Últimas indefectivações
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Educação Física
"Ah a velha faca de dois legumes que surge a cada golo sofrido, ou marcado, a cada vitória ou a cada derrota, a cada realizar de expectativa ou à decepção pela ilusão. Tão óbvia e que ainda assim nos passa ao lado – provavelmente a todos. Pois quem seria o comentador, analista, vidente que decorridos 45 minutos em Salónica adivinharia tamanho debacle do Benfica ante o PAOK?
Encarnados esticados no campo e, mais importante, a impedir a ligação da equipa de Abel, que – apesar das facetas colectivas – não conseguia progredir com mais de um, dois, passes. Um esforço colectivo só apagado e suplantado por um facto lógico que, ainda assim, nos dias de hoje parece escapar a algo que mais se assemelha a uma seita do que a algo que se possa utilizar no jogo real. Sim, o jogo tem uma vertente física. Não a tivesse, por exemplo, e ninguém olharia para a exibição do Benfica na 1.ª parte como um salto qualitativo em relação ao passado recente, até porque foi essa mesma vertente (aliada a um posicionamento inteligente a atacar que previne também a perda da posse) que permitiu que o Benfica fosse a equipa mandona (que não era há muito, muito, tempo) que o resultado final não deixa dizer.
Se há questão realmente interessante que o jogo pode provocar essa será a dos indicadores que o mesmo deu a Jesus para alterar algo antes do 1.º golo do PAOK. Nesse curto espaço de tempo foi realmente visível ao técnico uma mudança na toada do jogo e a tal quebra física de que falamos?
Sim, o jogo tem uma vertente física. Assim não fosse e como é que o Benfica perderia um jogo onde, à entrada para a segunda metade, tudo se manteve igual (à excepção de um capítulo)? Mudaram os jogadores? Mudou a estratégia? Mudou a identidade? Não. O que mudou então? Nada mais que uma desinteressante e vulgar… quebra física! E essa, mantendo um plano que até tinha dado imensos sinais de dar resultado, deixou o PAOK sair. Foi assim, simples, que o facto de a gasolina ter acabado levou a que o momento que deixava o Benfica andar por cima do jogo (organização ofensiva) passasse a ser o momento mais perigoso para o próprio Benfica.
Porque sem pernas para bloquear transições (e não só!) e sem rotinas para compensar erros (como se viu na linha defensiva) um jogo controlado e dominado passou de sonho a pesadelo. E aqui há que não esquecer o não-trabalho do Benfica e da direcção para resfriar expectativas. Todo o circo montado ajuda agora a que não se consiga ver com olhos de ver o que realmente o jogo foi: uma equipa com 5 semanas de trabalho (não há detalhe nas linhas defensiva e média e não há trabalho de movimentação no último terço) e sem metade da qualidade individual que se julga ter. Mas a propaganda tem coisas destas. Assim não fosse e o Benfica poderia ser julgado por uma primeira parte onde a competência individual e colectiva sem bola esteve muitos furos acima do passado. E esse é um indicador importantíssimo para o que aí vem. Por outro lado, continuar a não resfriar expectativas em relação aos reforços (e ao núcleo duro do plantel) nunca vai fazer nada por um Benfica que para ser realmente competitivo na Europa teria de ter reformulado o plantel bastante mais do que conseguiu até agora.
Em suma: bons indicadores em relação a um passado recente; uma derrota que dificilmente aconteceria com mais rotinas e automatismos; um Benfica sem qualidade individual para o que promete e apregoa; Jesus a conseguir que a equipa ganhe imensos duelos na 1.ª parte, o que foi chave para um domínio que mostra ser a diferença principal em relação passado (mas conseguirão estes mesmos jogadores manter esse ritmo e essa eficácia no duelo durante 90 minutos?)"
E agora, Benfica?
"E agora, Benfica?
Dormi mal. Normalmente acontece sempre que o Benfica tem um resultado menos positivo, mas algumas noites são piores que as outras. E a de ontem foi particularmente má porque a expectativa era equivalente à responsabilidade do jogo: enorme.
Permitam-me então que desabafe um pouco para ultrapassar esta desilusão.
