"102 pontos em 35 jogos. Incrível o registo de Bruno Lage na liga portuguesa que se torna assim o treinador mais rápido de sempre a atingir a marca dos 100 pontos no campeonato.
A desvantagem no marcador, bem como as oportunidades falhadas sucessivamente, fizeram o Benfica perder discernimento, paciência, capacidade para construir e ligar fases com qualidade e a usar e abusar da profundidade de Seferovic e dos cruzamentos (principalmente na 2a parte com os dois avançados). Ainda assim, para a quantidade de finalizações desperdiçadas foi muito curto o resultado.
Entre Rúben Dias e Ferro vai um mundo de distância. O super concentrado Rúben é muito melhor sem bola que Ferro (muito mais frágil quando individualmente tem de solucionar). Ainda assim muito mais competente com bola. Apesar disto, personalidade incrível de Rúben Dias, a demonstrar carácter para assumir (embora por vezes mais com o coração que com a cabeça, algo que também faz falta!) numa fase complicada do jogo enquanto se notava que o seu colega de sector se escondia mais, talvez pelo erro. Abordagem displicente, no 1×1 com adversário enquadrado para ele e para jogo, naquela zona do campo, nunca pode arriscar desarme. É só controlar, evitar ser batido em condução, tentar cobrir a bola para interceptar um possível cruzamento, encaminhar o mais possível para fora e esperar que a equipa recupere. Perdeu duelo individual e deixou Rúben num lance complicado, que ainda assim podia ter tentado cobrir mais cedo a bola.
Jota e Seferovic desastrados. Sem conseguir ser solução para ligar entre linhas, para dar seguimento às jogadas, para definir em criação e para facturar quando conseguiram ter oportunidade para isso.
Estreia que deixa água na boca de Weigl. Ainda à procura de conhecer melhor o modelo, s soluções que tem de dar, de quando as dar e das linhas de passe que os colegas vão oferecer, nota-se claramente um elevado requinte e um perfume diferente, bem acima da esmagadora maioria dos jogadores em Portugal.
Nota final para Samaris. Quando se pensa no jogo numa óptica meramente sobre aquilo que se passa em campo e o que os jogadores podem ou não oferecer à equipa, o grego a mostrar que fora do campo, no balneário, no banco e no aspecto mental que um jogador pode ser muito mais que aquilo que faz dentro das 4 linhas. Samaris, apesar de perder em quase tudo para Tino, é muito mais importante para os benfiquistas e isso nota-se bem na atitude deste não só no banco mas quando está a aquecer. Hoje em desvantagem, num momento do jogo difícil, de fora foi mais um dos que catapultou a equipa para a frente."
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!