Últimas indefectivações

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Amargo de boca

"Perdemos em França com equipa ao alcance do melhor Benfica. Fica a sensação de que a história poderia ser diferente

Vencer o Rio Ave de forma clara foi importante para consolidar a liderança conquistada na semana passada. O campeonato é uma maratona em que vence o mais regular, quem tiver menos percalços, quem conseguir ganhar os três pontos mesmo nas partidas que correm menos bem. No entanto, o jogo contra a boa equipa de Vila do Conde deixou óptimas indicações, sobretudo na segunda parte.
Já o jogo de Lyon, marcado por uma sucessão de infortúnios, muitos por culpa própria, deixa um amargo de boca. Perdemos em França contra uma equipa que estaria ao alcance do melhor Benfica. Fica a sensação de que a história podia ter sido diferente. Dizer que a segunda parte foi melhor consola pouco, porque sabemos que ao intervalo também saiu o melhor jogador do Lyon, Memphis Depay.
Tristezas não pagam dívidas e resta olhar um futuro que tem já amanhã nos Açores um episódio de crucial importância. Para quem não gosta do Benfica e não consegue estar na Liga dos Campeões, resta festejar quando o Benfica não tem êxito. É assim hoje e vamos fazer com que seja por muitos anos. No futebol, como na vida, há dois grupos de pessoas: os que vão na frente e os que vêm a dizer mal. Nós, no Benfica, tratamos de ser do primeiro grupo.
Lideramos com dois pontos de vantagem o campeonato, mas sabemos que os adversários e obstáculos que temos pela frente obrigam a mais. Este ano, já escrevi repetidamente, os dois da frente vão perder poucos pontos. Seria um erro fatal pensar que o rival está menos bem ou que o seu jogo soporífero o afasta da luta. A história mostra que há adversários que nunca desistem e que fazem tudo (literalmente) para vencer. Vai ser uma luta a dois, vencida por quem tiver menos deslizes e nós acreditamos no Benfica.
Nos Açores nem as viagens, nem o cansaço serão motivo para haver outra coisa que não seja o melhor Benfica em busca dos três pontos. Bruno Lage saberá quem tem, e como estão os seus recursos. No último ano foi na deslocação aos Açores que Bruno Lage levantou voo rumo ao êxito e foi no seu regresso que recebeu do presidente o convite para permanecer como treinador principal (na cadeira ao meu lado).
Últimas notas para a magistral participação dos jovens do Benfica na Youth League, neste caso contra um excelente Lyon, que coloca o Benfica muito perto do apuramento. Naquela equipa há presente e há futuro."

Sílvio Cervan, in A Bola

O clube da oposição

"Belo discurso de João Soares, antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, proferido no jantar de comemoração do 16.º aniversário do nosso estádio, durante o qual foi realizada uma justíssima homenagem a Mário Dias. Além do testemunho relevante e muito elogioso sobre o papel determinante que Mário Dias teve na epopeia do estádio, João Soares discorreu sobre o Benfica e sobre o benfiquismo. Revelou o empenho do seu filho adolescente na expansão do benfiquismo entre os familiares; relembrou Xanana Gusmão, que usou símbolos benfiquistas para alertar, com eficácia, os portugueses para a situação vivida em Timor-Leste; reconheceu a imensa popularidade do Benfica além-fronteiras e a notável representação internacional do clube. E, finalmente, enalteceu o espírito livre e democrático que sempre norteou o quotidiano do clube, mesmo em tempos de ditadura no pais.
Sobre o último aspecto, João Soares citou José Magalhães Godinho para reforçar o seu argumento: 'O grande clube da oposição é o Benfica'. Magalhães Godinho dedicou grande parte da sua vida a combater o Estado Novo. Integrou vários movimentos oposicionistas e foi alvo de perseguição política e ideológica, sofrendo privações de liberdades. E foi, enquanto se empenhou nestas actividades, o primeiro director do jornal O Benfica, cargo que desempenhou ao longo de cerca de três anos. Basta este simples facto para desarmar os ignorantes e os revisionistas que tentam associar o Benfica ao antigo regime. Não é crível que um tão dedicado combatente antifascista como Magalhães Godinho aceitasse um cargo relevante num clube associado ao regime que, com inegável sacrifício pessoal tanto se empenhava em derrubar. Impossível!"

