Últimas indefectivações

sábado, 11 de janeiro de 2020

Falsear o Campeonato

"Erros e mais erros

É altura de dizer de forma clara que mais uma vez, contrariando a verdade desportiva, só devido a sucessivos erros de arbitragem o Futebol Clube do Porto consegue estar na luta pelo título com a pontuação que actualmente tem.
Na época passada nas contas finais foram mais dez pontos, enquanto todos os outros clubes entre eventuais ganhos e perdas no final ficaram naturalmente com saldos equilibrados.
Apenas e sempre só um clube é sistematicamente beneficiado. Um clube que tem uma prática constante de ameaças e coação sobre equipas de arbitragem, invade centros de treino, diariamente através do seu presidente e dirigentes insinua e ataca tudo e todos, inclusive treinadores e jogadores de equipas adversárias, e que beneficia da total omissão da disciplina desportiva em flagrante contraste com o que acontece com todos os outros clubes.
Estando o Campeonato a entrar na sua fase decisiva, o que se passou nestas últimas duas jornadas começa a ultrapassar todos os limites. Em Alvalade foi perdoada uma expulsão a Alex Telles inexplicável. E ontem ultrapassou-se tudo, mas tudo com vários lances sempre ajuizados a favor do mesmo clube como no golo totalmente limpo, e que não merece qualquer tipo de dúvida, anulado ao Moreirense que daria o 2-0, a validação do terceiro golo do FCP claramente precedido de falta de Soares e o penálti indiscutível que ficou por assinalar a favor do Moreirense por falta de Fábio Silva. 
Num Campeonato onde, só nesta primeira volta, o FCP também beneficiou de erros frente a Vitória de Guimarães, Portimonense, Santa Clara e Rio Ave, como é reconhecido pela generalidade dos analistas independentes. E a que acresce o golo mal validado no jogo para a Taça de Portugal também com o Santa Clara, em que só o árbitro e o VAR não viram a falta nítida que antecedeu o golo.
Tantos erros assim como têm acontecido nestas duas últimas épocas só mesmo nos tempos do Apito Dourado!
Factos são factos (por isso publicamos no nosso Site esses lances para todos poderem avaliar) e todas as tentativas grotescas, ridículas e artificiais com que procuram levantar suspeitas sobre lances perfeitamente limpos, como o penálti ontem cometido sobre Vinícius, mais não é do que a tradicional estratégia de desviar as atenções e esconder os sucessivos erros que os têm ajudado.
Expulsões prematuras inventadas a adversários, sucessivas expulsões perdoadas aos seus jogadores, golos limpos contra invalidados, decisões absurdas que nem o VAR consegue escrutinar, de tudo têm beneficiado. Foi a época passada com mais 10 pontos, nesta já vão com pelo menos mais sete.
São erros e erros de análise a mais sempre a favor do mesmo e sempre pelas mesmas equipas de arbitragem, e não se pode invocar sequer a inexperiência.
Em nome do prestígio das competições a verdade desportiva exige mais!"

Poker de Cónegos !!!

Abacaxi de má qualidade...!!!


Os diferentes!!!

"Realmente, sempre que pensamos que o Futebol Português bateu no fundo, os seus dirigentes conseguem provar-nos o contrário e escavar ainda mais fundo.
Frederico Varandas é canalha tão reles como era Bruno de Carvalho. É um "estriste" banana que se indigna com a "escumalha" que atira tochas e que agenda audiências ao Secretário de Estado do Desporto mas que perante um cântico insultuoso da claque do seu clube dirigido à maior figura do Sport Lisboa e Benfica se mantém em silêncio. Oculta propositadamente tais factos do seu discurso para que assim possa atacar a claque adversária em questão por imitar sons de very lights, quando esta se limita a responder a um rol de provocações da claque do Cashball 
(https://www.record.pt/multimedia/videos/detalhe/adeptos-do-sporting-cantam-onde-e-que-esta-o-eusebio)
É apenas mais um hipócrita que em cada entrevista se faz de virgem apaziguadora do futebol e defensora da verdade desportiva.
Num caso de força maior e de extrema gravidade como esta situação de mais de 80% dos jogadores do Vitória de Setúbal estarem hospitalizados tendo jogo marcado com o Cashball para Sábado, Frederico Varandas sugere enviar o médico do Cashball para os avaliar e recusa o adiamento do jogo, alegando não ter datas para o jogar.
Relembramos que o Cashball foi eliminado pelo Alverca, da 3ª Divisão, para a Taça de Portugal, sendo que a data dos Quartos de final da Taça se encontra disponível no seu calendário.
Por outro lado, a Liga na pessoa do benfiquista Pedro Proença (foda-se!) escuda-se no não acordo entre os clubes para não adiar o jogo, sendo que nos seus regulamentos existe uma lei que lhe permite decretar o adiamento de um jogo, mesmo sem entendimento entre as partes. Uma marioneta de Cashball e Calor da Noite esse escarro de pessoa de nome Pedro Proença."

Desporto: um fenómeno social total

"Não é difícil recolher na literatura especializada o reconhecimento de múltiplos valores do desporto no desenvolvimento das sociedades modernas. Ele é uma realidade incontornável. Neste mundo artificializado, o desporto é o principal artifício com que a população concretiza a actividade física, satisfazendo diversas necessidades: exercício essencial para uma vida saudável; socialização; sentimento de pertença; ocupação dos tempos de lazer, entretenimento, etc. Assim sendo, o interesse pelo desporto ganha um importante significado social, em especial nas sociedades ocidentais. São muitos os que defendem a democratização da prática desportiva, ou seja, a sua generalização a toda a população, criticando o desporto de competição, como uma marca da sociedade industrial e capitalista, onde o corpo se constituiu como um instrumento de trabalho produtor de performances. Esta preocupação pela prática desportiva generalizada leva a que alguns países encetem um conjunto de políticas com diferentes designações. Nos EUA recebeu o nome de “National Fitness” (na Austrália), “National Fitness Council” (no Leste Europeu) e “Desporto para Todos” (nos países da Europa). Se é verdade que o desporto é um “fenómeno social total” (significa que, ao pretendermos estudar um determinado fenómeno social, devemos considerá-lo na sua multiplicidade de aspectos e procurar as várias perspectivavas de análise que possam concorrer para uma melhor compreensão desse fenómeno, tendo em conta os vários aspectos económicos, políticos, sociológicos, etc.), tão presente na nossa contemporaneidade, não é muito fácil compreendê-lo. Ele não pode ser considerado como um fenómeno simples: deve ser visto como um fato sociológico complexo e contraditório, concentrando em si uma multiplicidade de dimensões."

