Últimas indefectivações

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Museu reaberto

"Depois do anúncio, na semana passada, da reabertura de 39 Casas do Benfica, seguiu-se a reabertura do Museu Benfica – Cosme Damião, hoje, às 10h00.
Estamos, neste momento, em pleno período de regresso gradual à normalidade, repercutindo-se, naturalmente, no universo benfiquista.
Sem desprimor do cumprimento de regras de segurança e de precaução, os benfiquistas voltam a ter agora a oportunidade de visitar o nosso espaço museológico, várias vezes premiado pela sua oferta e que a todos nos enche de orgulho.
Embora a actividade do museu não tenha cessado ao longo do período de confinamento, aproveitando as potencialidades da internet e, em particular, das redes sociais, para continuar a divulgar a história do Benfica, voltamos a ter, agora, a possibilidade de conhecermos mais aprofundadamente, num espaço único, a história do Sport Lisboa e Benfica e aprender sobre os feitos do Clube e os seus protagonistas.
O horário de funcionamento será o habitual, das 10h00 às 18h00, excepto em dias de jogo no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, em que se encontrará encerrado.
O uso de máscara no interior das instalações é obrigatório e haverá uma solução antisséptica de base alcoólica no espaço para higienização das mãos. O número de visitantes permitido em simultâneo foi reduzido e haverá liberdade de circulação, respeitando-se a distância de segurança (dois metros), a circulação pelos percursos designados e a lotação máxima dos espaços assinalados.
As visitas guiadas serão limitadas a cinco pessoas ou grupos unifamiliares, com a devida marcação prévia obrigatória (através do e-mail museu@slbenfica.pt).
Por último, a venda de bilhetes físicos continuará a ser feita na Benfica Official Store, estando também disponível, a partir de hoje, 25 de maio, a venda de bilhetes online no site oficial do Sport Lisboa e Benfica.
Aproveite e visite o nosso museu e constate por que foi já tantas vezes premiado. Se já o conhece, não hesite em visitá-lo novamente, há exposições temporárias, a renovação do acervo em exposição e conteúdos é regular e é sempre possível ficar a conhecer um pouco mais da extraordinária história do Sport Lisboa e Benfica. Vale a pena!"