João Tomaz, in O Benfica

Vermelho vivo

"Primeiro lugar, melhor ataque, melhor defesa, melhor marcador, 27 pontos - número nunca antes atingido pelo Benfica nas primeiras 10 jornadas. Pode dizer-se que a nossa equipa, depois de ultrapassada, com vitórias, uma fase exibicional mais acinzentada, está de novo muito bem encaminhada para a renovação do título. E começa novamente a empolgar os adeptos, na linha do que foi fazendo ao longo da segunda metade da temporada passada.
Desde então, em 29 partidas do campeonato, o Benfica de Lage venceu 27, o que dá um coeficiente de triunfos verdadeiramente notável de 93% algo que nenhum outro técnico conseguiu no clube. E após 2018-19 nos ter trazido a melhor média de golos marcados dos últimos 40 anos, 2019-20 está a trazer uma média de golos sofridos que não encontra paralelo na história encarnada.
O futuro dirá até que ponto este aspecto revela, ou não, um acréscimo de maturidade competitiva. Encontrando o equilíbrio entre as componentes ofensiva e defensiva, teremos seguramente uma equipa mais forte e ganhadora. É esse o desafio para os próximos meses, de forma a que, em Maio, possamos voltar ao Marquês do Pombal.

Mas não é só o futebol profissional que brilha. Na verdade, lideramos também o campeonato feminino, o de sub-23, o de juniores, o de juvenis e o de iniciados. Ou seja, todos!
Comandamos também os nacionais de hóquei em patins, de futsal e de voleibol, e estamos na luta no andebol e no basquetebol.

Esta está, pois, a ser mais uma temporada à Benfica, em todos os tabuleiros.
Há que continuar na mesma senda, para que tudo isto se possa transformar em troféus."

Luís Fialho, in O Benfica

La vie em rose

"Faz quase 30 anos que esta ideia de criar uma onda rosa para alertar o mundo sobre o cancro da mama nasceu nos Estados Unidos da América. Este assassino silencioso, como outros que por aí andam sub-repticiamente minando homens e mulheres incautos, merece combate sem trégua e em toda a linha. Por isso mesmo e preciso chamar a atenção de todos e de todas para a prevenção e detecção precoce do cancro da mama. Com o nível de conhecimento e a tecnologia de que hoje dispomos não há necessidade de que tantas mulheres passem por este flagelo, muitas vezes com consequências traumáticas para a sua autoestima e mesmo, por vezes, pondo em risco a sua própria vida. O caminho é só um e bem conhecido, passa pela prevenção e pela detecção precoce, uma vez que estes, como tantos outros, vencem pelo silêncio e pela desatenção, desenvolvendo-se silenciosamente até estádios de combate difícil, por vezes de não retorno. Mas quando são detectados em estádios embrionários, na sua maioria são tratáveis com grandes taxas de sucesso. Portugal, aliás, é um dos países na linha da frente com uma taxa de sobrevivência aos 5 anos que anda elos 85%, o que faz de nós um dos países de maior sucesso no mundo relativamente ao combate a este tipo de cancro. Esta luta é de todos, e a Fundação Benfica faz a sua parte, apoiando organizações como o IPO e, sobretudo, chamando a atenção do público através de campanhas, aproveitando o poder de comunicação do futebol e o seu longo alcance social que permite atingir franjas da população que normalmente passam ao lado dos cuidados. Mas todos temos que fazer algo, a começar por nós próprios e pelos que nos são próximos. Neste caso da prevenção e detecção precoce até é fácil, a Internet está cheia de informações, e toda a gente tem um smartphone que usa para tudo e mais alguma coisa. Que tal utilizá-lo também para conhecer um pouco mais sobre os sintomas que permitem desconfiar e ir ao médico? É preciso fazer isto com serenidade e sem entrar em ansiedade só porque se leu isto e aquilo, mas é preciso, para que a vida seja como a cantou Piaf... La vie en rose!"

