Últimas indefectivações

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Uma feira em cima de um cemitério


"«Se parece um pato, caminha como um pato e fala como um pato, cozinha-o.»
Michael Palmer (1)

No dia 5 de setembro de 1972, em plenos Jogos Olímpicos de Munique, oito elementos palestinianos do grupo «Setembro Negro» invadiram e atacaram as instalações onde se encontrava acomodada a comitiva de Israel na aldeia olímpica. Com duas mortes de imediato, nove israelitas foram feitos reféns, tendo sido os jogos suspensos durante o dia. Às nove da noite, uma intervenção de resgate mal sucedida revelava o resultado: a morte dos nove reféns, de quatro árabes e de um polícia alemão. No dia seguinte os jogos foram reatados. Como teria dito na altura (já lá vão 50 anos!) o campeão olímpico de 1936, Jesse Owens, «montou-se uma feira em cima de um cemitério»!
Vem este episódio a propósito de uma nova feira montada em cima de um outro cemitério...
Há doze anos que o Qatar foi escolhido pela FIFA para organizar o Campeonato do Mundo de Futebol de 2022. Um país sem tradições no futebol, colocado em 50º lugar no ‘ranking’ das selecções nacionais da FIFA (num Mundial com 32 países representados) e em que a mesma é uma manta de retalhos de jogadores naturalizados, nunca chegaria a um Mundial… a não ser que fosse o país organizador. Uma demonstração do poder do dinheiro!
Envolta a atribuição deste Mundial em acusações de corrupção desde o início – o New York Times chegou a citar uma testemunha que afirmou que o presidente da Federação Argentina de Futebol se queixou de não ter recebido os 80 milhões prometidos para votar a favor da candidatura deste país ao Mundial de 2022 («Público», 21.10.2022) –, o próprio Joseph Blatter admitiu que a escolha do Qatar como país organizador do Mundial 2022 «teve influências políticas directas», acrescentando que «Chefes de Governo europeus aconselharam os representantes dos seus países com direito de voto a pronunciarem-se a favor do Qatar, porque estavam ligados a esse país por interesses económicos importantes» («Público», 18.09.2013). Joseph Blatter que veio agora admitir que a escolha do Qatar foi um erro…
Presume-se que rondem os 220 mil milhões de dólares o custo da construção dos oito estádios (com sistemas de ar condicionado devido ao clima desértico do país, o que também impôs a realização do campeonato no Inverno e não, como é costume, no Verão) e de todas as infraestruturas necessárias envolventes. Mais uma vez, o poder do dinheiro…
Este é o campeonato que vai ficar conhecido pelo Mundial da hipocrisia. Ou pelo Mundial da vergonha. Ou pelo «campeonato que não deveria realizar-se» (2).
Maurizio Sarri, treinador da Lázio, declarou o seguinte: «O Mundial no Qatar é um insulto ao futebol. Gostaria que alguém explicasse o que o Qatar pode trazer para o futebol, excluindo o dinheiro para o Manchester City e o Paris Saint-Germain» («A Bola», 12.11.2022).
Mas uma sociedade que não respeita os direitos humanos, em que a dignidade é retirada aos trabalhadores, em que só se pode consumir bebidas alcoólicas no recato da privacidade, em que manifestações de afecto não são permitidas em locais públicos, que discrimina negativamente as mulheres, em que os direitos dos homossexuais não são reconhecidos, em que fotografias só são permitidas com permissão e em que jornalistas não podem fazer livremente as suas reportagens acaba por ter os seus aliados no ocidente: a Dinamarca solicitou à FIFA autorização para treinar no Qatar, durante o Mundial 2022, com os jogadores envergando camisolas com o 'slogan' «Direitos Humanos Para Todos». Resposta da FIFA: negada a pretensão! Por que terá sido? Talvez porque a FIFA preveja que vá arrecadar a quantia de 5,9 mil milhões de euros… De novo o poder do dinheiro!
O jornal britânico «The Guardian» revelou que mais de 6.500 migrantes do sul da Ásia morreram no Qatar na última década (3) no que tem sido secundado pela Amnistia Internacional… São mais do dobro dos mortos no atentado de 11 de Setembro. São 813 mortos por cada estádio. São 203 mortos por cada país participante. São 9 mortos por cada um dos jogadores seleccionados. Temos, de facto, uma nova feira montada em cima de um outro cemitério...
O que fazer? O que fazermos? Uns propõem um boicote ao Mundial (os adeptos do Bayern, do Dortmund e do Porto já se manifestaram publicamente). Outros propõem uma discussão sobre o assunto (Jorge Valdano, em «A Bola» de 29 do mês passado, avança com uma televisão na sala de aula, argumentando que «trinta e duas selecções dão para falar muito de Geografia e de História: um Mundial no Qatar poderia abrir um debate interessante sobre direitos humanos…»). No mínimo, ignorarmos, não divulgarmos ou não condenarmos será sermos coniventes! Será irmos à feira sobre esse cemitério!
Jurgen Klopp, treinador do Liverpool, foi bastante lúcido quando declarou que «todos sabemos como aconteceu e todos deixámos acontecer» («O Jogo», 06.11.2022). Todos somos culpados, principalmente aqueles que vão suportar este mundial através da sua presença (estima-se que já se tenham vendido três milhões de bilhetes) e aqueles que vão publicitar a sua empresa ou o seu produto no mesmo patrocinando o evento ou as selecções nacionais. Principalmente os adeptos do espectáculo, os defensores da paixão.
O que nos faz lembrar o seguinte conto oriental:
«Um discípulo queria reduzir tudo ao entendimento. Só confiava na razão e estava preso na jaula da sua própria lógica asfixiante. Visitou um sábio e perguntou-lhe:
– Mestre, o que é que sustém o mundo?
E o mestre respondeu-lhe:
– Oito elefantes brancos.
– E quem suporta esses oito elefantes brancos?
Inquiriu de novo o discípulo intrigado.
O mestre respondeu-lhe então:
– Outros oito elefantes brancos.»"

