Últimas indefectivações

domingo, 8 de setembro de 2024

Goleada...


Benfica 4 - 0 Sarajevo


Boa primeira parte, e nova gestão no 2.º tempo mal feita, mas contra um adversário fraco, acabou por não fazer a diferença...

Grandes golos das Canadianas!!! Chandra e Alidou...!!!

Estamos no play-off da Champions, seremos cabeças-de-série, e se tudo correr bem vamos ter mais opções, com a Pauels de volta, e com a Jody finalmente inscrita!


Meia-final da Supertaça Ibérica...

Benfica 23 (3) . (4) 23 Elche
14-13

Frustrante... Tivemos 4 golos de vantagem no 2.º tempo, mas permitimos o empate, e depois no desempate nos 7m, acabámos por perder no sexto!!!

O plantel sofreu poucas alterações, além da saída da Viktoriya, a principal mudança foi o treinador... Com a lesão da Ursu, a alteração mais significativa, é na baliza, com a jovem Matilde Rosa a dar excelente conta do recado, mas voltámos a ceder, na gestão duma vantagem importante!

Vamos disputar o 3.º lugar com as nossas velhas conhecidas do Madeira SAD!

Derrota...


Benfica 24 - 27 Corruptos
12-18

Entrada horrível no jogo! Os 6 golos de desvantagem ao intervalo, até pareciam um mal menor, tal a nossa qualidade de jogo na 1.ª parte...
No 2.º tempo, as coisas mudaram, os jogadores acreditaram, lutámos até ao fim, houve momentos onde demos alguns tiros nos pés, com falhas não forçadas... quando podiamos ter 'encostado' (os apitadeiros também mudaram de critério quando chegámos aos 3 golos de desvantagem!!!), mas já não deu...

O Benfica tem um plantel inferior aos dois principais adversários, mas temos dinâmicas interessantes e o treinador é competente, agora não podemos ter 'brancas' como aconteceu nas últimas semanas!

Palavra de ordem: ritmo


"Bruno Lage está de volta e já trabalha no Benfica Campus. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Primeiro treino com Bruno Lage
Ritmo elevado e constante a pautar a sessão de treino inaugural do regresso de Bruno Lage ao comando técnico do futebol benfiquista.

2. Jonas aprova
Entrevistado sobre Bruno Lage, a glória do Benfica deixa vários elogios e explica os princípios do futebol implementado pelo treinador do Benfica: "É um treinador com o qual gostei muito de trabalhar, como pessoa é incrível. Quer um futebol com pressão, muita posse de bola e qualidade. Conhece como poucos o Clube. É um grande treinador e já o demonstrou."

3. Atividade nas seleções
São 14 os elementos do plantel do futebol profissional em ação. Kökcü, Aktürkoglu, Kaboré e Álvaro Carreras estiveram em campo ontem. E Otamendi foi titular no jogo de tributo a Di María.

4. Bilhetes disponíveis
Estão à venda os ingressos para a receção ao Santa Clara e para a deslocação ao Estrela Vermelha.

5. Objetivo: passar
O Benfica defronta, hoje às 16h00, o SFK Sarajevo na final da 1.ª eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Filipa Patão considera: "Temos de ser muito competentes a controlar os vários momentos do jogo, também as nossas referências para não permitir transições, e principalmente ter muita paciência e velocidade no nosso jogo para conseguir ultrapassar o bloco do Sarajevo."

6. Em busca de novas conquistas
Marcel Matz revela como estão a decorrer os trabalhos de pré-época, descreve os reforços e aborda os objetivos da equipa para a nova temporada.

7. Clássico na Luz
O Benfica recebe o FC Porto em andebol, nesta tarde (17h00), na Luz. Jota González salienta: "Será importante fazer um bom jogo e conseguir a vitória, porque isso demonstrará que estamos a crescer e a melhorar em relação à temporada anterior."

8. Supertaça Ibérica de andebol no feminino
A equipa feminina de andebol do Benfica jogou, ao meio-dia, com o CBM Elche a contar para as meias-finais da Supertaça Ibérica e foi eliminada no desempate por remates da marca de livre de 7 metros.

9. Outros jogos e resultados
Ontem, as equipas femininas de basquetebol e voleibol realizaram jogos de preparação com Celta de Vigo e Neptunes de Nantes, respetivamente. Hoje, a primeira tem embate com o Ferrol e a segunda com o mesmo adversário de ontem.
Os Sub-15 de futebol visitam o Farense, amanhã, às 11h00.