Jorge Miranda, in O Benfica

A sensibilidade do decisor

"A propósito de uma intervenção que tive no início desta semana, sobre as etapas de desenvolvimento dos jovens jogadores de futebol, foram interpretadas de forma diferente algumas das ideias que tentei transmitir. E digo tentei porque quando um emissor fala para tantos receptores a mensagem não chega a todos de forma idêntica. Responsabilidade do emissor, que não conseguiu ser preciso na mensagem ou que a tornou dispersa. Contudo, quando há espaço para questionar o palestrante, não se deve entrar em interpretações que retiram do conteúdo da intervenção ideias diferentes do que foi transmitido. Tal como na teoria económica, as perguntas básicas de «porquê»?, «como», «quem», «onde?», etc, devem estar sempre presentes nesta análise. Os jovens jogadores, principalmente as crianças, necessitam de gostar do jogo. Nada se consegue por imposição, pelo contrário. Portanto, quando a pressão existente para que os clubes de maior dimensão sejam obrigados a vencer em todos os escalões atinge níveis insuportáveis, temos de saber como resolver o problema. Aqui entram os gestores, desportivos ou não, para que o processo tenha regras. O objectivo não é ganhar os campeonatos de crianças, é formar crianças para jogarem, independentemente do nível que atingem em adultos. Por isso é que nem todos podem gerir uma escola, uma academia ou uma equipa de topo. A importância de quem dirige ganha maior dimensão quando consegue que este processo atinja níveis de excelência. Este patamar é um todo, não sendo dirigido exclusivamente para uma elite. A sensibilidade do decisor para compreender as fases de desenvolvimento do praticante diferenciam os processos. A paixão e a emoção com que se vive o fenómeno não podem retirar lucidez a quem decide em última instância. Este é um dos factores diferenciadores e um dos que mais influenciam o processo de aprendizagem e ensino do jogo."

José Couceiro, in A Bola

Mensagens...

"Da saga #DragõesJuntos, a equipa do Polvo presenteia-vos com mais uma demonstração clara da inequívoca união patente entre jogadores e treinador do clube portuense."

O futebol é porco

"Sim, leram bem. O futebol é porco e não mudo a minha opinião. Que, aliás, é extremamente bem fundamentada.
Para mim, nada representa melhor a essência do futebol do que aquela coisa pequenina, feita de borracha, que por mais pontapés que leve jamais se destruirá. O courato.
Quem já foi ao futebol e nunca comeu uma sandes de courato, lamento informá-lo mas não foi ao futebol, foi fazer turismo desportivo. É completamente diferente.
Ir à bola é ir às roulottes e comer couratos, nem que seja só uma vez na vida. É um ritual de passagem, de um estômago saudável para o síndrome do intestino irritável.
Confesso que não compreendo o que leva pessoas adultas a comer o bocado do porco que tem mais semelhanças com o bicho: é gorduroso, tem um cheiro esquisito e pêlos no corpo. Muito parecido comigo quando vou a Paredes de Coura, com a diferença que eu cheiro sensivelmente mais a suíno. 
(Paredes de Coura, note-se, é o sítio perfeito para comer couratos – Paredes de Coura, Paredes de Courato. Fica a dica gratuita.)
O carimbo na pele. Porquê? É uma dúvida que tenho até hoje. A bifana não tem. O bife grelhado também não. Porquê no courato? O que significará? Pêlos aprovados para ingestão humana? Porco aprovado para ingestão de humanos? Confidencial, prova de crime, não tocar? 
A dúvida dilacera-me.
Segundo a Infopedia, courato é, e passo a citar «Pele espessa e dura do porco, utilizada, por vezes, na alimentação».
Aqui a parte a salientar é o «por vezes». Se um dicionário online, local onde se digere imensa porcaria, sabe que o courato deve ser deglutido com parcimónia, imediatamente constato duas coisas: a Infopedia não vai muito à bola, e o seu sistema gástrico é muito melhor do que o meu.
Como o couro do porco se tornou num alimento futebolístico, não faço a mínima ideia. Nem a mãe porca, nos seus melhores sonhos, alguma vez terá pensado que a pele dos seus meninos viesse a ser um best-seller à porta dos estádios.
«Bruno Leitão, tu cuida-te que um dia ainda vais ser grande no mundo do futebol. Vai deitar-te naquela caminha de lama que a tua pele precisa de nutrientes e os senhores vão ter fome antes do jogo.»
Por muito que uma mãe queira o melhor para os filhos, duvido ela tivesse visto tão à frente.
Eu, também não tendo dotes de vidente, experimentei cheio de boa-fé.
Era um dia tristonho, nebulado, e logo aí suspeitei que a coisa não ia correr bem. Com um tempo destes só pode vir goleada ou dores intestinais – pensei cá para mim. Mas tudo bem, arrisquei.
Bem dito e bem feito. A primeira dentada foi um misto de medo e excitação, seguida de pânico e frustração, terminada com choro e gritos pela minha mãe. Não foi bonito de se ver num homem de 25 anos.
Felizmente, onde há couratos há minis, e não há nada que cinco minis seguidas não resolvam. 
Hoje continuo a comer sandes de courato. Porque naquele dia posso ter perdido o orgulho e as papilas gustativas, mas não há motivo nenhum para se desperdiçar boa cerveja."

