ou nas suas ações diretas durante o jogo: o modo como se puxa pelos adeptos, como se motiva os jogadores e como se cria uma atmosfera de união entre as duas partes é de uma importância vital. O leitor saberá que um jogador de média-gama, logo que esteja no pico da motivação, pode trazer mais valias do que um jogador de alta craveira que não esteja para se chatear. E que um estádio em ebulição é mais alavancador do que um estádio amorfo.
Neste tópico, meus caros, os dois dias de Lage foram decisivos. Para que até os olhares mais desatentos possam detetar esta diferença, recomendo um exercício retrospectivo - não fosse a ação de viajar pelo passado o melhor método para analisarmos o presente. Foi doloroso, mas fi-lo por vós: vi um homem de mãos nos bolsos, com um inamovível biquinho de pato, pasmado e apático, que nada fazia senão olhar especado para o que se lhe atravessava à frente. Este rebobinar da cassete dá outro sabor à atual postura de Lage: irrequieto, insatisfeito, sugestivo e muito ativo, que se sente em incumprimento se os minutos forem passando e nada fizer. Tudo o mais vem por arrasto: o adepto que passa a festejar um passe, o jogador que vibra ao mínimo corte. A reboque do treinador que não pede “com licença” para erguer os braços e lutar por um redobrar de aplausos.
Trabalho. União. Ambição. Golos. Paixão. Muita paixão. Foram as promessas de Lage. Um tanto tocado ao romantismo, é sobretudo no cumprimento destas máximas que encontro a explicação para as melhorias. Para em tão pouco irmos do oito ao cinquenta - com o oitenta ao virar da esquina. Há não muito tempo, fartava-me de ouvir que a época do Benfica tinha acabado. Estamos a evoluir: já ouço uns “pode ser que até dê”. Oxalá tenham razão. Que se ganhe em Belgrado."

O Sporting joga como gente grande e o Benfica já é outro


"Resposta afirmativa dos leões no primeiro teste num novo patamar. Bruno Lage chegou, mudou e venceu. Colocar os jogadores certos nos lugares certos foi meio caminho andado

Bom regresso do Sporting à Liga dos Campeões. Depois de uma época de ausência, os leões surgiram personalizados e averbaram uma vitória segura. Os comandados de Rúben Amorim cresceram muito durante este ano de ausência entre a elite europeia. A campanha no campeonato transato foi quase imaculada, com a equipa a vencer e convencer a cada semana. Faltava subir um patamar e uma resposta afirmativa, principalmente depois da derrota no braço de ferro com o FC Porto: derrotas na final da Taça de Portugal e na Supertaça e vitória no último clássico.
O Lille não é propriamente um grande europeu, mas tratava-se de um jogo de Champions, da nova Champions, na qual nesta fase de liga os pontos são ainda mais importantes. O 2-0 de Alvalade na prática vale o mesmo que o 9-2 do Bayern, já que a contabilidade dos golos, se for necessária, far-se-á bem lá mais para a frente.
Creio que tanto Sporting como Benfica devem ter como objetivo para esta Liga dos Campeões posicionarem-se entre o 9.º e o 24.º lugares, que valem o apuramento para o play-off de acesso aos oitavos de final, na prática os 16 avos de final. Parece-me que as oito primeiras posições estão reservadas para os tubarões e só um trajeto praticamente sem erros permitiria uma intromissão lusa. Daquelas que só sucedem quando todos os astros se alinham.
O Sporting respondeu afirmativamente. Seguro, confiante, soube esperar pelo momento para ferir os franceses, com o suspeito do costume a fazer a diferença. Há coisas que nunca mudam. Deem-se as voltas que se derem, o Sporting é Gyokeres e mais 10. E não pode ser de outra forma. O sueco é um jogador diferenciado e a melhor estratégia, claro, é potenciá-lo. Rúben Amorim tem sido hábil e não perde nem um segundo em compor o puzzle de forma a que o ponta de lança melhor encaixe. Não há como não elogiar a maturidade de uma equipa que se apresentou na grande montra com uma defesa sub-23, e aqui estão nada mais nada menos do que cinco unidades, e jogou como gente grande.
O futebol tem evoluído muito, é bem diferente de há uma década, mas há coisas que não mudam. E o jogar simples continua a ser uma virtude. Cada peça no seu devido lugar é, tal como nos CTT, meio caminho andado. Foi isso que senti ao ver o Benfica com o Santa Clara. Bruno Lage regressou à Luz e não inventou. Eu, que gosto de coisas simples, apreciei a transformação dos encarnados. E o que treinador fez foi muito… simples. Basicamente, colocou os jogadores certos nos lugares certos. Nada de dois siameses a meio-campo (Florentino e Leandro Barreiro), que a génese do clube não permite que a equipa se apresente encolhida, antes que os criativos tenham espaço para se libertar e que os mais dotados joguem mais próximo da baliza. Depois, claro, pediu aos jogadores para se libertarem das amarras alemãs e que jogassem com alegria. Basicamente, uma injeção de confiança.
A resposta dificilmente poderia ter sido melhor depois de ter sofrido um golo praticamente na bola de saída. Noutros tempos acredito que tivesse feito mossa. Agora foi como se não tivesse existido. Assim ao jeito de: ‘vamos lá, faltam 90 minutos, isto ainda nem começou.’ Foram quatro golos e muitos outros ficaram por marcar.
Não tenho dúvidas, o Benfica já é outro. Recuperou a alegria e a confiança vem com os resultados. Os indicadores estão lá, a confirmar já hoje em Belgrado."

