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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

A Verdade do Tadeia #690 - Clubes em suspenso

Anti Aziado...

Mudar a capital?!

Cartilheiro-mor...

A Verdade do Tadeia - Mundial no Bar #24 - A mão (e o pé esquerdo) de Deus

A Verdade do Tadeia - Mundial no Bar Live #7 - Este é o ano, Brasil?

11 de Novembro


Grande jogo!

Benfica 84 - 69 Diddeleng
29-18, 24-28, 22-14, 9-9

Talvez o melhor jogo que assisti desta equipa! Intensidade, muita luta, jogo coletivo, boas percentagens de lançamento e uma vitória relativamente larga, contra um adversário muito interessante, provavelmente as mais fortes que defrontámos!

Grande jogo da Soeiro, da Carolina Cruz, da Marta e curiosamente a Raphaela apesar de ter sido a melhor marcadora, cometeu alguns erros desnecessários!!! A dupla Soeiro/Compal está muito forte e está a ganhar rotinas...

Nota-se claramente uma evolução nas jogadoras, após estes confrontos muito mais competitivos do que os jogos internos...

Três jogos, três vitórias, temos tudo para passar à próxima fase...

PitchCam: Taça, Estoril...

Visão: Explica #9 - Florentino...

Visão: Tiago Gouveia...

Visão: Sinal #13 - Estoril, Selecção...

Águia: Diário...

O Benfica Somos Nós S02E29 - Estoril, Taça...

A Verdade do Tadeia #689 - Os meus e os vossos 26 (Fim)

Nos oitavos da Taça


"A merecida passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal é o tema em destaque na News Benfica, mas há muito mais.

1
Na antevisão ao jogo com o Estoril, Roger Schmidt afirmou que esperava diferenças em relação ao embate realizado no domingo e teve razão. Semelhanças só no domínio e triunfo benfiquistas.
Na opinião do nosso treinador, "podíamos ter tornado a partida mais fácil". "Na primeira parte tivemos várias oportunidades, mas não fomos tão eficazes", aponta. Schmidt observa que "a equipa mostrou uma boa mentalidade, foi paciente e disciplinada".
Segundo Neres, autor do golo artístico que deu o triunfo, "foi um jogo difícil, de Taça", uma opinião corroborada por Florentino: "Não foi um jogo fácil. A equipa esteve bem, estivemos coesos e conseguimos meter em jogo aquilo que o míster queria."
Florentino lembra: "Temos muitos jogos pela frente. Estamos a ir jogo a jogo e está a correr bem." E Neres assume: "Queremos ganhar todas as competições."
Veja o resumo do jogo, aqui.

2
Em casa do Cucine Lube Civitanova, campeão italiano em título e campeão europeu em 2002 e 2019, a nossa equipa teve um arranque perfeito, ganhando os primeiros dois sets. Depois o poderio do Lube veio ao de cima, vencendo na negra por 15-13.
Marcel Matz reconhece que "não estamos felizes porque não ganhámos", mas elogia o "trabalho da equipa, o empenho e a dedicação", além de lembrar que, em função dos dois sets conquistados, "foi um ponto importante fora, que pode dar algum lucro no final".
Leia a reportagem e veja o resumo da partida, aqui.

3
Ao final do dia é apresentado o documentário "Fábrica dos Sonhos: Benfica", com estreia agendada para amanhã na plataforma da Amazon, Prime Video. Produzido pela prestigiada NEO Studios, este documentário mostra, em quatro episódios, os bastidores do Benfica Campus e como este se constitui como um fator crítico de sucesso para a excelência do departamento de formação de futebol do Clube.

4
Ainda no âmbito da formação, conheça alguns dos desenvolvimentos das Escolas de Futebol do Benfica internacionais, neste artigo publicado no Site Oficial.

5
Hoje há jogo europeu de basquetebol feminino na Luz (21h00). A nossa equipa é anfitriã do T71 Diddeleng e procura o terceiro triunfo consecutivo na fase de grupos da EuroCup, naquela que é a participação estreante do Benfica em competições europeias.
O treinador Eugénio Rodrigues considera: "Vai ser um jogo de elevado grau de dificuldade, à semelhança daqueles que temos feito." E deixa um apelo: "Os adeptos têm-nos ajudado em momentos importantes e tenho a certeza de que não nos vão falhar no apoio.""

