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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Futebol nacional, o que te querem fazer?

"Em 1997, numa entrevista a um jornal, surgiu um pequeno texto que nunca mais esqueci:
“Somos um povo de heróis e não de campeões,
um povo de sonhos e não de objectivos,
um povo de momentos e não de planos,
um povo de repentes e aventuras e não de estratégias e de paciência.”
(António Pinto Leite)
De facto, o nosso país, na sua rica e vasta história, continua a manter traços que o tempo não consegue superar.
Seja na política (Educação, Saúde, Segurança Social, etc.), seja no desporto, na arte, na investigação, na cultura e em muitos outros domínios, há traços comuns: ausência de planos adequados e competentes e a presença de personagens que se preocupam preferencialmente com o imediato e promoção própria: criar uma “reforma” que perpetue o seu nome. Engano e desperdício ancestral. 
Tem sido assim que se cultiva o injusto esquecimento dos maiores talentos deste país, desde tempos muito antigos (Camões, Gil Vicente, Pedro Nunes, Garcia da Orta, Bocage, Pessoa e tantos outros, por mera inveja ou ignorância) e se mediatizam “figurões” que deixam para gerações seguintes unicamente desperdícios, dívidas e vaidades ocas, como a sua marca de incapacidade, por vezes de inimputabilidade, entre outras mais que nem referência merecem.
Janeiro de 2017: O futebol português, que é campeão europeu, que tem obtido sucessivos títulos colectivos e individuais, a nível global, volta a passar por um momento triste, lamentável mas perfeitamente previsível. E muito mais previsível a partir da governamentalização do movimento associativo desportivo e do respectivo Regime Jurídico em vigor.
Os títulos da comunicação social divulgam que foi activado o plano para proteger a segurança dos árbitros de futebol.
Ameaças, riscos de segurança, boicotes, desentendimentos entre entidades que tutelam o futebol e o preocupante silêncio de outras que já se deviam ter pronunciado.
No futebol, há sempre um jogo de emoções e paixões que extravasa a razoabilidade. No campo, no estádio, vive-se intensamente cada momento, de uma forma irrepetível, por isso sedutora.
Apreciam-se os talentos e os momentos de genialidade dos jogadores e dos treinadores (comprovadamente dos melhores do mundo).
Para o jogo decorrer com a magia que se deseja, a equipa de arbitragem é essencial: função exigente, complexa, sempre pressionada e naturalmente sujeita às falhas da condição humana.
Por isso mesmo, a formação de árbitros é tarefa complicada, morosa e que carece de formação permanente. Se há sector onde a notícia significa algum desequilíbrio é na arbitragem: sem referências, é sinal de excelência.
A concorrência das televisões (com exagero de repetição de imagens) e dos jornais aporta uma pressão sempre maior, bem como favorece a acção de lóbis que não beneficiam o futebol. 
Fundamentalismos, acusações gratuitas e outras mais fundamentadas, favorecem condições para colocar “tudo no mesmo saco” e para universalizar injustamente teorias de conspiração (que certamente também poderão existir), criando elevadas tensões.
Ouvem-se ex-árbitros a “jogarem” contra ex-colegas, multiplicando acusações e insinuações que não prestigiam ninguém.
Por outro lado, cada presidente do Conselho de Arbitragem da FPF parece imbuído de fervor renovador e muda regras (mesmo que com eventuais boas intenções) que acabam por se revelar grandes erros de casting. Depois, o respectivo presidente do Conselho de Arbitragem anuncia critérios para atingir a internacionalização (sempre discutíveis porque limitados) que acabam por permitir que árbitros sem grande experiência, dificilmente consigam estabilidade emocional perante jogos mais mediáticos.
Por isso, são chamados “árbitros de proveta ou de aviário”, dado o número reduzido de jogos que têm dirigido e sem experiência nos chamados “grandes jogos”, com uma pesada carga emocional.
Como é possível atingir a 1.ª categoria sem a devida experiência? Não se trata de uma questão de “sorte ou azar”!
Assim, nunca se protegem devidamente os árbitros, bem pelo contrário, potenciam-se abandonos e afugentam-se eventuais candidatos.
Os árbitros nunca podem ser “apostas” mas sempre “certezas” de competência, de coerência, de equilíbrio, que mesmo assim, naturalmente podem errar.