Paok x Benfica
Quando saiu o sorteio fiquei desconfiado porque não partilho da ideia "o Benfica é sempre favorito" quando apanha PAOKs da vida numa qualquer eliminatória. O passado recente tem demonstrado precisamente o contrário e, na verdade, o Glorioso transformou-se num clube banal a nível europeu a partir de 2015/2016, ano da última boa prestação europeia. Desde aí demonstrámos quase sempre enormes dificuldades nos jogos europeus, mesmo contra equipas teoricamente mais acessíveis, e os resultados estão à vista.
Falando concretamente sobre o jogo de ontem, aos 30 minutos de jogo tínhamos 70% de posse de bola e mesmo assim estava desconfiado. Tudo muito lento, poucas ideias para ultrapassar o bloco baixo à tugão do PAOK e das poucas vezes que conseguíamos encontrar espaço o lance terminava com um cruzamento sem nexo ou uma finalização defeituosa. O costume, portanto.
E o problema é precisamente este: não há milagres! Desengane-se quem achava que Jorge Jesus chegava ao clube e em pouco mais de 1 mês transformava jogadores absolutamente medianos em craques. É surreal verificar que, depois de mais de 80 milhões de investimento, entrámos num jogo decisivo com um 11 muito semelhante ao que nos brindou com as vergonhas da época passada. E sendo certo que a equipa já demonstra uma organização diferente, o resto continua tudo lá. Falta atitude, agressividade (positiva), qualidade em várias posições e, acima de tudo, aquele temperamento dos campeões que faz com que a equipa reaja de forma imediata a uma adversidade. Connosco acontece precisamente o contrário, sofremos um golo e todos os bons processos desaparecem. É desesperante!
O primeiro golo do PAOK apareceu com naturalidade, dadas as características do jogo, e o segundo é vintage Benfica. Estava escrito que o Zivkovic ia marcar. A partir daí foi só uma espera agoniante pela confirmação final do afastamento da próxima edição da Liga dos Campeões.
Notas positivas: Everton, um craque; a dupla de centrais esteve muito bem e Pedrinho também demonstrou irreverência e atitude.
Investimentos
Até ao momento investimos cerca de 80M no plantel, metade esteve enterrado no banco ontem.
Parece-me claro que estas aquisições foram feitas a contar com as receitas da Champions League, cerca de 50M/ ano, e a venda de um jogador do plantel, provavelmente Vinícius. Ora as primeiras foram à vida e a venda do avançado pelos valores que se esperavam parece-me cada vez mais difícil, até porque o brasileiro é neste momento suplente de Seferovic. E agora?
Para além deste investimento, temos 3 empréstimos obrigacionistas para pagar, um parcial em 2021, outro em 2022 e ainda mais um em 2023. Adicionalmente temos também um empréstimo aproveitando uma linha de crédito do Novo Banco no valor de 28M. Isto a juntar às perdas de cerca de 20M devido à pandemia, tal como indicado por LFV em entrevista recente. Ninguém está preocupado com isto? Eu estou... e muito! Não podemos voltar a um passado recente, por isso a ordem neste momento é para limpar a casa e vender todos os excedentários pelo melhor preço possível.
Plantel
80 milhões depois e ainda temos um 11 cheio de buracos. Faltam 2 laterais, esquerdo e direito, e um médio-centro capaz de dar equilíbrio ao meio, algo que Taarabt claramente não consegue fazer durante 90 minutos. Destes 80 milhões, 3 foram dedicados à defesa (Gilberto) e um valor não anunciado no excelente Vertonghen. Não entendo este desequilíbrio e desprezo pelo reforço da defesa, especialmente quando são notórias as dificuldades nas alas. Não faz sentido e temo que continuará a ser assunto durante os próximos meses.
Everton e Vertonghen estão mais que aprovados e são reforços de peso. Pedrinho, Darwin e Waldschmidt são incógnitas com potencial de crescimento, que certamente terão oportunidade de se mostrar ao longo da época, mas não têm lugar no 11 garantido.
Campeonato
No Benfica já se sabe que é sempre para ganhar, mas esta época ganha especial importância não só pelo investimento feito, mas também pela resposta que tem de ser dada depois do humilhante final de época passada. Não há volta a dar, é para arrasar! Sem desculpas, sem choradeira, sem medo. É ir para cima deles desde o primeiro minuto para ficar desde logo bem definido quem é o galo desta capoeira. Venham de lá os 3 pontos em Famalicão e, de preferência, com uma boa exibição."