Pacotes de açúcar!!!


"Muito mal vai a Seleção de Portugal - ou da Federação Portuguesa de Futebol e dos interesses de alguns - quando a maioria dos portugueses apoia a decisão de Rafa. É sinal que não estão com a Seleção.
«Há mas os estádios estão sempre cheios. Está bem! 3 pacotes de açúcar e toma lá um bilhete, no Continente, e vai à a bola» 😏
Jaime Cancella de Abreu in Benfica 10h na BTV."

Fui turista nos desportos americanos


"Era um sonho de vários anos. A verdade é que por mais que para o resto do mundo os EUA pareçam cada vez mais uma sociedade difícil de entender, ao ponto de acharmos que o Astérix diria hoje «aqueles americanos são loucos» em vez dos romanos, não deixa de ser a cultura mais dominante no mundo.
Todos crescemos a ver as suas séries e a ouvir as suas músicas. Passar uma semana em New York teve para mim a sensação constante de estar no set de um filme. Ver os longos autocarros amarelos da escola como os que o Forrest Gump falava com a Jenny, ou os táxis (também amarelos) a que o Dustin Hoffman gritou «hey, I'm walking here!» foi uma sensação surreal, como se tivesse saltado da realidade para a tela do cinema.
Permitiu comprovar estereótipos como o de na América ser tudo em grande (desde os edifícios, passando pelos carros, até aos palitos), mas também perder alguns (como os da arrogância, dado que todas as interações que tive foram simpáticas - mesmo que permaneçam as desconfianças quanto à sua famosa ignorância: após dizer que era de Portugal um deles respondeu-me «Oh, that's great! I always wanted to visit Barcelona.»)
Fui o típico turista em New York: subir ao topo do Empire State Building, passear pelo Central Park, atravessar a Brooklyn Bridge ou comer pizzas e hambúrgueres. Mas como fanático por futebol, e por extensão do desporto, adorei a ideia de ver in loco os seus desportos. O seu futebol. Acabei por ir ao MetLife Stadium ver os New York Jets contra os New England Patriots e ainda ao Madison Square Garden ver um jogo de Hóquei no gelo, opondo duas equipas que nunca tinha ouvido falar, os New York Rangers contra os Philadelphia Flyers.
A primeira experiência foi a do futebol americano num gigantesco estádio rodeado de um gigantesco parque de estacionamento (tudo é gigante naquele país) onde experienciei o tailgating. O tailgating é o equivalente às nossas roulotes nos estádios de futebol, que eu descreveria como «roulotes on steroids». Até onde a vista alcança vemos tendas, insufláveis, balcões e palcos montados no tal parque de estacionamento gigantesco. Tudo organizado pelos adeptos.
Alguns mantêm-se em grupos pequenos, com os grelhadores e geleiras junto aos seus pickup trucks (enquanto jogam um curioso jogo chamado corn hole - uma espécie de jogo da malha), mas existem ajuntamentos enormes com a seguinte organização: pagas 20 dólares, recebes uma pulseira e com isso comes e bebes à discrição.
Um bom convívio até 45 minutos antes do apito inicial, altura em que se ouve um barulho estrondoso de fogo de artifício. É o sinal para todos que é altura de entrar no estádio, que a equipa precisa deles. Um último shot de Bailey's é distribuído pelos adeptos, entoa-se o cântico dos Jets e o brinde termina com o tailgating. Vamos para o jogo.