Com força mental, com desenvolvimento de competências comportamentais, conseguem superar falhas e encontrar o caminho de um desempenho adequado e eficiente.
Quem nunca apitou um jogo não faz a mínima ideia das dificuldades que se apresentam, nem as capacidades que são necessárias. Façamos um simples exercício de imaginação sobre tudo o que envolve um dos jogos “mais mediáticos”…
Quem assume o papel de liderar a arbitragem tem de ser um exemplo de consistência e de conhecimento sólido: uma referência para todos.
Um árbitro demora anos a atingir patamares elevados e necessita de um enorme acompanhamento individualizado.
Depois, a designação para os jogos deve atender a uma progressão cuidada em função das suas capacidades. Apostar na “sorte” nunca dá bom resultado… bem pelo contrário.
Custou-me ver posições divergentes e falta de diálogo entre os presidentes do Conselho de Arbitragem da FPF e da Liga, tanto mais que são dois ex-árbitros.
Há também outra realidade que não pode ser esquecida: há gerações melhores e outras piores. Mas se a formação for consistente e cativante, não faltarão talentos para potenciar um qualificado trabalho e acompanhamento adequado, inclusive a nível distrital. Garantir sempre a segurança, é imprescindível. Lideranças competentes, precisam-se a vários níveis.
Não aprecio ver/ouvir acusações e insinuações entre ex-árbitros…
Há ainda alguns pormenores que não podem ser menosprezados:
- Assistimos a uma maior competitividade, fruto do trabalho desenvolvido por todos os clubes, por treinadores menos divulgados, que faz diminuir as diferenças e aumentar bastante a incerteza dos resultados.
Hoje, os chamados “Clubes Grandes” têm de mostrar em campo a sua qualidade, de forma evidente e cada vez mais difícil.
Há um trabalho excelente da generalidade dos treinadores nacionais (ainda sujeitos a um regime de formação que vai ter de mudar em breve para se acabar também com o desprestigiante “negócio dos créditos” e “dupla certificação).
É indispensável que a comunicação social saiba valorizar o trabalho de todos os que merecem. Não é só o clube X que perde, mas é também e especialmente o clube Y que ganha!
- Assistimos também a vários programas onde a discussão de “fervor clubista” atinge tamanhas proporções e desequilíbrios que promovem uma crispação e suspeição sobre arbitragem que aumenta a carga emocional e cria divisões, cada vez mais profundas, que favorecem fundamentalismos e “uma guerra contínua”, passando ao lado do essencial: da análise objectiva do jogo. Embora a “guerra” esteja sempre latente…
- A formação de dirigentes desportivos (ou mesmo um estatuto específico) continua a ser um enorme deserto, um universo sem grande “crédito”, numa área que cada vez mais tem de se qualificar, para poder superar os constantes desafios e dificuldades.
- Finalmente, temos de reconhecer que tem havido muitos erros de arbitragem que são graves e contínuos, mudanças à última da hora de elementos das equipas de arbitragem sem grande cuidado, uma falta de liderança que não se deve impor exclusivamente ao pedir aumento de penalizações para dirigentes e treinadores, mas ser mais exigente e competente na formação e nomeação dos árbitros. 
Continuo a pensar que passar despercebido é um sinal de excelência para qualquer juiz, desde que a decisão seja justa e a possível naquelas condições.
- Em momentos decisivos, que carecem de orientação equilibrada e sensata, há silêncios das entidades que tutelam o nosso futebol que são muito preocupantes, porque podem revelar insuficiências graves ou dependências e desígnios escondidos.
Certamente que existirão falhas em todos os intervenientes num jogo de futebol (do treinador ao jogador, do dirigente ao árbitro) contudo, é importante que todos saibam integrar com responsabilidade uma actividade única pela qual vale a pena lutar.
Nem todos podem vencer, mas todos podem dar sempre o seu melhor.
A perfeição, felizmente, nunca existirá e será um destino a perseguir num caminho imparável… Assim se pode aperfeiçoar sempre.
Cuidemos do nosso fantástico futebol a todos os níveis, em todas as competições, em todos os escalões, para podermos manter o futebol português ao melhor nível e com o orgulho de todos nós. 
Conhecer, compreender e colaborar para o desenvolvimento de um jogo cada vez melhor, é tarefa importante, necessária e louvável.
Não deixemos que ninguém prejudique o futebol de que tanto gostamos…"