Florentino-Paquetá ou aquilo a que os ingleses chamam uma situação de win/win

"No mercado de inverno, o AC Milan acalentou pela primeira vez o interesse em Florentino Luís, médio-defensivo de 20 anos do SL Benfica. Na altura, os milaneses visavam um negócio cujos moldes não agradavam aos responsáveis encarnados: um empréstimo de ano e meio e uma cláusula de compra opcional a rondar os 40 milhões.
O negócio, como sabemos, não avançou. Entretanto, o futebol na sua vertente desportiva parou, mas, como era expectável, as novelas de transferências continuaram a ocupar jornais e jornalistas e afins. A sequela do “negócio Florentino” é uma dessas novelas.
Desta feita, os moldes são diferentes. Cientes do interesse das águias em Lucas Paquetá, os administradores do histórico emblema de Milão parecem mostrar-se dispostos a avançar para a aquisição em definitivo de Florentino oferecendo aos homólogos encarnados uma proposta que inclui o passe do médio-ofensivo brasileiro e uma verba monetária.
De acordo com a imprensa italiana, com eco na nacional, a administração benfiquista já terá uma posição bem definida: 15 milhões de euros a juntar ao passe de Paquetá e negócio feito. Será a posição mais acertada? Resposta curta: sim. Anúncio Publicitário Há um ano atrás, a minha resposta seria, desprovida de hesitações, “não”.
Há um ano atrás, via em Florentino o potencial para se afirmar na época agora prestes a reiniciar-se como titular indiscutível e adivinhava no jovem formado no Seixal a próxima grande transferência das águias. Não correram de feição as tentativas de Florentino mostrar serviço. Nunca pareceu encaixar na equipa e não apresentou em campo a confiança e, consequentemente, a qualidade que lhe conhecíamos do ano anterior e dos anos de formação. Ainda assim, a qualidade do jovem luso-angolano é inegável. Como tal, a sua eventual saída tem que estar bem alicerçada.
É o caso. Aliás, será o caso, se se materializar a intenção milanesa. Num cenário em que a proposta de 15 milhões de euros mais o passe de Paquetá é apresentada ao SL Benfica e é aceite pelo clube da Luz, todas as partes envolvidas ficam a ganhar. O médio brasileiro de 22 anos terá, por certo, mais espaço nos encarnados do que nos rossoneri e o médio português terá, eventualmente, mais oportunidades em Itália do que em Lisboa.
Rui Costa: “Acompanhei o Paquetá no Brasil e conheço-o bem. Queria levá-lo para o Benfica, mas não o contratei. É um jogador demasiado caro para o futebol português” (Entrevista à “Gazzetta dello Sport”, Março de 2019)
Os heptacampeões europeus adquirem um jovem futebolista que aparenta agradar bastante à estrutura italiana; em contrapartida, desembolsam 15 milhões de euros – sendo que dinheiro não se tem mostrado um problema para os lados rubro-negros de Milão – e veem partir um activo pouco activo, uma saída que os dirigentes do AC Milan, acredito, enfrentarão como uma solução e não como uma perda, uma vez que creio ser difícil o clube italiano recuperar os 35 milhões de euros investidos no brasileiro.
Chegamos, então, à perspectiva benfiquista do negócio. Ao contrário do que acontece na relação Milan-Paquetá, a saída de Florentino não será encarada como uma solução. Será sempre uma perda. No entanto, num mundo sem certezas, tudo é um jogo de probabilidades. Se elas estiverem a nosso favor, devemos arriscar. Ora, neste negócio, os encarnados têm algo a perder, mas têm mais a ganhar. 
As águias ganhariam um jogador com pinta de craque e com maior maturidade competitiva do que (o actual) Florentino Luís. Lucas Paquetá soma duas épocas de grande nível ao serviço do CR Flamengo, clube onde fez a sua formação, e duas épocas de nível não tão elevado ao serviço dos rossoneri. A isto, junta 11 internacionalizações e dois golos pela canarinha.
Pisando terrenos mais ofensivos, poderá encaixar mais facilmente no onze, como médio-ofensivo num 4-2-3-1, como segundo avançado num 4-4-2 ou como médio interior num 4-3-3 com o miolo em 1+2, do que Florentino. Bruno Lage pretende que os seus médios ofereçam ao jogo, ofensivamente, características que Florentino, por natureza, não pode dar.
No que diz respeito ao passe (curto ou longo, desde que com o intuito de queimar linhas), o médio internacional jovem português apresenta demasiadas limitações para ser aposta recorrente num futuro próximo. Por seu turno, Paquetá, pela sua classe, tem tudo para agarrar desde início a titularidade, dadas as necessidades ofensivas reveladas pelo SL Benfica nos últimos jogos antes da paragem.
Com Paquetá, Pedrinho, Dantas e Gonçalo Ramos, as águias teriam quatro opções distintas entre si para cumprir a mesma missão: ser o mais importante apoio do ponta-de-lança. Desportivamente, o campeão português saía a ganhar a curto/médio prazo. E financeiramente?
A antevisão desse aspeto da questão é mais difícil. Todavia, acredito que também nesse parâmetro os encarnados ficariam a ganhar com este negócio. Além dos 15 milhões imediatos, importantes nesta fase pós-pandemia e que poderiam dar uma ajuda na urgente aquisição de um central, o SL Benfica ainda poderá perspetivar uma venda de Paquetá por uma verba elevada.
Dada a idade e a qualidade do “39” do AC Milan, não será descabido conjeturar uma venda após duas ou três épocas de águia ao peito por valores a rondar os 65/70 milhões de euros. Nesse cenário, e somando as verbas directas e indirectas referentes à venda de Florentino, as águias encaixariam 80 a 85 milhões de euros.
Pese embora a cláusula de Florentino se cifre nos 120 milhões de euros, não me parece razoável que o “61” encarnado seja vendido por um valor superior a 80 milhões de euros. Como tal, o Sport Lisboa e Benfica sairia desportiva e financeiramente beneficiado deste negócio, cujo “único” ponto negativo seria a perda de um dos melhores produtos do Benfica Futebol Campus.
Contudo, ao contrário do que acontece em posições como a de ponta-de-lança, a posição de médio-defensivo está a ser bem trabalhada nos escalões de formação do clube lisboeta. Dessa forma, essa posição assemelha-se de momento àquele famoso e básico truque de magia em que o mágico retira de um bolso ou de uma das mangas um lenço e depois outro e depois outro e por aí adiante.
Retira-se Florentino e surge Rafael Brito. Retira-se Rafael Brito e surge Henrique Jocú. Existindo essa salvaguarda, o impacto da saída de Tino é minimizado. Com a entrada de Paquetá e a manutenção de Rafael Brito e de Henrique Jocú, o SL Benfica salvaguardaria o presente e o futuro do seu meio-campo (do qual farão também parte jovens como Dantas e Paulo Bernardo, naturalmente), apesar da perda de Tino.
E nada mais se pede a quem está ao leme do clube: salvaguardem o imediato e o futuro do Sport Lisboa e Benfica, ainda que algumas decisões sejam difíceis e ainda que se tenha que ver partir alguém que ingressou na família do Seixal com dez tenros anos de idade."

