Últimas indefectivações

sábado, 10 de dezembro de 2016

Derrota em Coimbra

Académica 2 - 1 Benfica B
Pêpê


A Académica tem praticamente um plantel de I Liga, apesar do treinador ser fraquinho... já se sabia que o jogo ia ser difícil, ainda por cima aos 3 minutos já estávamos a perder...
No 2.º tempo melhorámos bastante, quando chegámos à igualdade (penalty e expulsão), já merecíamos ter marcado... com alguns falhanços incríveis (Dálcio em evidência...), o problema é que mesmo quando estava 11 para 11, os contra-ataques da Académica saíam com facilidade... A partir do momento que ficamos em superioridade numérica a equipa nunca se sentiu confortável... e aos 94 minutos, os estudantes marcaram mesmo...!!!

Já tinha notado, alguma quebra nas exibições e nos resultados... se as coisas não melhoram, arriscamos a terminar a época, da mesma forma como acabámos o ano passado, com o coração nas mãos!!!

Vitória em Lagoa

Lagoa 10 - 39 Benfica
(3-18)

Jogo sem história, com equipas de níveis muito diferentes... Ficamos à espera do sorteio para conhecer os nossos adversários nos Oitavos-de-final da Taça de Portugal.

Vitória em São Mamede de Infesta

São Mamede 0 - 3 Benfica
(21-25, 20-25, 16-25)

Mais uma vitória, num jogo onde nem sempre estivemos bem... mas conseguimos fechar os parciais nos momentos certos!

Amanhã temos Taça de Portugal, na Luz, frente ao Guimarães...

Vem ai o big bang da galáxia da bola

"A Liga Europeia de uma elite de convidados representará a capitulação total do futebol a uma sociedade de tendência neonazi

Garantem-me que a Liga Europeia está pronto a avançar e que a situação é já irreversível. Dizem-me que a UEFA outra coisa não podia fazer do que capitular perante a poderosa pretensão dos grandes e dos ricos do futebol europeu. Apenas se discute, agora, a data em que começará o apocalipse do futebol-desporto, o Big Bang da galáxia da bola.
A ideia é óbvia para a sociedade do hipercapitalismo que actualmente se vive e que distancia o homem de si próprio e do seu anterior conceito de comunidade. Pretende-se fazer um campeonato de futebol com os maiores e os mais ricos, capaz de rebentar com todas as escalas de valores até agora encontradas para proteger a participação de um grupo de clubes privilegiados e que apenas participarão por convite dos organizadores.
A previsão aponta para que Portugal possa, eventualmente - ainda não existe essa certeza - ter um único representante, sendo que a escolha deverá recair no Benfica, independentemente da sua futura qualificação desportiva.
Atende-se o cenário de um campeonato europeu, com jogos a duas mãos e por classificação, apenas com participações por convite. De Espanha, o Real Madrid e o Barcelona; da Alemanha, o Bayern Munique e o Dortmund; de Inglaterra, o Manchester United, o Arsenal e o City; da Itália, a Juventus e o Milan; de França, o Paris Saint-Germain; de Portugal, o Benfica. A Rússia teria também um ou dois representantes, provavelmente o Zenit e uma equipa de Moscovo, por força das audiências russas e pouco mais haveria de caber nesse campeonato da elite europeia.
O que ninguém saberá avaliar é o impacto, em cada um dos países europeus, que tal competição irá ter no universo do futebol.
Vejamos o caso português. O Benfica jogaria a liga de elite europeia e teria acesso a receitas largamente superiores ao conjunto de todos os clubes portugueses, incluindo o FC Porto e o Sporting Tornar-se-ia, rapidamente, um clube desportivamente inatingível em Portugal, mas também poderia suceder-lhe ficar na metade inferior da classificação dessa luxuosa Liga Europeia. Para o comum adepto benfiquista isso seria mais interessante do que o título nacional? E seria mais entusiasmante o Benfica - Paris Saint-Germain ou o Benfica - Sporting? Será mais apaixonante o Benfica - FC Porto ou o Benfica - Juventus?
Podem, sempre, dizer-me que ao fim de uns anos de competição de elite, já nem fará sentido avaliar a questão deste forma e com este conceito. Vamos admitir que sim, mas como reagirá o povo do futebol à realidade da Liga nacional? Ou seja: estará mais interessando no Benfica - Zenit ou no FC Porto - Sporting? E será que o Benfica - Zenit acabará por preencher os requisitos de produtividade económica que impera na lógica da competição europeia?
Outra reflexão: e se Portugal, como muitos outros países europeus, ficar de fora de qualquer escolha e se os seus principais clubes perderem para sempre o importante financiamento que lhe chega da participação na Champions? Pode o futebol português ser o que ainda é, ou teremos de nos contentar com um futebolzinho do submundo europeu?
Deixo aqui, como se torna evidente, mais interrogações do que afirmações. Pessoalmente, sou e serei contra esta liga de elite europeia. Acho, mesmo, que se trata de um atentado à razão desportiva, à dimensão social e cultural do espectáculo do futebol e, pior do que isso, uma total capitulação do futebol à efémera natureza de uma cultura perigosa que se quer impor no mundo e que prescinde do humano. É assustador ver como chegámos tão próximos da teoria hitletiana da superioridade da raça!