10. Renovações e reforços
O norte-americano Marcus Thornton junta-se à equipa de basquetebol benfiquista. No futsal feminino, Alexandra Melo e Ana Oliveira foram promovidas ao plantel da equipa sénior.

11. O mais representado
São 5 os futsalistas do Benfica convocados pela seleção portuguesa para o Mundial.

12. História
Veja a rubrica habitual das manhãs de 5.ª feira na BTV."

Equipa Técnica


"A equipa técnica liderada por Bruno Lage no futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica apresenta-se ao serviço no Benfica Campus.
Luís Nascimento (treinador adjunto), Carlos Cachada (treinador adjunto), Ricardo Rocha (treinador adjunto), Alexandre Silva (preparador-físico), Nuno Santos (treinador de guarda-redes), Jhony Conceição (treinador-analista) e Diogo Camacho (treinador-analista) acompanham o treinador principal Bruno Lage."

Mais informações falsas no "Correio da Manhã"


"O Sport Lisboa e Benfica esclarece que são totalmente falsas as informações do jornal "Correio da Manhã" publicadas na capa do Mais Sport da edição de hoje.
É grave e preocupante que, pelo segundo dia consecutivo, numa fantasia parte 2, uma estória fantasiosa que andou a correr grupos de WhatsApp e o universo ficcional das redes sociais, onde a credibilidade é zero, seja transformada em notícia, sem recurso a qualquer fonte direta, credível ou suscetível de ser responsabilizada.
Uma lamentável e desrespeitosa abordagem que merece total reprovação por parte do Sport Lisboa e Benfica e que exige a atenção das entidades responsáveis pela regulação do sector da comunicação social."

Limites...

Até quando?!

Repeat...

Dejá vù...

Impunidade...

Bruno Lage protagoniza a 'Missão Impossível 2'


"Cinco anos depois do grande êxito que foi a primeira «Missão Impossível», o treinador, qual Tom Cruise, prepara-se para a sequela, que tem novos atores, enredo diferente, e desfecho incerto…

Quando, a 6 de janeiro de 2019, Bruno Lage se estreou à frente da equipa principal do Benfica, e ao vigésimo minuto os encarnados perdiam na Luz por 0-2 com o Rio Ave, poucos (provavelmente ninguém, nem Lage) vaticinariam que o Benfica não só viria a vencer esse jogo por 4-2, como ainda iria ganhar 35 dos 37 encontros seguintes da Liga.
Bruno Lage chegou à sua cadeira de sonho depois de Luís Filipe Vieira ter deixado cozinhar Rui Vitória em lume brando, na esperança de contratar Jorge Jesus, então no Al Hilal, antes de rumar ao Flamengo, e depois de ter «dado uma luz» ao então presidente do Benfica, que o fez regressar à aposta, breve, no técnico, Vitória, que tinha completado o tetra. Mesmo assim, Lage entrou à experiência, e só depois de ter ganho o segundo jogo, nos Açores, frente ao Santa Clara, recebeu o convite para passar de treinador interino a definitivo, numa história que terminaria, contra todas as expetativas, no Marquês de Pombal.
Foi a chicotada psicológica de maior sucesso de que tenho memória, num contexto, diga-se, bem menos atribulado do que aquele que o Benfica está a viver. À altura, Luís Filipe Vieira, que viria a cair na sequência de um processo judicial do qual continua a haver escassa informação, tinha uma liderança forte e altamente centralizadora, optara por seguir a máxima de Sun Tzu, «manter os amigos por perto e os inimigos ainda mais perto», tornando a Direção numa espécie de albergue espanhol que esvaziou a oposição, e vivia ainda do lastro de ter sido o primeiro líder encarnado desde 1934/35, época do início do Campeonato Nacional, a conseguir vencer a prova quatro vezes seguidas. Hoje, Rui Costa, que exerce uma liderança de proximidade como adepto, mas menos omnipresente nas decisões, vê-se contestado pelo menos por dois movimentos organizados, e queimou boa parte do seu capital junto dos sócios e adeptos ao apostar numa causa perdida que deu pelo nome de Roger Schmidt, hipotecando meses preciosos de preparação a um Benfica que precisava de um arranque de época canhão, e está a limitar-se a avançar aos soluços, com cinco pontos perdidos em 12 disputados na Liga.
Chegou a jornada quatro – fatídica para outros treinadores benfiquistas que, no passado, também começaram as épocas de costas voltadas para o Terceiro Anel -, em Moreira de Cónegos a situação de Roger Schmidt tornou-se insustentável, e Rui Costa teve de disparar em várias direções, desde o oneroso despedimento do técnico alemão, até apostar em alguém que pudesse dar-lhe garantias de resultados imediatos, passando por um reacerto no plantel que devia ter sido feito muito antes. O que vai resultar deste contrarrelógio benfiquista ninguém sabe, sendo certo que as próximas duas semanas vão ser decisivas para o estado com que a nação encarnada vai encarar o resto da temporada. Tudo porque às primeiras impressões do novo treinador e dos reforços que trarão outra cara ao Benfica, quer na Liga doméstica, quer na nova Champions (e logo com dois jogos acessíveis) segue-se uma Assembleia Geral para falar de estatutos (grande trabalho de Fernando Seara ao conseguir a aproximação de posições, estando no horizonte uma proposta comum das várias tendências, o que será uma vitória do benfiquismo), que em caso de mau arranque da nova gerência terá tudo para descambar, tal como sucedeu nas reuniões magnas para aprovar as contas do clube, em momentos de contestação e conflito, que podem precipitar uma clivagem interna.