Futebol e Motricidade Humana

"Quando as ciências, nos séculos XVI e XVII, despontaram no mundo ocidental, foram forçadas a disputar, com outras formas do conhecimento, nomeadamente a teologia, os seus paradigmas. Acontece hoje o mesmo, com a CMH (Ciência da Motricidade Humana) para mim, a mais nova das ciências humanas, onde o desporto (e portanto o futebol) se integra. A sua imaturidade permite que outras ciências pretendam apropriar-se das suas problemáticas. No entanto, se a epistemologia dá conta de que esta ciência se encontra em período de formação, assinala também a sua indispensabilidade. Os preconceitos anti-CMH têm raízes, no passado e no presente. No passado, pelo cartesianismo e positivismo reinantes, desde o século XIX até à segunda metade do século XX, onde só se consideravam “científicos” os métodos das “ciências da natureza”. No presente, ou por desfasamento cultural e reacção de defesa, comportamentos típicos de quem se encontra instalado e envelhecido e sem confiança e coragem, para transformações estruturais, ou ainda porque há, com certeza, erros e deficiências, no meu pensamento, a este respeito, que agradeço me digam onde se encontram. Todo o conhecimento científico é polémico. E não depende só da lógica ou da epistemologia, mas também da psicologia, da sociologia, da antropologia cultural, etc. Mas não nos podemos furtar a esta interrogação: o que nos impede, num tempo em que se anunciam novos saberes, a criação de uma nova ciência onde uma profissão e uma área do conhecimento encontrem o seu paradigma? Para mim, o futebol (como qualquer outra modalidade desportiva) radica na Motricidade Humana. De facto, sem movimento intencional e solidário e sem vontade de transcendência, não é possível a prática desportiva. Na Introdução do seu livro, Epistemologia, Mário Bunge notava, no alvorecer da década de oitenta, que a epistemologia era o domínio mais importante da filosofia (para mim, é a ética) e Piaget referia que a epistemologia ganha importância indiscutível, nos momentos de crise da ciência (o que acontece na pós-modernidade que, hoje, vivemos).
Assim, a introdução da epistemologia, num programa disciplinar, torna-se não só necessário, como há-de ultrapassar a “crise de degenerescência” do paradigma racionalista e positivista que, com a hiperespecialização, trouxe de facto conhecimento, mas também, usando as palavras de Edgar Morin, “a ignorância e a cegueira”. Uma epistemologia regional, que deve informar cada um dos saberes (por isso é regional) deve ter em conta, conforme nos adverte Jean Piaget, que hoje se verifica uma tendência para a separação entre a filosofia e a epistemologia, ficando esta nas mãos de cientistas capazes de reflexão filosófica. Isto significa que é, através da prática científica, presente, por exemplo, em laboratórios e em centros de investigação, que deverá estudar-se os fundamentos, a validade e os limites das várias ciências. Bachelard, Canguilhem, Lacan, Prigogine, etc., são exemplos de cientistas que se afastaram cautamente de uma epistemologia que não sabia conciliar a filosofia com as ciências, que faziam dela uma disciplina do tipo literário. A CMH não é fruto tão-só de uma superior erudição, ou da meditação sobre informações eruditas – ela apresenta-se como instrumento de conhecimento e meio de acção, como afinal já o vêm reconhecendo alguns treinadores desportivos. A filosofia da motricidade humana deverá percepcionar portanto a CMH como teoria e prática e desdobrando-se num feixe de disciplinas que dela nascem. E, porque ciência humana, assumindo principalmente, sem negar o apoio laboratorial, os métodos da compreensão e da interpretação. Sabemos dos riscos do psicologismo e do subjectivismo (iguais aos exageros anteriores do conhecimento objectivo e instrumental) em que se pode incorrer. Como Clifford Geertz, no âmbito da antropologia, sou em crer que a descrição mais fidedigna dos factos desportivos é uma correta interpretação, pois o que se vislumbra, na prática desportiva, são sinais, mensagens, textos, que devem ser interpretados e lidos, principalmente pelos treinadores – sinais, mensagens, textos, que a alta competição é, acima de tudo.
António Damásio, no seu O Erro de Descartes, é explícito: “A percepção é tanto actuar sobre o meio ambiente como dele receber sinais. Demais, no futebol, há mais caosalidade do que causalidade. A causalidade decorria do “erro de Descartes”, ao sustentar que o universo não passava de um enorme relógio mecânico. Ora, o caos ensina-nos que, no desporto, como no mais, nem tudo pode explicar-se como se a realidade não fosse um campo de incertezas constantes e, aqui e além, de muito difícil explicação. Recordo a tese de doutoramento, na Universidade da Madeira, do João Gabriel Jardim Caldeira, A acção homeodinâmica: a caminho de uma caoicologia do homem no desporto: “A elevada fragmentação do conhecimento, alicerçada na ideia clássica de dividir, para melhor compreender, desembocou numa hiperespecialização de uma infinidade de áreas e espaços disciplinares que, conhecendo tudo, não entendem nada. Estes territórios, encontrando-se perfeitamente demarcados e cristalizados geograficamente, não conseguem, pela sua rigidez, abrir-se e adaptar-se à multiplicidade das realidades caóicas, dos devires intercruzados do mundo” (p. 233). Daí que ao treinador criativo até possam considerá-lo um excêntrico. Ele é tão-só diferente, que escapa à in-diferença generalizada. Observa Le Breton: “Há uma inteligência do corpo, como há uma corporeidade do pensamento” (Les Passions Ordinaires. Anthropologie des émotions, Colin, Paris, 2001, p. 35). Francisco Varela sustenta que a cognição é ação inscrita no corpo, ou ação incarnada (L’inscription corporelle de l’esprit. Sciences cognitives et expérience humaine, Seuil, Paris, 1993, p. 234). O corpo em ato, visando a transcendência, também comunica, mesmo sem a voz de quem pretende transcender e transcender-se: “De facto, a linguagem verbal está longe de desempenhar, na interação humana, o papel de quase exclusividade que tradicionalmente lhe tem sido atribuído” (Agostinho Ribeiro, O Corpo que Somos – Aparência, Sensualidade, Comunicação, Editorial Notícias, Lisboa, 2003, p. 201).
David Le Breton ridiculariza mesmo a expressão “educação não verbal”, dizendo a propósito que. “Designar assim o conjunto dos processos simbólicos independentes da fala é, de facto, tão rigoroso como chamar não peixe vermelho aos peixes que não são dessa cor, ou não terra ao que tem a ver com a água ou com o ar” (op. cit., p. 33). A função comunicacional do corpo deverá merecer especial atenção de quem lidera a prática desportiva e a dança e a ergonomia e a reabilitação e a motricidade infantil, etc., etc. Como uma das especialidades em que a CMH se desdobra, o futebol, como desporto que é, há-de assumir-se como elemento de uma nova ciência humana. Se é verdade, como Foucault o assevera, que “o homem é uma invenção recente”, cabe ao futebol, como fenómeno de magia incomparável que é, reinventar um “homem novo” plural, aberto, complexo, onde se tornem evidentes as características e qualidades essenciais da complexidade humana. O Jorge Valdano, antigo jogador de futebol de irrecusáveis méritos e hoje um sábio desta modalidade desportiva , que a sabe explicar com ciência, consciência e até poesia, escreveu no jornal A Bola (2020/1/11): “Jogue-se onde se jogue e graças ao milagre da comunicação, se a partida é boa o encanto aparece. Não faz falta tanta sofisticação. Basta colocar cinco médios de grande qualidade e pedir-lhes que se mexam e passem a bola, tal como fez o Real Madrid frente ao Valência. Todo o mundo alucinou, com a brilhante consequência dessa revolução”. Rúben Dias, para explicar o triunfo do Benfica, frente ao Aves, disse convicto que: “Foi a vitória da raça. É assim que se fazem os campeões nacionais”. Portugal entrou a ganhar no “Europeu” de Andebol, superiorizando-se à França (28-25), hexacampeã mundial. Paulo Pereira, seleccionador nacional e portanto o líder desta extraordinária vitória, revelou: “Aprendemos a gerir o jogo, tivemos experiências em que parecia estar tudo muito bem e, de um momento para o outro, ficámos demasiado contentes. Estamos a aprender a conviver com momentos desfavoráveis”. É isto: no Desporto, porque actividade humana, cultura e natureza abraçam-se e complementam-se. Posso acabar, com o meu Amigo e Mestre, D. José Tolentino Mendonça: “Os limites da compreensão têm que ver com o facto de o outro permanecer outro e, mesmo quando absolutamente próximo, não deixar nunca de ser irredutível” (revista do Expresso, 2020/1/4)."