Vinte e quatro e siga


"1. Vem aí o Mundial. Começa em Novembro e acaba em Dezembro. É a suprema anormalidade que os maiorais deste jogo fabuloso alguma vez produziram em mais de um século da história. É o descalabro moral da FIFA seduzida pelo dinheiro e insensível ao sofrimento alheio. A construção das estruturas e das infraestruturas para que o Catar possa receber e acontecimento resultou numa mortandade. Numa mortandade sem consequências. O futebol não é isto.

2. 'Isto' é o atual presidente da FIFA, Gianni Infantino, pedir aos países participantes para só pensarem em futebol e deixaram as questões humanitárias e civilizacionais de lado. 'Isto' é um ex-presidente da FIFA, Joseph Blatter, admitir que foi um erro a escolha do Catar como palco do campeonato do mundo de futebol de 2022. Em que ficamos?

3. Entre os lucros do presente e a má consciência do passado, vamos todos para o Catar fingir que o Catar não existe e que, por uma vez sem exemplo, o Mundial se vai disputar numa bolha de abstração onde só contam os golos marcados e os golos sofridos. Que retrocesso.

4. O longíssimo historial de jornalistas cuspidos, empurrados, agredidos em estádios, nos arredores de estádios e à porta de casa é pertença do nosso folclore. À sua maneira, também este fenómeno nacional sempre se manifestou numa bolha de abstração, sem consequências, sem punição, sem autores, sem mandantes. Nesta semana, no entanto, houve grossa novidade. Um tribunal de Guimarães condenou a 2 anos de prisão com pena suspensa o suposto empresário Pedro Pinto que agrediu um repórter de câmara da TVI em direto e ao vivo depois de um Moreirense - FC Porto. Registe-se o progresso.

5. O Benfica prossegue invicto no campeonato nacional. É o líder isolado, tem o melhor ataque, tem a melhor defesa e tem, sobretudo um futebol que encanta. Quem gosta de futebol não pode não gostar de ver jogar este Benfica. Não são os pontos que leva de avanço que fazem mossa na concordância. O que faz mossa é a qualidade do futebol exibido pelo Benfica.