No percurso para o estádio surgem duas surpresas: o número de americanos que reconhecem o casaco do Benfica que visto e a quantidade enorme de adeptos dos Patriots que caminham vestidos a rigor no meio dos adeptos da casa, sem qualquer problema (durante o jogo festejam os touchdowns sem decoro algum e eu só pensava «se estes tipos soubessem que no meu país até as crianças têm que ficar em tronco nú...»).
O espetáculo desportivo iria começar. E é mesmo disso que se trata, de um espetáculo. Preparado ao ínfimo pormenor para agradar até a turistas vindos de Portugal sem qualquer noção das regras do jogo. Em cada paragem do jogo (e oh se há paragens naquele desporto!) não há um segundo de tédio. Os olhos dos 80.000 americanos viram-se para os ecrãs gigantes e daí vem um pouco de tudo: «Let's do the kiss cam! E agora karaoke! E agora assistentes no relvado vão disparar t-shirts para as bancadas! E levantem-se para o veterano militar que vai entrar agora! E olhem esta celebridade que está no estádio! E....
Tudo isto enquanto outro ecrã menor vai transmitindo a mensagem que explica as pausas prolongadas: Pause for TV break. A televisão está a dar anúncios e enquanto assim for adeptos e jogadores no estádio aguardam religiosamente. The power of TV!
No meio disto tudo o público é entusiástico com as experiências sensoriais e bom, com o jogo propriamente dito, mas há momentos de silêncio e os pequenos e básicos gritos de encorajamento são sempre em resposta ao speaker. Neste desporto não há claques, não há cânticos, não há cachecóis, não há bandeiras, não há tochas, não há fumos, não há sequer insultos ao árbitro (que está munido de um microfone para que se oiça no sistema sonoro do estádio as suas explicações sobre as decisões que toma). Aliás, no início do jogo o speaker pede mesmo para que não haja qualquer tipo de cursing. Que guerra perdida seria essa num estádio de futebol...
Falta na verdade o tribalismo e a paixão que vemos no soccer. Não vi nos meus companheiros de bancada, enquanto a sua equipa caminhava para uma clara derrota, aquela cara de quem vai sofrer a semana toda com o fracasso. Posso estar enganado, mas daquelas 80.000 almas poucos terão perdido o sono com a derrota. É outra forma de viver o desporto.
Dois dias depois veio a experiência do Ice Hockey, no maravilhoso Madison Square Garden. Em muitas coisas foi muito semelhantes no que ao espetáculo diz respeito (a mesma explosão sensorial de luzes, fumos, músicas, etc.), mas a diferença esteve num público mais envolvido. Que já cantava para a equipa (mesmo que um básico LET'S-GO-RANGERS) e jogadores (IGOR-*palmas*IGOR) e festejou o golo com entusiasmo. Sim, golo. Pelos vistos tive o azar de ver um raro jogo de hóquei no gelo que terminou 0-0. Mas como para os americanos o empate é algo que não lhes assiste, o encontro avançou para um prolongamento só com três jogadores de campo (!) até ao golo de ouro da equipa da casa.
Festejos, palmas e 10 minutos depois estava tudo fora do Madison Square Garden.
É uma sociedade que encara o desporto de uma maneira diferente. Se nós concentramos toda a nossa energia num desporto e numa equipa, fazendo disso muitas vezes a nossa vida e a nossa religião, eles têm tantas alternativas, tantas distrações que são menos fanáticos com cada uma delas.
É difícil dizer quem está certo e quem está errado, mas sei de que lado do oceano Atlântico prefiro estar."