O desporto é educativo
"Na sua obra Le sport contre l’Éducation physique (1925), Georges Hébert, oficial da marinha, mostra-se um tanto ou quanto pessimista. Com discernimento, ele nota alguns dos perigos físicos, morais e sociais do desporto. No entanto, a sua lucidez não o leva a colocar em causa a lógica da sua prática. Noventa e cinco anos depois, as interrogações do pai do método dito natural, método que visa o aperfeiçoamento moral e físico do indivíduo através da prática desportiva, continuam actuais. Em Fevereiro de 2013, Valérie Fourneyron, ministra francesa do desporto, da juventude, da educação popular e da vida associativa, refere que “é preciso preservar o desporto, a nossa paixão, a nossa ferramenta de educação, dos erros e dos males”.
Afirmar que o desporto é um vector essencial da formação física, e um absoluto meio de educação, que modela a vontade e a inteligência, é permitir uma aparência de verdade demonstrada. Desde a sua origem, a prática desportiva é qualificada de inestimável instrumento de adestramento do animal humano e os treinadores são referenciados por terem uma “alma de domadores”. Mais do que nos bancos de escola, é nos estádios que se adquire as virtudes indispensáveis: vigor, resistência, gosto pelo esforço, audácia, abnegação, sangue-frio, ordem, disciplina, docilidade, fair-play, modéstia, simplicidade, altruísmo, indulgência. Retocado, aqui ou ali, pelos escritores e intelectuais, este discurso convence todos os sufrágios.
Num artigo no Monde de l’Éducation, datado de Junho de 1998, o conhecido filósofo francês Michel Serres (1930-2019) convida-nos para uma estranha lição: “nada pode resistir ao treino, cuja ascese dos gestos poucos naturais promove as virtudes necessárias de concentração, de coragem, de paciência, de domínio da angústia (…). O atleta que faz batota ou mente não encontra nem inventa, tal como o atleta de salto em altura não mente nem faz batota com a barra. Esta regra de ferro vira as costas a todos os usos das sociedades profissionais, políticas, mediáticas, universitárias que coroam os bandidos”.
O tema recorrente do carácter educativo do desporto assenta, muitas vezes, num positivismo cultural que considera que a lei natural da organização das sociedades e das relações humanas é a competição. De referir também que a educação física e o desporto são duas realidades inicialmente distintas, que se vão interligar lentamente quando se concebe as “funções educativas” do desporto."
Enorme tristeza
"Já se conhecia o risco de uma eliminatória disputada num jogo apenas. Cada partida tem a sua própria dinâmica e incidências, nem sempre os favoritos conseguem demonstrar, em campo, a sua superioridade face ao adversário. E mesmo quando o conseguem, por vezes a bola teima em não entrar.
O desaire de ontem na Grécia não abala a nossa convicção de que poderíamos e deveríamos ter alcançado o apuramento para o play-off de acesso à Liga dos Campeões. Temos um plantel forte, recheado de talento, liderado por uma equipa técnica com muitas e sólidas provas dadas e os reforços que jogaram demonstraram a sua inequívoca qualidade.
A nossa equipa, pelo que fez ao longo dos noventa minutos, demonstrou que encarou o jogo com a seriedade que lhe era exigida e mereceu, indiscutivelmente, um melhor resultado, nomeadamente na primeira parte, em que foi claramente superior, mas a falta de eficácia penalizou-a severamente.
Tanto Jorge Jesus como André Almeida manifestaram, no final da partida, a desilusão pelo resultado e lamentaram a falta de aproveitamento das várias oportunidades de golo criadas. Ambos reconheceram que ficou por alcançar um objectivo, salientando que há toda uma temporada por disputar e que, agora, todos deveremos focar-nos nos desafios vindouros.
Há muito para conquistar ainda este ano e é nos momentos difíceis que mais deveremos apoiar a nossa equipa. Estamos ainda no início da época e no princípio da construção de uma grande equipa.
Juntos estaremos sempre mais próximos dos triunfos que todos desejamos e para os quais tanto se tem trabalhado.
Estamos convictos e esperançados de que, no futuro, encararemos este revés como um infeliz percalço no caminho vitorioso da nossa equipa. Acreditamos muito no seu valor!"
