Últimas indefectivações

domingo, 7 de janeiro de 2024

Vermelhão: Três secos no congelador de Arouca!

Arouca 0 - 3 Benfica


Nova vitória, em 'novo' jogo dos Eusébios, numa partida jogada num relvado horrível, e novamente com muito frio, como tem sido sempre com o Roger no Benfica!

O jogo seria sempre diferente da partida, da Taça da Liga, já que o adversário trocou de treinador, mas o resultado acabou por ser parecido! Agora as dinâmicas foram diferentes... O Arouca, tentou condicionar a nossa 1.ª fase de construção, principalmente a 'saída' junto da nossa área, e acabou por fazer subir muito a linha defensiva, julgando que o Benfica, com o Cabral na 'frente', seria controlável... Mas enganaram-se, o Cabral acabou por fazer um bom jogo, e o Rafa andou a 'brincar' com o AVAR!

A equipa do Benfica raramente defronta este tipo de adversários, com tanto espaço entre a linha defensiva e o guarda-redes...  Sem extremos que ataquem a profundidade, os treinadores adversários, ultimamente têm arriscado, esta estratégia, e o Benfica às vezes demonstra falta de rotinas neste tipo de jogo, mas hoje estivemos bem...

Os erros aconteceram lá atrás, talvez por excesso de confiança, ou por simplesmente 'recusarmos' a jogar feio, acabámos por perder algumas bolas, totalmente desnecessárias, que acabaram por criar alguns calafrios... principalmente, após o golo do Rafa! Quando os nossos jogadores mais recuados, estão apertados, sem linhas de passe seguras, temos que jogar à 'Bombarral'... Perdas de bola, na 1.ª fase, são quase sempre fatais!

O Rafa começou a época muito bem, mas depois baixou o nível a 'pico', mas a época Natalícia fez-lhe bem, está novamente a jogar muito... e hoje, até esteve bem na finalização!!!  E já agora, as 'férias' fizeram bem ao Di Maria...!!!


Pela primeira vez, e após muitos pedidos, tivemos o Tino, o Neves e o Kokçu ao mesmo tempo em campo!!! Com o Turco, como falso Ala esquerdo, no lugar habitualmente ocupado pelo João Mário, a equipa melhorou... bastante!

A questão do Musa, para mim, não é uma questão! Existem jogadores com características especiais, no Benfica, no nosso passado, não é difícil encontrar pontas-de-lança, que tinham mais impacto quando 'saltavam' do banco, do que quando eram titulares! O César Brito por exemplo foi um deles... Se o Musa, não ficasse 'chateado', para mim, podia fazer o resto da carreira nesta 'função'!!!


Ganhar é sempre fundamental, mas quando os adversários diretos perdem pontos, é importante não facilitar! Ainda por cima, nas vésperas de uma sequência de jogos na Luz, onde temos tudo para cimentar as nossas ambições...


Entre as várias necessidades do plantel, goleador era uma delas, e já contratámos um avançado com muito potencial... Devido aos 'calendários' trocados com a América do Sul, vamos ter que esperar algumas semanas para uma integração total, mas creio que estamos bem servidos... Agora, creio que não vamos ficar por aqui, e além do defesa esquerdo muito 'desejado' por todos, gostaria de ver mais um médio-centro, até porque assim, seria mais fácil o Kokçu 'subir' no terreno!!!

Intensidade vitoriosa!

Benfica 2 - 1 Belenenses


Jogo muito intenso, muita pressão sobre a bola, forte reação à perda da bola, das duas equipas, o que tornou o jogo, numa aparente partida de pinball!!!
Grande golo do Nuno Félix, e demasiadas oportunidades desperdiçadas para 'matar' completamente o jogo, e depois no final, mais uma vez, acabámos por 'permitir' um golo, e acabámos o jogo com o coração na bola!

Inacreditável o tempo que levou a validar o 2.º golo do Benfica...
Vitória extremamente importante, sobre um dos adversários diretos na luta pela manutenção!

Dezena...

Benfica 10 - 1 Famalicense

Início do ano cívil, com uma goleada, numa partida marcada pelo regresso do Roby...

Regresso das mini-férias, com mais uma vitória!