A crise do Sporting - Análise e soluções

"A sensação que, hoje, invade os sportinguistas é de profunda angústia. De repente, o sonho torna-se pesadelo e todo o edifício construído de oportunidade e esperança parece desabar.
A notícia boa é que nada é tão mau quanto possa parecer aos adeptos leoninos. É verdade que a época tem as maiores parecenças com uma catástrofe, mas a proximidade dos acontecimentos gera emoções que distorcem a razão de uma realidade menos dramática. É a História, a dos países e a das organizações, que isso nos ensina.
É verdade que o Sporting tinha para a corrente época desportiva expectativas muito altas. Demasiado altas, em meu entender, para um clube que tem vividos nas últimas épocas ao sabor da intranquilidade e da constante mudança. Nunca houve tempo para consolidar alterações estruturais, nunca houve suficiente tempo para pensar o clube de uma forma estruturada, organizada, planeada, tendo por base uma política de gestão com um horizonte mais largo.
Dir-me-ão, tal como o presidente do clube, Bruno de Carvalho tem dito, que de tantos anos perder é, agora, urgente vencer. Não me parece que seja essa a urgência. Esse será, apenas, o desejo emotivo de um adepto, mas não pode ser o primeiro e fundamental objectivo de um presidente.
A verdade é que mesmo que a primeira época de Jorge Jesus na liderança técnica da equipa de futebol do Sporting tivesse tido o sucesso que, aliás, tudo fez para merecer, o Sporting correria sempre o risco de sofrer as consequências de uma ressaca provocada por uma colossal onda de adrenalina.
E foi nesta ausência de uma análise decisiva que o Sporting se perdeu no seu labirinto. A equipa de futebol acabou por ser pensada numa dimensão que o clube não tinha condições efectivas de sustentar. Porque lhe falta ainda estrutura, que nunca se poderá resumir a um líder, por muito activo e autoritário que seja; porque lhe falta a consolidação de uma organização coerente e rigorosa; porque lhe falta uma equipa formada por jogadores realmente adequados ao projecto; porque lhe falta equilíbrio e rigor na definição do espaço de acção do presidente e do treinador; porque lhe falta uma comunicação independente dos ímpetos e das emoções dos responsáveis maiores do clube. Enfim, porque falta plano, organização, estratégia e capacidade de projectar, com serenidade e rigor, a mudança da pequena história do clube nestas últimas décadas.
Com Pedroto e Pinto da Costa, o FC Porto construiu metodicamente a mudança de ciclo da hegemonia do futebol português; com Luís Filipe Vieira, o Benfica foi paulatinamente construindo, modernizando e consolidando um edifício que estava praticamente em ruínas depois da aventura de Vale e Azevedo.
É óbvio que o Sporting tem tido, esta época, uma experiência dolorosa que leva ao sentimento de perda dos seus adeptos e associados. E, quando assim acontece, a necessidade mais primária é a de se encontrar um culpado. O erro torna-se, assim, inevitável, porque não se entende o essencial. A culpa é de todos aqueles que pensaram ser possível chegar ao sucesso através de um combate disparatado e desproporcionado contra tudo e contra todos e não cuidar de pensar numa sólida estratégia de reconstrução de um Sporting ganhador, não apenas num ano ou numa época , pensando, apenas, no êxito do futuro imediato para consagração pessoal, mas num Sporting capaz de aproveitar a sua vibrante e leal massa de adeptos para descobrir a sua maneira de crescer, voltar a ser verdadeiramente grande e assim poder afirmar-se pela sua força, pela sua capacidade, pela sua criatividade, pela sua diferença, impondo aquilo que, hoje, é absolutamente insubstituível no sucesso de uma organização no mundo moderno: conhecimento!
O Sporting tem tido, com Bruno de Carvalho, uma experiência que vai afastando aliados e somando inimigos em todo o caminho. Ninguém conquista o mundo só com inimigos, tal como ninguém o conquista apenas com amigos. Árbitros, jornalistas, membros de orgãos disciplinares, traidores internos, comentadores, políticos, organizações diversas e dispersas foram apresentadas como inimigos a abater. Era Bruno contra o mundo. E isso não desgasta, apenas, o líder que tem de ter resistência e lucidez para comandar um enorme e pesado barco; isso acaba por destruir a tranquilidade interna, acaba por destroçar a resistência psicológica dos jogadores e dos seus responsáveis técnicos.
Não me refiro, apenas, ao catastrófico episódio da cabina de chaves, no sábado à noite. Refiro-me ao uso e abuso da pressão psicológica como um suposto factor agregador de vontade e de consolidação do espírito de equipa.
A relação humana, numa equipa de futebol profissional é das coisas mais complexas que existe num clube ou em qualquer organização. É preciso sensibilidade e bom senso. É necessário reconhecer, como diria Manuel Sérgio, que estamos, de facto, no âmbito das ciências humanas. O objectivo de um líder é que o resultado final seja maior do que a soma das partes. O que todos nós assistimos no Sporting é que o resultado final tem dado uma subtracção do valor real das partes. É essa a razão pela qual, no jogo da Taça, em Chaves, a equipa jogou muito pior. Não foi por falta de vontade, nem por ausência de alma ou de profissionalismo, foi apenas porque as condições e as circunstâncias determinaram que técnicos e jogadores não conseguiram libertar-se de uma pressão psicológica que a todos condicionou e a todos derrotou.
Regressemos, enfim, ao essencial da análise a à solução proposta:
O Sporting não resolverá os seus problemas se os procurar entender apenas à custa de um tempo presente, dessa inútil vulgaridade de encontrar culpados avulsos e dessa infantilidade de atacar o mundo inteiro, de Tramp a Putin, de Merkel a Xi Jinping.
O Sporting tem de ter tempo para ter tempo. Tempo para discutir-se internamente, para se pensar, para entender toda a realidade do clube (histórica, económica, desportiva) e projectar o futuro com base numa proposta que tem de recusar o imediatismo das soluções que julga mais fáceis.
Com Bruno de Carvalho?
A resposta deve ser dada pelo presidente do Sporting e por mais ninguém. Bruno de Carvalho teve qualidades e não apenas defeitos. Qualidades que se viram sobrepostas pelos defeitos à medida que o projecto, tão imediatista e tão baseado na vitória já e a todo o custo, se foi esfumando.
Com Jorge Jesus?
Sim, se Jorge Jesus for capaz de interiorizar que precisa de uma estrutura mais sólida e competente para o ajudar, que não é ele sozinho que fabrica vitórias, tal como não é ele, sozinho, que é o responsável pelas derrotas. Jesus tem de admitir que a sua equipa técnica deve ser mais equilibrada entre a lealdade e o conhecimento, o saber de tudo aquilo que o seu líder, naturalmente, não sabe, ou sabe pouco.
Com estes jogadores?
Sinceramente, julgo que nem todos têm condições para preencher os quadros profissionais de um clube que precisa de ter uma alma de conquista, de humildade, de sofrimento. Essa é uma tarefa difícil e tem de ser cumprida com um rigor absoluto, dentro de um perfil de jogador que deve ser redefinido.
Com esta estrutura?
Não. O Sporting precisa de construir uma estrutura nova e, com a maior urgência, regressar à prioridade da sua formação em Alcochete, uma escola prestigiada em todo o mundo, mas que tem de ser ciclicamente pensada, melhorada, modernizada e apoiada por um investimento que será, sempre, dos mais seguros no retorno.
É muito importante que o Sporting ainda consiga vencer este campeonato?
Não. Naturalmente que os adeptos gostam sempre de vencer, mas, se tal acontecesse, apesar de parecer contraditório, até poderia ser prejudicial, porque adiava as verdadeiras e decisivas decisões do Sporting do futuro.
O Sporting do futuro não pode continuar a ser pensado no campeão de um ano e de nunca mais. O Sporting tem de ser inteligente e esperto no seu novo crescimento. Tem de ser tranquilo na certeza da sua razão e não emocionalmente caótico, o que só lhe irá trazer destruição de valor.
Fácil de dizer, difícil de fazer? Óbvio. Todas as grandes obras têm de ter projecto, têm de ter plano, têm de ter estratégia, têm de ter conhecimento e, por tudo isso, têm de ter, em cada sector, homens muito competentes para os executar. Nenhuma organização, empresa, ou clube desportivo pode estar à espera de se resolver pela natureza providencial de quem quer que seja. O segredo está na qualidade da equipa. Não apenas a do futebol."