Vencer, vencer...

Arrumações!!!

Cadomblé do Vata


"1. Uma Águia Real resplandecente de garras afiadas na I Liga e Liga dos Campeões... um papagaio desafinado e desagradável na Taça de Portugal.
2. Todos os pais ensinam aos filhos "quando estiveres bem na vida, não te esqueças de onde vens"... Schmidt vai aproveitando a Taça de Portugal para mostrar aos Benfiquistas de onde viemos nos últimos 3 anos.
3. Francisco Geraldes a confirmar finalmente todos os elogios que os cientistas da bola lhe dirigem... penso que foi a primeira vez que o vi ser o jogador mais decisivo da partida.
4. Rafa vinha de uma série de 4 jogos seguidos a faturar... na semana passada Fernando Santos deu uma entrevista onde lhe reabriu as portas da seleção, vai em 2 encontros consecutivos sem balançar a rede.
5. Não entendo as regras da Taça de Portugal... perder só 0x1 contra este Benfica não dá direito a prolongamento?"

Estoril Praia SAD 0-1 SL Benfica: Onde é que já vi este filme?


"A Crónica: Dani Errou O Soco No Segundo Assalto Do Combate

A previsibilidade de ver no espelho o mesmo que se encontra perante ele é elucidativo que um cenário se possa repetir sempre que sejam iguais as condições da realização de dois acontecimentos semelhantes. Não sendo garantido igual resultado, para as mesmas causas, as mesmas consequências.
Três dias depois, mesmo estádio, mesmas equipas, competição diferente. De domingo para quarta-feira, houve retoques, mas aproveitou-se muito do rascunho que já estava escrito sobre a história do jogo do campeonato para a partida da Taça de Portugal.
O Estoril-Praia SAD, notou-se, trabalhou arduamente as bolas paradas defensivas, problema com o qual sofreu no jogo do campeonato realizado no domingo. Sempre que num canto ou livre o perigo se aproximava da baliza canarinha, Nélson Veríssimo sentava-se e o seu adjunto assumia um lugar de pé para dar indicações.
A preocupação quase resultava inglória assim que Grimaldo, de livre direto, encaminhou a bola à barra num remate contra o qual o dedo de treinador não pode lutar. No seguimento da primeira parte, Rafa falhou um lance em que tinha condições de marcar, mas entre o lado esquerdo e o lado direito, escolheu o lado de fora da baliza.
Dominado, mas audaz, o Estoril-Praia SAD tentou desenrolar um fio de jogo que foi sendo anulado facilmente pelo SL Benfica. No entanto, quando, por uma vez, o nó se desfez, João Carlos quase concluiu uma jogada combinativa de elegância. A vantagem esteve perto.
Acabaria por ser o último rasgo de inspiração amarela antes de Francisco Geraldes ser expulso por travar Rafa em falta num lance em que o jogador do SL Benfica seguia isolado para o golo. O derrube permitiu que a baliza ficasse inviolável, mas empurrou o Estoril-Praia SAD para um sofrimento tão compreensível como destrutivo.
Com os canarinhos de asas presas para voar, só um golo do SL Benfica podia ser mais inibidor do desejo de passar a eliminatória. Assim foi. Dani Figueira socou mal uma bola oriunda de um cruzamento e… David Neres… de bicicleta… levou as águias à vantagem.
Não tendo sido o jogo mais avassalador do SL Benfica de Schmidt, tal como não tinha sido na eliminatória anterior da Taça de Portugal, a vitória acabou por surgir da naturalidade de quem não tem sabido fazer outra coisa que não ganhar. Os encarnados seguem para os oitavos de final da prova.

A Figura
David Neres Com poucas exibições individuais de grande relevo, destacou-se o homem que marcou o único golo do jogo e ainda o fez com uma difícil execução. Coisa tão rara o SL Benfica marcar apenas um golo que bem se pode saudar o brasileiro por ajudar num jogo em que as situações de perigo não apareceram no volume habitual.

O Fora de Jogo
Francisco Geraldes Como quase sempre, uma expulsão é altamente penalizadora para quem a sofre. Francisco Geraldes fez um sacrifício que não foi merecedor de recompensa.

Análise Tática – Estoril Praia SAD
O Estoril-Praia SAD beneficiou dos regressos aos convocados de Dani Figueira, Pedro Álvaro, João Carvalho e Tiago Gouveia para implementar mexidas no onze inicial. Em particular, a entrada de João Carvalho e a saída de Rosier aportou maior criatividade e qualidade à posse de bola do 4-3-3 estorilista.
Assim, o triângulo de meio-campo do Estoril-Praia SAD teve como interiores, Francisco Geraldes e João Carvalho. Como pivot apareceu Mor Ndiaye. Foi muito pelo jogo posicional destes três elementos que os canarinhos tentaram construir jogo. Para libertar Ndiaye nas costas da primeira linha de pressão encarnada composta por Rafa e Musa, Geraldes e João Carvalho abriam bastante, forçando Florentino e Enzo aumentarem a distância entre si.
Em várias situações a equipa da linha tentou uma construção a três para ter superioridade em relação à pressão benfiquista. Mor Ndiaye colocava-se no meio dos centrais, Bernardo Vital e Pedro Álvaro. Por vezes, a mesma situação aconteceu a defender.