O aleatório no caso de Debast


"«Foi o golo da pessoa certa, que nos ajuda», reconheceu Rúben Amorim sobre o central belga que terá sentido pela primeira vez na carreira que duvidavam das suas capacidades

O monumento que escapou do pé direito de Debast na medida perfeita da gaveta mais à direita à guarda de Chevalier é só mais um exemplo da efemeridade do momento quando se é futebolista, ainda mais do que para o mais comum dos mortais.
Se a descer todos os santos ajudam, lembrava-me a minha saudosa avó quando pequeno, no auge de uma sapiência profundamente gravada nas rugas, subir já depende de uma mentalidade que se apoia na força das circunstâncias. Esquecer o fator sorte, que se trabalha tanto como o evitar do seu contrário, embora não ao ponto de eliminar todos os imponderáveis, não faz sentido em jogo com tanta aleatoriedade.
Lembro-me das vezes que falei sobre o jovem central belga, antes sequer de ter alinhado num encontro oficial pelos leões, e de ter achado o mesmo que hoje, sem deixar espaço à dúvida. O potencial que tem não o permite. Seria preciso acontecer muita coisa para que Debast não resultasse numa equipa como o Sporting, que ainda por cima se apresenta há muito com o contexto certo: uma ligação forte entre quem treina e quem é treinado, e um modelo bem trabalhado.
Numa altura em que a predominância da procura pelo central-jogador em vez do central-destruidor fez diminuir a oferta dos portentos físicos dos anos 80 e 90, Debast é o pacote completo: forte nos duelos, pelo ar e pelo chão, assente numa boa dimensão física, rápido, focado e com capacidade de verticalizar com o passe, seja com o pé direito ou o esquerdo, além de poder saltar a pressão em condução. O ex-Anderlecht foi excelente decisão de mercado, que poderá tornar-se lucrativa no futuro. O portentoso golo que marcou, por muito provavelmente continuar a ser uma raridade, pouco acrescenta ao que de bom já lá estava. 
A rosca infeliz na Supertaça levou a que vivesse algo inédito, tal o hype à sua volta. O da dúvida. Abanou, não só por cá, mas também na seleção. O tiro tornou-se catarse.
Ao momento menos feliz - que Amorim reconheceu agora, ao ponto de dizer que o golo surgiu na pessoa certa - ter-se-á juntado o regresso do mais experimentado Diomande e a boa performance de Quaresma. A lesão do último deu-lhe a oportunidade, e no palco certo, aberto para toda a Europa, tal como a situação dos lesionados o beneficiará no fortalecimento do estatuto na equipa. Sorte e azar existem. E há males que vêm por bem, embora dificilmente alguém pense mesmo assim. Talvez só mesmo a minha querida avó."