A aporia do inferno

"Escrevo estas linhas a poucas horas do início de um escaldante evento nas “terras do Demo” e do frio, o jogo entre o Desportivo de Chaves e o Sporting Clube de Portugal, jogo cujo desfecho pode abrir uma clareira para o piquenine nas matas do Jamor. E, olhando para as implicações que esse jogo terá para os apaniguados da equipa lisboeta, o mínimo que me ocorre é a analogia de uma tempestade prestes a desabar sobre o universo leonino – sim, que até o rei leão está sujeito à crudelíssima lei do sofrimento.
Sobre o trêmulo – de vibração e de medo – reino do leão, paira o negrume de uma certeza: vai haver borrasca pela certa. E a espada de Dâmocles está já no seu fatídico movimento descendente – vão rolar cabeças.
Mas, perguntar-se-á, donde tanta certeza no meio deste irrespirável clima de incerteza? Nisto, que é, e, para meu pudor de analista, uma verdade lapaliciana: perca ou ganhe, o Sporting não vai já a tempo de se livrar de uma saraivada. E, aos responsáveis, nem lhes valerá acolherem-se à musculosa protecção de Neptuno, o mitológico deus dos mares: teremos seguramente um tsunami. Vejamos, de forma exageradamente simplificada, o porquê.
Se o Sporting ganhar – e é bem possível que ganhe, dada a assimetria gritante de valores – os “media” e o volúvel universo dos adeptos tenderão a atribuir os louros do feito ao truculento presidente, à sua intempestiva irrupção balneário dentro e aos decibéis dos seus gritos – e há quem diga que também à virulência dos seus mimos -, enfim, à desabrida prelecção junto dos jogadores, já de si amachucados o bastante com o revés que acabavam de sofrer, e que assim se sentiram revolteados na lama, chocados e atónitos com tão demolidora investida presidencial.
Ora, no caso de sucesso da equipa leonina, este comportamento abrasivo do mais alto responsável ver-se-á de algum modo credibilizado, pois neste nosso mundo e sobretudo no mundo volátil da bola, só há um critério que tudo legitima – o resultado. Neste caso, o presidente cantará vitória e exibirá ufano os galões de um estilo de liderança mais assente na gritaria do que na sensatez. Mais, ele terá obtido a vitória, apesar dos jogadores e do treinador. Eu diria mais: contra o treinador, uma vez que tomou de assalto, de punho em riste, o território da intimidade da equipa no qual é soberano e exclusivo o poder do técnico principal.
Deste modo e no caso de vitória, os jogadores – e seguramente o próprio treinador – ter-se-ão visto forçados a engolir a frio o amargo e infernal paradoxo: ganhar por a isso os obrigar a sua mais elementar deontologia profissional, apesar de , no recôndito ínvio e azedo de si, desejarem retaliar à intempestividade abrasiva e vexatória do presidente – e, claro que nada mais certeiro para esse fim do que a punhalada da derrota.
Paradoxo supremo e crucial – também crucificante - para os actores: ter que ganhar, ainda que secretamente lhes apetecesse perder. Este o resultado embaraçante da impetuosidade de um presidente à deriva. E é óbvio que uma eventual derrota na capital termal converterá o seu homérico sonho de reeleição em pouco mais do que uma bola de sabão, ou numa nuvem passageira.
Se, pelo contrário, o Sporting perder – o que é também uma séria possibilidade (porque o potencial relativo de combate se faz da resultante sinérgica entre armamento ou poder de fogo e condição mental), bem, neste caso, como ficou dito, teremos o desespero de um presidente na iminência de deixar de sê-lo, e, nesse seu aperto de fim, tentar arrastar na queda os aliados da véspera: sim ninguém aceita perder sozinho.
Todos se precipitarão para o largo do pelourinho para a sonora e espalhafatosa execução. Mas haverá mais que um a subir ao cadafalso – que a populaça pela-se por uma zanga na corte, por uma zanga de comadres, neste caso, compadres.
O presidente atirará setas envenenadas, denunciando as pretensões ruinosas nas escolhas do treinador, como não hesitará em lamentar a falta de qualidade leonina do sangue que corre nas veias dos vilões, os jogadores – saudados e exaltados dias antes como heróis no Restelo, ali mesmo junto da Praça do Império.
E eis que todos os ventos soprarão em fúria sobre o cais de todas as esperanças e que, algo levianamente, o havia sido, na boca em chamas de um férvido e impetuoso presidente, de todas as certezas.
A incontinência verbal, esse jeito intemperado e nevrótico de apontar e atirar a tudo o que mexe, serve apenas o anti-demiúrgico e apocalíptico desígnio da Caixa de Pandora: de todos os males que do vaso se soltaram, só resta um, que é, afinal, um bem – o da esperança: para o ano é que vai ser! Entretanto a procissão quaresmal continua!"