11 Inicial e Pontuações
Dani Figueira (4)
Tiago Santos (5)
Pedro Álvaro (5)
Bernardo Vital (5)
Tiago Araújo (5)
Mor Ndiaye (7)
Francisco Geraldes (4)
João Carvalho (5)
Tiago Gouveia (5)
Shaquil Delos (4)
João Carlos (6)
Subs Utilizados
Loreintz Rosier (5)
Edson Mexer (4)
Gilson Benchimol (5)
James Léa-Siliki (4)
Gonçalo Esteves (-)

Análise Tática – SL Benfica
O SL Benfica, por força das circunstâncias, manteve Petar Musa na frente do ataque. David Neres regressou à titularidade, relegando Chiquinho para o banco, mas ao contrário do que aconteceu no jogo anterior, jogou a partir da direita e não como médio ofensivo.
A equipa de Roger Schmidt conseguiu várias infiltrações no espaço entre linhas, tal como tanto procura. Foi, no entanto, também muito eficaz no ataque às costas da defesa com Rafa e Musa em particular evidência. Exibição completa ofensivamente.
Por ter passado a jogar em superioridade, O SL Benfica foi obrigado a enfrentar um bloco mais baixo. Nessa circunstância, Henrique Araújo foi lançado pelo treinador alemão pelas reconhecidas qualidades em trabalhar a bola em espaços curtos.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (6)
Alexander Bah (5)
António Silva (6)
Nicolás Otamendi (6)
Álex Grimaldo (6)
Florentino (5)
Enzo Fernández (6)
David Neres (7)
João Mário (7)
Rafa Silva (7)
Petar Musa (6)
Subs Utilizados
Henrique Araújo (5)
Gilberto (4)
Diogo Gonçalves (4)
Chiquinho (-)

BnR na Conferência de Imprensa
Estoril Praia SAD
Bola na Rede: O Estoril-Praia SAD estava a conseguir desbloquear o jogo ofensivo através do Mor Ndiaye. A determinado momento, acaba mesmo por recuar o jogador para o espaço entre os centrais, quer para iniciar a construção, quer para defender a cinco. O que é que pretendeu com essa opção?
Nélson Veríssimo: A ideia que lançámos para este desafio era, no processo ofensivo, o Mor posicionar-se em 4-3-3, construindo à frente dos dois centrais, e, em momento defensivos, defendermos numa linha de cinco. Essa era ideia base. Na pressão do SL Benfica, por vezes, o Enzo e o Florentino libertavam mais o Mor nas costas dos dois avançados e o Mor tinha mais liberdade de receber a bola e tentarmos ligar o jogo por ele. Quando sentimos que o Enzo e o Florentino ajustavam mais ao posicionamento do Mor e já não nos permitiam fazer essa ligação por dentro, tentámos procurar o jogo mais à frente. Ao fim ao cabo, o jogo é dinâmico, as equipas vão vendo o que é que a outra vai fazendo. É o jogo do gato e do rato. Melhorámos muito relativamente ao primeiro jogo, fruto da interpretação dos jogadores em relação aos espaços que tinham que explorar.

SL Benfica
Bola na Rede: Habitualmente, o Henrique Araújo é um jogador com capacidade para jogar em espaços curtos. É um jogador que pode ser importante para defrontar adversários com linhas muito juntas como foi o caso do Estoril-Praia SAD na segunda parte?
Roger Schmidt: Sim, foi por isso que o lançámos. O Henrique é um jogador muito bom. Tem que ganhar confiança. Não tem jogado muito até agora na equipa principal. Nem todos podem jogar ao mesmo tempo. Alguns jogadores têm que ter paciência."

Estoril-Benfica. A ameaça de Rafa e o instinto de Neres mantêm a feliz monotonia de Schmidt


"O Benfica venceu (1-0) a equipa de Veríssimo e está nos oitavos-de-final da Taça. A expulsão de Geraldes por falta sobre Rafa, aos 47', simplificou a tarefa das águias, mas só a eficácia de Neres a aproveitar um erro do guardião rival resolveu a partida