Não é Liga dos Campeões. É a Champions do mais, mais e mais


"O nome de Craig Thompson ressoa pouco, dirá ainda menos a quem puxa com afinco o lustro às memórias futebolísticas. No raiar dos anos 90, colava telefones à orelha e redobrava-se em chamadas para jornais espanhóis e franceses, azucrinando o juízo a jornalistas, gastando-lhes o nome com a súplica em forma de exigência para que deixassem de chamar “La Liga de Campeones” ou “Le Ligue des Champions” à recém-intervencionada prova que acabara de se levantar da mesa de operações. O tom das respostas que lhe vociferavam do outro lado era pouco simpático: “Ouvia ‘seu fuck*** americano, somos franceses, não nos digas para a dizermos em inglês’.”
A defesa hoje evocada por Thompson, três décadas feitas desde a reformulação da Taça dos Clubes Campeões Europeus, é que a sua insistência durou “uns três ou quatro anos” por ser “uma questão legal” e, mais pertinentemente, por se tratar dos “esforços” feitos para “promover a marca”. A escolha de palavras feita pelo antigo diretor da TEAM, empresa que tratou do processo de rebranding, não é inocente, muito menos descabida. “Estava no nosso ADN que a marca era sagrada”, disse, há dias, à “The Athletic”. A marca, não a prova em si, tinha que ser impulsionada, liguem os propulsores e apertem os cintos.
Com o tempo, fomos aprendendo as chorudas repercussões da profunda cirurgia plástica de 1992, da qual a Liga dos Campeões, ups, perdão, a Champions League, não vá o chicote do branding vergastar-nos, se refastelou. Feita crescer a marca, as receitas da UEFA escalaram a cada ano e concomitantemente o prize money para os clubes: em 2006/07, o AC Milan, equipa que mais dinheiro recebeu, levou quase €40 milhões pela sua participação, quantia insuflada para os cerca de €135 milhões colecionados pelo Manchester City em 2022/23. Esta época, mais de €2,4 mil milhões vão ser distribuídos pelos 36 clubes, um aumento de €400 milhões, ou 22%, face ao que foi pago às 32 equipas na edição passada. A regalia endinheirada aumenta, claro, porque as receitas da casa-mãe vão engordando.
Em 2023, a UEFA fez pouco mais de €600 milhões em receitas comerciais além de qualquer coisa como €3,5 mil milhões pelos direitos televisivos, um dos lados da máquina por onde se veem as consequências de lastimar do crescimento sem freios da prova que engole tudo em seu redor. Estilizada ao máximo, posta a sua marca a render na saliva derramada no apetite de marcas esfomeadas por aparecerem nos espaços da Liga dos Campeões, a competição vai exigindo um pouco mais de toda a gente - no fundo, porque cresceu tanto que pode fazê-lo.
Havendo nesta temporada mais jogos (cada equipa terá, no mínimo, oito na fase regular), a UEFA vendeu mais caros os pacotes dos direitos televisivos a cada país. Em Portugal, terão rondado os 20 milhões de euros para o ciclo 2024-2027, um aumento de 30 ou 35% face ao anterior, estimou Jorge Pavão de Sousa, diretor-geral da DAZN, em entrevista ao “Record” no mês passado. Pagando os operadores mais pelas partidas da Champions, mais será exigido à carteira dos adeptos, ou melhor dizendo, dos consumidores. Quem paga para transmitir o futebol tem de reaver o investimento algures e tal vai recair em quem deseja ver futebol pela televisão, quiçá não se preocupando de imediato no que este aumento geral dos euros causa no ecossistema da bola.
Longe de ser um problema de agora, esta reformatação da Liga dos Campeões acaba por ser uma resposta da UEFA em moldes não tão distantes assim dos que 12 clubes quiseram, em abril de 2021, levar avante na então assustadora e criticada ideia da Superliga, enterrada quase à nascença pelo alvoroço geral que suscitou por ser uma competição fechada e a convite, casulo que esta ‘nova’ Champions que arranca esta terça-feira não o é, por definição, mas cada vez mais o será por elitismo.
O aumento gradual dos prémios de jogo foi indo, com o tempo, para um constante grupo de mais ou menos os mesmos clubes. Os já mais endinheirados pelas suas massas de apoio (Real Madrid ou Barcelona são exemplos), por terem a sua história em regiões ricas (Bayern de Munique), por existirem em campeonatos que colheram os frutos da mesma lógica de tornar uma competição numa marca apetecível (quem está na Premier League) ou os que se abriram a abastados zilionários com reservas de dinheiro sem fundo, que investiram para tornar os clubes em potências (os rendidos ao Médio Oriente que são o PSG e o Manchester City) ou fortalecer ainda mais os que já o eram (o Liverpool ou o Manchester United, detidos por conglomerados norte-americanos).
Existindo um lote de uma dezena e pouco de clubes com orçamentos gigantes e receitas anuais enormes, repletos de uma capacidade em pagar e gastar quantias absurdas, não só as etiquetas do preço coladas aos futebolistas aumentam, como os melhores jogadores tendem a ir para estas equipas, reforçando a probabilidade de se qualificarem para a prova europeia mais apetecível e de nela chegarem longe, recebendo então mais dinheiro por cada vitória (€2,1 milhões esta época) e fase da competição galgada. É um efeito cascata que esta Liga dos Campeões não amenizará. Indo mais dinheiro para o grupo seleto previsível, mais esforço será exigido a quem, como os clubes portugueses, tem de acompanhar os custos de vida no futebol.
O apetite papão da UEFA não cessa e o maior dos efeitos é sugar as provas que habitam com ela na Europa, sejam campeonatos nacionais ou as outras competições da entidade, onde a retribuição paga aos clubes é incomparável. Excetuando a Premier League, com o seu próprio cosmos milionário que só as suas novas regras de controlo financeiro pareceram abrandar, recentemente, o contágio para o mercado - os clubes ingleses têm cada vez mais músculo endinheirado por comparação com equipas de outros países -, a água da cascata faz com que, nas ligas internas, o fosso entre os que jogam na Champions e quem não se qualifica tende a agravar-se também.
Quando, a partir desta terça-feira, passaremos a ter seis jogos por dia e três vezes por semana, o transe compreensivelmente provocado pelo espetáculo da marca que se vendeu, nos anos 90, como sendo o palco para os confrontos entre os melhores clubes do futebol eurocêntrico, a incessante voragem por mais, mais e mais da prova-rainha continuará indiferente às consequências que vai causando. Já nem parecemos ligar ao desvirtuar da natureza do próprio nome, Liga dos Campeões, que há muito deixou de ser exclusiva aos de facto campeões nacionais da Europa, onde os da Roménia, da Eslováquia, da Geórgia ou da Eslovénia começam a jogar na masmorra da 1.ª pré-eliminatória, logo no início de julho, relegados para lá pela UEFA que regozijou com as façanhas das suas seleções no último Europeu. Aí, aplaude os davids que mordem os calcanhares aos golias.
Na Liga dos Campeões, a prioridade é a fome por mais. Perdão, na Champions League."

Para ganhar


"O Benfica inicia hoje a participação na nova fase de liga da Liga dos Campeões de futebol. A partida no reduto do Estrela Vermelha tem início marcado para as 17h45. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Ambição
Bruno Lage assume que o objetivo da equipa passa pela conquista dos três pontos: "O mais importante é estarmos confortáveis, para fazer um bom jogo e vencer. Que a equipa tenha uma estratégia ambiciosa e com o desejo de vencer. A ambição da equipa que ganhou o último jogo tem de estar presente neste desafio."

2. Focados em vencer
Florentino salienta o objetivo: "Ganhar todos os jogos, pontuar e fazer o máximo de pontos possível para estarmos na próxima fase."

3. Um jogo especial
Filipovic, glória do Benfica e do Estrela Vermelha, antevê a partida e partilha o que sente sobre o embate de dois clubes que representou.

4. Informação aos adeptos
Notas importantes dirigidas aos Benfiquistas presentes em Belgrado para apoiar a equipa.

5. O sonho do Miguel
Uma iniciativa conjunta da Fundação Benfica e do Futebol Profissional.

6. Na frente da eliminatória
A equipa feminina de futebol do Benfica venceu, por 1-2, o Hammarby na 1.ª mão da 2.ª ronda de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. 
Na opinião de Filipa Patão: "As nossas jogadoras foram irrepreensíveis no papel que tiveram de fazer durante este jogo. Conseguimos uma vitória muito importante."
O segundo encontro é na próxima quarta-feira, às 20h00, no Benfica Campus.