O mais importante é “ela”

"Sendo atleta, a minha vida profissional e pessoal misturam-se, há uma linha separadora muito permissiva.
Acreditava que a superação e a constante busca de evolução assente em ideais de excelência, amizade e respeito na vida e no desporto simbolizavam a minha felicidade.
E em momentos de preparação para competições assumia a tarefa a realizar e toda a sua envolvência como o mais importante da minha realidade.
É uma existência bastante egoísta quando o sucesso da minha ocupação é dependente inteiramente da minha disponibilidade física e mental para competir a certo nível e, de certa forma, era incentivado a tornar-me um idiota.
Era assim até que “ela” nasceu, depois o expoente máximo do que era mais importante deixou de o ser e passou simplesmente a ser “ela”.
E, para alguém, o mais importante da vida pode ser o trabalho, o futebol ou o carro, o que for. Para mim, é a minha filha. Tive a “benção” de poder escolher e para mim não há dúvidas.
Tanto tempo fora de casa em estágios e competições implica que não me seja possível estar tão presente quanto quero, e penso que grande percentagem do que é ser pai é estar presente, mudar a fralda e tentar “pesar” o bastante para lhe merecer amor, respeito e confiança.
Acredito que essa ligação especial vem do tempo juntos e é um sacrifício enorme ter consciência disso e estar longos períodos longe dela.
Essa distância faz-me apreciar ainda mais o que “ela” é.
E agora, quando estou longe de casa, quero fazer com que valha a pena e conte mais do que nunca, que nada seja em vão.
E raramente tenho um dia mau, não importa se treinos ou competições correm bem ou mal. Ela traz-me de volta à terra todos os dias porque, realmente, não interessa se corro em 29 ou em 30. Saber que quando chegar a casa a minha filha vai sorrir, feliz, faz tudo ficar bem."

Odgaard, o dinamarquês, a pedalar para os golos

"Avançado de 20 anos está cedido pelo Sassuolo ao Heerenveen Odgaard.

Assim mesmo, sem “E”.
O norueguês Martin Odegaard continua a encantar, agora com a camisola da Real Sociedad, mas desta vez o destaque vai para o dinamarquês Jens Odgaard, que recentemente até foi notícia no Maisfutebol por um fantástico golo de bicicleta ao serviço da selecção sub-21.
É caso para dizer que, aos 20 anos, o jovem avançado vai pedalando a um ritmo moderado pelo sinuoso caminho da afirmação. Como seria de esperar, está ainda a moldar a sua identidade, a nivelar a confiança, mas na presente temporada soma quatro golos em doze jogos pelo Heerenveen, clube ao qual foi emprestado pelo Sassuolo.
Natural de Hillerod, a cerca de 30 quilómetros da capital, Copenhaga, Jens começou a jogar no clube local, o HGI, mas em 2014 foi recrutado pelo Lyngby.
Tinha 17 anos (e 17 dias) quando fez a estreia pela equipa principal, em abril de 2016. O Lyngby estava então no segundo escalão dinamarquês, mas garantiu a promoção à elite, na qual Odgaard somou 17 jogos e quatro golos, em 2016/17
 Foi o suficiente para despertar o interesse de alguns dos principais emblemas europeus, mas foi o Inter a avançar desde logo para a contratação, a troco de dez milhões de coroas dinamarquesas (cerca de 1,4 milhões de euros).
Não chegou a jogar pela equipa principal nerazzurra, mas festejou o título Primavera (sub-19) antes de ser vendido ao Sassuolo, com o Inter a ficar com opção de recompra válida até 2020 (dez milhões de euros no primeiro ano, quinze no segundo).
Condicionado por algumas lesões, fez apenas um jogo pelo Sassuolo em 2018/19, mas o empréstimo ao Heerenveen está a dar-lhe a possibilidade de jogar mais regularmente, e Jens começa a corresponder com golos.
Os 23 golos em 45 jogos pelas selecções jovens da Dinamarca servem também de cartão de visita, mas essa perspectiva pode ser redutora, tendo em conta a capacidade de trabalho. Odgaard percorre toda a frente de ataque: cai nas alas, abre espaços, usa a estampa física para dar luta aos defesas.
Mas também é justo dizer que Odgaard nasceu virado para a baliza. Até pela facilidade com que se vira para a mesma com a bola, para depois aplicar o forte pontapé de pé esquerdo.
Aos 20 anos ainda é natural que esteja a perceber a melhor forma de usar as suas armas, que esteja ainda a criar uma relação mais forte com a baliza, mas Jens Odgaard tem potencial para ser um avançado muito competente."

