"1) Arbitragens escandalosas de juízes e auxiliares afilhados do 'Sistema' - completamente impune graças a uma 'Justiça' decrepita e ineficaz -, puxam o Benfica para baixo, e empurram o FC Porto para cima, subvertendo todo o decurso do Campeonato.
2) A empresa detentora dos direitos de transmissão televisiva, e sintonizada a Norte, filtra as imagens que passa, procurando desarmar as razões de queixa benfiquistas. Os comentários de narradores e convidados ajudam ao festim.
3) Nos programas de debate televisivo, o alinhamento editorial privilegia, sistematicamente, os momentos de polémica contra o Benfica - nem que seja uma falta a meio-campo, ou um inócuo cartão amarelo por mostrar -, passando quase sempre ao de leve pelos muitos lances que lesam gravemente o clube da Luz.
4) Neste tipo de programas, dois opinadores sistematicamente coligados (de FC Porto e Sporting), valendo-se de uma maioria absoluta em estúdio que contrasta claramente com o peso social dos respectivos clubes, fazem os telespectadores de parvos, pretendendo convencê-los do contrário daquilo que (ainda assim) vêm, e, por entre sorrisos cínicos e interjeições odientas cumprem o seu papel de branqueamento da realidade, perante a galhardia, mas também o sistemático isolamento, do representante do clube mais popular.
5) No fim da época há festejos na Avenida dos Aliados, e há também quem suspire de alívio em Lisboa. A gestão do FC Porto é amplamente elogiada por toda a Comunicação Social, inclusivamente por aquela que se esquece rapidamente dos motivos e meios que a levaram a ganhar.
6) O ciclo das vitórias garante estabilidade e dinheiro para se alimentar a si próprio, e poder voltar a vencer, nem que seja com bolas de golfe, intimidação, agressões impunes, manipulações mediática, cartões amarelos distribuídos a preceito, penalties inventados, ou sabe Deus, mais o quê - permitindo que sinistras personagens, próprias do mundo do crime, vão dando largas aos recalcados complexos provincianos que nunca conseguiram esconder."
Luís Fialho, in O Benfica