Guimarães 0 - 3 Benfica
18-25, 16-25, 13-25


Com o passar dos minutos foi ficando mais fácil, porque fomos competentes...

Somar três pontos


"O Benfica visita hoje o Arouca (18h00) e tem como objetivo prolongar a série de vitórias consecutivas no Campeonato Nacional. Este é o tema em destaque na BNews, na qual são abordados vários temas da atualidade benfiquista.

1. Ganhar em Arouca
Na antevisão à partida em Arouca, Roger Schmidt lembra a dificuldade desta deslocação e deixa uma garantia: "É sempre difícil jogar lá. Mas estamos em grande forma, o treino foi ótimo, por isso estamos prontos para lutar pelos três pontos."

2. Homenagem a Eusébio
Os 10 anos do falecimento de Eusébio foram assinalados num almoço que contou com a presença do Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, familiares do maior símbolo do Clube e antigos jogadores.
"As homenagens serão sempre de menos por tudo aquilo que Eusébio nos deu, ao país, ao mundo do futebol. Já lá vão 10 anos. Passou rápido e as saudades são sempre muitas", salienta Rui Costa.

3. 10 anos de eterna saudade
A efeméride dos 10 anos desde que Eusébio partiu foi assinalada pelo Sport Lisboa e Benfica nas plataformas de comunicação. Veja as reportagens da BTV e jornal O Benfica, nas quais se recorda o maior símbolo do Clube e enaltece o legado que nos deixou.

4. Reforço apresentado
Marcos Leonardo, internacional Sub-20 brasileiro, já está às ordens de Roger Schmidt.

5. Nova rubrica da BTV
"Benfica em destaque" é a nova rubrica da BTV, na qual se destacam, semanalmente, os principais conteúdos disponibilizados nas várias plataformas de comunicação do Sport Lisboa e Benfica.

6. Entrar bem num ciclo difícil
As Inspiradoras recebem o Valadares Gaia, no Benfica Campus, amanhã às 11h00. "Vamos ter de estar na máxima força para fazer um excelente trabalho e vencer este adversário", analisa Filipa Patão.

7. Jogos e resultados
A equipa feminina de basquetebol do Benfica venceu, ontem, na visita ao CDEFF, por 56-67. 
São vários os jogos agendados para o fim de semana. Destacamos os realizados hoje, em casa: no Benfica Campus, a equipa B é anfitriã do Belenenses, às 15h30; os Sub-19 recebem a Académica (18h00) e os Sub-15 o Portimonense (15h00); na Luz, embate de hóquei em patins com o Famalicense (17h00) e de futsal no feminino com o Povoense (20h00).

8. Ferramenta à disposição
Mantenha-se sempre informado dos horários dos jogos do Benfica. Para tal, pode consultar o Site Oficial ou a Benfica APP e ainda utilizar o calendário digital.

9. Protagonista
Alex Pinto, treinador da equipa feminina de futsal do Benfica, é o protagonista da semana. Uma entrevista para ver, na íntegra, na BTV ou ler no jornal O Benfica.

10. Râguebi em recuperação
Em entrevista ao jornal O Benfica, Travis Church, treinador do râguebi benfiquista, realça a importância da luta por títulos e do projeto de formação em ano de centenário da secção no Clube. Nota ainda para a visita ao GD Direito, hoje, às 14h00.

11. Gala Casas Benfica
A BTV apresenta a reportagem feita sobre o evento realizado em Lamego."

Terceiro Anel: Marcos Leonardo...

O desporto está refém da política


"O desporto deixou-se apanhar na teia dos critérios da conveniência política dos Estados e precisa urgentemente de voltar a ser livre

