Barcelos 5 - 5 Benfica
Depois de empatar em Barcelona, sofrendo somente um golo, é estranho sofrer 5 em Barcelos!!!
Esta jornada, encaixada, entre o jogo com o Barça e o Bassano (com Turquel pelo meio...), seria sempre complicada (não sei porque é que o jogo não foi adiado para amanhã!!!), mas independentemente das qualidades do adversário (tinha só vitórias), do desgaste das deslocações, do ambiente terrorista (adeptos, treinador e jogadores no banco do Benfica foram agredidos durante o jogo, que esteve interrompido durante vários minutos!!!), depois de conseguirmos estar em vantagem por duas vezes (0-2; 2-4), é difícil de aceitar a alegria da 'salvação', no golo do Nicolia, a 6 segundos do fim!!!
Num Campeonato, sem play-off's, onde tudo é decidido na regularidade, este início de época está a dar péssimos indicadores, com o Benfica a denotar muitas dificuldades sempre que enfrenta equipas claramente mais fracas... Sendo que essas dificuldades aconteceu muitas vezes porque continuamos a desperdiçar demasiadas bolas paradas... quando se tem especialistas no plantel, não se compreende porque não são esses especialistas a marcar todas as situações, ou de Penalty, ou de Livre Directo. Hoje, por exemplo, o João Rodrigues, que tem estado irrepreensível nos penalty's, não foi chamado a marcar um...!!!
Adenda1: Como já tinha referido na crónica, adeptos, jogadores e treinadores do Benfica, foram agredidos dentro do Pavilhão, durante a partida, aqui fica as primeiras declarações oficiais do
Benfica.
Adenda2:
O
Sport Lisboa e Benfica apoia e promove a saudável prática desportiva, disputada dentro da lei, com fair-play e em recintos que garantam a todos – atletas, técnicos, staff de apoio e adeptos – total segurança para que o resultado final dos jogos possa ilustrar aquilo que acontece em campo. Nesta descrição não se insere aquilo que voltou a registar-se no Pavilhão Municipal de Barcelos, onde se deslocou o
SL Benfica para disputar a 4.ª jornada do Nacional de Hóquei em Patins.
Apesar dos alertas já deixados pela Direcção do Clube noutras ocasiões e relativamente a várias modalidades, continuam a realizar-se, sem condições de segurança, partidas onde tanto os atletas no recinto de jogo como bancos de suplentes vêem colocada em causa a sua integridade física.
O desporto não é guerrilha, pelo que não se podem considerar aceitáveis, por exemplo, "métodos competitivos" como o arremesso de moedas e outros objectos contra os elementos da equipa adversária. E isto perante a atitude passiva ou insuficiente presença de forças de segurança.
10 meses passados após reunião realizada com a Federação de Patinagem de Portugal (FPP), precisamente a propósito do tema segurança, o que fica demonstrado é a prática de uma interpretação irresponsável de um decreto de lei que permite aos clubes prescindir de policiamento nos jogos em que são visitados.
Veja-se o que aconteceu no Pavilhão Municipal de Barcelos no passado sábado:
- Sensivelmente à passagem do minuto 14 da segunda parte, depois de o Benfica estar a vencer 4-2, o banco que deveria abrigar os elementos do Clube foi atacado com insultos permanentes, cuspidelas e com adeptos do Óquei de Barcelos empoleirados no acrílico que deveria ser de protecção. Quando a equipa da casa reduziu para 4-3 o ambiente piorou, chegando mesmo a haver contacto físico de adeptos com elementos do Benfica. Neste momento, um responsável da secção de Hóquei em Patins dirigiu-se à mesa pedindo a interrupção imediata do jogo ao 3.º árbitro, algo que apenas sucederia após o golo do empate (4-4). Nesta altura, os empurrões e murros no banco passaram então a agressões com moedas e isqueiros, tendo sido atingidos na cabeça o treinador do Benfica e o atleta João Rodrigues. Para defender a sua integridade, o técnico entrou na pista e apenas aí os árbitros interromperam a partida durante 12 minutos, tornando-se evidente que os elementos de uma empresa privada presentes eram insuficientes para criar o perímetro de segurança à equipa do Benfica.
Estes incidentes de extrema gravidade tornam-se ainda mais preocupantes a partir do momento em que são regulares e, aparentemente, aceites pelo clube da casa e até pela FPP. Em fevereiro deste ano, no mesmo recinto desportivo, houve confrontos entre adeptos do Óquei de Barcelos e atletas do FC Porto. Ninguém foi castigado pelas instâncias federativas nem a equipa da casa mudou o seu processo de organização de jogo, recorrendo a uma tímida presença de elementos de uma empresa de segurança privada.
Realça-se a atitude do treinador e de alguns dirigentes do Óquei de Barcelos, tentando conter a agressividade dos seus adeptos. Em contraponto, foram visíveis gestos de exaltação de ânimos por parte de, pelo menos, dois hoquistas da casa. Existem imagens de órgãos de comunicação social a documentá-lo.
O actual estado das coisas não é positivo para a modalidade. É urgente que no hóquei em patins acabe o "vale tudo" praticado em alguns pavilhões devidamente identificados.
É bom entrar num pavilhão em que se sente um ambiente fervoroso, mas é muito mau competições que se querem credíveis e bem organizadas realizarem-se em recintos onde tudo é permitido.
Muito mais haveria para dizer. Quanto a este Óquei de Barcelos-Benfica, ficou demonstrado que a segurança aos intervenientes não foi garantida; a reacção da equipa de arbitragem foi tardia e pouco responsável, não obstante o pedido do delegado do SL Benfica à mesa para que o jogo não fosse reatado sem estarem reunidas todas as condições exigíveis e, como é óbvio, sem moedas ou outros objectos na pista.
Registe-se que a PSP só se apresentou no pavilhão no final da partida e por iniciativa da comitiva do SL Benfica.
O Sport Lisboa e Benfica tem investido recursos humanos e financeiros para garantir a segurança das equipas e adeptos adversários no Pavilhão Fidelidade – acrílicos atrás dos bancos, túnel que protege as equipas, separação de adeptos visitantes que lhes permite ver os jogos sem incidentes. No entanto, nos recintos dos outros competidores tudo parece ser feito para que os seus adeptos estejam o mais próximo possível dos atletas do Benfica para intimidar, agredir, provocar. Seguramente isto não é hóquei em patins nem verdade desportiva!
Face a tudo o que o Clube tem feito para preservar a verdade desportiva e a segurança dos adeptos, o Sport Lisboa e Benfica sente-se no direito de recusar “voltar à pista” em jogos em que se repita o cenário registado em Barcelos no último sábado.
Se a Federação, os clubes e outras entidades oficiais não se mobilizarem para resolver este problema, poderemos em breve assistir a acontecimentos ainda mais graves numa partida de hóquei em patins e isso ter repercussões sérias na imagem pública da modalidade, assim como na sua própria existência enquanto campeonato de alta competição.