6. O Club Brugge será o nosso adversário nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Com os encontros marcados para 15 de Fevereiro, na Bélgica, e 7 de Março, na Luz, melhor faremos em não pensar muito no assunto, para já. Ainda falta muito. E há que há outras coisas importantes.

7. Como a Taça de Portugal. Três dias depois de visita ao Estoril para o campeonato seguiu-se uma visita ao Estoril para a Taça. Foi o 24.º jogo oficial da época. E a 20.º vitória. O Neres resolveu. Vinte e quatro e siga."

Leonor Pinhão, in O Benfica

É para ganhar!


"A contribuir para o meu fascínio pela leitura está a descoberta de palavras até então ignoradas, considerando algumas delas espantosas, indecifráveis até, desaconselhando a interpretação pelo sentido. A consulta de um dicionário resolve esse constrangimento, com a vantagem de as incrustar no meu léxico. Não poucas vezes tento, depois, usá-las quase como se de um exercício de sistematização do conhecimento recém-adquirido se trate, além de beneficiar de indisfarçável regozijo.
Numa semana em que volto a escrever este artigo de opinião antes que seja realizado um jogo cuja crónica já estará publicada nas primeiras páginas, arrisco de novo o tom ditirâmbico (cá está uma palavra descoberta há uns dias).
O que o Benfica tem feito ao longo da presente temporada e, em particular, nas últimas quatro partidas, impede o mínimo refreio de entusiasmo e convoca fantasias, por ora, bem sei, delirantes.
O sorteio da Liga dos Campeões que ditou o Brugges por adversário foi rapidamente extrapolado para uma eventual viagem a Istambul em junho. A goleada infligida ao Estoril e os oito pontos de avanço para o segundo classificado logo se traduziram numa antecipação de um título sem derrotas. Mereço condescendência: sou adepto confessada e orgulhosamente fanático, a tolerância que me é devida quanto ao optimismo desenfreado deve ser ilimitada.
E depois vejo-me temporariamente assoberbado pela razão e pergunto-me se não deveria proteger-me pública e intimamente. Na (por agora) improvável circunstância de as coisas correrem mal, evitaria que rivais se rissem à minha custa, enquanto melhor preparado estaria para lidar com a desilusão. E é preciso que se note que importa distinguir entre fantasias e reais expectativas, pois sei que chegar o mais longe possível na Champions e vencer o campeonato é o que, para já, se nos permite desejar.
Mas a palavra-chave é “temporariamente”. Que a razão esteja com dirigentes, estrutura, treinadores e jogadores, afinal é a eles que compete fazer por nos dar alegrias. A nós, adeptos, cabe-nos apoiar, ajudar na medida do possível e viver o clube da forma que mais nos aprouve. Eu escolho entusiasmar-me sem reservas, ciente de que amanhã poderá ser diferente.
Vale o seguinte: às 16:58 do dia 9 de novembro de 2022, sinto-me eufórico; depois do jogo com o Estoril, e depois, e depois, e depois (…), logo se verá."