7. Triunfo na UEFA Youth League
O Benfica venceu, por 1-2, na visita ao Estrela Vermelha.

8. Na final
O Benfica ganhou, por 89-88, ao Rilski Sportist, campeão da Bulgária, nas meias-finais da ronda de acesso à fase de grupos da Basketball Champions League.

9. Outros resultados
Na 1.ª mão da 1.ª ronda de qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões de voleibol, o Benfica foi derrotado, por 3-1, no reduto do CV Guaguas.
A equipa feminina de hóquei em patins goleou, por 11-0, o Criar-T em jogo relativo à 3.ª jornada da 1.ª fase da Taça Professor João Campelo.

10. Mundiais de futsal e de hóquei em patins
Acompanhe a prestação dos atletas do Benfica nos Campeonatos do Mundo de futsal (masculino) e hóquei em patins (masculino e feminino).

11. Revisão dos Estatutos
Jaime Antunes, vice-presidente do SL Benfica, João Pinheiro, membro da Comissão de Revisão dos Estatutos, e Guilherme Fontes, membro da Direção do Movimento Servir o Benfica, debateram, na BTV, a revisão estatutária do Clube.

12. Fundação Benfica
Nos últimos dias procedeu-se à entrega de bens essenciais a corporações de bombeiros.
E está apresentada a seleção portuguesa de futebol de rua que participa no Mundial organizado na Coreia do Sul.

13. Casa Benfica Faro
Conheça esta embaixada do benfiquismo que leva 30 anos de serviço ao Benfica."

Observador: E o Campeão é... - Benfica na Champions? “É arrancar com tudo”

Zero: Saudade - S03E02 - O Benfica no inferno de Prosinecki e Savicevic (antes de D10S)

Zero: Tema do Dia - O que esperar de Portugal na fase decisiva do Mundial de Hóquei

Terceiro Anel: Diário...

Observador: Três Toques - O campeonato começa, a dança de treinadores também

Rabona: The TRUTH about Brazil's stunning DECLINE

Zero: Reactzz - S02E02 - Como deviam ser os Olímpicos!

Segunda Bola


Inevitável, parte II


"Intitulei a minha última crónica assim - Inevitável - para qualificar a demissão de Schmidt. Escrevi então que o Benfica precisava de um treinador português que jogasse com dois avançados, um médio criativo, extremos a “ir à linha” e se emocionasse no banco. Destas, só falhei os avançados, ainda que Di María (que golo!) e Akturkoglu (que estreia!) se tenham muitas vezes juntado a Pavlidis.
O “médio criativo” foi o melhor em campo (este é o Kokçu da Holanda) e Lage conquistou os adeptos, não parando um segundo no banco, gesticulando, incentivando e “entregando-lhes” no final a vitória…inevitável, pois a distensão do ambiente, a comunhão entre equipa e adeptos (a homenagem do início do jogo que “distraiu” Otamendi no golo do Santa Clara também ajudou) e, o mais importante, a reconquista de confiança pelos jogadores.
Como tenho escrito, o problema do Benfica é sobretudo psicológico e a “nova energia” que Kokçu referiu no final do jogo não é mais do que simples distensão... Inevitável, assim, acreditar que o Benfica irá estabilizar um modelo em que os metros à frente do dez turco parece ser a medida de fundo com mais impacto e voltar a ser uma equipa temível.
Mas, inevitáveis serão também, e Lage sabe disso, as dificuldades, as críticas e até os assobios que aí virão, porque a época é longa e os problemas não foram todos resolvidos. Será nestas alturas que Bruno Lage e os jogadores mais precisarão daqueles que sábado os aplaudiram de pé. Vamos a isso, porque “isto” só agora começou e o que interessa é sempre como acaba."

E que tal sexo por objetivos?


"Em Espanha já se discute o contrato de «consentimento sexual» e as cláusulas sobre violação 'acidental'. E eu entro na discussão, num texto a atirar para o científico mas que falhou por manifesta falta de pontaria.