Uma questão de igualdade… dentro e fora do campo de jogo

"A quadra natalícia permitiu-nos a visualização do filme “Basis on the sex”, entre nós difundido sob o título “Uma Luta Desigual”, lançado nos Estados Unidos da América precisamente no dia de Natal do ano anterior, em 25 de dezembro de 2018.
Centra-se no extraordinário trabalho desenvolvido por uma das primeiras mulheres a ser admitida à Faculdade de Direito da Universidade de Harvard e uma das mais prestigiadas defensoras dos direitos das mulheres, focando a sua actividade na defesa da igualdade entre homens e mulheres e na eliminação das diferenças baseadas em razão do género, tendo-se tornado, posteriormente, Juíza do Supremo Tribunal Federal Norte-Americano.
Seria impossível não associar este filme à reunião realizada no final de 2019 entre a Comissão Consultiva do Comité Olímpico de Portugal – Mulheres e Desporto (CMD) e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).
Se nos finais dos anos 50 do século passado se enfrentavam todos os obstáculos legais para a afirmação da igualdade dos homens e das mulheres em face da lei, não só nos Estados Unidos da América, como entre nós, a realidade do século XXI transporta-nos para outros desafios.
Já não são as diferenciações arbitrárias previstas na lei a fonte das desigualdades baseadas no género, por estas terem sido eliminadas em todos os Estados soberanos democráticos, mas as limitações e dificuldades colocadas pelas mentalidades, que ainda hoje perduram, na implementação efetiva da igualdade afirmada na lei.
A evolução da sociedade exigiu do legislador e do juiz que consagrasse na lei e assegurasse na decisão judicial a igualdade entre homens e mulheres, erradicando do ordenamento jurídico as diferenciações arbitrárias e sem racionalidade.
Porém, os comportamentos sociais, que emanam dos fenómenos sociais próprios das várias actividades humanas, não seguiram tão fortemente essa tendência.
Daí que a realidade prática esteja ainda longe de corresponder à realidade que foi conquistada no parlamento e nos tribunais.
Os estereótipos baseados em diferenciações baseadas no género não foram, total, nem definitivamente ultrapassados, pelo que, muitas décadas volvidas, a sociedade portuguesa não foi ainda capaz de eliminar as diferenciações infundadas e, por isso, ilegítimas.
A diferentes níveis de actuação, as instituições europeias emanam instrumentos de vária natureza que visam a implementação de políticas de igualdade de género, como no âmbito das relações laborais, mas, também em geral, dirigidas a todas as formas de actuação humana, incluindo o desporto, considerando a sua natureza de grande fenómeno social de massas.
Assim, independentemente da área em que a discriminação baseada no género se faça sentir, ela é transversal aos diversos fenómenos de actuação humana, não sendo o desporto uma excepção.
Numa busca de tentar compreender a actuação fiscalizadora e sancionatória das entidades nacionais competentes em matéria de discriminação baseada no género no desporto, qual o número de processos de contraordenação instaurados e em que áreas ou domínios, é-nos revelada uma realidade que revela as dificuldades que a problemática ainda hoje enfrenta.
Não sendo o ordenamento jurídico dotado de um quadro normativo que habilite a CIG a uma actuação mais enérgica, por não ser dotada de poderes sancionatórios e coercivos, sob a forma de actos de autoridade, as deliberações tomadas são meramente recomendativas, sem força jurídica impositiva para os seus destinatários.
O quadro normativo apresenta-se pouco robusto e estruturado a uma actuação mais incisiva da CIG, baseando-se na outorga de poderes para a emissão de pareceres e de recomendações, desprovidos de força vinculativa ou no exercício de prerrogativas de autoridade.
No entanto, a Lei n.º 14/2008, de 12 de Março, que proíbe e sanciona a discriminação em função do sexo no acesso a bens e serviços e seu fornecimento, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2004/113/CE, do Conselho, de 13 de dezembro, consagra um importante mecanismo de defesa, ao estabelecer no seu artigo 9.º, n.ºs 1 e 2, a inversão do ónus da prova.
Segundo tal preceito, cabe a quem alegar ter sido lesado por um ato de discriminação directa ou indirecta apresentar os factos constitutivos do mesmo, incumbindo à parte demandada provar que não houve violação do princípio da igualdade de tratamento.
Do mesmo modo, em caso de ato de retaliação, em que o lesado tem de apresentar os factos constitutivos da forma de tratamento ou da consequência desfavorável e indicar a queixa ou o procedimento judicial que levou a cabo para exigir o cumprimento do princípio da igualdade, incumbindo à parte demandada provar que não existe nexo de causalidade entre uns e outros.
Tal mecanismo de inversão do ónus da prova não se aplica, porém, aos processos penais, neles valendo as garantias processuais de defesa decorrentes do direito constitucional.