João Tomaz, in O Benfica

O transformador e a sua obra


"Nas asas das letras e tendo a memória como motor, regresso à noite de 2 de Novembro, em Haifa, onde, sob a forma de goleada, a equipa do Benfica serviu uma rica dose (de confirmação) do bom e impositivo futebol que lhe restituiu a destreza de encarar qualquer adversário sem temor, vincando um insanciável apetite pelo sucesso. Admirável como o resultado e a consequência (1.º lugar do grupo da Liga dos Campeões, à frente do PSG e eliminando a Juventus) foi poder comprovar, num momento de decisão, os frutos da capacidade transformadora do trabalho com assinatura de Roger Schmidt. Sem Enzo (castigado) no arranque da partida em solo israelita, o coletivo encarnado perdeu dois elementos, Gonçalo Ramos e Aursnes, ambos por limitações físicas, por volta de meia hora de jogo, mas, reconfigurado com duas unidades (Chiquinho e Musa) que na época passada evoluíram noutras latitudes, manteve o nível da carburação, com o impacto e o desfecho que se conhecem. Relevante foi também constatar que, sem favores, com a maior das naturalidades, foram utilizados cinco jogadores 'Made in Benfica', três como titulares (António Silva, Florentino e Gonçalo Ramos) e dois saídos do banco de suplentes (Diogo Gonçalves e Henrique Araújo), todos eles com rendimento muito positivo. 'Qualidade não tem idade' é convicção que vinga quando há coragem e competência para a criação de um contexto favorável.
Champions League: o sonho é já ali. Pensando nos euros e nos reiterados volumosos investimentos que dão toneladas de peso aos clubes da elite, temos de reconhecer que o sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões foi teoricamente generoso em simpatia para com o Benfica. Todavia, não é menos verdade que a equipa conduzida por Roger Schmidt, ao ter realizado uma fase de grupos soberba, merecia, no mínimo, a fortuna de evitar um dos denominados colossos das grandes ligas europeias. O vencedor do grupo H teve o justo prémio, vai defrontar o Club Brugge, campeão da Bélgica, daqui por... três/quatro meses, a eliminar, nos dias 15 de Fevereiro e 7 de Março do novo ano. Um hiato mais do que suficiente, claro, para insuflar o respeito, neutralizar a tentação dos levitações e não dar nada como adquirido, mas também importante para, com ou sem abono do mercado de inverno, fortalecer um processo e um estilo de jogo do melhor Benfica, com uma dimensão física e tática de alto nível, tudo isto plasmado num quadro de virtudes que faz acreditar e permite sonhar mais além."

João Sanches, in O Benfica

Espaço para sonhar


"Escrevo antes do jogo da Taça, e até ao momento a temporada do Benfica está a superar as expectativas mais optimistas. Diria mesmo que está a deslumbrar, com exibições portentosas atrás uma das outras, com jogadores em níveis de topo de carreira, com vitórias e goleadas empolgantes, em Portugal e na Europa.
Só a conquista de títulos, ou pelo menos a conquista 'do' título, poderá certificar definitivamente o Benfica de Roger Schmidt como um dos melhores, ou mesmo o melhor do século XXI. Vejo futebol desde 1976 e em toda a minha vida não me lembro de muitas equipas em Portugal com um futebol tão vibrante e esmagador. Talvez os tempos de Eriksson sejam o que de mais parecido a minha memória alcança. Apenas no final da época e comparação poderá ser sustentada.
Os adeptos andam, justificadamente, em cima de uma nuvem, beliscando-se para ter a certeza de que isto está mesmo a acontecer. Mas aos jogadores impõe-se que mantenham os pés bem assentes no chão, pois sem títulos esta sequência de resultados e exibições não servirá para nada. Euforia nas bancadas, sim. No balneário, de forma alguma. Sendo Roger Schmidt um treinador experiente, estou seguro de que a ambição não irá afrouxar até Maio.
No Campeonato temos 8 pontos de vantagem. Na Champions estamos nos oitavos-de-final. Com esta equipa, com o seu futebol cintilante, temos espaço para sonhar. Para sonhar bem alto.
No imediato, é imperioso manter esta dinâmica até à pausa - que é como quem diz, até ao próximo jogo. Depois, haverá tempo para encontrar forma de a reproduzir na reentrada do campeonato, e no resto da temporada."

Luís Fialho, in O Benfica

Jovens que contam!


"Já começou a segunda edição da Community Champions League na cidade de Lisboa, aguardada e celebrada pela importância que adquiriu na dinamização comunitária dos bairros lisboetas.
A Fundação Benfica contribui com este projeto para uma Lisboa inclusiva, que escuta os jovens, acolhe as suas opiniões e dá-lhes relevância. Lisboa sabe que eles são parte da solução e não apenas do problema, e todas as cidades devem sabê-lo. Todas as cidades podem ganhar se reconhecerem que a cidadania se cultiva também no e pelo futebol, pelas coisas boas que acontecem numa equipa e que transformam cada um de nós, e pelo transfer dessa união e capacidade de realização coletiva dos jovens para dentro das suas comunidades. Para a manutenção do espaço público, para a segurança, para o bem-estar dos mais fracos, dos idosos e dos diferentes. Para a própria integração e sucesso escolar.
São inúmeros e bem visíveis os impactos positivos da ação das equipas Community Champions sobre os bairros lisboetas, mas este projeto não é só comunidade. É também futebol, é um caminho de melhor individual e coletiva, uma escola prática de cidadania que engrandece Lisboa e honra a matriz humanista e popular do Benfica. É que nós, no futebol, e o Benfica principalmente, acreditamos e apostamos nos jovens, em todos os jovens, porque para nós os jovens contam!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"5
Segue-se o Brugge na Liga dos Campeões. Não há histórico entre os dois clubes em competições oficiais, mas já houve 5 jogos particulares, um pleno de vitórias benfiquistas;