Ferro...

Skill: Odysseas

Cadomblé do Vata (Tuguices...)

"1. A empresa que dá nome ao campeonato cimeiro do futebol nacional, anunciou que não vai renovar o contrato de patrocínio com a Liga... é normal que a NOS não queira continuar a injectar dinheiro numa competição onde os participantes só pensam no EU.
2. O laboratório de análises clínicas contratado pela Liga, deu barraca nos testes positivos ao Covid-19, tendo apenas acertado 2 em 11... curiosamente, é a mesma percentagem de aproveitamento de lances 1x1 com guarda redes do Seferovic.
3. David Tavares teve 2 testes positivos no espaço de 15 dias... ainda dizem que a tele escola não funciona.
4. O FC Porto não se conforma com a recusa da Altice em pagar os meses de Abril e Maio... a operadora de telecomunicações informou a Torre das Antas que não avança com o dinheiro porque o SL Benfica não está em primeiro.
5. O Sport Lisboa e Benfica treinou ontem no Estádio da Luz, para os jogadores se adaptarem a jogar sem adeptos nas bancadas... Bruno Lage tem todo um nível de preocupações que não afectam Rúben Amorim."

Transgressões imperdoáveis

"Alguns jogadores do Sevilha e suas famílias ao reunirem-se num aparatoso almoço, contrariando todas as normas incluídas num protocolo que estabelece rigoroso confinamento.

Alguns pequenos percalços têm vindo a esmaltar esta fase de pré-temporada que ainda se vive em alguns países da Europa, com excepção da Alemanha onde foi cumprida mais uma jornada da Bundesliga sem que se tenham registado surpresas de maior. Ou seja, os líderes da classificação, Bayern Munique e Borússia de Dortmund prosseguem a senda de vitórias que certamente irão prosseguir e, a cinco jornadas do fim, quase lhes garantem a possibilidade de não virem a registar-se mudanças.
Uma das notas mais importantes deste domingo tem a ver com a desbragada atitude de alguns jogadores do Sevilha e suas famílias ao reunirem-se num aparatoso almoço, contrariando todas as normas incluídas num protocolo que estabelece rigoroso confinamento dos jogadores de futebol, numa altura em que já não faltam sequer três semanas para o reatamento de La Liga.
Os ecos desta lamentável iniciativa continuam a correr o país vizinho, não obstante os atletas terem já apresentado desculpas pelo ato indigno e juntando-lhes a promessa de que nada se irá repetir quanto a faltas de respeito para com eles próprios e com a saúde pública.
Apesar de alguns responsáveis terem chegado a colocar a hipótese de adiar o reinício do campeonato, a verdade é que essa possibilidade está afastada, e a competição estará de regresso no dia 11 de Junho, exactamente com um escaldante Sevilha-Bétis, sempre um prato forte do futebol espanhol e especialmente do andaluz.
Entre nós o percalço maior passou pela divulgação de análises erradas à Covid-19, que o semanário “Expresso” atribuiu a responsabilidade do laboratório encarregado da operação.
E, como se não bastasse o engano, lá veio também um apêndice que fez torcer o nariz a muita gente. Sem que tal facto pudesse resultar do facto de dois dos principais responsáveis por esse laboratório serem familiares do presidente da Federação e de um ex-autarca, a verdade é que tal constituiu razão bastante para que o assunto viesse para a praça pública envolto em reservas que em nada ajudam a prestigiar o futebol.
Por fim, nunca será despiciendo recordar e reforçar palavras da Ministra da Saúde que ainda ontem afirmava não virem a ser permitidos ajuntamentos de adeptos para assistirem, pela televisão, aos jogos da primeira Liga.
Nos primórdios do debate sobre o reatamento do campeonato um relatório da comissão nomeada pelo governo recomendava que não mais de dez adeptos possam vir a permanecer nas imediações dos estádios onde vão ter lugar os 90 jogos a disputar.
Agora, apertando ainda mais a malha, o Governo não quer permitir grupos numerosos em locais onde seja possível assistir às transmissões, enquadrando-se nesta decisão bares, associações, sedes de núcleos ou casas de clubes, etc. etc., tudo na superior defesa da saúde pública.
A coisa promete fiar fino…"