Além disso, é conferida no artigo 11.º da citada Lei n.º 14/2008, legitimidade processual às associações e organizações não governamentais cujo objecto estatutário se destine essencialmente à promoção dos valores da cidadania, da defesa dos direitos humanos, dos direitos das mulheres e da igualdade de género, para a defesa dos direitos e interesses colectivos, para a defesa colectiva dos direitos e interesses individuais legalmente protegidos dos seus associados e para a defesa dos valores protegidos pela referida lei.
Com vista a assegurar mecanismos de efectividade de implementação da lei e assegurar o seu respeito, prevê-se a possibilidade de ser instaurada uma acção de responsabilidade civil extracontratual, nos termos gerais (artigo 10.º), assim como ser instaurado processo contraordenacional por parte das entidades administrativas cujas atribuições incidam sobre a matéria objecto da infracção (artigo 12.º), da qual deve ser dado conhecimento do processo já instruído, acompanhada do respectivo relatório final, à CIG.
Nos termos do artigo 20.º da citada Lei n.º 14/2008, de 12 de Março, compete à CIG acompanhar a aplicação da referida lei.
No entanto, tendo o artigo 22.º da referida lei previsto que no prazo de 90 dias o Governo procederá à aprovação das normas regulamentares necessárias à sua boa execução, decorridos quase 12 anos a Lei n.º 14/2008 não foi ainda regulamentada.
Um outro passo foi dado pela Lei n.º 26/2019, de 28 de Março, ao aprovar o regime da representação equilibrada entre homens e mulheres no pessoal dirigente e nos órgãos da Administração Pública, pois não obstante o seu âmbito de aplicação ser direccionado para as entidades públicas, constitui um relevantíssimo passo para a efectividade da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
Do mesmo modo que a Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 «Portugal + Igual», aprovada a 8 de Março de 2018 e publicada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 61/2018, de 21 de maio, constitui o principal instrumento de definição estratégica da acção governativa na promoção da igualdade entre homens e mulheres.
Especificamente, no que ao desporto respeita, o Comité Olímpico Internacional (COI) assumiu que o desporto constitui uma das mais poderosas armas para promover a igualdade de género e reforçar o empoderamento das mulheres, reconhecendo-o como um direito humano básico de profunda importância e um Princípio Fundamental da Carta Olímpica.
Foi com esse propósito que em Março de 2018 o COI aprovou o seu documento “Gender Equality Review Project”, formulando 25 recomendações que visam impulsionar o progresso na promoção da igualdade de género no desporto, em termos de equilibrar o número total de atletas participantes, visando criar condições para o desenvolvimento de liderança, campanhas de consciencialização e, mais recentemente, nomeando mais mulheres para papéis de liderança na administração e governança.
Daí que, mais do que uma questão legal, a promoção e defesa da igualdade de género é uma questão de mentalidades, dentro e fora do campo de jogo."

Cadomblé do Vata

"1. A primeira parte do SL Benfica contra o Aves devia obrigar ao adiamento do Vitória - Sporting... a gripe dos setubalenses é tão agressiva que contagiou os jogadores do Glorioso no Seixal.
2. Jogo dificílimo com golo decisivo de Almeida a 1 minuto do fim... foi com alma até... à puta da vitória.
3. Yannick do Alverca, Pesier da Naval, Palatsi do Vitória, Salin do Sporting e Bernardeau do Aves... ainda os meus amigos se admiram de eu odiar tanto os franceses.
4. De cada vez que Bruno Lage dá oportunidade aos menos utilizados, a equipa estatela-se ao comprido... se calhar está na hora de substituir aqueles bancos de suplentes aquecidos, por bancos corridos de madeira desconfortáveis, porque há ali muito bom reservista acomodado.
5. Carlos Vinicius entrou ao intervalo para sofrer o penalty do empate e fazer a assistência para a reviravolta... o brasileiro está muito perto de atingir o estatuto de "titular até de muletas"."

(...) viu Weigl a passar pelos Foros de Amora, admirar a baía do Seixal, perder-se no caminho e ir parar à Cruz de Pau

"Vlachodimos
Para quê este aparato todo com chuteiras, luvas e soutiens masculinos para medir batimento cardíaco e sei lá mais o quê? Quando for assim deixem-no levar umas pantufas, uma mantinha e um chá. 

André Almeida
tínhamos reiniciado o router, soprado para dentro do cartucho, experimentado outra tomada, insultado três operadores de call center, visitado o Portal da Queixa, rezado a Nossa Senhora da Assunção e até expulsado o homem quando o nosso capitão apareceu para resolver um jogo que parecia condenado a uma barraca de proporções cataclísmicas. Abençoado regresso, senhor Almeidinhos.

Rúben Dias
Acabou o jogo a competir pelo papel de impulsionador do ataque. Veremos agora se Lage tem a coragem para mexer na equipa e sentar Pizzi no próximo jogo.