8
Chegou ao fim a melhor série de sempre do Benfica no que respeita a jogos fora sem golos sofridos no Campeonato Nacional (8). Considerando partidas de uma única temporada, foram 5 os jogos seguidos com folha limpa, a 1 do recorde estabelecido em 1975/76 e repetido em 1977/78;

12
É a 17ª vez que o Benfica está invicto nos primeiros 12 jogos do campeonato, mas somente a 5ª vez que o consegue com, no máximo, um empate; 17 João Mário lidera no somatório de golos e assistências, com 9 e 8, respetivamente. Seguem-se, com 15, Gonçalo Ramos (12+3), Rafa (11+4) e Neres (7+8); 20 João “Betinho” Gomes está no top20 dos melhores marcadores de sempre da equipa de honra de basquetebol do Benfica;

24
“Jogos oficiais” invencível desde o início da temporada. É a 4ª vez, considerando todas as competições oficiais (regionais, nacionais e internacionais – é a 5ª vez excluindo as regionais) que o Benfica não perde nos primeiros 24 jogos (anteriormente conseguiu-o em 1964/65, 1971/72 e 1977/78 – e em 1959/60 sem a Taça de Honra);
Florentino é o único totalista, com 24 “jogos oficiais”, mais um do que o quarteto constituído por Enzo, Grimaldo, João Mário e Odysseas. Em tempo de utilização, o líder é o guarda-redes grego, em campo 2229 dos 2356 minutos jogados esta época (inclui tempos adicionais);

34
Desde 1990, só por uma vez (2009/10 – 35), o Benfica marcou mais golos nos primeiros 12 jogos do que os conseguidos na presente época.

100
Gilberto cumpriu o 100º jogo pelo Benfica, incluindo particulares."

João Tomaz, in O Benfica

O Brinco do Baptista #103 - O brinco é desporto

Visão: Sinal - Gil Vicente...

Visão: Explica - Dinâmicas de Ataque no Benfica

Vinte e Um: Como eu vi - Gil Vicente

21 vitórias, 21 expulsões

Por águas nunca dantes navegadas (3): uma Família Feliz


"Boas práticas é uma expressão derivada do inglês best practice, que denomina técnicas identificadas como as melhores, para realizar determinada tarefa. Neste terceiro episódio de - Por águas nunca dantes navegadas (2.º episódio AQUI) o desporto é necessariamente um meio e não um fim em si mesmo, por isso, importa recordar três frases icónicas de Pierre de Coubertin o criador dos Jogos Olímpicos da era moderna até pela sua relação direta com o que presenciei e vivi na primeira pessoa.
O que é o Olimpismo, e o que pretende ser? "O Olimpismo procura criar um modo de vida com base na alegria encontrada no esforço, no valor educacional das boas práticas e exemplos e no respeito pelos princípios éticos fundamentais universais", e ajuda-nos a refletir como o atleta olímpico deve sentir os Valores Olímpicos do Respeito, Excelência e Amizade. "No dia em que um desportista parar de pensar acima de tudo na felicidade que retira do seu próprio esforço e o poder e equilíbrio físico que dele deriva, o dia em que ele permitir que as considerações de vaidade ou interesse se apoderem dele, então nesse dia, o seu ideal morrerá. E não menos importante "O espírito olímpico não é propriedade de uma raça nem de uma época." Diria que é de todos, desportistas e sociedade civil.
Assim sabemos todos que podemos ter como objetivo transformar, melhorar a cultura desportiva de um povo, e ser um meio para transmitir uma visão da sociedade mais inclusiva, mais solidária, mais tolerante, potenciar os Valores da Excelência, do Respeito e da Amizade. No fundo, ter um propósito que está acima das nossas circunstâncias, deixar uma semente, não importa quem vier colher os frutos, e que seja sustentável nas 3 dimensões, social, económica e ambiental, nesse dia estaremos a cumprir os ideais olímpicos que não são nem mais, nem menos que os ideais de uma sociedade que se pretende próspera.
Neste artigo, como no anterior, continuo a tentar perceber quem e porque, no mundo desportivo português, se aventurou por águas nunca dantes navegadas. Neste novo episódio, numa viagem ao mundo fascinante do Pentatlo Moderno, encontrei plasmado os três pensamentos do Barão Pierre de Coubertin atrás expostos, o que me enche particularmente de orgulho, visto tratar-se de uma modalidade que pratiquei enquanto Atleta Olímpico.