O desporto: uma tema fantasma face às realidades

"«As questões desportivas são integradas, de pleno direito, nas ‘questões de sociedade’, com a erupção da violência, da dopagem, da corrupção; fenómenos negativos que não nada têm de específico. Isto é a melhor prova da ‘secularização’ do campo desportivo», refere Christian Pociello, no seu livro “Les cultures sportives” (1995, p. 10).
O campo desportivo apresenta uma autonomia relativa e é submetido às pressões de sociedades em crise e às influências de um mundo agitado. Se os padres não são os melhores colocados para fazer a sociologia da religião, o mesmo se passa para alguns actores associados ao desporto (eleitos, dirigentes, praticantes, pedagogos, etc.). Mas também não é fácil suscitar o interesse dos estudantes (universitários, por exemplo) para uma “cultura sábia” relacionada com o desporto e de uma certa jubilação em conhecer e compreender este objecto de estudo. A pouca participação dos estudantes de Educação Física e Desporto ou áreas relacionadas em eventos científicos (seminários, colóquios, congressos, etc.) é notória. Já colocámos várias hipóteses para este afastamento dos estudantes: o excesso de eventos realizados; os custos financeiros associados aos eventos; as dificuldades pessoais relativamente à ciência; a seriedade dos ensinos politécnico e universitário, com a utilização de uma linguagem não acessível. Outras há que poderiam ser alvitradas. Todavia, como diria Norbert Elias” (1986, p. 25), “o conhecimento do desporto é a chave do conhecimento da sociedade”.
O termo genérico “desporto” abrange um sistema complexo de práticas, de representações e de valores, que participam nos mitos actuais das sociedades contemporâneas. Nascido numa sociedade liberal e parlamentar do capitalismo industrial, o desporto moderno difundiu-se pela quase totalidade do globo terrestre. Foram os ingleses que o “inventaram” e empreenderam esforços para codificar a maior parte dos desportos modernos, explicando o impacto particularmente forte destas práticas nas zonas de influência colonial. Os franceses contribuíram para a sua universalização. Mas o movimento desportivo tem limites na expansão planetária. Existem evidentes irregularidades geográficas da sua implementação nos continentes, na intensidade da prática, na produção de performances e na distribuição de locais de organização de competições internacionais. A questão económica do desporto tornou-se um dado incontornável desse fenómeno mundial. Refugiando-se nos símbolos, sem explicar muito bem o seu significado e o seu futuro, a faculdade de ensinar, de instruir e de formar os povos por um desporto universal é fortemente colocada em questão."

Cadomblé do Vata (Andrades...!!!)

"1. O Dr. J. Marques anda por aí todo enxofrinado porque diz que o "Netflix do Benfica" é uma cópia do FC PortoTV, mas ele que tenha calma porque agora estamos empatados... os azuis e brancos também nos estão a copiar a participação europeia.
2. Ainda no FC Porto, Marega continua de fora por lesã... por castig... por opçã... bem não interessa, para a imprensa, mais importante do que saber as razões da exclusão do elemento mais importante do ataque andrade, é saber porque razão não joga um sérvio que em 3 anos, com 2 treinadores, só foi titular meia época.
3. Amanhã regressamos à nossa piscina com deslocação a casa do Santa Clara... para Bruno Lage, mais importante do que a táctica, a estratégia ou o 11 titular, vai ser explicar aos jogadores que as partidas nos Açores contam como jogos nacionais.
4. Conforme prometido, o relvado que Rui Costa e Tiago Pinto foram escolher à Holanda já começou a ser instalado... se tudo correr com normalidade, em Junho vamos mudar novamente de tapete verde, porque tudo o que fomos buscar aos Países Baixos nos últimos anos, passado pouco tempo ou foi emprestado ou foi vendido.
5. Pedro Boucherie Mendes colocou a circular uma teoria segundo a qual o Benfica perde de propósito na Champions para sabotar o ranking europeu de Portugal e garantir que só o Glorioso se consegue apurar para a competição... não sei com que talher este rapaz anda a comer a sopa, mas por prevenção, a CP devia reforçar as linhas ferroviárias da zona de Lisboa."