Ferro
Às vezes penso no nome Francisco Ferro, vejo a expressão serena o nosso central enquanto aborda um lance de forma menos enérgica e questiono-me se este homem é mesmo um futebolista ou um filósofo preso no corpo de um atleta. Enfim. Seja qual for a resposta, não o levam daqui por menos de 80 milhões.

Grimaldo
Exibição esforçada em dia de água mole em pedra dura.

Weigl
Esta semana dei por mim a imaginar este alemão a passar pelos Foros de Amora, a caminho do treino na sua nova casa do Seixal. Será que parou para admirar a baía? Será que chorou um bocadinho? Será que se perdeu no caminho e foi parar à Cruz de Pau? Saberá ele que um schnitzel é essencialmente um bife panado demasiado grande? Por enquanto ainda não sabemos tudo o que vai naquela cabeça de primeiro mundo, mas deu para ver laivos do excelente jogador. Resta aos adeptos fazerem a sua parte e darem a Weigl um apoio remotamente parecido com aquele que o alemão teve em Dortmund estes anos todos. É verdade que já teve um adepto a correr 1km nu por sua causa, mas ontem, em vez de uma Parede Amarela, tivemos um Fosso Encarnado. É rever e melhorar.

Gabriel
Em poucos dias experimentou jogar com Adel, depois com Julian e finalmente sozinho, a segurar as pontas ao meio-campo praticamente sozinho. Acabou o jogo exausto, ligeiramente mais magro, e feliz.

Pizzi
Ficámos todos esclarecidos quanto àquilo que pode acontecer quando Vinicius não está em campo e Pizzi dá por si num dia perdulário. Foi porreiro e tal, há sempre uma dimensão pedagógica nestes momentos de terror, mas por favor evitem repetir.

Jota
O problema não és tu, sou eu? Não sei o que te dizer, João Filipe. Talvez seja só uma questão de tempo. Chiquinho Muito esclarecido a jogar mais recuado num papel habitualmente reservado a Adel. Tal como em outras ocasiões, se tem marcado seria o herói do jogo. Fé no pé, c...! 

Seferovic
Bruno Lage disse que Seferovic treinou muito bem durante a semana, portanto está aqui uma boa oportunidade para a equipa do novo serviço Benfica Play nos mostrar que treinos espectaculares foram esses. É que neste momento o único conteúdo exclusivo que as exibições de Seferovic me sugerem é um documentário sobre a depressão.

Cervi
Numa altura em que todos juntos parecíamos poucos no ataque à baliza do Aves, Cervi ajudou a dar maior clarividência ao flanco esquerdo. Ao contrário do que afirmarão os demasiados especialistas em arbitragem e odiadores do futebol, foi devido às múltiplas combinações de Cervi com Grimaldo e amigos que o relvado se tornou inclinado. Eu sei que para alguns a única arbitragem justa é a que determinar uma derrota do Benfica, e para eles o meu conselho é que continuem a chorar num canto escuro de vossas casas.

Vinicius
Desta vez não houve golos nem pose mas voltou a ser decisivo em ambos os golos. Cavou um penálti, assistiu o capitão e celebrou da forma que eu teria celebrado se lá estivesse em baixo, com um pontapé de raiva num placard publicitário que valeu por todos os remates a que não tivemos direito.

Samaris
O seu contributo violentamente eloquente nos festejos do golo da vitória fez com quem entrasse algo cansado, mas ainda a tempo do Samarelo da praxe."

Bello: ... até ao fim!!!

Nova Lei: se o jogador agredido for do Benfica, é tudo legal...!!!

Alma...


SL Benfica 2-1 CD Aves: André Almeida resolve história que podia ter sido mal contada

"A Crónica: Golo de André Almeida escamoteia eficácia pobre
Bem, digamos que o CD Aves começou por dar uma grande lição aos jogadores do SL Benfica. Os encarnados tinham mais bola, é verdade, mas o que é certo é que as decisões de último terço estavam a falhar à equipa de Bruno Lage. Por outro lado, o Aves vinha com a lição bem estudada e aproveitou, e muito, os erros defensivos das águias. Aos 20 minutos de jogo o marcador altera-se na Luz: Mohammadi marca para o CD Aves e coloca a sua equipa em vantagem. Depois de conseguir fintar Ferro, o número 23 do Aves, com muita frieza, chuta com o pé esquerdo para dentro da baliza de Odysseas Vlachodimos.
Apesar de o Benfica ter continuado à procura do golo, o Aves manteve as suas linhas bem compactas e com uma ajudinha, claro está, da grande exibição demonstrada por Beunardeau. O Benfica estava bem no jogo e saiu um vermelho do bolso do Carlos Xistra (não, não foi para a eficácia dos encarnados… Antes fosse!) para André Almeida, mas o VAR António Nobre ajudou na correção do erro de abordagem do árbitro.
A falta foi de Falcão sob o Vinicius na área e só assim é que o Benfica conseguiu abanar as redes: de penalti (1-1). Apesar da grande avalanche encarnada, as coisas estavam complicadas para agitar, novamente, as redes da baliza de Bernardeau. Foi preciso sofrer e ver nascer esta vitória encarnada: aos 88 minutos. Foi preciso o jeitinho de Vinicius na receção e no passe para o pé de André Almeida para definir o resultado final em 2-1 (algo invulgar). O SL Benfica mantém a liderança agora com sete pontos de vantagem (à condição) do FC Porto e o CD Aves, ainda que de forma injusta, sai com a 14.º derrota no campeonato.

A Figura
Beunardeau O guarda-redes, acompanhado de uma excelente exibição defensiva, foi a chave do bom jogo do Aves no Estádio da Luz. É verdade que a tácita que Nuno Manta Santos montou para esta noite teve o seu mérito, mas o guardião foi exímio nas defesas! E note-se que algumas delas foram de se tirar o chapéu. Mas, ainda assim, se o cahpéu acontecesse no relvado, apostamos que este também defendia. Pode parecer incoerente, visto que sofreu dois golos, mas Bernardeau foi o que mais brilhou em campo.

O Fora de Jogo
Seferovic Exige-se francamente mais a um avançado que serve um clube como o SL Benfica. Não vive um momento positivo, todos sabem disso, mas a verdade é que começa a faltar desculpas para tão pouca eficiência na frente de ataque. Falhou oportunidades que não podia, numa altura em que era fulcral para a sua equipa marcar um golo.