LINHA DO TEMPO
Há, pois, que ter bem presente a linha do tempo que se segue, e que termina a 21 de setembro, véspera (ou antevéspera?) da deslocação dos encarnados ao Bessa, uma semana depois de terem jogado em casa com o Santa Clara, e dois dias depois da estreia na Champions no Maracanãzinho do Estrela Vermelha.
Na prática, por causa dos jogos das seleções, Bruno Lage vai ter quatro dias para preparar o jogo com o Santa Clara, e levar ao relvado da Luz não só algumas das ideias que tem para a forma de estar da equipa, como também quanto às individualidades que vão ser o ponto de partida do seu trabalho. A vantagem de ser alguém que conhece bem o Benfica, que sabe quais os defeitos de que enfermou o modelo de jogo de Schmidt, e é perito na forma de organização das equipas que disputam a Liga portuguesa, é óbvia, mas, do ponto de vista coletivo, não há nenhum treinador no mundo que em quatro dias pegue numa varinha mágica e ponha tudo no sítio. Nem o Harry Potter, e esse vem para jogar como extremo-esquerdo…
Aliás, tornar onze jogadores numa equipa sempre foi o principal desafio de qualquer treinador, um desafio maior ainda do que fazer crescer cada um dos futebolistas à sua disposição. E, para isso, logo à partida, o treinador tem de saber o que quer, porque, sem isso, nada feito. No caso vertente do Benfica, Lage tem de olhar para o plantel que lhe coube em sorte (e que não foi da sua responsabilidade), saber lê-lo, e escolher o modelo que melhor servirá para tirar rendimento daqueles atletas. Quando a equipa do Benfica subir ao relvado da Luz para defrontar o Santa Clara, logo se verá, se vem para pressionar ou para esperar, se o treinador exige envolvimento defensivo a todos ou se há exceções, se opta por um-mais-um na frente ou se prefere dois pontas-de-lança, onde se propõe colocar Kokçu, Aursnes (quando estiver bom) ou Renato Sanches (assim esteja bom). Hoje, ainda é tempo de todas estas dúvidas e questões, daqui a uma semana deverá haver trabalho para ser mostrado e daqui a duas, noutro cenário, o tempo será de cobrança.