O futebol não vive só de factos materiais e concretos, não habita apenas no mundo das coisas visíveis. Há toda uma dimensão de sensações e intuição, de metafísica e abstração, de coragens e receios que assentam não só no que se toca ou cheira, mas no que se sente.
De todas essas sensações que podem passar pela mente de quem está num campo — e que podem ser contagiadas para quem está ao lado —, uma das mais potentes é a da ameaça, da intimidação que agiganta uns e empequenece outros. Terá sido isso que voou, invisível mas presente, ao minuto 47 do Estoril - Benfica.
Nessa ocasião, aproveitando um lance de contra-ataque, David Neres lançou Rafa Silva no espaço. Os números e os últimos meses do português demonstram que talvez não haja visão mais aterradora para um rival que enfrente ás águias: ver Rafa correr rumo à baliza que defende com espaço. Na primeira parte, o supersónico atacante até já tinha desperdiçado uma situação do género, mas a tendência recente é de prestações letais do homem que parece correr mais rápido com bola do que sem ela.
Francisco Geraldes não é homem para ignorar esta dimensão metafísica do jogo. Jogador-poeta, a realidade do que se sente não lhe será alheia. Quando o médio viu Rafa a correr à sua frente, com mais nenhum homem vestido de amarelo entre o jogador do Benfica e a baliza, a ideia de ameaça que Rafa transmite terá invadido a mente de Geraldes, o futebolista-autor.
A ideia de perigo fez com que o centrocampista se atirasse ao chão, no limite, para tentar um improvável desarme que travasse a provável ida de Rafa para o golo. A velocidade do adversário tornou o esforço de Geraldes inglório, transformando-o em falta. Cartão vermelho e o Estoril reduzido a 10 no segundo minuto do segundo tempo.
A partir dali, o que já era a superioridade do Benfica tornou-se num embate de destino traçado, num countdown até ao momento em que a impotência do Estoril resultasse numa ação que decidisse o jogo. Foi aos 67', quando Dani Figueira saiu mal a um cruzamento e David Neres aproveitou. O 1-0 amplia a época perfeita de Roger Schmidt: líder da I Liga, nos oitavos da Champions como líder de grupo, nos oitavos da Taça, com 20 vitórias e quatro empates em 24 partidas disputadas, registo de invencibilidade que não sucedia desde 1977/78.
Desde 1946/47 que o Estoril não derrota o Benfica em casa, fazendo desse feito quase facto pré-histórico. Para tentar alterar o que se verificou na passada jornada da I Liga, Nélson Veríssimo, em novo encontro com a sua antiga casa, fez sete alterações ao seu onze.
Na equipa titular da equipa da linha havia muitos pares de pés com passagens pela formação de grandes (Francisco Geraldes, João Carvalho, Tiago Gouveia, Tiago Araújo, Pedro Álvaro, Mor Ndiaye…) e essa certificação técnica fez-se ver logo aos 11'. O Estoril sacudiu bem a pressão adversária para encontrar Tiago Gouveia em zona de remate, saindo o tiro do extremo por cima.
No entanto, essa ação foi a exceção num cenário geral de muitas dificuldades dos locais para se aproximarem de Vlachodimos. O Estoril até assumiu a saída de bola desde trás, tentando atrair o Benfica para soltar o perfume de João Carvalho e Geraldes, mas a ligação nunca saia limpa. Do outro lado, a equipa de Schmidt apresentava um futebol mais engasgado do que vem sendo normal, gerando isto um primeiro tempo algo bloqueado.
Ainda assim, os visitantes criaram ocasiões suficientes para irem para o intervalo na frente. Ver Grimaldo bater um livre em zona frontal ou Rafa Silva correr isolado rumo à baliza rival tem sido, em 2022/23, sinónimo de golo para o Benfica, mas o tiro do espanhol foi à barra e a finalização do português foi ao lado. Com António Silva e Musa também a ameaçarem o golo perto do descanso, a segunda parte chegou com um pouco vibrante nulo.
As equipas tinham acabado de voltar dos balneários quando se deu o tal derrube de Geraldes a Rafa . A partir daí, viu-se um monólogo do Benfica, que rodeava a área do Estoril, sem arriscar muito na posse, mas sem permitir que os locais se aproximassem de perigo de Vlachodimos, que assistiu a quase toda a partida sem ninguém por perto.
O grande domínio das águias não se traduziu numa avalanche de ocasiões, mas aos 67' chegou o momento de selar o triunfo. Figueira saiu mal a um cruzamento de João Mário, deixando a bola sem dono a voar na área.
David Neres parece jogar aplicando um certo tipo de máxima: ter muito impacto nas ações em que participa. O brasileiro não é o futebolista mais ligado ou regular, mas é homem com capacidade para mudar um marcador quando participa nos encontros dos quais, por vezes, desaparece. Apercebendo-se do erro de Figueira, fez uso do seu instinto para sacar uma finalização acrobática e colocar o Benfica nos oitavos-de-final da Taça.
Até final, Henrique Araújo esteve perto do golo, mas os visitantes ativaram o modo controlo. Gonçalo Esteves, outro dos formados nos grandes da nossa bola que procura um lugar ao sol no Estoril, foi o único a ameaçar Vlachodimos, ainda que de forma tímida. Os minutos finais corresponderam à ideia de monotonia feliz do Benfica de Roger Schmidt, tornando vitórias que no passado recente se poderiam complicar no cumprimento de aguardadas formalidades."