Análise Táctica– SL Benfica
O habitual 4-4-2, mas com algumas alterações. André Almeida, Seferovic, Jota e o estreante Julian Weigl tiveram entradas para o onze inicial, porém, todos com muitos problemas para encaixarem no sistema tático encarnado. Seferovic e Jota continuam com problemas em render no ataque, André Almeida com muitas dificuldades devido a problemas físicos (mas o melhor dos quatro) e Weigl sem saber onde se posicionar. A entrada de Vinicius nada veio alterar no jogo porque as dificuldades de eficácia continuaram… porém, agitou o jogou o brasileiro e foi importante para dar vantagem aos encarnados.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (5)
Grimaldo (6)
Rúben Dias (6)
Ferro (5)
André Almeida (5)
Julian Weigl (6)
Gabriel (7)
Pizzi (6)
Jota (4)
Chiquinho (7)
Seferovic (3)
Subs Utilizados
Vinicius (7)
Cervi (6)
Samaris (-)

Análise Táctica – CD Aves
O CD Aves começou com um 4-3-2-1 em momentos ofensivos e conseguiu trocar as voltas aos jogadores encarnados com a sua posição defensiva de 4-4-1-1. O Aves esteve, durante a primeira parte, no embalo destes dois esquemas táticos que lhe permitiram jogar com as armas que tinham. Isto é, um jogo mais defensivo que apostava essencialmente em aproveitar erros encarnados. Um jogo “matreiro” que por sinal se estava a mostrar bastante eficaz, uma vez que o Benfica esteve a perder desde os 20 minutos. É difícil manter uma coesão defensiva durante tanto tempo e o Aves conseguiu! Um aspecto importante para salientar.

11 Inicial e Pontuações
Beunardeau (9)
Rúben Oliveira (6)
Falcão (5)
Bruno Morais (7)
Adam Dzwigala (7)
Mangas (6)
Estrela (6)
Benjaqui (6)
Kevin Yamga (6)
Reko (6)
Mohammadi (7)
Subs Utilizados
C. Tavares (5)
Welinton Júnior (5)
Miguel Tavares (-)

BnR na conferência de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível fazer pergunta ao treinador do SL Benfica, Bruno Lage.

CD Aves 
 BnR: Na primeira parte, a sua equipa esteve irrepreensível no capítulo defensivo. Na segunda, o SL Benfica tem uma entrada forte e as linhas defensivas do CD Aves acabaram por baixar muito. Acha que este foi um fator importante para evidenciar as debilidades da sua equipa?
Nuno Manta Santos: O SL Benfica, na segunda parte, subiu mais as linhas e obrigou-nos a estar mais baixos e também estar mais concentrados a meio campo. Foi o Benfica que nos obrigou a recuar as nossas linhas, não foi uma opção nossa. Tivemos de optar por estar mais baixos no campo. Tentamos subir as linhas, e pedi isso à equipa muitas vezes, e não conseguimos subir. Os jogadores do Benfica ganhavam sempre os lances e tornou-se complicado para até conseguirmos sair rápido. Depois do Benfica fazer o segundo golo, tivemos ainda duas oportunidades de perigo nos últimos minutos. E é esta a análise que faço."

A ressurreição de Almeida

"Ele foi expulso e depois já não e foi já regressado dos mortos que decidiu: num jogo muito difícil para o Benfica, em que o líder esteve a perder até quinze minutos do fim, André Almeida marcou aos 89’ e confirmou a reviravolta dos encarnados frente ao D. Aves

A chegada do VAR trouxe-nos, de repente, novas narrativas para o futebol. Todos nós já vimos um golo que era da vitória mas depois deixou de existir ou a grande penalidade que não foi marcada e que o vídeo mostrou que, afinal, tinha acontecido. Mas talvez nos faltasse esta história pouco mais sofisticada e que perderíamos caso o VAR não fosse uma realidade: esta história de, de repente, termos um jogador expulso que acaba a ser o herói do jogo, ao marcar o golo da vitória de um jogo bem sofrido.
Chama-se André Almeida o herói para uns, vilão para outros, claro está, que nisto do futebol é impossível ser-se só uma coisa para toda a gente. Aos 52’, e com o Benfica a perder desde os 20 minutos, o lateral entrou de pé alçado numa jogada com Ricardo Mangas. No momento, Carlos Xistra viu ali um pé alçado demais e foi ao bolso buscar o vermelho. Mas, ao ver as imagens, não entendeu a falta tão dura assim, revertendo uma expulsão para um menos castigador amarelo.
Fast foward para o minuto 89: Benfica já empatou mas continua em desespero, pontaria desafinada e Beunardeau a defender tudo o resto. E apareceu então o homem que morreu aos 52’ e ressuscitou no minuto seguinte, salvo pelo vídeo. Bola na área, Vinicuis amortece e André Almeida está lá para o remate forte que dá o 2-1 aos encarnados e 3 pontos que pareciam, a certa altura, uma improbabilidade, num jogo que parecia, a certa altura, encaminhar-se para um final com, certinho como o destino, uma daquelas flash interviews em que alguém diz “podíamos estar aqui a noite toda que ela não entrava”.
Porque depois de sofrer aos 20 minutos um golo de Mohammadi que foi só o concretizar das dificuldades na transição defensiva que teve durante toda a 1.ª parte, o Benfica desatou a bombardear a baliza do Aves. No total, foram 36 remates, um recorde nesta edição da Liga, que foram terminando ora a centímetros do poste, ora nas mãos e na coragem de Beunardeau - foram pelo menos cinco as intervenções decisivas do guarda-redes francês do último classificado.
Com uma equipa que começou com várias novidades, a começar pelo alemão Weigl, que já mostrou um par de pormenores de classe, passando por Jota nas alas e Seferovic na frente de ataque, a verdade é que a vitória suada do Benfica só se começou a desenhar com a entrada de Vinicius e, mais tarde, de Franco Cervi, dois habituais titulares.
No marcador, o brasileiro não fez esquecer a falta de eficácia de Seferovic. Mas não é só de golos que vivem os homens fundamentais: é ele que sofre a falta que dá origem à grande penalidade com que o Benfica empatou o jogo, aos 76’, e é ele que, a jogar de costas para a baliza, faz a assistência para o golo de André Almeida, o homem ressuscitado.
E, com isto, o Benfica mantém-se na frente da tabela, num daqueles jogos que, convencionou dizer-se, só quem tem estrelinha (e, não sejamos injustos, paciência e força de vontade) consegue ganhar."