UMA DIFERENÇA GIGANTE
Em janeiro de 2019, quando se tornou no homem do leme benfiquista, Bruno Lage tinha a vantagem de conhecer a casa por dentro e por fora, tinha proximidade com os jogadores - muitos deles tinham-lhe passado pelas mãos – e sabia bem o estado da arte, pela proximidade que mantinha com a equipa principal, enquanto treinador da equipa B dos encarnados. Pode dizer-se que o Bruno Lage de há quase cinco anos sabia como funcionava o balneário do Benfica, quem eram as peças mais influentes da cabina, e qual era a forma de melhor gerar equilíbrio e bom ambiente de forma a colocar toda a gente a remar no mesmo sentido, porque é certo e sabido que sem um bom balneário nunca há uma grande equipa.
Hoje, um lustro depois, as coisas são diferentes: Lage andou por Inglaterra e pelo Brasil, em experiências enriquecedoras, que o fizeram crescer como treinador, mas terá de dar ouvidos a terceiros (nomeadamente a Rui Costa e Lourenço Pereira Coelho) para se atualizar quando às correntes de força da atual cabina do Benfica, onde não está, como controleiro, Luisão (diretor técnico), de onde saiu Javi García (era adjunto), elementos que deveriam manter maior proximidade com os jogadores.
Para ter sucesso imediato, de que precisa (ele e o Benfica), como de pão para a boca, Bruno Lage tem de dar rapidamente com esta tecla tão sensível, quando se sabe que aos dois senadores da equipa, os campeões do Mundo Otamendi e Di María, se juntam os compatriotas Rollheiser e Prestianni; que a armada turca foi reforçada com Akturkoglu, que acompanha Kokçu desde as seleções jovens do país de Erdogan, e ainda por Amdouni, nascido na Suíça de pai turco e mãe tunisina, que hesitou entre a Suíça e a Turquia (que chegou a representar nos sub-21, sendo companheiro de Serdar, do SC Braga), acabando por optar pelo helvéticos; que os nórdicos têm Aurnes, Bah e Schjelderup; que a Eredivisie está representada pelos ex-Feyenoord Kokçu e Aursnes, e ainda por Pavlidis, e que do Seixal marcam presença António Silva, Tomás Araújo, Bajrami, Renato Sanches, João Rego, Florentino (o último sobrevivente do lagismo), André Gomes, Samuel Soares e Tiago Gouveia, ficando Trubin, Kaboré, Carreras, Beste, Barreiro e Arthur Cabral, quase como 'free lancers'. Perceber as dinâmicas deste puzzle deve ser o primeiro dos trabalhos de Bruno Lage.

DE SCHMIDT PARA LAGE
Que diferenças, entre o futebol de Schmidt e o futebol de Lage? A verdade é que o técnico alemão, nas três épocas que iniciou na Luz, foi chamado a ter uma palavra na construção do plantel, enquanto que Bruno Lage, nesta «Missão Impossível 2 » que aceitou protagonizar, deve contentar-se com o que há. Mas no modelo de jogo de um e de outro há diferenças sensíveis. Enquanto Schmidt, a partir de janeiro de 2023, e desde que perdeu Enzo Fernández, se conformou com a previsibilidade e o império do jogo interno, sem rasgo, equilíbrio, ou agressividade na recuperação da bola, o que lhe custou o declínio exibicional, a perda de pontos, e a incapacidade competitiva em termos internacionais, a ideia de jogo de Bruno Lage é outra: embora no Wolverhampton tivesse jogado com três centrais, para não quebrar com o que vinha rotinado de Nuno Espírito Santo, o ponto comum das suas equipas estará na extrema mobilidade de que pretende dotar os atacantes, apoiando o jogador mais avançado (no caso vertente, desta época no Benfica, de Pavlidis) com médios de ataque de extrema rotatividade, a quem é pedido um esforço máximo. Não será demais lembrar que no ano do título no Benfica, o esforço pedido a Félix e Jonas era tanto que normalmente Félix jogava os primeiros 60/70 minutos até à exaustão nas costas de Seferovic ou um pouco mais descaído nas alas e Jonas fazia o restante tempo, com as mesmas funções. Depois, havia um médio mais posicional, para garantir os equilíbrios, Florentino ou Samaris, raramente os dois, apenas acontecia quando o adversário assim o exigia.
E também deve ser lembrado o papel ofensivo reservado aos laterais, responsáveis por inúmeras assistências para golo, André Almeida e Grimaldo, com movimentações fluídas e compensadas. E, neste particular, das compensações, no futebol de Lage esteve sempre presente que cada um dava aquilo que tinha para dar, e nada mais, pouco ligando à questão dos estatutos. Esse poderá ser um assunto que o novo treinador do Benfica terá de abordar porque, se não fizer ver que a equipa deve estar acima dos egos, não chegará, por certo, a bom porto.