OutChampions
"Primeira parte boa em controlo e domínio, mas escassa em criação. O Benfica teve o mérito de encostar o PAOK atrás durante largos períodos, muito por uma reactividade à perda muito importante, mas sem surpresa perante a boa, sólida e solidária organização defensiva do PAOK, não foi capaz de criar lances suficientes em ataque organizado. O pouco que criou, Seferovic desperdiçou no ar. E se não criou em Organização, não teve qualquer bola em Transição para poder ser perigoso – Tal como se previa vir a acontecer pela previsível “inteligência” no plano de uma equipa de segundas linhas mas bem pensada tacticamente.
Posicionamentos no Ataque Organizado – Taarabt saltou entre frente / trás da linha média do PAOK; Pedrinho e Pizzi alternavam espaço central / espaço direito; Weigl na ajuda à construção
O Segundo Período trouxe a fadiga habitual em Taarabt e o marroquino que esteve em bom nível no primeiro tempo para além de ter passado a somar erros, deixou de ter capacidade para restabelecer equilibrios e garantir presença defensiva ao lado de Weigl. O alemão que quando o Benfica encosta opositores atrás está bem confortável, mas que quando o espaço para defender aumenta deixa de ter capacidade para assegurar transição defensiva de excelência.
Pressão do Benfica sobre a saída do PAOK
Pouquissímo tempo em Organização Defensiva, mas o suficiente para se perceber os posicionamentos
O Benfica levou muitos anos a enfraquecer a qualidade da sua equipa e na presente época contratou bem – Everton mostrou estar furos acima de todos os restantes na frente de ataque. Porém, é fácil de perceber a urgência que deveria haver em fazer chegar um médio e no mínimo segurar e aproveitar Florentino, que tem condições para disfarçar o facto de ter por perto um colega sem andamento para a posição.
Jorge Jesus resolverá problemas, e com o investimento que o Benfica terá, a obrigação de ser muito melhor é uma realidade. Estranhas foram as opções na partida de hoje – Ao entrar com um onze muito similar ao da temporada passada, difícil seria esperar excelência. O Benfica não tem nem de perto a Super Equipa apregoada, e se não se reforçar seriamente num sector tão fulcral como o do meio campo vai continuar a somar dissabores e a partir atrás até na competição nacional – O desequilíbrio é fundamental, mas o equilíbrio também ganha provas.
Impressionante a forma como em ambos os golos os jogadores do PAOK foram contornando alguns elementos do Benfica. A primeira aparição séria da equipa voltou a demonstrar o problema maior da temporada transata – Falta de Qualidade – Uns sem nível com bola, outros que sem esta não recuperam uma posse e são sempre contornados, permitindo início de desequilíbrios adversários.
Inicio do desequilíbrio no lance do 1 a 0 – Situação aparentemente controlada, ultrapassagem no 1×1 e desequilíbrio criado
O jogo é dos jogadores e mesmo que o Benfica tenha ainda graves lacunas – Agora imagine as que tiveram Bruno Lage e Rui Vitória, as opções de Jesus demonstraram uma sobranceria (porque não optou pelos melhores na frente de ataque) que pagou caro."
Incompletos e Feitos num 8
"O Benfica repetiu praticamente o onze da temporada transacta. Curiosamente Everton e Pedrinho foram os únicos da frente que foram capazes de criar – Pedrinho para Everton, Everton para Seferovic e pouco mais a registar, e em sentido oposto Vertonghen fica ligado de forma decisiva ao golo inaugural do jogo.
Tantas vezes quando nos referimos à qualidade individual do Benfica o termo utilizado foi – “incompleto” – Porque uns têm boas características a defender mas são totalmente ineficazes a atacar (Seferovic, Cervi, entre outros por exemplo) e outros atacam mas são jogadores a menos no processo defensivo.
O problema dos ineficazes com bola é que nunca te levam à vitória. O problema dos inexistentes sem ela é que te levam às derrotas. Mas, se um jogador passa 87 ou 88 minutos sem bola porque se tende a avaliar a sua qualidade apenas aquando da sua posse? Que adianta um passe bonito se depois se abre uma avenida?
Quer um exemplo do que é ser incompleto?
Quer um exemplo perfeito do quanto o Benfica precisa de um oito?"
Cadomblé do Vata (Paok...)