Curtas – Vitória sofrida mas justa do Benfica

"102 pontos em 35 jogos. Incrível o registo de Bruno Lage na liga portuguesa que se torna assim o treinador mais rápido de sempre a atingir a marca dos 100 pontos no campeonato.
A desvantagem no marcador, bem como as oportunidades falhadas sucessivamente, fizeram o Benfica perder discernimento, paciência, capacidade para construir e ligar fases com qualidade e a usar e abusar da profundidade de Seferovic e dos cruzamentos (principalmente na 2a parte com os dois avançados). Ainda assim, para a quantidade de finalizações desperdiçadas foi muito curto o resultado.
Entre Rúben Dias e Ferro vai um mundo de distância. O super concentrado Rúben é muito melhor sem bola que Ferro (muito mais frágil quando individualmente tem de solucionar). Ainda assim muito mais competente com bola. Apesar disto, personalidade incrível de Rúben Dias, a demonstrar carácter para assumir (embora por vezes mais com o coração que com a cabeça, algo que também faz falta!) numa fase complicada do jogo enquanto se notava que o seu colega de sector se escondia mais, talvez pelo erro. Abordagem displicente, no 1×1 com adversário enquadrado para ele e para jogo, naquela zona do campo, nunca pode arriscar desarme. É só controlar, evitar ser batido em condução, tentar cobrir a bola para interceptar um possível cruzamento, encaminhar o mais possível para fora e esperar que a equipa recupere. Perdeu duelo individual e deixou Rúben num lance complicado, que ainda assim podia ter tentado cobrir mais cedo a bola.
Jota e Seferovic desastrados. Sem conseguir ser solução para ligar entre linhas, para dar seguimento às jogadas, para definir em criação e para facturar quando conseguiram ter oportunidade para isso. 
Estreia que deixa água na boca de Weigl. Ainda à procura de conhecer melhor o modelo, s soluções que tem de dar, de quando as dar e das linhas de passe que os colegas vão oferecer, nota-se claramente um elevado requinte e um perfume diferente, bem acima da esmagadora maioria dos jogadores em Portugal.
Nota final para Samaris. Quando se pensa no jogo numa óptica meramente sobre aquilo que se passa em campo e o que os jogadores podem ou não oferecer à equipa, o grego a mostrar que fora do campo, no balneário, no banco e no aspecto mental que um jogador pode ser muito mais que aquilo que faz dentro das 4 linhas. Samaris, apesar de perder em quase tudo para Tino, é muito mais importante para os benfiquistas e isso nota-se bem na atitude deste não só no banco mas quando está a aquecer. Hoje em desvantagem, num momento do jogo difícil, de fora foi mais um dos que catapultou a equipa para a frente."

Expulsão, Golo Ilegal, Penalty, Golo mal anulado... e mais algumas coisas!!!!

90's !!!

"Um golo mal anulado, um golo mal validado, um pénalti por marcar e um vermelho directo por mostrar.
No fim, um vermelho a pedido para poder limpar na Taça e estar prontinho para a recepção ao SC Braga.
Aquilo que parecia difícil torna-se fácil, e assim se transforma um resultado. Uma vitória com sabor a creme de bola de Berlim.
Tribunal unânime: vitória à Porto."

Árbitros pedidos...!!!

"O Calor da Noite não vence em Moreira de Cónegos há 4 anos. Nada melhor que nomear o pasteleiro Artur Super Dragão para acabar com o enguiço. É que nem no VAR eles facilitam. Lá estará novamente Vasco Santos, o tal que validou um pénalti em Portimão ao Calor da Noite quando a bola bateu apenas no peito e passado uns dias admitiu que tinha errado devido à pressão que sentiu. Ora, o campeonato aproxima-se do fim e pelos vistos agora não há pressão. Uma pergunta adicional à estrutura do Benfica, já agora: como é que não denunciaram ao CA este Andrade logo quando ele admitiu que decidiu mal por ter sentido pressão?! Como é possível continuar como juiz de VAR?!? Como?!?
Depois de Jorge Super Dragão Sousa a semana passada, mais um Porto Seguro esta semana. É uma verdadeira “Nomeação à la carte” de que tem beneficiado o Calor da Noite desde o início da época. “Árbitros Pedidos” é o nome deste programa.
Uma vergonha sem fim.

P.S.- Aproveitem que as casas de apostas ainda estão a pagar 0,35€ por cada € investido"

Benfiquismo (MCDVIII)

Mar de gente...

Vermelhão: palpitações perigosas!!!