Ganha o pior? Então empatem!
uma improvável e só raras vezes justificada premonição dos derbies, que fala no favoritismo dos que chegam ao grande jogo em pior condição. É verdade que já aconteceu, mas não é verdade que seja, sequer, uma tendência. De qualquer forma, se fosse verdade que o pior estava mais próximo de vencer o jogo, estávamos perante uma previsão clara de empate. O Benfica ficou na Champions, mas vem de duas derrotas animicamente enfraquecedoras de qualquer autoestima; o Sporting perdeu com quem não devia e nem na Liga Europa ficou.
(...)"

Vítor Serpa, in A Bola

PS: Já aqui defendi uma futura Liga Europeia, estilo Americano. E não mudei de opinião. Em determinados moldes, faz todo o sentido, os calendários competitivos europeus, evoluírem... e para o Benfica, tanto financeiramente como desportivamente será positivo.
Continuo a verificar que as criticas feitas a essa Liga, não passam de facto, de um excelente diagnóstico dos actuais problemas do futebol Europeu!!!!
A grande dúvida, é mesmo qual a dimensão dessa Liga, quantos Clubes vão lá estar: 20?! 30?! 40?! 50?!...
Do ponto de vista financeiro, deixar de fora clubes como o Ajax, o Anderlecht, o Olympiakos, o Galatasaray, o Celtic...  o Benfica, não faz qualquer sentido!!! Mesmo sendo clubes de mercados relativamente 'pequenos' são clubes que tem receitas, adeptos, audiências enormes, estarão sempre dentro da solução...
E no ponto de vista desportivo, será mais fácil numa Liga Europeia com regras similares para todos, com acesso às receitas globais, para um Benfica se sagrar Campeão Europeu, do que no actual modelo da Champions!!!
E já agora, recordam-se do ambiente do Benfica-Bayern do ano passado... Preferem jogos como o último Marítimo-Benfica?! Tem mais lógica o Benfica disputar títulos com o Feirense, o Chaves, o Arouca... ou com o Zenit, o Man United, etc...?!!!

'Cheerleading'

"O Comité Olímpico Internacional concedeu ao cheerleading estatuto olímpico provisório, o que significa que este está mais próximo de ser modalidade olímpica. Parece-me, à falta de termo técnico talvez mais adequado, uma estupidez.
Compreendo parte do argumento do COI, segundo o qual há milhões de jovens a praticar cheerleading; também compreenderia com facilidade as associações da prática a modalidades de ginástica. De qualquer forma, mesmo mantendo elasticidade no conceito de desporto - e ressalvando que é uma actividade física e que se organiza em competição -, a razão que me leva a desacreditar o cheerleading como tal tem a ver com o facto de não poder ser praticado por feios. Desde os anos 50, quando começou a sério nos EUA, que os critérios de admissão são a habilidade para dançar e o sex appeal; não conheço nenhum outro desporto que seja só para bonitos. Há desportos nos quais os lindos beneficiam, é verdade; mas não é o mesmo.
Estarei a exagerar? Possivelmente. Exagerar é coisa que me acontece bastante. O que procuro dizer é que subjacente à cultura escolar americana do cheerleading há critérios que não são desportivos e são discriminatórios. Ainda em Abril deste ano a Universidade de Washington publicou lista de exigências para as candidatas: bronzeado de praia, pestanas falsas, ausências de tatuagens, batom (de cor discreta) e vestuário que mostre a barriga. É uma coisificação, uma redução a valor material, a objecto.
Nada tenho contra, faz parte da vida, não serei seguramente eu a mudar o Mundo. O Mundo é que me muda. Agora, parece-me inegável que um desporto olímpico que se preze tem de admitir rostos pálidos, atletas que não pintem os olhos nem usem pestanas falsas, malta tatuada e, inclusivamente, gordinhas. O desporto é bonito de mais para ser perfeito."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Ti Anica !!!