A denúncia foi feita por Miguel Galan, presidente da Escola Espanhola para a Educação de Treinadores: diversos jogadores de futebol estão a recorrer a contratos de consentimento sexual para evitarem processos judiciais. O documento, de três páginas, exige que as partes se identifiquem e detalha ao pormenor as práticas sexuais que são permitidas e aceites pelos parceiros. A dar brado está a secção apelidada de violação acidental, considerando-se um «mero acidente» a «atividade sexual na qual possa acontecer um movimento rápido ou de julgamento prejudicado, onde passa ocorrer penetração em orifício não disponível por uma das partes do contrato». Não sei se as narinas ou os ouvidos entram na equação, mas desde já abro as hostilidades, já que, neste tipo de debates, mais do que a crítica ou o silêncio é a gargalhada a melhor arma.
O que me surpreende neste caso não é a parvoíce do homem (se por algum motivo extraordinário este texto for escolhido para integrar algum manual de português, desde já aviso os alunos que usei dois eufemismos: «parvoíce» e… «homem»). Em matéria de sexo, muitos homens ainda não chegaram a Homo Sapiens. O que me choca mesmo é haver mulheres que assinam, pedras preciosas que aceitam ser pechisbeque nas mãos de quem não distingue um diamante de um calhau. E também me surpreende que haja quem tenha de preencher um formulário, discutir todos os pormenores do ato sexual, ler as chamadas letras pequeninas do contrato, assinar e, depois desta canseira, ainda tenha vontade… E seria útil contratar um advogado para estar no quarto a aferir da correta aplicação das cláusulas.
E já que é para o disparate – insisto no eufemismo – por que não um contrato sexual por objetivos? Sempre se premiava o desempenho. E se a parceira já for comprometida, seria de bom tom discutir um contrato de empréstimo. Com ou sem opção de compra... Ou pagar a cláusula de rescisão…
Se fosse mulher, só assinava com a seguinte cláusula: «Considera-se um mero acidente a atividade sexual na qual pode acontecer um movimento rápido de uma mão que se cola com violência numa das faces do primeiro outorgante, ficando o autor do gesto isento do pagamento dos implantes dentários que forem necessários colocar».
Aos homens que têm tanto medo de errar no «orifício» - citei o contrato - mais uma aula de português: na cama, a palavra «não», por absurdo que possa parecer, quer dizer… NÃO. E aconselho uma experiência radical, que pode até custar a entender, mas vale a pena tentar: não é obrigatório ir para a cama com alguém que acabámos de conhecer; convidar para um jantar, conversar, ser cortês, oferecer presentes e deixar a relação acontecer naturalmente é muito mais seguro e recompensador. Último conselho: é de macho assumir-se as consequências dos atos; é de Homem evitar que isso aconteça.
Conservador? Sou, sim. Não no sentido de ser retrógrado ou avesso à mudança. Um conservador, no verdadeiro sentido, é alguém que conserva práticas ou valores que provaram dar resultado ao longo dos tempos. O respeito pelo outro e por si próprio está no topo. E para isso não é preciso contrato."

Entre o apoio e a pressão – o papel dos pais no Desporto


"Uma nova época desportiva está no seu início e nunca é demais relembrar que prática desportiva é incentivada em toda e qualquer idade, mas na infância contribuí para desenvolvimento individual nas dimensões físicas, cognitivas, emocionais e sociais. Mas para que o desporto cumpra a sua missão na vida destas crianças é necessário que os pais adotem uma conduta também ela adequada a esse mesmo desenvolvimento, principalmente no que ao desenvolvimento emocional e social diz respeito.
O envolvimento parental no desporto pode ser tanto um fator facilitador quanto um obstáculo para o desenvolvimento e sucesso dos jovens atletas, dependendo da forma como as expectativas e a pressão são geridas. Muitas vezes, ao querer o melhor, os pais escolhem modalidades com base nas suas próprias perspetivas, sem permitir que as crianças experimentem diferentes opções. A infância é uma fase de descoberta, e as crianças devem ter a liberdade de explorar várias modalidades, independentemente do talento. A criança não tem de treinar para no futuro ser uma estrela, ser o melhor ou ser profissional, isso pode nunca acontecer, mas o deporto continuará a cumprir a sua função, desenvolvimento de competências. O desporto deve ser visto como uma forma de promoção autodesenvolvimento e felicidade, e cabe aos pais controlar as suas expectativas, promovendo um ambiente positivo e sem pressão para resultados, onde as crianças possam crescer e aprender a gostar do desporto sem sentirem que estão sob pressão constante para atingir resultados ou expectativas muitas vezes irreais.
Deixam-se três estratégias base para que pais e educadores possam melhorar o seu desempenho nesta função no que ao desporto diz respeito:
1. Adotar um discurso que encoraje a prática desportiva, que enfatize a diversão e a melhoria contínua em vez da vitória, que valorize a autonomia em vez dos resultados.
2. Os pais devem moderar as suas expectativas em relação ao talento e sucesso dos filhos, adequá-las à sua idade, devem valorizar o esforço, a atitude e o progresso ao longo do tempo, em vez de focar apenas nos resultados.
3. Os pais devem evitar criticar negativamente o desempenho desportivo dos filhos ou compará-los com outros atletas. As críticas constantes ou comparações com colegas podem gerar sentimentos de insegurança e frustração e ter um impacto negativo na motivação da criança e na sua autoestima podendo trazer problemas a médio e a longo prazo na sua autoconfiança e saúde mental."

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Vantagem...

Hammarby 1 - 2 Benfica
Prieto, Norton


Remontada, com excelente atitude, contra um adversário muito complicado, muito físico, que nos deu muitos problemas!!!

Este Sorteio, foi mais uma vez, desgraçado! As Campeãs Suecas, jogam com muita intensidade, muita força, e muitas faltas... o Benfica entrou a tentar jogar 'bonito', mas só depois do golo Sueco, é que acordámos para a vida, e começamos a meter o pé e o corpo em tudo o que mexia!!! O sintético não ajudou, mas ninguém pense que a qualificação para a Fase de Grupos está garantida, o jogo da 2.ª mão será igualmente complicado, o empate chega, mas vamos ver se a Christy recupera...!!!

A 2.ª boa notícia da noite, foi a presença do Jody no banco: finalmente!!!

Dar a volta...


Guaguas 3 - 1 Benfica
27-25, 25-20, 21-25, 26-24


Está complicado, os espanhóis só precisam de vencer 2 Set's na Luz para passar!!!
Por um lado, não me 'chateia' o Benfica ir à CEV Cup, em vez da Champions, pois na Champions tem sido derrotas atrás de derrotas, mas nunca sabe bem não ganhar!

Nota-se que ainda estamos na pré-época, num plantel com algumas contratações, que provavelmente irão ser 'titulares' no final da época!

Antevisão...

Treino...

BI: Antevisão - Estrela Vermelha...