A História
O Pentatlo Moderno foi introduzido pelo Barão Pierre de Coubertin nos Jogos de Estocolmo de 1912, e era composto de tiro, esgrima, natação, hipismo e corrida. A sua crença era de que o evento testaria "tanto as qualidades morais do homem, quanto os seus recursos físicos e habilidades, produzindo um atleta completo."

De cinco dias para um
De 1912 a 1980, o Pentatlo Olímpico moderno acontecia durante cinco dias, com um evento por dia. Atualmente, o evento acontece em apenas um dia. Os competidores pontuam nos primeiros três eventos, que decidem as suas posições de início para o evento combinado final, composto de tiro e corrida. O primeiro a cruzar a linha de chegada conquista a medalha de ouro.

Reunindo multidões
A mudança para o formato atual – num único dia – ajudou o público a melhor entender e a conectar-se com a modalidade, fazendo dele um espetáculo mais atrativo.

Pistola a laser
Em 2010, durante a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura, os atletas usaram pela primeira vez no evento combinado uma pistola a laser em vez da tradicional pistola (de ar comprimido) de pressão durante uma competição internacional. O tiro a laser foi introduzido por razões de segurança e também para reduzir o impacto ambiental das balas de chumbo com estreia nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

A Federação Portuguesa de Pentatlo Moderno
Tive a felicidade de a convite da Federação Portuguesa de Pentatlo Moderno de estar em dois momentos diferentes de pura exaltação do desporto, o desporto para todos, o prazer no desporto e a competição, pude presenciar a proximidade entre pais e filhos. Pais e filhos possuem uma ligação eterna, porém, por pertencerem a gerações totalmente diferentes, muitos acabam por afastarem-se com o passar do tempo, o que assisti foi proximidade e tempo de qualidade juntos, famílias a conviverem uns com os outros e não apenas a "cruzarem-se pela casa".

No Campeonato do Mundo de Laser Run na Expo em Lisboa, e no Campeonato do Mundo de Biatle e Triatle no Machico, Madeira, vários fatores-chave de sucesso despertaram a minha curiosidade, o primeiro ser uma organização portuguesa e em território nacional, percebi a capacidade de atrair o investimento dos "players" internacionais, uma Federação Portuguesa a criar o modelo de negócio sustentável e a perceber que os casos de sucesso e referência são fundamentais para evoluir nomeadamente o envolvimento com as congéneres mundiais, o terceiro fator a liderança e capacidade organizativa demonstrada. E quais os denominadores comuns? O desporto a ser visto no seu elemento mais puro, o da participação, da sã convivência, do prazer, da participação desde os mais novos aos mais velhos, famílias inteiras, 3 a 4 gerações envolvidas, onde os organizadores assumem um papel fundamental, a simbiose perfeita entre duas personalidades do desporto que se complementam num objetivo comum, o atual Presidente, o médico e Atleta de Esgrima, João Paulo Almeida, e o Atleta Olímpico do Pentatlo Moderno (4 olimpíadas), Manuel Barroso que nos últimos anos esteve à frente dos destinos da Federação, animador e verdadeiro motor da modalidade e da sua expansão nos últimos anos.