Benfiquismo (CCCXIII)

Transformar obstáculos,
em vitórias...!!!

Sporting cheio de alma?

"A minha última crónica parecia profética. Na Madeira não soubemos ter a sorte num jogo onde jogámos contra várias adversidades mas Rui Vitória fez bem em não se referir a elas porque tínhamos que ter jogado mais e melhor. Contra o Nápoles era um jogo de relativa importância, pois aquele circense Besiktas não ganha duas vezes em 100 jogos que fizesse em Kiev. Escrevi porque tinha a certeza de que o empate em Istambul, que tantos anti festejaram, nos daria a passagem segura. O FC Porto cumpriu contra a terceira linha duns ingleses de que nem a primeira equipa é forte, e que está com justiça nos oitavos de final. O Sporting continua mais agressivo nos comunicados do que nos relvados da Europa e fez hipotecar a Portugal a terceira vaga na Liga dos Campeões.
O Benfica repete a passagem na Liga dos Campeões do último ano e apura-se na Youth League. O FC Porto, mesmo com dificuldade, está nos 16 melhores da Europa, e apura-se na Youth League. O Sporting não faz parte dos 48 clubes europeus que disputam qualquer coisa na Europa, fica fora do torneio dos mais novos, mas segue intacto nos seus objectivos, agora mais concentrado. Ainda assim há quem veja o Benfica desmoralizado para o derby e o rival cheio de alma.
O meu resumo é bem mais exigente. O Benfica classificou-se, e não fez mais que a sua obrigação, pois é dos 16 melhores clubes da Europa, e era das duas melhores equipas do grupo.
No sorteio só o Leicester seria uma boa prenda, com o Mónaco tínhamos um duelo equilibrado, e com os demais estamos condenados a jogar contra as probabilidades estatísticas. Mas é muito bom estar aqui, com este interesse pelo sorteio de segunda-feira.
Domingo jogamos com o Sporting, e queremos ganhar, mas o jogo não é tão decisivo como na quart feira, contra o Real Massamá."

Sílvio Cervan, in A Bola

Vamos a eles

"Da derrota na Madeira, tão inesperada quanto injusta, prefiro salientar a excelente exibição da nossa equipa, nomeadamente até aos 75 minutos. A posse de bola a rondar os 80% e as várias oportunidades claras de golo criadas, acima da já elevada média verificada ao longo do campeonato, tornam esta avaliação, do meu ponto de vista, irrefutável.
Em suma, 'tudo' teve que acontecer para voltarmos a perder ao fim de 23 jogos na competição: péssima arbitragem (técnica e disciplinarmente); anti-jogo maritimista (com complacência de Vasco Santos, uma subespécie de árbitro); sorte do adversário no primeiro golo (não bastasse a queda de Luisão, ainda houve um desvio de Nélson Semedo que impossibilitou Ederson de defender o remate); e, sobretudo, ineficácia gritante da nossa parte.
Resta-me afirmar que, se conseguirmos criar sempre tamanha superioridade em relação aos adversários, o que não é fácil, estou certo que ganharemos todos os jogos.
Entretanto, o desaire na Madeira já lá vai e receberemos o Sporting numa posição menos confortável do que seria expectável. Uma derrota no dérbi significará a perda da liderança. No entanto, atribuo favoritismo à nossa equipa pois, além de continuar líder, tem sido aquela que, não obstante a inacreditável onda de lesões que a tem atingido, melhor futebol tem praticado ao longo da época. Por outro lado, um cenário de derrota, apesar de profundamente desagradável e de significar mais um titulo para o Sporting, em nada colocará em risco a nossa pretensão de conquista do tetra, o qual nunca conseguimos, mas que permanecerá, ainda assim, claramente ao nosso alcance. Até porque, como se sabe, não há campeões à 12.º jornada..."

João Tomaz, in O Benfica