O Cantinho Benfiquista #184 - The 'Magic' of Champions League

AG do Benfica: os pontos mais importantes para sábado


"- O artigo 4.º, n.º 2 vem prever expressamente a possibilidade de constituição de sociedades anonimas desportivas para desenvolvimento de várias modalidades do Clube, sempre com o SLB como sócio maioritário (de forma direta ou indireta).
- Em termos de representação do Clube na Administração da SAD do Futebol (e respetiva Comissão executiva, quando exista), a proposta vem prever a obrigatoriedade de o Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva ser um elemento da Direção (presidente ou vice presidente).
- Os artigos 7.º ao 14.º reforçam e detalham a importância da simbologia no Sport Lisboa e Benfica, propondo como hino oficial o Ser Benfiquista.
- Em termos de categorias de sócios destaca-se a possibilidade de o sócio correspondente passar a sócio efetivo mantendo metade da sua antiguidade (o que anteriormente não sucedia). Ou seja, a título de exemplo, um sócio correspondente há 10 anos, quando passa a sócio efetivo, terá uma antiguidade de 5 anos (artigo 18.º, n.º 2 da proposta).
- Ainda em termos de sócios e de forma simbólica, diríamos, foi alargada a actualização automática em caso de vacatura até ao sócio 500 (o que sucede atualmente apenas até ao sócio 50). Em suma, e sem eufemismos, uma vacatura neste caso ocorrerá certamente por falecimento de um sócio, permitindo assim aos sócios mais antigos a renumeração automática, com o valor emocional que tal acarreta (artigo 21.º, n.º 3 da proposta e 15.º, n.º 3 dos actuais estatutos).
- O artigo 25.º aborda um dos temas mais discutidos entre os sócios, o direito de voto dos sócios. Em concreto, o número de votos em função da antiguidade enquanto sócio do SLB (no atual estatuto previsto no artigo 51.º). Sistematizando, os sócios até 5 anos de filiação passam a ter 3 votos (atualmente têm apenas 1), sócios com mais de 5 e até 10 anos passam a ter 10 votos (atualmente têm 5), mantendo-se no mais inalterado em relação aos 20 e 50 votos.
- Outro ponto que merece destaque foi a densificação do direito à informação por parte dos sócios, concretamente no artigo 26.º da proposta. Em termos de regime financeiro, o artigo 43.º da proposta prevê que se o orçamento não for aprovado, terá de ir a aprovação formal pela Direção com parecer do Conselho Fiscal.
- No que respeita ao relatório e contas, temos uma solução de grande inovação em relação ao atualmente existente. A proposta apresentada no artigo 45.º prevê que se o relatório e contas não for aprovado, poderá ser alvo de nova AG para a sua aprovação no formato tradicional com as correções que a Direção entender necessárias e parecer do Conselho Fiscal. Em alternativa, a Direção poderá requerer nova votação em AG que funcionará de imediato e durante todo o dia, sem discussão. Qualquer que seja a opção da Direção, se o relatório e contas (relatório de gestão e contas do exercício) não for novamente aprovado, a Direção fica automaticamente demissionária e serão marcadas eleições no prazo de 45 dias para a eleição de nova direção até ao final do mandato que falta cumprir (mantendo-se os demais órgãos em funções) (artigo 45.º, n.º4 da proposta).
- O artigo 44.º veio permitir a votação das contas consolidadas do grupo Empresarial Benfica, sem, contudo, que tal tenha uma consequência formal, ao invés do supra mencionado (nem o poderia, de facto).
- Outra proposta de alteração com significativo impacto é a prevista no artigo 48.º, n.º 2 da proposta, onde se prevê que as eleições (através de regulamento eleitoral a aprovar) contemplem obrigatoriamente o voto físico depositado em urna (apenas sendo possível o voto eletrónico se todas as candidaturas estiverem de acordo).
- No que respeita à limitação de mandatos, o artigo 50., n.º 1, alínea b) da proposta impede que concorra à presidência do mesmo órgão quem tiver exercido a presidência de forma ininterrupta durante os últimos três mandatos anteriores. Em suma, nada impede que concorram à presidência de outro órgão.
- Um ponto essencial da proposta de alteração prende-se com as condições para concorrer à presidência de qualquer um dos três órgãos sociais: 15 anos de sócio efetivo ininterrupto e a idade mínima de 35 anos, sendo atualmente de 25 anos de sócio efetivo ininterrupto (o que coloca a idade mínima nos 43 anos).
- Um outro ponto que considero relevante é a proposta de alteração do número de votos para convocar uma assembleia geral extraordinária, passando para 15.000 votos (sendo que atualmente são 10.000), encontrando-se previsto no artigo 61, n.º 3.º da proposta (atualmente previsto no artigo 53.º dos estatutos em vigor).
- Realce também para a aprovação do Código de Ética e Boas Práticas, a apresentar pela Direção (artigo 58.º, n.º 1, al. n) da proposta) e aprovado pela AG.
- Outro ponto de destaque na proposta de alteração prende-se com a possibilidade de remuneração dos elementos da Direção, prevista no artigo 68.º da proposta de estatutos, seguindo-se algumas regras referentes a essa temática, incluindo a criação da comissão de remunerações.
- Doutro passo, na proposta apresentada a figura das entidades coadjuvantes desaparece, sendo substituída pela designação de Órgãos Estatutários, mantendo-se o Plenário dos Órgãos Sociais, desaparecendo a figura do conselho estratégico e criando-se a comissão de remunerações (atual artigo 67.º e artigo 75.º da proposta).
- Quanto a esta comissão de remunerações, será composta por 5 membros e eleita em lista conjunta com os restantes órgãos sociais, sendo apenas passível de ser destituída pela AG (artigo 58, n.º 1, alínea b) da proposta).
- Um outro ponto referente a votos diz respeito às casas e filiais, onde a proposta apresentada no artigo 82.º, n.º 5 prevê o número de votos em função da antiguidade do funcionamento ininterrupto da casa em questão, copiando em termos de direitos o previsto para os sócios em função da sua antiguidade. Quanto às filiais, deixam de ter direito de voto. De relembrar que, nos estatutos em vigor, todas as casas têm direito a 50 votos e as filiais direito a 20 votos (artigo 52.º dos estatutos).
- Refira-se também que no artigo 88.º da proposta prevê-se o aumento do prazo para nova revisão estatutária, passando para 8 anos (atualmente são 4 anos, previsto no artigo 80.º).
- Por último, em termos de limitações à revisão dos estatutos, a proposta vem acrescentar no artigo 90.º a impossibilidade de rever a obrigação de o SLB titular a maioria do capital social de qualquer SAD. Ou seja, tal alteração não é permitida numa futura revisão. Para que tal sucedesse, teria primeiro de existir uma revisão estatutária que eliminasse esta limitação e só depois poderia existir uma outra revisão que alterasse esta questão."