"1. A pandemia continua a tramar o SLB... estamos em Setembro e ainda não terminamos a temporada 19/20.
2. Eliminatória europeia resolvida num só jogo e perdemos... vou meter esta merda na conta do Gutmann.
3. JJ disse que estava mudado e hoje demonstrou-o... ainda me lembro do tempo em que ele só saltava para a Liga Europa depois de jogar a fase de grupos.
4. "Quero o Gerson e o Bruno Henrique"... "se não vierem, castigo-vos com Taarabt e Seferovic a titulares".
5. Há coisas que nos acontecem com tanta frequência que nem sei como há quem se surpreenda... que levante o braço quem não sabia que o Zivkovic nos ia marcar um golo."
Cadomblé da Vata (coincidências...!!!)
"Ao cuidado do pessoal das apostas:
FC Porto 2019
- Perdeu contra o Benfica para o campeonato
- Desperdiçou 7 pontos de vantagem no campeonato
- Perdeu a final da Taça de Portugal
- Foi eliminado na pré eliminatória da Champions League
- Perdeu na primeira jornada do campeonato no Minho
SL Benfica 2020
- Perdeu contra o FC Porto para o campeonato
- Desperdiçou 7 pontos de vantagem no campeonato
- Perdeu a final da Taça de Portugal
- Foi eliminado na pré eliminatória da Champions League
- Disputa a primeira jornada do campeonato no Minho."
Voleibol 2020/21
"A equipa de Voleibol retomou actividade esta semana com a Supertaça em disputa num formato novo, com seis equipas. É altura de avaliar o que aconteceu no plantel e fazer algumas previsões para a época.
Distribuidor
Tiago Violas, Nuno Pinheiro e Francisco Leitão (juniores)
Saídas: Manuel Rodrigues
No geral, não há grandes mudanças no plantel, no entanto há algumas novidades interessantes. Na dupla de distribuidores, temos os dois melhores distribuidores do Campeonato. Tiago Violas foi o nosso melhor jogador na época passada, na minha opinião. Depois da época fantástica que fez, em particular nas exibições da Champions League, achei que alguém acabasse por vir buscá-lo. Mas não aconteceu e ainda bem para nós. Nuno Pinheiro é um distribuidor mais experiente e também de grande qualidade. O ano passado entrou em momentos decisivos e correspondeu sempre. Francisco Leitão é uma das novidades. É um jovem de 17 anos que fará parte da equipa principal. Vamos ver como evolui.
Líbero
Ivo Casas e Bernardo Silva (ex-Caldas)
Saídas: João Simões (CN Ginástica)
Na posição de líbero temos o único reforço desta época. Trata-se de Bernardo Silva, antigo libero do Caldas e com uma breve passagem pelo Campeonato Belga. Estou curioso para o que poderá valer. Em princípio será apenas um jogador de rotação, visto que Ivo Casas deverá continuar a ser o titular indiscutível. Casas teve uma boa época no ano passado e conseguiu recuperar de uma época menos boa em 18/19. Em condições normais será o melhor líbero do Campeonato. João Simões vai para o CN Ginástica por opção própria. Quer jogar mais tempo. É um jogador a manter debaixo de olho ainda assim.
Central
Peter Wohlfahrtstatter, Zelão, Marc Honoré, Miguel Sinfrónio e Eduardo Brito (juniores)
A posição de Central era uma das que esperava algumas novidades, mas não aconteceu. Talvez por causa da crise gerada pela pandemia. Talvez por opção. Dada a idade de Zelão e Honoré (38 e 36, respectivamente), achava que iríamos aproveitar para arranjar alguém mais novo, mas a verdade é que ambos tiveram uma boa época no último ano e com Wohlfi, em caso de lesão, o plantel está sempre protegido. Miguel Sinfrónio continua a fazer parte do plantel. É um jovem da formação. Já vem fazendo trabalhando com o plantel principal há quatro anos. Já esteve pré-convocado para selecção nacional. Talvez seja este ano que comece a ter mais tempo de jogo. A novidade é a inclusão de Eduardo Brito, outro junior de 17 anos que irá fazer parte do plantel.