O tema é complexo e raramente tem sido tratado com algum desprendimento da argumentação considerada politicamente correta, ou seja, aquela que nunca põe em causa um padrão de pensamento tido por consensual e que não explora a oportunidade de rutura com o estabelecido.
Falo do facto das principais organizações desportivas, a FIFA e a UEFA, por exemplo, no futebol, mas também do Comité Olímpico Internacional, estarem hoje reféns do poder político dos Estados, acompanhando interesses geoestratégicos, económicos, militares e outros, não se conseguindo, jamais, libertar de uma tutela que define e aponta orientações com base em critérios que, não raramente, colidem com o fundamental da cultura desportiva.
A invasão da Ucrânia, pela Rússia, veio agravar esta perigosa dependência do desporto em relação à política e aos políticos. A decisão das principais organizações desportivas mundiais de se associarem às sanções impostas ao regime do Kremlin, excluindo os atletas russos e bielorrussos das principais competições internacionais, não causou a mais pequena perplexidade e por isso também não provocou qualquer discussão significativa na família desportiva. De uma maneira geral, o chamado mundo desenvolvido entendeu como natural que o desporto, contra todas as suas convicções históricas, optasse por excluir em vez de incluir e assentasse essa decisão em critérios definidos pelo interesse político de uma das partes em confronto.
O assunto não gerou controvérsia porque parecia culturalmente aceitável que o desporto tomasse partido e figurasse na lista de opositores à invasão russa de um Estado soberano. As imagens que, entretanto, nos foram chegando a casa da destruição e da crueldade dos bombardeamentos russos a instalações civis ucranianas tornaram-se virais e ajudaram a gerar um sentimento antirrusso generalizado. A ideia de que o desporto não poderia ficar indiferente tornou-se, assim, consensual entre as pessoas de bem.
O problema é que ao colocarmos o desporto no âmbito das sanções geríveis pelo poder político, abrimos a caixa de Pandora. E agora que Israel reage à ação terrorista do Hamas com uma violência não raras vezes cruel e desumana, o desporto silencia-se e esconde-se. Tal como tem dificuldade em responder se as principais organizações desportivas mundiais, para manterem uma coerência na ação civilizacional, não deveriam também impor a exclusão de atletas de países que não respeitam os mais elementares direitos humanos ou o princípio da igualdade de género.
Eu sei que a generalidade das pessoas não gosta de ser importunada e muito menos perturbada com um tipo de reflexão que se afasta de uma estrutura de pensamento globalizado e massificado. Porém, como gosto, respeito e admiro a causa desportiva, não consigo deixar de pensar que o desporto só se fará regressar a um estatuto de dignidade, de integridade, de maturidade moral, quando voltar a ser autónomo, livre, responsável e zelar pela sua específica e tão sensível visão global do mundo, sabendo diferenciar regimes de povos, tornando-se, assim, numa espécie de religião laica, capaz de se aproximar dessa louvável visão do Papa Francisco que afirma que a igreja é para todos e ninguém dela deve ser excluído. Também deverá ser assim o desporto. O desporto, como afirmação de paz, de solidariedade entre os povos, de igualdade social, de inclusão, de convivência, não pode permitir-se a excluir, a segregar, a proibir o seu culto. Sob risco de se tornar vulgar e dispensável. Um mero entretenimento. Sem alma e sem grandeza."

Schmidt respondeu ao mercado, mas falta o principal


"Treinador do Benfica foi questionado sobre vários nomes: que chegam e podem sair, mas há um que perdura e ainda está na cabeça de muitos