A revisão de estatutos no Benfica explicada por Gustavo Silva


"No próximo dia 21 de Setembro tem lugar uma Assembleia Geral extraordinária do Sport Lisboa e Benfica, tendo como ordem de trabalhos a revisão dos estatutos.
A última revisão estatutária ocorreu em 2010, com um envolvimento bastante baixo por parte dos sócios, o que é sempre de lamentar. Quase quinze anos volvidos, saúda-se o debate alargado e participado que a presente revisão estatutária tem merecido. Pese embora alguns entropias no processo, a verdade é que este grau de democratização na discussão dos estatutos talvez não encontre paralelo na história do Sport Lisboa e Benfica.
Não obstante, e com vista a uma participação informada do maior número de sócios possível, seria de esperar que (sobretudo) a Direção tivesse conseguido transmitir aos sócios, de forma detalhada, as principais alterações propostas, o racional de cada uma dessas alterações, assim como apresentar uma análise das principais preocupações manifestadas pelos (muitos) sócios que contribuíram com diversas propostas de alteração, bem como de que forma as mesmas foram ou não acolhidas na proposta apresentada pela Direção.
Para além do referido, seria importante que essa comunicação fosse efectuada através de uma linguagem simples e acessível ao maior número de sócios do SLB, a maioria deles não jurista ou versada em questões de natureza estatutária.
O que tivemos foi insuficiente: se por um lado a intervenção por parte do vice-presidente da Mesa em relação à metodologia da AG foi de qualidade e esclarecedora, por outro lado a intervenção de um vice-presidente da Direção acerca das alterações pecou por escassa, deixando por abordar vários pontos fundamentais da proposta global, preferindo um tom mais político e popular, que a situação não recomenda.
Acresce, além do exposto, que tendo em conta a importância do acto e perante uma votação na especialidade, seria expectável que pelo menos em relação à proposta conjunta, fosse efectuada uma apresentação sistemática e articulada das alterações propostas, o que penso não ter sido efectuado até à data.
Nesse sentido, estas linhas pretendem ser desde logo um auxílio para os sócios, assim como uma análise e uma reflexão à presente revisão estatutária e suas consequências.
Em termos de propostas, foram inicialmente apresentadas três propostas globais: uma da Direção, outra conectada com o Movimento Servir o Benfica (encabeçada pelo sócio Francisco Benitez) e uma terceira proveniente de vários membros da antiga comissão técnica criada para a revisão estatutária.
Perante esta factualidade, existiram diversas reuniões entre elementos subscritores das três propostas, tendo-se chegado a um consenso em relação à proposta a apresentar, a qual será votada na globalidade no dia 21 de Setembro, sendo o ponto 1 da ordem de trabalhos da Assembleia Geral.
Para além dessas propostas (agora apenas uma una), existiram diversas propostas para a alteração de diversos artigos, sendo assim o ponto 2 da ordem de trabalhos a votação na especialidade. Em suma, a votação artigo a artigo (faltando neste ponto saber se a Mesa da AG irá proceder em termos de trabalhos à votação de todos, ou se apenas daqueles em que existiram propostas diferentes da proposta global, sendo os outros aprovados por via do ponto 1).
Em relação à proposta global unificada, elenco em peça à parte o que considero as alterações mais relevantes trazidas em relação aos estatutos em vigor, adotando a ordem em que surgem no documento proposto, com indicação dos artigos da proposta e dos estatutos em vigor, quando aplicável.
Para além do exposto na referida peça, da análise às propostas na especialidade apresentadas por vários sócios, foram estes os temas identificados como mais geradores de propostas/preocupação após a apresentação da proposta de revisão por parte da Direção: direitos dos sócios correspondentes, direitos de votos (número de votos dos sócios), votos das casas/filiais, consequências para a reprovação do orçamento, acesso à informação, símbolos do clube, provedor do sócio, número de votos para a marcação de uma AG extra e o voto físico/eletrónico.
Como apreciação à proposta apresentada, creio que estamos perante um trabalho desenvolvido com qualidade e extensão. Mesmo a nível de sistematização, clareza e detalhe, a proposta apresentada é um claro upgrade em relação aos estatutos em vigor.
Diria que em termos sistemáticos, talvez a única questão que mereça alguma ponderação seria a possibilidade de referir, ainda que por remissão, os direitos dos votos das casas do SLB quando se prevê o direito dos sócios, com a criação de um n.º 3 no artigo 25.º com a seguinte previsão: Sem prejuízo do previsto nos números anteriores, as casas do Sport Lisboa e Benfica têm também direito de voto nos termos do artigo 82.º, n.º 5.
No que respeita às opções tomadas, eis o que entendo acerca dos temas mais controversos.
Em relação ao sócio correspondente, creio que a opção adotada é equilibrada. O sócio correspondente é-o por sua decisão, pelo que não tendo as mesmas obrigações, não poderá ter a plenitude de direitos dos sócios efetivos. Este mecanismo de contagem de 50% da antiguidade caso passe a efetivo, mais do que questão jurídica, surge como um incentivo à passagem do sócio correspondente a sócio efetivo.