NOVO SISTEMA
Não será de estranhar que, para as primeiras impressões, o Benfica surja com um 4x1x4x1 bastante móvel, que por ser o sistema mais fácil de desenvolver pode, a seguir, permitir nuances mais elaboradas, sendo certo que Bruno Lage estará obrigado a observar algumas alíneas, descuradas pelo seu antecessor:
a) Pavlidis, que tem golo, é agressivo na recuperação da bola, e joga com a equipa, não pode ser deixado sozinho entre três defensores contrários;
b) As subidas dos defesas-laterais são fundamentais para dar largura à equipa e é imperioso que os médios desse lado lhes dêem a cobertura defensiva necessária, sob pena de serem criadas situações de inferioridade numérica aos defesas, nos momentos de transição defensiva do adversário: médio que não defenda não pode jogar na equipa do Benfica.
c) Um dos quatro médios deverá ser mais equilibrador, enquanto que aos outros será pedido que desequilibrem o adversário entre linhas;
d) A defesa deverá jogar tão subida quanto possível, e o espaço entre este setor e o ataque nunca poderá superar os 30 metros, sob pena de tornar completamente ineficaz qualquer tentativa de recuperação rápida da bola. Para que tal aconteça, não será permitido a nenhum jogador isentar-se das marcações.
Bruno Lage só terá sucesso se implementar estes princípios – o que conseguiu, no Benfica, até à pandemia, altura em que a equipa entrou em colapso perante os jogos à porta fechada – sem olhar a nomes, apenas ao contributo de cada um para o coletivo. Meio-campo à parte, onde continuam a subsistir algumas dúvidas (se Renato Sanches estiver bem é uma coisa, caso contrário, a coisa muda de figura…), o plantel do Benfica oferece garantias de poder fazer muito melhor do que vinha a ser conseguido por Roger Schmidt. Nos quatro dias que terá para trabalhar com todo o plantel até ao jogo com o Santa Clara, Bruno Lage vai precisar de entrar na cabeça dos jogadores e dar-lhes uma injeção de confiança e autoestima. A primeira batalha é psicológica, porque não terá tempo para mais. Depois, virão as rotinas e os refinamentos. Que medrarão tão mais depressa quanto forem desenvolvidos em cima de sucessos.

AS NOVIDADES NA LUZ
O último fôlego do mercado trouxe três novidades – todos jogadores internacionais pelos seus países – capazes de atacar a titularidade.
Issa Kaboré, 24 anos, 40 vezes internacional pelo Burkina Faso, em quem o Manchester City detetou potencial (como aconteceu, por exemplo, com Pedro Porro, num lote de cerca de 150 jogadores que os citizens têm emprestados por esse mundo fora), chega à Luz depois de quatro épocas consistentes, em que realizou 104 jogos por Mechelen, Troyes, Marselha e Luton. Muito elogiado por Paulo Duarte, que o lançou na seleção burquinesa, e lhe atribui capacidade ofensiva e grande disponibilidade para o trabalho – dois dos atributos mais valorizados pelo Terceiro Anel, que nunca se apaixonou por Bah –, Kaboré deverá estar preparado para a responsabilidade de atuar nas costas de Ángel Di María, e estar pronto a responder defensivamente sempre que o astro argentino não puder fazê-lo, ao mesmo tempo que deverá inserir-se num modelo de jogo que valoriza a subida dos laterais.
Já Zeki Amdouni, que contabiliza 19 presenças na seleção A da Suíça, tem sido muito regular na utilização, desde os tempos do modesto Étoile Carouge até à Premier League e ao Burnley, onde fez 36 jogos. Pela mobilidade que possui, pode movimentar-se como Rafa e fazer permutas com Akturkoglu, deixando Kokçu numa tarefa mais de último passe e remate de meia-distância, numa lógica de 4x1x4x1, que tenha Di María na direita (e provavelmente, mais cedo ou mais tarde, Aursnes a defesa esquerdo). Das movimentações horizontais e especialmente verticais de Amdouni e Akturkoglu pode beneficiar grandemente Pavlidis, que passou a maior parte do tempo das quatro jornadas entretanto disputadas, numa penosa solidão.
Se Bruno Lage se mantiver fiel ao futebol por que tem mostrado preferência, restará apenas um lugar para ser atribuído a Florentino, Leandro Barreiro ou Renato Sanches, alguém que se preocupe com os equilíbrios da equipa, e saiba pautar o jogo e recolher a bola entre os centrais.
Pelo que ficou dito, percebe-se que não faltam soluções ao Benfica, faltará, isso sim, tempo para entrosar as peças, algo que Bruno Lage vai ter de fazer com o comboio em movimento e num ritmo, com a entrada em campo da Champions, de crescente exigência.
Porém, se rapidamente perceber as dinâmicas do balneário; se encontrar uma fórmula que acima de tudo seja equilibrada entre defesa e ataque, e ao mesmo tempo privilegie a pressão alta e a equipa curta; e, muito importante, se conseguir entrar na cabeça de todos os jogadores, fazendo-lhes ver que a época é longa, os jogos são muitos, as substituições são para ser usadas de maneira a manter a intensidade alta e a rotatividade é fundamental para precaver lesões, então terá boas hipóteses de ter sucesso nesta sua segunda passagem pela Luz.