Vou tentar nas próximas linhas, com pensamento sistematizado e no meu ponto de vista, apresentar os ingredientes que tornam a FPPM um modelo de sucesso, desde a inovação, passando pelos resultados e também, claro, pelos recursos humanos essenciais e verdadeiramente envolvidos nesta trajetória de sucesso.
Recordo o que escrevi nos meus últimos artigos, e mais uma vez, reitero que o modelo organizacional no desporto não deve diferir do modelo empresarial. Aliás, um projeto, um clube, uma federação, para além de ser uma empresa de vida, é uma Empresa no sentido literal, em que o profissionalismo, o compromisso, os resultados, as boas práticas, os praticantes (os quais são a base do edifício), o alinhamento de todos na mesma estratégia e a sua sustentabilidade e responsabilidade social, estão umbilicalmente ligados aos bons resultados.

Alguns Dados
Jogos Olímpicos: 7 presenças em edições – 8 atletas participantes
• 1928 Sebastião Herédia - Amsterdão (31.º lugar);
• 1932 Rafael Afonso de Sousa - Los Angeles (22.º lugar);
• 1932 Sebastião Herédia - Los Angeles (23.º lugar); • 1952 José Serra Pereira - Helsínquia (46.º lugar);
• 1952 Ricardo Durão- Helsínquia (41.º lugar);
• 1952 António Lopes Jonet - Helsínquia (48.º lugar);
• 1984 Manuel Barroso - Los Angeles (49.º lugar);
• 1984 Roberto Durão - Los Angeles (44.º lugar);
• 1984 Luís Alves Monteiro - Los Angeles (43.º lugar);
• 1988 Manuel Barroso - Seul (34.º lugar);
• 1992 Manuel Barroso - Barcelona (53.º lugar);
• 1996 Manuel Barroso - Atlanta (19.º lugar)

Ação Federativa 2005/2020 Presidente:
Manuel Barroso (4 mandatos) Atleta Olímpico: JO 1984/1988/1992/1996
Medalha Nobre Guedes COP 1990 Campeão da Comunidade Europeia 1990, 8.º "Ranking" Mundial 1990
Mais de 200 internacionalizações em natação, esgrima, triatlo e pentatlo moderno

N.º Atletas 850
N.º Treinadores 63
N.º Árbitros 90
N.º Clubes 33

Dinâmica de desenvolvimento desportivo actual
- 3 Formatos desportivos: Biatle – 300 atletas entre os 6 e os 70 anos de idade a participar
- Laser Run – 400 atletas entre os 6 e os 70 anos a participar
- Via Olímpica Pentatlo – 150 atletas entre os 6 e os 30 anos a participar.
Ações de Promoção e Experimentação – Públicos Alvo atingidos por ano cerca de 10 000
Quadros competitivos Nacionais:
- 30 Provas anuais nos 3 formatos, Calendário Internacional de Seleções Nacionais – 10 provas incluindo Europeus e Mundiais Sub17, Sub19, Juniores e Seniores.

N.º Atletas no Alto Rendimento- 6
N.º Grandes Eventos Mundiais em Portugal depois de 2005 – 17

Campeonato do Mundo de Sub19 2018 em Caldas da Rainha – Galardoada com o Prémio UIPM de Melhor Organização de Evento Mundial do Ano.
Impacto de participação de atletas por via da realização de grandes eventos mundiais em Portugal – 2500.
1 Árbitro Internacional no Circuito Mundial

O problema
A necessidade de reinvenção da modalidade, a atratividade para os parceiros, patrocinadores, entidades, a modalidade hipismo estar fora de equação a partir de 2024, o modelo de negócio, a base do edifício, a formação, a verdadeira sustentabilidade do modelo económico.

O Modelo
Podemos chamar-lhe um market place, uma plataforma que se pode deslocar em termos logísticos da Expo Lisboa a Machico na Madeira, com a garantia de atrair pessoas, famílias, inteiros agregados familiares e fãs que no caso da Madeira Machico significou mais de 2500 pessoas com impacto evidente na economia local, o turismo desportivo no seu esplendor, misturando o prazer, a gastronomia, a paisagem a diversidade cultural, com participações desde o continente sul-americano como Guatemala, ao continente africano Egipto e África do Sul, estas últimas nações com delegações superiores a 100 elementos, jovens apoiados numa verdadeira visão desportiva/competitiva onde principalmente naqueles dois Países africanos o desporto Escolar é uma realidade integrada no percurso do desportista atleta e cidadão.