Roger Schmidt passou a conferência de imprensa desta sexta-feira a responder a perguntas sobre o mercado, mas, creio, falta ainda o principal.
O treinador do Benfica fez o perfil de Marcos Leonardo, um ideal que os encarnados – e não só – têm seguido: um jovem jogador com promessa de desenvolvimento e de uma futura venda, que continua a ser um paradigma a ter de ser considerado por todos os clubes portugueses. Ora, começa aí a primeira diferença para, por exemplo, Arthur Cabral.
Não é colocar em causa o valor do jogador que veio da Fiorentina, mas sim o perfil da compra. No fundo, como se chegou a noticiar, se na altura o Benfica tivesse adquirido Lucas Beltrán ao River Plate – e recorde-se que foi o argentino quem foi substituir Cabral na Fiorentina – o perfil dessa aquisição seria semelhante à de Marcos Leonardo.
Haveria, ainda assim, outra diferença entre Beltrán e Marcos Leonardo. É cada vez mais difícil aos clubes fora das cinco principais ligas chegar ao primeiro nível de mercado na América do Sul. Ninguém tinha dúvidas do talento de Julian Alvarez, de Endrick, Vítor Roque e, indo mais atrás, de Vinícius Júnior ou Rodrygo. Mas essa primeira linha de mercado não é para qualquer bolsa e, quando foi, durou seis meses: Enzo Fernandez pertencia a esse topo, jogar na antecipação foi fundamental. Tal como, dizem do Brasil e diz quem viu alguma coisa do campeonato brasileiro, que se Marcos Leonardo não está nesse patamar, está muito perto dele. Portanto, na teoria, o Benfica contratou uma grande promessa.
Vou deixar aqui umas linhas isoladas, porém, para quem pensa que já se está a engrandecer um jogador que acabou de aterrar. Não, nada disso, diz-me a experiência destes momentos e, para além disso, de talento desperdiçado está o mundo cheio. É preciso Marcos Leonardo ter a perseverança que, pelos vistos, conseguiu aliar no Santos às habilidades que tem.
Schmidt também respondeu sobre Musa. Um jogador que tem, provavelmente, agradado mais pela persistência demonstrada do que pelo talento puro. Percebeu-se que o croata pode ser tema, mas não agora, nunca agora que Tengsted está lesionado.
E, por fim, o técnico abordou a questão de Jurasek. E aqui, se o perfil da compra do lateral-esquerdo foi muito idêntico ao de Alexander Bah – uma conquista em relação ao que havia no plantel antes do dinamarquês – foi completamente diferente do tipo de jogador que tinha de substituir. Há quem chame a isto um erro de casting, o que pode ser, pelo jogador que Jurasek não é comparado com Grimaldo. De novo, esqueça a relativa qualidade, foque-se no perfil.
Na resposta, Schmidt disse que há jogadores que podem não estar cem por cento felizes. Sucede em todos os clubes, seja por não jogar ou por jogar-se de um modo que não lhe agrada propriamente. Não sei se o técnico se referia especificamente a Jurasek, mas sei disto: nas questões de mercado, ao Benfica falta o principal. Um lateral-esquerdo mais idêntico a Grimaldo, cujas chuteiras serão sempre difíceis de calçar, mesmo para quem tenha um perfil parecido, tamanha foi a importância do esquerdino nas várias equipas encarnadas que representou.
Pode sempre questionar-se que um perfil diferente do espanhol era a aposta certa e que, simplesmente, Jurasek não consegue desempenhar a tarefa como Schmidt previa.
Pode até ser por isso que Morato esteja a ser chamado para a função - Aursnes também lá passou - e a fazê-lo com mérito, mas hoje, talvez, até os críticos do espanhol devem achar que ele, afinal, defendia bem."

Nem todas as regras do futebol têm de ser aplicadas de forma literal ou restritiva: não haveria jogo que resistisse