Frontalidade!!!


Missão Santa Clara

"Amanhã, às 18 horas (17 horas nos Açores), em Ponta Delgada frente ao Santa Clara, a nossa equipa entrará em campo com o objectivo de somar mais três pontos, sabendo que a liderança isolada bem como os melhores registos do campeonato nos golos marcados e sofridos, ou a série de treze triunfos consecutivos nas deslocações da principal competição nacional, nada contam para o desfecho da partida.
Trata-se de uma difícil deslocação em que, pela frente, estará um adversário valoroso que tem vindo a fazer um bom campeonato, a exemplo do desempenho conseguido na época passada. A ambição, determinação e concentração competitiva habitual da nossa equipa será imprescindível para trazer os três pontos dos Açores.
Este será o sétimo desafio em 23 dias, fechando um ciclo intenso que se pretende com mais uma vitória, atingindo assim o pleno de triunfos nas competições nacionais neste conjunto de jogos. O entusiasmo e a confiança na equipa ficaram bem patenteados na corrida aos bilhetes, cujas filas impressionantes para a aquisição de ingressos são elucidativas quanto à forte implantação do benfiquismo nos Açores.
Seguir-se-á nova paragem para as selecções e a competição regressará no dia 23, com a visita ao Vizela a contar para a Taça de Portugal, o primeiro de oito jogos em 29 dias.
Ao longo do fim de semana serão muitas as equipas em campo a defender as nossas cores. Focando-nos apenas nos jogos em casa, no Seixal teremos os Sub-23 (Leixões, sábado 11h00) e Iniciados (Loures, domingo, 11h00); e, na Luz, sábado haverá os jogos com Quinta dos Lombos em futsal (16h00) e Valongo em hóquei em patins (18h00) nos masculinos, e nos femininos as equipas de futsal e de hóquei em patins jogarão no domingo ante Quinta dos Lombos (15h00) e CA feira (17h30). 
Haverá, portanto, muito Benfica para apoiar, vibrar e ajudar a ganhar. #PeloBenfica"

Antevisão...

Fever Pitch #24 - Benfica nos Açores...

Ilusão à flor da relva

"À entrada para a época 2019/2020, o SL Benfica adquiriu um sistema inovador de luzes para o novo relvado do Estádio da Luz. Este sistema potencia o crescimento da relva, acelerando o processo da fotossíntese. Permite também que o relvado apresente a mesma qualidade durante todo o ano e uma maior utilização do mesmo, sendo que as luzes irão permitir suprir a falta de luz solar em algumas zonas do relvado.
No entanto, após um problema no sistema de rega, que levou a que o relvado não fosse regado durante dois dias seguidos, em Junho de este ano, o Estádio da Luz prepara-se para receber um novo “tapete” – pela terceira vez em apenas cinco meses -, enquanto a Primeira Liga para devido a mais um compromisso de selecções.
Alvo de críticas por parte de Bruno Lage, o relvado tem causado vários problemas aos encarnados e até há quem aponte o dedo ao rectângulo de jogo por algumas das lesões que têm assolado as “águias”. Após nove jogos realizados no reduto dos encarnados, foram notórias as condicionantes que o terreno impõe quer ao Benfica, quer aos seus adversários. O relvado não permite uma circulação de bola fluída, e o facto de estar “solto” – são vários os tufos de relva que marcam os jogos na Luz – dificulta e limita os movimentos dos jogadores, potenciando também o aparecimento de lesões. 
Agora que o ciclo com este relvado chega ao fim, espera-se que o novo relvado seja condicente com o estatuto, e com as necessidades, que um clube como o Benfica tem."

Benfiquismo (MCCCXLVII)

Campeões...

Aquecimento... Bernardo, Matias & Valido