JOGADORES E ADEPTOS
Uma palavra para os jogadores: até agora, a mira dos adeptos esteve apontada a Roger Schmidt e, por tabela, por vezes a Rui Costa. Porém, será bom que tenham consciência que a partir de agora também cada um deles será responsabilizado de maneira diferente, como sucede, aliás, sempre que há uma chicotada psicológica. Porque se muda o treinador e fica tudo na mesma, a culpa passa a ser de quem anda dentro das quatro linhas…
Finalmente, uma palavra para os sócios e adeptos do Benfica, que têm sempre a última palavra nos atos eleitorais, e a penúltima quando se manifestam, durante os jogos, a favor ou contra, e que assumiram um papel relevante no despedimento de Roger Schmidt, ao chumbarem o futebol que os encarnados estavam a praticar. Num novo ciclo, com o conta-quilómetros a zero, perante a alteração das circunstâncias, será normal que alguma da pressão tenha saído de uma panela que estava quase a explodir, e que a Luz volte a ser Inferno para os adversários do Benfica, e não motivo de pesadelos para quem joga de águia ao peito. Pelo menos até que os novos protagonistas possam ter tempo de darem provas do que valem e são capazes. Apesar disso, o jogo com o Santa Clara não deixará de ser uma prova de fogo, e a viagem a Belgrado uma espécie de prova dos nove, com a Assembleia Geral de dia 21 como pano de fundo."

Águia: Diário...

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Há forma de prender Gyökeres a Lisboa?

«Carregar pela boca»


"O verbo «carregar» e o substantivo «carga» são utilizados em vários sentidos. O de hoje, aqui, tem a ver com expressões que se tornaram comuns, entre o calão e o uso normal, e refletem o que os «burros de carga» sentem perante a inevitabilidade de terem de «carregar pela boca» sem poderem esboçar um protesto ou mudar o seu destino.
Bernardo Silva e Kevin de Bruyne vieram a terreiro, esta semana, falar do excesso de jogos a que os futebolistas estão sujeitos anualmente, sem melhoras que se vejam nos calendários vindouros.
Estes dois, por acaso, nem são propriamente carregadores de piano. Mas carregam um fardo bem pesado, e dizer que são pagos para isso tem um nome feio — demagogia.

De chorar por mais
Por falar em jogadores com voz, devemos tirar o chapéu a Taremi, que voltou a criticar o regime iraniano.

No ponto
As equipas femininas de Benfica e Sporting entraram bem na Champions. Que hoje tenhamos mais boas notícias.

Insosso
Deixar de contar com as palavras de Vítor Serpa em A BOLA, todos os sábados, vai ser no mínimo estranho.

Incomestível
Rebecca Cheptegei foi mais uma vítima (mortal) de violência conjugal. Era atleta, mas isso nada interessa para o caso."

Recorde de transferência no futebol brasileiro


"Os 20 clubes da Série A do Brasileirão superaram em transferências, ao longo das duas janelas de mercado de 2024, pela primeira vez na história, os dois mil milhões de reais — equivalente a 320 milhões de euros. O advento das SAD, que no Brasil se chamam SAF (Sociedade Anónima de Futebol), explica, em boa parte, o fenómeno: sete clubes, dos quais quatro SAF, passaram os 100 milhões de reais, isto é, os 16 milhões de euros investidos.
No topo, a SAF de John Textor no Botafogo — sim, o mesmo americano que quis investir no Benfica — com incríveis, para a realidade brasileira, 51,5 milhões de euros gastos em reforços. Mas Flamengo e Palmeiras, os clubes mais vitoriosos do país nos últimos anos, gastaram 43 e 30 milhões, respetivamente, nos mercados de verão (inverno na Europa) e de inverno (verão na Europa).
O argentino Thiago Almada, ex-Atlanta United, foi o jogador mais caro: custou 19,6 milhões de euros ao fogão, o mais alto valor investido da história do país. Outro argentino, Charly Alcaraz, rumou ao Fla por 17,5. Em seguida, mais um botafoguense, Luiz Henrique, que custou 13,7 milhões, e mais um flamenguista, o uruguaio De La Cruz, transferido para os rubro-negros por 12,4.
«O arcabouço jurídico das SAFs permitiu que os clubes pudessem reorganizar-se financeiramente e renegociassem as suas dívidas, além de favorecer as SAFs no pagamento mensal de um tributo unificado, limitado a 5% sobre as receitas mensais, excluindo-se a receita com transferências de jogadores», destacou José Francisco Manssur, sócio do escritório CSMV Advogados e um dos autores do projeto de lei que criou as sociedades, a A BOLA.
«Observamos um aumento significativo nas entradas de capital local e internacional nos clubes, que estabiliza financeiramente as equipas e abre portas a um crescimento sustentável a longo prazo», completou Fernando Lamounier, Head de Marketing da Multimarcas Consórcios.
«Optamos por ser SAF porque entendemos que seja um caminho que renderá grandes frutos à instituição e que poderá fortalecer ainda mais o grande momento que vivemos, o Fortaleza busca atualizar-se constantemente para seguir brigando por grandes conquistas, a partir de uma gestão saudável e profissional», defende, entretanto, Marcelo Paz, CEO do Fortaleza.
Na outra extremidade está o Juventude, clube que menos investiu, 143 mil, mas ainda assim num respeitável 14.º lugar da tabela. «Quando alcançamos o equilíbrio financeiro, também conseguimos ser competitivos na parte técnica», explicou o presidente do clube, Fábio Pizzamiglio. «Temos que diminuir a distância de orçamento para as principais equipas, a busca por novas receitas também é constante, pois isso pode fazer com que sonhemos com voos maiores»."