"Como acontece com qualquer lei civil, nem todas as regras escritas do futebol - as dezassete oficiais, atualizadas anualmente pelo International Board - têm que ser aplicadas de forma literal. Não é isso que se espera nem é isso que se pretende.
O grande objetivo é impedir que ocorram ilegalidades, balizando condutas por via da previsão (e posterior punição). Por exemplo: se um jogador protestar de forma exagerada, deve ser-lhe exibido o cartão amarelo. A ideia não é proibi-lo de se expressar, de falar de forma adequada ou até de desabafar, é impedi-lo de se exceder.
Se todas as leis do futebol fossem aplicadas de forma demasiado restritiva, não havia jogo que resistisse.
Cada marcação mais cerrada na área seria sancionada de imediato com penálti e cada expressão de frustração com expulsão. Se chegassem ao fim, a maior parte dos jogos teria menos jogadores em campo e vários castigos máximos assinalados.
Repito, não é isso que o futebol espera.
O que todos os intervenientes desportivos desejam, o que as pessoas querem ver, o que é fundamental é que o jogo tenha, além de verdade, dinamismo, emoção e qualidade. E é aí que entra em ação o papel do árbitro, enquanto guardião das leis em campo. Cabe-lhe garantir que a transição entre letra e espírito seja feita com consistência, equilíbrio e sensatez.
Isso não pressupõe uma gestão pessoal, subjetiva e aleatória, ao estilo do “só puno o que quero, quando quero”. Claro que não! O que pressupõe é capacidade superlativa para interpretar cada lance e saber exatamente como resolvê-lo na prática.
Se um lançamento lateral a meio-campo for lançado metro e meio ao lado, não resulta mal nenhum daí. Apesar da lei claramente definir que esses recomeços devem ser executados no local onde a bola saiu, é preciso perceber que essa “infração menor”, quando acontece, não prejudica a equipa adversária nem afeta a verdade do jogo. Pelo contrário, muitas vezes permite até um recomeço mais célere, algo que quase sempre interessa a todos.
O mesmo se aplica às infrações que ocorrem em zona mais recuada do terreno (a favor de quem defende): por exemplo, um fora de jogo pode ser executado mais à esquerda ou à direita do local onde o avançado tomou parte ativa na jogada. Desde que não seja a uma distância exagerada ou uns metros à frente (aí sim, pode haver benefício desajustado), não há grande problema.
Tal como muitas outras, estas “pequenas” situações acontecem com frequência, com todas as equipas e não beliscam o essencial do espetáculo.
Pensem ainda nas infrações que ocorrem em praticamente todos os penáltis. Como sabem, em quase todos, há pelo menos um defesa ou atacante a aproximarem-se a menos de 9.15m da bola antes do pontapé ser executado. Ora isso não só não é permitido, como a invasão em sanção prevista, mas lá está... se for inócua, se não afetar a concentração do executante ou guarda-redes e se não tiver influência no desfecho do remate, valerá a pena puni-la? Claro que não.
Mas - e há sempre um “mas” - nem tanto ao mar nem tanto à serra. A linha que separa uma interpretação extensiva de outra mais literal nem sempre é fácil de calibrar. De novo, é fundamental a qualidade, sensibilidade e feeling de quem arbitra.
Uma das situações que, em minha opinião, não tem sido cumprida da forma esperada é o limite dos seis segundos impostos aos guarda-redes (tempo em que podem deter a bola controlada nas mãos).
Como aconteceu com todas as outras normas, o que o legislador tentou ali fazer foi evitar que eles perdessem tempo a mais na reposição da bola em jogo. Mas, na prática, aquilo que muitas vezes se vê é uma impunidade total em situações que claramente obrigavam à sanção. Uma coisa é fazer uma contagem mais pausada desse período; outra, bem diferente, é permitir que alguns guarda-redes usem e abusem dessa prerrogativa em benefício da sua equipa e em prejuízo do adversário.
Não é justo. Não está certo.
Arbitrar futebol não é um exercício simples. É muito difícil gerir dezenas de pessoas com idades, maturidades, personalidades e objetivos distintos, mantendo a disciplina, a uniformidade, a coragem, a indiferença perante todo o tipo de pressão/ruído e ainda fazendo cumprir as regras. É mesmo muito difícil.
Mas é também aqui que muitas vezes se distinguem os bons dos restantes.
O que todos querem ver é um jogo intenso, disputado, fluido e com justiça para todos. Dito assim, parece simples."

Terceiro Anel: Diário...

A Verdade do Tadeia - Flash - FC Porto...

A Verdade do Tadeia - Flash - Sporting...

Um gajo que apesar de:


"- ser titular no campeão nacional;
- marcar presença e titular nos 1/4 da Champions;
- ser internacional A;
Nem sequer foi eleito como melhor jogador jovem da liga NOS na pretérita temporada, como é que consegue alcançar este tipo de prémios a nível internacional…os juizes internacionais são mesmo cegos só pode…com tanto Ivan Jaime por aí…"

"Joguem à bola, palhaços joguem à bola." Ou a felicidade da turma do Macaco.

Tudo tranquilo!!!


"Boavista 1-1 FC Porto
Amanhã a imprensa:
❎ "Roger Schmidt ainda não fala Português".…"

Alberto Mota, in Facebook

Aquecimento...


Lanças...


Um avançado para defender?