BI: Estoril, Taça...

Bigodes: Estoril, Taça...

Benfica After 90: Bicycle kicks and tricks

Águia: Estoril, Taça...

BnR: Estoril, Taça...

5 minutos: Estoril, Taça...

A Verdade do Tadeia - Mundial no Bar #23 - O caso Saltillo

Sorteio da Champions: FC Porto e Benfica têm tudo para seguir em frente


"1 - O FC Porto e o Benfica ao vencerem os respectivos grupos ficaram no pote 1 e livraram-se, para já, do Real Madrid, Manchester City e Bayern de Munique que são equipas temíveis em jogos a duas mãos. Porém o Nápoles, o Tottenham e o Chelsea não eram pêra doce.
Nestes oitavos-de-final não se podiam enfrentar equipas do mesmo país e, tão pouco, equipas que estiveram no mesmo grupo de apuramento.
No pote 2 estavam o Liverpool , o PSG e o Inter de Milão equipas a evitar. Saiu ao FC Porto o Inter de Milão, será uma disputa bem difícil, porém, Sérgio Conceição, para além de ter sido jogador em Itália, conhece bem os seus meandros e, não se costuma dar mal com o futebol italiano. O ano passado suplantou o Milan, venceu em casa (1-0) e empatou em San Siro (1-1).
Ao Benfica tocou o Brugge, uma equipa teoricamente mais fácil, mas imprevisível. O Benfica está moralizado e vem de uma série de resultados que alvitram uma excelente campanha.
Sobressai neste sorteio o Liverpool – Real Madrid será a reedição da última final da Liga dos Campeões, no fundo, será como uma final antecipada. Quem ficar pelo caminho tem muito a perder.
O Real Madrid tem sido uma tormenta para Klopp, que disse, " um dia eles perderão uma final", neste caso, podem perder um duelo ainda longe da final. O Real Madrid não tem estado bem, ainda esta semana perdeu contra o Rayo Vallecano precedido de um empate em Girona. O último jogo da Liga dos Campeões perdeu contra o Leipzig.
Não tem jogado consistentemente Benzema e saiu Casemiro, mas não explica tudo.
Agora vem o Mundial do Qatar e para o ano as coisas podem estar de forma diferente.

2 – Na Liga Europa, como diz Mourinho é o "tempo dos tubarões fracassados". Está em disputa os dezasseis avos-de- final da Liga Europa.
Esta ronda tinha algumas particularidades já que engloba os perdedores da Liga dos Campeões, isto é, que ficaram em 3.ºlugar e os que ficaram em 2.ºlugar na Liga Europa.
Não se podiam enfrentar equipas do mesmo país, nem equipas que venham da Liga dos Campeões ou entre segundos da Liga Europa. Calhou ao Sporting , o Midtjylland, aparentemente uma equipa ao seu alcance. O Sporting tem que fazer pela vida para não ter uma época frustrante.
O grande embate será entre o Barcelona e o Manchester United, uma boa ocasião para Ronaldo voltar a Espanha, país onde foi muito feliz no Real Madrid e uma dor de cabeça para o arqui-rival da Catalunha.
A Roma de Mourinho vai defrontar o Salzburgo e pode continuar a sonhar com uma final na Liga Europa, depois de ter vencido a Taça das Confederações.

Nota: Esta tarde saberemos os convocados de Fernando Santos para o Mundial. Tenho pena que Rafa se tenha auto-excluído, vai fazer falta."