Quanto ao direito de voto dos sócios, o habitualmente referido como «números de votos» talvez seja a discussão mais transversal e plural de todos os pontos em alteração. Entendendo toda a argumentação de todos os quadrantes de opinião, creio que a alteração proposta se saúda, mas peca por escassa. Em meu entender, o fosso entre sócios não pode ser ainda superior a 8 vezes (e estou à vontade para falar, pois detenho os tais 50 votos).
Em relação ao mecanismo de a Direção ficar automaticamente demissionária com o chumbo por duas vezes do relatório e contas, sou contra essa solução. Creio que existem mecanismos para a destituição dos órgãos sociais (artigo 53.º da proposta), pelo que não concordo que a votação do R&C possa ser uma eventual arma eleitoral ou forma encapotada para provocar eleições. Para além disso, caso tal suceda, o período transitório será certamente de considerável instabilidade e a convocação de eleições apenas para o restante do tempo para o final do mandato também não potencia o surgimento de um projeto alternativo sólido.
Quanto à questão do voto físico depositado em urna, considero o corolário de um processo eleitoral (de 2020) que, para muitos sócios, não ficou totalmente clarificado. Contudo, para um clube que está na vanguarda tecnológica e com aspirações de estar um passo à frente dos demais, considero um retrocesso evolutivo. Entendo o racional de quem defende a medida, mas creio que o problema está no controlo/verificação e não na solução da medida do voto eletrónico. Desta forma, creio que o voto deveria ser eletrónico, com as necessárias garantias técnicas de fiabilidade e auditoria de todo o processo eleitoral e de votação.
Em relação à limitação de mandatos, penso que a proposta é insuficiente e a sua redação poderia ser mais feliz. Em relação a ser insuficiente, após 12 anos seguidos como presidente de um órgão, entendo que, no mínimo, não deveria ser possível concorrer em seguida à presidência de qualquer outro órgão.
Para além disso, em relação à redação, para quê utilizar o termo «de forma ininterrupta»? Creio que esta menção poderá futuramente levantar dúvidas interpretativas acerca da possibilidade de candidatura a algum presidente de um órgão que decida interromper, por exemplo, renunciando ao cargo, pois não serão ininterruptos. Eliminando esta expressão no artigo 50.º, n.º 1, b) obtém-se o pretendido sem levantar quaisquer dúvidas.
Em relação às condições para um sócio concorrer a presidente de um órgão social, estou totalmente de acordo com a fórmula obtida, ou seja, 35 anos de idade com 18 anos de sócio ininterruptos após a efetividade.
No que tange ao número de votos para convocação de uma AG extraordinária, creio que andou mal a Direção nesse sentido. Bem sabendo que a convocatória de uma AG envolve sempre uma logística complexa, não posso concordar com o aumento do número de votos necessários em 50% (passando de 10.000 para 15.000). Se a responsabilização e envolvimento dos sócios é um dos objetivos da revisão estatutária, entendo que esta proposta do artigo 61.º, n.º 3 é um passo atrás nesse sentido.
Em relação à remuneração dos elementos da Direção, considero a decisão acertada, pecando por tardia tendo em conta a realidade do Grupo Benfica.
No que respeita aos votos das casas e filiais, a solução encontrada é mais equilibrada, distinguindo-se as casas por antiguidade e deixando as filiais de ter direito de voto.
Por último, em relação ao que não foi proposto nem existe, deixo então algumas ideias para ponderação futura.
Desde logo, a possibilidade de listas separadas por órgão seria um passo em frente na democracia do SLB. Sobretudo com a criação da comissão de remunerações, será um tema que creio futuramente estará em cima da mesa e permitirá aos sócios votar individualmente os candidatos de cada lista a cada órgão social e estatutário.
Outra questão que propus já variadas vezes é a criação do Provedor do Sócio. A Direção afirmou que pretendia aproximar os sócios mesmo na revisão estatutária, mas esqueceu que o sócio precisa de quem o represente, atenda e até defenda perante o clube, mormente quando atualmente existe uma quase total impossibilidade de o sócio poder ser atendido de forma condigna e expor as suas questões. Vemos, não raras vezes, em AG, alguns sócios a relatarem situações kafkianas e que resultam da ausência deste atendimento, proximidade e representação formal, que o provedor poderia trazer.
De relembrar, por essencial, que a aprovação dos estatutos necessita de três quartos dos votos dos associados presentes na AG, pelo que todos os votos contam (artigo, 81.º, n.º 3).
Tudo visto, espero que o presente tenha auxiliado no entendimento do que estar em causa no próximo dia 21 de Setembro, deixando o apelo para que todos os sócios participem na AG, enquanto corolário da demoraria centenária do Sport Lisboa e Benfica.
E Pluribus Unum!
Até sábado, consócios."

Benfica Podcast #535 - Unfinished Business