"Parece o mundo ao contrário: agora pretendem-se avançados, pontas de lança mesmo, que sejam fortes a… defender. No mínimo que se desgastem tanto a correr atrás dos adversários como a fazê-los correr atrás de si, algo que facilmente arruinaria as carreiras de Romário ou de Ronaldo Fenómeno, para citar alguns dos melhores que vi habitar as áreas de golo. E o mesmo podia dizer de Van Basten, que até o Milan de Sacchi dependia menos do cisne neerlandês que de qualquer outro dos seus futebolistas para se ter tornado historicamente “pressionante”.
Tem sido tema recorrente a pretexto da saída de Gonçalo Ramos do Benfica e da exageradamente criticada aposta em Arthur Cabral, mas não só dificilmente se explica a menor eficácia de uma ação que tem de ser coletiva – a tal “pressão”, que as mais das vezes não passa de um simples condicionamento (do espaço por onde a bola poderá circular) na construção contrária – com a troca de uma só peça, como soa estranho discutir um jogador que deve ser decisivo com bola pelas suas competências sem ela. É contratar um artista pelo seu valor como operário, um pintor de quadros pela capacidade retocar uma parede, por útil que seja. Não foi decerto o que levou o Manchester City a acreditar em Haaland e faz dele, a par de Mbappé, de quem poderia escrever exatamente o mesmo, o mais arrebatador atacante do momento. Por regra, os melhores atacantes não são grandes defensores, como até o léxico ajuda a perceber.
Não se leia nestas frases que defendo um avançado que não se movimente, que não se envolva nas ações defensivas, mas será particularmente importante que demonstre essa dinâmica nos momentos de desmarcação, quando ataca. Mesmo de Benzema e Suarez, expoentes do craque que trabalha, havemos de lembrar-nos pelo que nos mostraram ao enquadrar uma baliza, indicando o caminho à bola. E há outros exemplos, mais atuais e próximos: Gyokeres também defende, é certo, mas faz mesmo a diferença é nas movimentações ofensivas do Sporting; Taremi trabalha, claro que sim, mas o essencial que dá é a mobilidade que autoriza à equipa diversas soluções em posse; Gonçalo Ramos, não haja dúvidas, é um avançado com invulgar capacidade de trabalho, mas o que o fez valer uma fortuna não foram as correrias atrás dos defesas mas os movimentos que o colocavam adiante deles, para marcar. E é aos golos em série que tem de voltar para triunfar em Paris, que ninguém paga mais de 60 milhões por um avançado que só impressione nos mapas de calor.
E depois há o contexto. Claro que numa equipa em que as unidades em redor são menos competentes nas ações defensivas, a capacidade de trabalho do principal atacante pode ser um fator crítico. Mas não faz mais sentido garantir, nesses momentos sem bola, um suporte mais agressivo – individual e sobretudo coletivo - ao jogador decisivo do que avaliá-lo – penso em Lukaku ou em Mitrovic - em função do que nunca poderá garantir? Do mesmo modo, a história prova que é um logro sujeitar a funções de desgaste os jogadores decisivos, não só porque é errado retirar-lhes a frescura de que vão necessitar no momento de fechar as jogadas, mas também, e simplesmente, porque eles não aceitam, sobretudo quando adquirem algum estatuto. Perguntem a Ronaldo ou Messi. Ou lembremo-nos deles, apenas."

Fios de arame e um tendão de carneiro salvaram a vida do Queixada de Ferro


"Atingido por uma bala alemã em Verdun, Eugene teve os maxilares reconstruídos por inteiro.