«...duradoura liberdade com justiça...»; para alicerçar a magia e a ética

"Achámos oportuno extrair esta passagem : "...duradoura liberdade com justiça...", da declaração do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito da evocação da vida e obra de Mário Soares, minutos após a divulgação do seu falecimento - paz à sua alma -, por muitos considerado o pai da democracia.
Oportuno, face aos recentes acontecimentos que abalaram o futebol português, a viver um dos momentos mais conturbados da sua existência, quase se declarando um estado de emergência, tal a gravidade da situação, com ameaças a árbitros e dirigentes.
Acontecimentos que levaram a que o Conselho de Arbitragem da FPF tivesse convocado uma reunião com carácter de urgência - qual incêndio prestes a deflagrar...-, e que motivou a que o Secretário de Estado do Desporto e da Juventude se expressasse, em comunicado, que : "confiava plenamente nas entidades competentes como a FPF e a Liga", apelando ainda ao fair-play de todos – que, na prática, deverá corresponder à amostragem do cartão branco. Sem delongas, nem pretendermos particularizar este ou aquele (grave) incidente, a patologia, este mal endémico do nosso futebol (do pseudo alto rendimento), necessita urgentemente de ser tratada.
E tratada, com : "...duradoura liberdade com justiça...", a servir de alicerce para a reconhecida magia e para a desejável ética, entendendo-se que o futebol dos nossos dias de há muito deixou de ser desporto, tendo-se transformado num dos maiores negócios do mundo.
E esse um dos maiores negócios do mundo, enquanto serviço/produto, no palco das emoções em que, vezes quantas - como agora sucedeu -, em lugar da duradoura liberdade (de expressão, corporal e intelectual), enquanto direito inalienável, dá origem a que se extremem situações que conduzem a um certo caos e irracionalidade.
Razão pela, qual os clubes portadores dessa patologia, desse mal endémico, cada vez se afastam mais de uma função sócio-desportiva, de que deveria resultar, com uma visão alargada e com conceitos inovadores, uma prática com base num planeamento, que estabelecesse uma estratégia, na via de criar e desenvolver uma determinada identidade. Só que, desgraçada e infeliz constatação, os clubes, sobretudo os denominados "grandes", - os que têm, obviamente mais potencial e, portanto, maior apetência - estão na mão dos grandes interesses e é muito difícil "democratizar a democracia" (Anthony Giddens).
Talvez que importe referir e interiorizar que neste estado de "coisas", o desporto, este futebol (do pseudo alto rendimento), com mais ou menos claques organizadas, não educa, não constitui uma prática saudável e em nada contribui para o adquirir da tal consciência, da reclamada justiça de que tanto se apregoa, afinal. Como resultante da duradoura liberdade. Uma consciência, responsável e responsabilizante, que nos pudesse conduzir à observância de que não valerá tudo, a pretexto do lucro selvagem que tantas vezes caracteriza esta aldeia global, em grande parte mobilizada e (des) aproveitada pela futebolização vigente.
E de sublinhar, tal como de há muito se expressa mestre - porque sábio ! - Manuel Sérgio : "Venho acentuando, ao longo de grande parte da minha vida, que já não é curta, que o desporto reproduz e multiplica as taras da sociedade capitalista. E deveria ser contra-poder ao poder das taras dominantes. Não condeno o espectáculo desportivo. Mas gostaria de vê-lo ao lado de todos aqueles que lutam por um mundo novo". Reclamar-se-á, no combate a este estado de "coisas" um discurso e uma prática dos dirigentes desportivos que fosse emancipador, democrático e democratizante, oferecendo um salutar exemplo à geração que hoje desponta. Geração que, legitimamente, esperará de nós, adultos, que não nos movamos num qualquer projecto desprovido de conteúdo, de princípios e de valores.
Talvez que, assim, a funcionar como alicerce para a magia - porque o é inegavelmente, enquanto fenómeno de grande impacto - e para a ética - conjunto de coisas que fazemos e atitudes que tomamos com "todo o mundo" a nos observar. E ainda a ética, no desporto e no futebol, a servir de elo de ligação com a vida. Ter-se bem presente, sem extremar posições, que a existência inteira se manifesta no quadro do sucesso e do fracasso, de que é possível ganhar e perder, não descurando nunca os valores que devem fazer do desporto, e do futebol em particular, o fenómeno de maior magia e espetacularidade do mundo contemporâneo. Daí que : "...duradoura liberdade com justiça..."; para alicerçar a magia e a ética.
O desporto, o futebol, se e com toda a sua autenticidade, pode-se constituir no nosso ídolo. Ídolo, apesar de tudo? Sim, ídolo, se se arrepiar caminho, e enquanto puder ensinar, sendo !"