A crónica do adeus


"Chegou o tempo de dizer adeus aos leitores de A Bola. Um adeus que não pode deixar de ser sofrido depois de cinquenta anos e cinco meses a escrever neste jornal. Porém, um adeus seguro e consciente. Continuarei a escrever. O único futuro que me preocupa é o dos jornais e o do jornalismo

Sim, esta é a crónica da minha despedida de A BOLA. Um adeus que não pode deixar de ser sentido e sofrido, depois de cinquenta anos e cinco meses a escrever neste jornal, onde fui redator, subchefe de redação, chefe de redação e, sobretudo, diretor durante trinta anos. Foi um amor longo e retribuído. Foi neste jornal que cresci na juventude e aprendi com os grandes mestres. Foi neste jornal que me cumpri como jornalista e tive o privilégio de dirigir grandes profissionais, infelizmente, nem todos devidamente valorizados e reconhecidos.
Foi, também, neste jornal que conheci o mundo. Cinco continentes, seis Jogos Olímpicos e nada menos de oito campeonatos do mundo de futebol. Dei muito, ao longo da minha vida, mas também recebi muito. Penso que não exagero se disser que estive mais tempo no 23 da Travessa da Queimada do que na minha própria casa. Portanto, acho que ninguém ficou em dívida.
Ao longo de cinquenta anos, também promovi e incentivei muitas mudanças no jornal. Do trissemanário ao diário, do preto e branco para a cor, do formato broadsheet ao tabloide. E todas as edições internacionais. Da Europa à América e, sobretudo, às edições diárias de grande sucesso em Angola e em Moçambique, que tornaram A BOLA numa das marcas portuguesas mais fortes em África. Também ajudei a criar e a desenvolver, com uma equipa notável, que teve o José Manuel Delgado e o João Bonzinho como principais responsáveis, A BOLA on-line e a BOLATV. Fizeram-se verdadeiros milagres…
Fui, pois, um ator em muitas transformações e tive sempre comigo gente competente e de alta qualidade profissional, em todos os setores do jornal, a acompanhar-me e a sustentar o sucesso de cada projeto. Lembro que no ano do Campeonato da Europa, em Portugal, A BOLA chegou ao incrível número de 300 mil exemplares de venda, no dia seguinte ao Portugal-Espanha. Foi já neste século e apenas há 20 anos! Todos festejámos em equipa e será sempre à equipa ou, melhor, a todas as equipas que se foram formando, que eu me afirmarei profundamente grato, até para evitar referências particulares que, apesar de devidas, acabariam por levar à injustiça de não poder referir todos, um a um.
Registe-se, pois. Nunca fui avesso às mudanças. Sempre disse que um jornal, mesmo com muitos anos, deve ter a idade dos seus leitores no dia em que sai à rua. Por isso, um jornal queima muito rapidamente as gerações que o servem. O tempo é inexorável e importa ter a sensibilidade e o sentido de realismo para perceber quando termina o nosso tempo. Foi por isso que também fui tão determinado a autoexcluir-me da direção de A BOLA. E o meu pedido oficial só não se concretizou antes porque me foi pedido que ficasse até que passasse a crise da pandemia. Em tais condições, não consegui recusar.
Sinceramente, penso que ainda mantenho muito apurada essa sensibilidade de entender a medida do tempo. Há uns escassos meses informei pessoa responsável da atual redação, e por quem tenho estima pessoal e consideração profissional, de que já não me sentia suficientemente confortável nesta nova A BOLA nova. E confidenciei que tinha intenção de sair até ao final deste ano. As circunstâncias, sobre as quais mantenho, aqui, reserva, apressaram essa decisão.
Continuarei a escrever enquanto a cabeça no consentir e enquanto mantiver o prazer único e insubstituível da escrita. E, sem mim, A BOLA continuará naturalmente o seu percurso, cumprindo o que destina para o seu futuro e para a sua renovada vida, que continuarei a desejar longa e feliz.