Eugene sempre foi, desde o dia em que nasceu, em Bellville, um trinca-espinhas muito razoável. Durante a infância e a adolescência, se alguém tivesse a ideia peregrina de lhe adivinhar um grande futuro como boxeur corria o risco de ser insultado de cretino para cima. Na verdade, a malta olhava para Eugene e só de o pensar num ringue era de desatar às gargalhadas como no filme Charlot the Champion. Mas a natureza dos homens não cessa de nos surpreender. E antes de Charlie Chaplin andar de luvas nas mãos de um lado para o outro a fugir de um matulão façanhudo, chegando ao cúmulo de lhe passar por debaixo das pernas (1915), já Eugene Criqui fora campeão de França em pesos-leves (1912). Impressionante a forma como aprendera a socar adversários de forma definitiva, derrubando-os como pinos de um jogo de bowling. E tão impressionante como isso, a forma como aguentava como se nada fosse murros nos queixos e nos sobrolhos. Ah! Criqui podia ser um daqueles finguelinhas típicos dos bairros populares de Lisboa, com as calças a caírem-lhe pelas pernas e sempre de beata ao canto da boca mas, como muito poucos destes, não era nenhum fanfarrão. Pelo contrário. Era um fulano calado que não gostava de se meter na vida alheia e detestava que se metessem na sua.
Depois do título francês, o título mundial parecia perfeitamente ao alcance de Eugene, a despeito de ter uma peitaça tão enfiada para dentro que se diria tísico. Mas, helás!, veio a I Grande Guerra para deitar-lhe os planos por terra. Os dele e os de muitos milhões de jovens como ele.
«Je pense que, ce qui domine dans la carrière de Criqui, c’est son héroïsme patriotique. C’est vraiment, me semble-t-il, sa carte de visite principale. Sa présence marque la présence du courage des soldats français pendant la Première Guerre mondiale», escreveu André Rauch, historiador e escritor francês. Incorporado no exército, Eugene foi dar com os costados a Verdun. Certa noite, no seu posto de vigia, caiu na asneira de acender um cigarro. A chama do fósforo fez dele um alvo fácil. A bala do inimigo alemão entrou-lhe pelo maxilar inferior e fez mais estragos do que todos os socos que tinha levado ao longo da sua carreira. Face descarnada, vários ossos partidos: a queixada de Eugene Criqui era um destroço. Valeu-lhe um milagre da medicina militar. A urgência obrigou-o a ser operado de imediato, numa tenda de campanha, sob uma luz baça e amarelada por um médico que, felizmente para ele, sabia do seu ofício e recorreu a fios de arame, dois pedaços de ferro e um tendão de cabra para lhe recuperar o facies. Se nunca fora grande falador, durante meses perdeu a faculdade da fala. Depois, a pouco e pouco, recuperou-a por inteiro. Mas as marcas ficaram lá: a gueule cassée era indisfarçável e as cicatrizes incomodativas para quem o olhava face a face.
Se até aí Eugene Criqui fora um tipo tranquilo, depois de ser libertado do serviço militar tornou-se um bicho poderoso e sanguinário. Os seus combates atraíam multidões mas duravam poucos minutos, tal a forma como abatia os adversários por KO. Todos os grandes boxeurs do seu tempo e do seu peso tombaram-lhe aos pés completamente grogues: Jimmy Doyle, Kid Sullivan, Auguste Grassi, e sobretudo o fantástico Charles Ledoux, num espetáculo que ficou para a história da modalidade e testemunhado por largos milhares de espetadores em Vel’ d’Hiv no dia 4 de fevereiro de 1922. Em seguida tornou-se campeão da Europa à custa do belga Arthur Wins e depois campeão do mundo batendo inapelavelmente, com mais um KO, o americano Johnny Kilbane no Polo Grounds de Nova Iorque a 2 de junho de 1923, fazendo-o perder os sentidos com um formidável gancho de direita no decorrer do sexto round. Era apenas o segundo francês a conseguir ser campeão mundial de boxe após Georges Carpentier, o Homem-Orquídea. Nessa altura já ganhara a alcunha, justa convenhamos, de Queixada de Ferro. Mas foi encostado à parede pelos produtores do combate contra Kilbane. Ao assinar o contrato que lhe valeu o título supremo comprometeu-se também a pô-lo em jogo quatro dias mais tarde perante o americano Johnny Dundee, The Scotch Wop, na verdade um natural da Sicília de nome Curreri, nascido em Sciacca, na comuna de Agrigento e que ganhara a alcunha por ter sido treinado muitos anos por um tal de Scotty Montieth, escocês de Dundee, como está bem de ver. Johnny evitou ao máximo socar Criqui nas zonas dos maxilares que sabia reforçadas a ferro e arames. Atacou-o pelas alturas, por assim dizer, desfazendo-lhe os supercílios a pouco e pouco e fazendo com que o sangue lhe escorresse abundantemente pelo nariz. O campeão deixou de ver. Despediu-se dos ringues numa noite tão enevoada como a de Verdun."

Uma Semana do Melhor, excerto...

Carlos Manuel, excerto...

RTP, excerto...

Hora, excerto...

Sagrado, excerto...