Árbitros - comentadores

"O alargado conjunto de ex-árbitros - comentadores - comentadores de ex-árbitros - ainda - não - ex entrou definitivamente no dia-a-dia do futebol. Nas televisões, vemos e lemos opiniões, doutrinas e sentenças para todos os gostos. Em consonância com programas que fazem da arbitragem o seu núcleo duro, eis agora completada, em todo o seu esplendor, na nova hierarquia comentarista do futebol:
1.ª arbitragem;
2.º polémica;
3.º 'mercado';
4.º jogo propriamente dito (se houver tempo e paciência).
Há bons árbitros - comentadores que leio com interesse, aprendendo pormenores do ofício. Há também os que, melhor preparados, tem alguma preocupação ético-pedagógica face à dúvida e ao erro, companheiros inseparáveis de qualquer juiz.
Nesta míriade de ex-árbitros há quem tenha mais coragem e isenção e há quem não saiba esconder o seu ódio (ou azia?) de estimação, desafiando evidências.
Tenho dúvidas se esta constante e pública apreciação interpares (ainda que diacrónica) será a melhor ajuda que se pode dar aos neófitos árbitros. Melhor do que nós, os árbitros-comentadores sabem a diferença entre estar no relvado, tendo que decidir entre luzes e sombras em fracções de segundo, e analisar o mesmo lance comodamente sentado, com múltiplas repetições de múltiplos ângulos, e com imagens paradas e ampliadas.
Por mais regras e recomendações que haja, a estória da intencionalidade, intensidade e gravidade das infracções continua eivada de um subjectivismo inultrapassável que nem os árbitros-comentadores conseguem dilucidar.. É que o futebol não é um jogo de computador, é jogado e julgado por pessoas. É também por isso que apaixona."

Bagão Félix, in A Bola

Esta águia nunca facilita

"Apesar das mudanças operadas no onze, o Benfica foi sempre forte e articulado.

Boa abordagem ao jogo
1. O Benfica não facilitou na abordagem ao jogo, pois, apesar das mudanças operadas no onze, a equipa que subiu ao relvado garantiu um grupo forte e articulado de modo a ultrapassar o histórico Leixões. Kennedy percebeu as diferenças entre as duas instituições e tentou a sua sorte com dois jogadores na frente apoiados por quatro médios que sempre que a equipa perdia a bola recolhiam ao seu meio campo e procuravam condicionar a organização ofensiva dos encarnados. Era perceptível que no Benfica a circulação rápida da bola, somada a uma constante mobilidade dos seus elementos, era fundamental para confundir a arrumação dos homens de Matosinhos. Depois de algumas ameaças a bola viajou uma vez mais para os corredores laterais onde moravam Zivkovic, Carrillo e Nélson Semedo e o pânico instalou-se na área forasteira e Pizzi abriu as hostilidades. Estava feito o mais difícil. Com Pizzi no comando das operações, a arte de Jonas nas combinações junto da área contrária e os extremos a dinamitarem a estrutura defensiva, os espaços começavam a surgir com mais facilidade e a balança a desequilibrar-se cada vez mais. À meia hora surge o segundo golo e Júlio César mantinha-se como mero espectador perante a estéril produção ofensiva dos meninos de Leixões. Competente e sério o Benfica através de uma forte reacção à perda de bola impedia qualquer tentativa dos visitantes saírem para a contra-ofensiva; imperava a lei do mais forte. Perante este cenário pintado de vermelho vivo, os de Lisboa iam calmamente acumulando golos e cedo definindo a eliminatória, perante um disponível mas limitado conjunto.