Não temo pelo meu futuro de jornalista, que serei sempre até morrer, e de curioso aprendiz de escritor, mas mentiria se não dissesse que temo pelo futuro dos jornais e do jornalismo em Portugal. Não apenas de A BOLA, mas de todos os jornais e de todo o jornalismo.
A questão do papel ou do digital, sempre me pareceu uma escolha despropositada, porque manifestamente incompreensível. Hoje em dia, as marcas de comunicação devem conjugar-se num crescimento equilibrado e complementar de todas as suas plataformas, não deixando nenhuma para trás. É um desafio complexo e que obriga a grande determinação, conhecimento e coragem.
Em países pequenos, e cuja escala de leitura é mínima, como acontece em Portugal, o segredo está em dominar a abrangência de uma complementaridade de meios diversos. E no equilíbrio entre projetos autónomos, mas dependentes de uma mesma personalidade, de uma mesma alma, de um mesmo caráter de uma marca que não pode dissolver-se ou apagar-se a meio caminho da sua história.
Uma das questões preocupantes, em muitos dos media portugueses, está na metamorfose de um certo jornalismo multifuncional que procura apostar nos generalistas em detrimento dos especialistas. Trata-se, na nova linguagem empresarial, de uma esperta política de gestão de meios e de rendimento dos ativos. A ideia é que se todos fizerem igual, não se notará tanto a desertificação da qualidade. Em cúmulo, pode até acontecer que se transformem meros carregadores de piano em solistas, obrigados a interpretar Chopin e ainda, se for preciso, a cumprir a tarefa de afinadores de notas. Vinga a teoria de que a maioria da audiência não ouve música clássica, nem distingue os grandes intérpretes, e o concerto, assim, sai muito mais barato. Poucos pensam verdadeiramente na razão pela qual as salas ficam vazias…
Sou contra, e serei contra, até ao fim da minha vida, a banalização desta tendência suicidária de achar que se pode ter futuro na moda com uma loja de chinês, só porque a loja do chinês vende barato e pode multiplicar-se, mesmo que igualmente irrelevante, por qualquer país do mundo.
Tal como disse numa recente entrevista, o jornalismo não se salva com a degradação do jornalismo. Continuo a pensar que o sucesso do jornalismo – e não há idade para o bom e para o mau jornalismo - seja em que plataforma for, precisa de investimento e de uma gestão rigorosa e sábia, que tenha liberdade, competência e critério para o aplicar, sem seguir a lógica de que tudo é despesa e tudo se avalia, apenas, no custo.
O tempo atual do jornalismo é, em todo o mundo, um tempo problemático. Ninguém tem a fórmula milagrosa que garanta o futuro entre uma floresta de redes sociais e de avalanches de informação, que tudo leva no caminho. A verdade e a mentira.
É, de facto, um tempo novo, um tempo de transição para uma nova realidade que ainda nem sequer desponta no túnel escuro. Mesmo assim, admito que a prioridade está no desenvolvimento de um modelo no digital. Um modelo que se preocupe em satisfazer os seus utilizadores, não perdendo de vista o essencial: cada país, cada povo, cada cultura tem de saber criar, com critério e competência, o seu próprio modelo. Credível e sustentado.
Porém, e ainda por tempos indeterminados, o novo utilizador do digital não substituirá o comum e tradicional leitor de jornais. Apenas sucede que estes vão encontrando cada vez menos opções e vão ficando encurralados em dois ou três jornais, que, a custo, resistem. São exceções, que garantem a sobrevivência de um nicho de mercado que tem o hábito de ver num jornal mais do que um simples entretenimento e que recusa um certo jornalismo de marca branca, medido por smiles e por cliques.
Por fim, uma palavra de sentido agradecimento aos leitores de A BOLA. Aos do passado, aos do presente, aos do futuro. Foi sempre um prazer e uma honra tê-los, a todos, por companheiros nesta tão longa e já cansada viagem."