Oposto
Théo Lopes e Hugo Gaspar
Saídas: Kelton Tavares
Esta é outra das posições que esperava que houvesse alguma mudança. Tanto Hugo Gaspar como Théo já não caminham para novos (38 e 37 anos respectivamente). Mas mais uma vez, a performance deles não mostra os mesmos sinais. Hugo Gaspar teve das melhores épocas de sempre no Benfica. Théo perdeu um pouco o protagonismo que tinha ganho na recta final de 18/19 e nesta última época passou despercebido, mas isso também foi consequência da grande época de Gaspar. Os dois dão garantias ao plantel. Mas talvez no próximo verão seja uma das posições onde se pode antever algum tipo de reforço.
Zona 4
Afonso Guerreiro, André Lopes, Rapha, Japa e Nuno Marques (juniores)
Outra posição que tem muitas garantias. Rapha é provavelmente o melhor jogador do Campeonato. Já vai com 36 anos, mas para já não há qualquer sinal que indique o contrário. André Lopes e Japa vão rodando entre si no lugar de segundo zona 4. Afonso Guerreiro é um jogador para dar profundidade ao plantel, mas com bom potencial e que poderá no futuro ganhar uma posição mais importante. Nuno Marques é o terceiro junior que fará parte do plantel. É uma aposta muito semelhante à do Afonso Guerreiro, mas ainda mais longo prazo.
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Previsões
À primeira vista, o grande rival do Benfica parece ser o Sporting. Mas para já é difícil dizer o que efectivamente valem visto que o plantel é praticamente todo novo. As indicações iniciais na Supertaça não foram muito boas. Perderam 3-2 contra a Fonte do Bastardo, a quem nós ganhámos um amigável nesta pré-época por 3-0. Consequência, na minha opinião, da má pré-época que a equipa fez (muito semelhante com a nossa má pré-época no Andebol). Ainda assim, não devemos desprezar o Sporting, que contratou jogadores com algum currículo como o oposto Paulo Victor e o zona 4 Robinson Dvoranen. Como o plantel é praticamente todo novo, serão uma equipa que irão melhorar ao longo da época. O mau nível inicial não quererá dizer que o plantel é fraco.
A Fonte do Bastardo parece-me que terá equipa para discutir o 2º lugar com o Sporting. Foram buscar o distribuidor Armando Velásquez e o oposto Bruno Cunha ao Sporting Espinho. Bruno Cunha é o melhor jovem jogador de Portugal neste momento. Era um jogador que gostava muito de ver no Benfica. Com estes dois reforços, acredito que a Fonte do Bastardo consiga cavar alguma diferença para o Espinho e aproximar-se do Sporting, quiçá ultrapassá-los.
O Espinho perdeu os tais dois jogadores. Foi buscar Dinis Leão, outro oposto que costuma encher-se de pontos e que deverá ser um bom reforço para eles. Ainda assim, deverão perder alguma qualidade relativamente ao ano passado. Há ainda outras equipas com projectos interessantes como o São Mamede, Esmoriz, Vitória e Câstelo, mas que ainda não me parecem estar ao nível do top4.
O Benfica parece que tem aqui uma boa época para ganhar tudo no Voleibol (Campeonato, Taça e Supertaça). O Sporting está em reconstrução. Fonte tem um plantel interessante. Mas ao nosso nível para já ainda não vejo ninguém. Na Europa, o sorteio não foi muito favorável. Há alguns tubarões na Challenge Cup este ano, e um deles até podemos ser nós. No entanto, o sorteio ditou que para chegar à final vamos ter que ultrapassar muito provavelmente quase todos os tubarões em prova, o que não ajuda. Um mau dia e a nossa prova termina ali."
O verdadeiro problema...
"Basta comparar o silêncio recente nas eleições a norte, entre terrenos gratuitos e promessas de academias, numa relação de promiscuidade que o histórico fala por si, com o escândalo nacional que foi transformado este apoio.
E devemos sublinhar que mantemos a coerência, política e futebol não se devem misturar. Nunca. Não podemos é deixar passar a diferença de tratamento e destaque atribuído em ambas os casos, ainda para mais, quando no caso do #PortoaoColo, salta à vista todo o histórico e as promessas eleitorais relacionadas.
Mais, no caso do SL Benfica estamos a falar apenas de um apoio a uma candidatura. No caso do #PortoaoColo são políticos que fazem parte dos órgãos oficiais do próprio clube.
Deixamos a lista do Conselho Superior retirada do seu próprio site oficial."
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