Vigilância em baixo
2. Mas as facilidades convidavam os homens de Rui Vitória a baixar os níveis de vigilância e aproveitando um relaxe de Samaris e companhia, uma bonita triangulação permite ao Leixões o golo para felicidade dos seus apaixonados adeptos. O segundo tempo renova a tendência da superioridade encarnada, mas vislumbra-se uma bela reacção de Fati e colegas leixonenses. O jogo ganha novo interesse perante o afoito forasteiro.

Ousadia saiu cara
3. Mas a ousadia nortenha, que se saudava para elevar o interesse do jogo, deixava espaços para serem explorados pela superior técnica dos elementos do Benfica. Mesmo baixando a intensidade do seu jogo, a superioridade do Benfica era inquestionável e só Carrillo teimava em não acompanhar o ritmo dos companheiros. Mas Fati puxava pela sua equipa e não deixava que a eliminatória fosse entregue sem puxar pelos pergaminhos do histórico clube do Mar e o segundo golo do Leixões aquecia a gélida noite lisboeta e animava o jogo. Neste contexto quase de treino colorido, Zivkovic espalhava magia e contagiava a pouca assistência presente, abrilhantando o sonolento jogo encarnado. O resultado naturalmente avolumava-se e o Benfica ia gerindo o jogo pensando nos desafios que se avizinham. Quanto ao Leixões, trouxe do intervalo outra vontade e ambição, equilibrando em alguns momentos a partida, o que nos fez assistir a uma segunda parte mais interessante."

Daúto Faquirá, in A Bola

PS: Ainda não li nenhuma referência, na comunicação social, mas o relvado da Luz, não está nas melhores condições, prejudicando a circulação rápida da bola, que o Benfica costuma fazer...
Muito provavelmente no Verão, vamos ter novo tapete na Catedral, até lá os responsáveis vão ter que remediar, porque o tradicional bom relvado na Luz, é um dos nossos grandes trunfos...

O grande desafio de Jiménez

"1. Oito milhões de euros limpos, por época para o jogador, num contrato de quatro anos, e 50 milhões de euros (!) para os cofres da Luz. Os números de uma transferência que não se concretizou apenas e só porque Jiménez recusou jogar na China. Apesar de o Benfica viver tempos saudáveis em termos desportivos, a decisão do internacional mexicano  é daquelas atitudes que poderão deixar marca em Luís Filipe Vieira.
O presidente do Benfica já estaria a esfregar as mãos por um negócio à partida impensável (percebe-se agora o que queria dizer quando, em Setembro, em entrevista à TVI, afirmou que o ponta de lança iria tornar-se «a transferência mais alta do futebol português») e a não concretização do mesmo representa um golpe para uma sociedade desportiva que se habituou a projectar grandes negócios sempre com o amparo do empresário Jorge Mendes.
Apesar de ninguém lhe apontar uma pistola à cabeça, Jiménez saberá que a partir de agora terá a pressão de ter dito não ao negócio do século em Portugal. Será, assim, um enorme teste ao estofo psicológico do jogador mais caro de sempre do Benfica (custou 22 milhões de euros, preço que ainda não justificou), que nem sequer é titular. Não sei se terá essa capacidade, mas não tenho dúvidas de que não tem a lata de Óscar, quando disse que não trocou o Chelsea pelo futebol chinês pelo dinheiro - eu quando vou ao supermercado é por causa da decoração.
2. André Almeida fez, ontem, o seu primeiro golo pelo Benfica, mesmo que de forma acidental. Lá para os lados da Catalunha, em particular no balneário do Barcelona, alguma alma com mais humor poderá chegar ao pé de Mascherano e lembrar-lhe que o argentino é, cada vez mais, um caso isolado(306 jogos, 0 golos)."

Fernando Urbano, in A Bola

Sinais da bola

"Olha, marcou!!!
Cruzou para a área, Mitrolgou não conseguiu desviar e, sem querer, André Almeida marcou o primeiro golo na equipa principal do Benfica. No banco, Guedes assinalou a feito, informando Luisão. André Horta riu. E no relvado, Almeida levou uns calduços dos companheiros.