Benfica 2 - 1 Aves


A quantidade de vezes que estes jogos entre o 1.º e o último classificado, acabam por ser problemáticos, deve-se essencialmente à 'atitude': os jogadores pensam que o jogo vai ser fácil, e depois quando as coisas começam a 'correr' mal, às vezes, já vão 'tarde'!!!
Hoje tivemos quase uma tempestade 'perfeita': desleixo de 'entrada', pouco agressividade defensiva, golo do adversário, e depois com pouca pontaria, ou com demasiada pontaria no guarda-redes, a bola não 'queria' entrar... No caso do Benfica, a todas estas variáveis da 'bola', junta-se quase sempre os apitadeiros, e desta vez, tivemos que 'aturar' o Xistra... um dos piores!!!
No meu grupo de amigos, mal se soube das alterações no onze, começaram logo a 'agoirar'. Mas é um facto que vamos ter 3 jogos em 8 dias, sendo que em teoria, este seria o mais fácil, portanto a 'rodar', teria que ser neste jogo, sendo assim a opção do Lage acaba por ser lógica! O problema é que a 'resposta' de alguns jogadores continua a ser muito deficitária, principalmente do Seferovic, que voltou a falhar uma quantidade enorme de golos fáceis... e quando a bola não entra, a ansiedade aumenta, o nervosismo aparece! E numa equipa tão jovem, estes 'problemas' normais, transformam-se em problemões!!
Inacreditável número de oportunidades desperdiçadas... Inacreditável o número de pontapés de canto (18), bem marcados pelo Pizzi e pelo Grimaldo, que os nossos jogadores ganharam quase sempre no ar, mas que por alguma razão estranha, nunca entraram na baliza (curiosamente no único Canto mal marcado, na '2.ª vaga', deu o 2.º golo)!!!
Não é fácil encontrar exibições individuais positivas no meio de tudo isto: mas destaco a 2.ª parte do Gabriel (quando passou a bola...) e do Rúben... Mas para mim, os MVP's foram mesmo os substitutos Vinícius e o Cervi, que foram fundamentais na reviravolta! O Almeida foi o 'eleito', mas 'só' pelo golo!!!
Seferovic muito mal, o Grimaldo fez o pior jogo da temporada... péssima entrada do Ferro, o Chiquinho continua a fazer coisas 'boas' mas na altura do remate estraga tudo... o Jota continua a querer fazer tudo ao mesmo tempo!!!
A estreia do Weigl foi ingrata... não esteve mal, com a bola nos pés tem muita classe; defensivamente tem que apreender as rotinas da equipa, hoje por exemplo, tinha que pressionar 5 metros mais à frente; e na 1.ª fase de construção, acabou por se 'esconder' demasiadas vezes... tendo em conta a forma de defender do Aves, tinha que fazer de '3.º central' mais vezes!!!
A Xistralhada teve um momento 'esquisito': quando marcou penalty a favor do Benfica, deixou toda a gente espantada... num estado de quem já deixou de acreditar no Pai Natal à muito tempo!!!
Agora no resto do jogo, foi o Xistra que nós todos conhecemos: o penalty não assinalado sobre o Seferovic e a expulsão (depois emendada) do André Almeida, foram momentos 'altos', dignos de contar aos netos!!!! Mas a forma como passou o jogo todo a evitar os Amarelos aos jogadores Avenses também merece destaque...!!!
Terça temos novo jogo, provavelmente com mais alguma 'rotação', porque de facto o jogo mais importante desta sequência será em Alvalade: teremos o regresso do Taarabt (sentiu-se muito a falta hoje), com o Weigl para dar descanso ao Gabriel; o Tomás... talvez o Rafa... Num jogo que vai começar às 21h15 e se houver prolongamento pode acabar após a meio-noite!!!

Vitória em Matosinhos...

Benfica 7 - 0 Burinhosa

Números algo 'enganadores', o 2-0 ao intervalo, com a expulsão do Roncaglio, podiam ter sido diferentes, não fosse a boa entrada do André Sousa...
Acabou por ser um jogo positivo, mas amanhã com o Eléctrico, será muito complicado seguramente... os dois confrontos directos com a equipa de Ponte Sor esta época foram muito complicados!

Yony González

Assinatura de contrato com o extremo Colombiano, ex-Fluminense, em fim de contrato, em dia de jogo na Luz!
Nas últimas semanas alguns rumores indicavam que o Yony iria assinar, para depois ser emprestado a uma equipa da Liga Francesa, mas muito sinceramente, neste momento tenho a impressão que vai mesmo ficar no plantel... tendo em conta as nossas debilidades no jogo pelas Alas!
Tenho algumas dúvidas sobre a capacidade do jovem Colombiano em adaptar-se ao Benfica, mas tem algumas características diferentes dos restantes jogadores do nosso plantel... É uma daquelas apostas arriscadas, mas que pode dar...!!!

Menos soluções

"RDT deixa a sensação de que tinha muito mais para dar. Vendemos um jogador fantástico, capaz de coisas que mais nenhum dá

Excelente vitória em Guimarães contra um adversário de muita valia, treinado por um dos grandes treinadores portugueses da actualidade. Ivo Vieira não é futuro, é presente. O Vitória de Guimarães fez por merecer outro resultado mas o Benfica teve a sorte e o mérito de vencer um jogo que poderia ter outro história. O jogo esteve sempre equilibrado, a posse de bola foi sempre dividida e golo poderia ter aparecido em qualquer das balizas. Por ser difícil, soube muito melhor esta vitória.
Tenho que reconhecer que o FC Porto teve mais dificuldades do que eu esperava para vencer, com sorte, um Sporting melhor e mais competitivo. Esteve o FC Porto ainda mais perto de perder pontos do que o Benfica, facto que não pensava antes dos jogos.
Os três pontos de Guimarães são deliciosos se esta noite frente ao Aves percebermos que os três pontos valem o mesmo. Esperar facilidades é meio caminho andado para encontrar dificuldades.
Esta semana o Benfica venceu RDT. Enquanto muitos exultam com o negócio, adversários com azia questionam (como sempre) os seus valores. Não acompanho ninguém na felicidade de ver um dos melhores sair do Benfica. Reconheço que não se adaptou, reconheço que a expectativa era mais alta, reconheço que nas oportunidades que teve se esperava mais, mas vendemos um jogador fantástico, capaz de coisas que mais nenhum nos dá. Devo ser o único a pensar assim, mas sem RDT o Benfica tem menos soluções.
Na perspectiva de negocio foi positivo, ganhámos dinheiro, vamos fazer uma mais-valia nos objectivos e outra nos 20 por cento de uma futura venda mas queria era os golos e jogo de RDT. Percebo que contra a vontade de jogador pouco se poderia fazer, mas tenho pena. Este deixa a sensação de que tinha muito mais para dar ao Benfica. A título de exemplo, é graças ao grande golo dele em São Petersburgo que nos mantemos na Liga Europa.
Em Guimarães, assistimos mais uma vez a episódios de violência, lançamento de pirotecnia proibida e arremesso de cadeiras por vândalos e marginais que deviam viver longe do futebol.
Pior do que um ou outro acto selvagem é ideia sublimar de que no futebol isto é permitido, aceite ou tolerada. Não somos todos iguais e essa gente não pertence aqui, ao futebol em que acredito e quero viver. Podem ser muito poucos e não representarem a esmagadora maioria, mas parecem muitos e fazem muito mal. Não me interessam as cores, quando vestem de vermelho ainda tenho mais revolta e vergonha."

Sílvio Cervan, in A Bola