São 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha

"Dois fins de semana. Já são dois. E, ainda que calculando com a imprevisibilidade destes tempos, os sinais são bonitos: vão ser mais; quase de certeza todos os que faltam para que 2019/20 chegue a bom porto e que 2020/21 possa voltar a ser do povo. Para já, os fins de semana são adeptos da Alemanha, mas a felicidade está a espalhar-se a outros territórios. Dia 4 de Junho, não sendo um fim de semana, já tem sabor a isso para os apaixonados de Portugal, como eu.
Esperamos quase três meses. Três meses em que o mundo se vergou, mas não partiu. E enquanto o mundo continuava vergado, a bola parada e os estádios vazios, os alemães começaram a erguer-se. Estratégicos, rigorosos e sobretudo unidos nas suas diferenças, delinearam o plano. Quatro vezes campeões do mundo, estes tipos altos e espadaúdos não estão para brincadeiras. Quando anunciaram que o futebol era para regressar, era mesmo. E voltou. Há dois fins de semana.
Antes disso, quando foi lançada a primeira semente, elogiei a atitude. Fiz do elogio um ato público nas minhas redes sociais e prontamente caíram os comentários: «Os alemães estão a dar um passo maior do que a perna»; «tenho dúvidas que seja uma boa ideia», etc… Comentários em bom português, entenda-se. Tinham a sua validade, logicamente, ainda que fosse possível extrair daí o negativismo tão próprio da minha – nossa - gente. Para nós, corre tudo mal; e corre muitas vezes, por culpa nossa.
No fim de semana passado, o grande dia. O dia do resto da vida do futebol. A Alemanha dava o pontapé de saída e o mundo ligava-se à «caixa mágica» com linha para o centro da Europa, muitos desejando que estivessem certos, outros, poucos, fazendo figas para que corresse mal. Não correu, de forma alguma.
Há uma semana estive nas imediações do estádio do Union de Berlim, quando o grande e sempre desejado Bayern de Munique visitou a capital. Haveria aglomerações? Iriam as pessoas arriscar uma «escapadela» para acenar à equipa ou soltar um cântico de incentivo? A ser assim, uma das regras primordiais do plano seria violada, e o futebol correria o risco de voltar aos balneários fechados. Mas não. Houve algumas pessoas, mas rapidamente se foram. À hora do jogo, só a polícia restava nas ruas. E foi assim em todos os estádios, em toda a Alemanha.
Na sexta-feira passada a noite era de dérbi. Hertha – Union. Antes da pandemia tinham sido vendidos 74.600 bilhetes. Lotação esgotada. A rivalidade e, sobretudo, os confrontos da primeira volta faziam temer o pior. Voltei a marcar presença na imediação do estádio. Três horas antes reinava o silêncio; o mesmo silêncio que imperou no momento em que se ouviu o apito inicial do lado de fora. Ninguém apareceu, como pedido. E foi assim, mais uma vez, em todo o país.
Dois fins de semana depois, é justo dizer: os Alemães estavam certos, mais uma vez. Foram rigorosos e estratégicos, consequentes e solidários. E, por enquanto, devolveram o futebol ao mundo. Se para Gary Lineker «o futebol são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha», actualmente o jogo dos alemães é uma vitória de todos.

PS: Guardei isto para nota de rodapé, ainda que seja tudo menos isso. O bom exemplo alemão parece não ter chegado a Portugal. Quando tudo o que deveria interessar é devolver o jogo às pessoas, há uma guerra para derrubar Pedro Proença, presidentes a ameaçar impugnar o campeonato e outros a fazer «birra» porque não querem ceder os estádios. Será que são os alemães a dar um passo maior que a perna ou será que somos nós a dar um tiro nos pés?"

André Lima...

A Bola de Sábado...

Benfiquismo (MDXXXV)

O Benfica vai jogar....!!!