Descansa, Pizzi
Autor do primeiro golo do Benfica, nono na época, Pizzi foi poupado após o intervalo. O médio é o segundo jogador com mais minutos esta época, apenas superado por Nélson Semedo, e tinha acabado de rastos o último jogo, com o Boavista (3-3), sábado, na Luz.

Sorri, Mitroglou
se sabe que o grego não é de brincadeiras e poucas vezes se lhe vêem os dentes. Jogou com o Leixões como jogaria a final da Champions. Marcou três golos e ainda somou mais três remates perigosos. Recuperou a titularidade. Só lhe faltou sorrir. Isso é mais difícil.

Festa é festa
Cerca de 100 adeptos do Leixões estiveram na Luz para a festa da Taça. Poucos acreditariam na passagem às meias-finais, mas lá estiveram a apoiar sempre a equipa. E festejaram duas vezes. Na verdade, todos devem celebrar clubes que têm adeptos assim.

Uau, Fati!
Recordo um jogo da Taça de Portugal, em Barcelos, no qual Fati, no Real, espalhou perfume de bom futebol contra o Gil Vicente. Foi contratado pelo Moreirense na época 2014/15 e emprestado, este mês, ao Leixões. É mesmo bom jogador. Substituido aos 76'!?!?"

Nuno Paralvas, in A Bola

PS: Já agora, ainda em relação ao golo do Almeida: se no fim-de-semana foi complicado convencer alguns especialistas, que a acção do avançado Maltês do Boavista no 3.º golo, teve de facto impacto na movimentação do Ederson, então temos que deixar a pergunta: se o Mitroglou não tivesse 'ameaçado' desviar o cruzamento do Almeida, será que teria sido golo do Almeida, ou o guarda-redes teria defendido?!!!
A única diferença é que o Mitro não estava fora-de-jogo, senão teríamos os mesmos especialistas, a reclamar que o golo do Almeida teria sido obtido em fora-de-jogo!!!!!

Paz podre - parte II

"Pela segunda vez num mandato, Bruno de Carvalho impõe a um treinador uma convivência de faz de conta com o propósito de o fazer sair pelo próprio pé

Quando é o valor da indemnização a garantir o posto de trabalho de alguém, é igualmente certo que um dos lados vai esticar a corda do relacionamento na expectativa de ver o outro desistir. Começa por fazê-lo de forma calculista e insinuante. Se não resultar, avança para o uso de truques baixos e chama-lhes estratégia, até atingir a meta do desespero. Chegado aí, ou provoca-o na outra parte ou rende-se e põe a própria casa a arder.
Passaram dois anos desde que Bruno de Carvalho torpedeou Marco Silva até o despedir alegando justa causa e expondo-se ao ridículo ao invocar motivos como a ocasião em que não usou o fato oficial do clube. Acabou por pagar-lhe uma indemnização e cobriu a face com a contratação bombástica de Jorge Jesus, subtraído ao Benfica. Para uns, foi um golpe de mestre, para outros o início de uma relação impossível. Durou um ano e meio, com períodos bons e bastantes maus.
Jorge Jesus fica no Sporting sustentado pelo contrato leonino assinado em 2015 e revisto e aumentado um ano depois, contrato esse que lhe conferia o direito de ser um de dois a mandar. Fez coisas boas, entusiasmou os adeptos, aumentou o número de espectadores no estádio e também cometeu erros. Nesta altura, só a última alínea lhe é creditada, a dos falhanços no relvado e fora dele. O processo de desgaste está em marcha, veremos como responderá. Como diz o povo, se tem estômago para o que vem a seguir."

Cadomblé do Vata


 "1. Foram precisos 5 anos para André Almeida marcar um golo pelo SLB... falta saber quem lhe vai dar o lugar no ataque, se Jonas ou Mitro, porque isto agora com ele vai ser tipo ketchup.
2. Incrível como o SLB continua a construir vitórias alicerçadas em golos duvidosos... veja-se o caso do 2-0, onde ficaram grandes dúvidas se o autor do golo é o Almeida ou o Mitro.
3. O jogo foi calmo e deu em goleada. Para ser perfeito, só faltou Zivkovic estrear-se também a marcar... cheira-me é que depois de ver o Almeida levar um enxerto de porrada pelo seu primeiro golo de águia ao peito, o minúsculo sérvio nem de baliza aberta vai atirar para o fundo da rede.
4. Jonas cedeu o penalty a Mitroglou para que ele marcasse um golinho. O grego agradeceu e fez um hat trick...Mitro é tipo o puto no canto da sala com cara triste a quem damos um chupa chupa, e passados 20 minutos vemos que ele tinha os bolsos cheios de rebuçados.
5. Se há coisa que aprecio é que o SLB saiba receber com todas as honras e respeito antigos atletas que tenham brilhado pelo clube... no caso do Kenedy, foi uma bonita homenagem termos marcado 6 golos ao lateral esquerdo dos 6-3 de Alvalade."

Benfiquismo (CCCLIII)

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