Inovação
Planos estratégicos saem da gaveta, conta-se em poucas palavras a inovação, a reinvenção associada a uma proposta valor que inclui alguns fatores essenciais, a descentralização, onde as autarquias percebem e entendem o valor acrescentado deste tipo de organizações centradas no desporto e convivência e a visibilidade da região, com sinergias estabelecidas entre o turismo local. Mais uma vez o financiamento será sempre importante, mas ainda mais importante que o dinheiro necessário à organização, é o valor percebido por todos os stakeholders, aqui aplica-se uma fórmula de sucesso, não se tentar resolver simplesmente aplicando o dinheiro em cima do problema, antes, saber-se onde vai ser aplicado como e com que resultados, e qual o retorno do investimento.

Recursos Humanos
Mais uma vez os atletas neste caso olímpicos a demonstrar que temos que quebrar o paradigma do dirigente desportivo amador, Manuel Barroso teve 16 anos de ciclo olímpico, viajou pelos quatro cantos do mundo, muitas vezes sozinho onde aprendeu a conviver com muitas culturas diferentes, fenómenos organizacionais relativamente eficientes, mas soube exponenciar a sua experiência adquirida, utilizando um modelo organizacional num equilíbrio perfeito entre a paixão que o desporto exige e a exigência e o profissionalismo de uma empresa atraindo e formando uma equipa de atletas, dirigentes, árbitros, treinadores, que demonstrou e demonstra estar preparada para organizar, preparar, inovar, aprender e apresentar resultados.

Considerações finais
Porquê "O Pentatlo Moderno uma família feliz"?. Os processos de construção da família mudaram a par com as mudanças sociais. Conceitos como estabilidade, durabilidade ou permanência foram progressivamente substituídos por diversidade de experiências, instabilidade e satisfação individual. E se isto sucede no plano familiar, com uniões de tipos muito diversos, diferentes formas de viver em família e projetos de família de menor duração, sucede também noutros campos, designadamente o profissional, em que o conceito de trabalho para a vida ou mesmo de permanência numa mesma organização deixaram não apenas de ser possíveis, na maioria dos casos, como deixaram até de ser valorizados, em termos de avaliação curricular.
Onde antes se valorizava a permanência, hoje valoriza-se a diversidade e o mesmo ocorre com as famílias. E ocorre porque a família, enquanto instituição social, é plástica e, por isso, molda-se aos padrões sociais envolventes e, claramente, o padrão atual é de mudança rápida e de pluralidade de modelos, em permanente atualização. O que as famílias fazem, simplesmente, é adaptar-se a isto, o que o Pentatlo Moderno fez foi adaptar-se aos tempos modernos, à diversidade, à mudança, aos novos padrões, criando um cenário em que todos ganham e permite em última análise criar um modo de vida com base na alegria encontrada no esforço, no valor educacional das boas práticas e exemplos e no respeito pelos princípios éticos fundamentais universais.
Um agradecimento especial a todos os que fizeram desta modalidade rainha, um espelho da virtuosidade dos Jogos Olímpicos, criada de propósito para os Jogos Olímpicos, pioneiros desta saga do Miguel Strogoff, os meus comtemporâneos, João Paulo Almeida, João Abrantes, Manuel Barroso, Ricardo Durão, Roberto Durão Pai, Roberto Durão Filho, Gonçalo Durão, António Abrantes, Orlando Ramos e Rui Ramos, etc, etc."

WonderKid: Portugal, Mundial...

Euro Football Daily: Champions...

Segunda...

Quinta...

15 de Novembro


Lixívia 13


Tabela Anti-Lixívia
Benfica...........37 (0) = 37
Corruptos.......29 (+4) = 25
Sporting........25 (+2) = 23

Enquanto na Luz, tivemos uma arbitragem tremendamente incompetente, sem grande influência no resultado, nos outros dois jogos, valeu tudo!!!

Com Rui Costa doente, o CA resolveu o substitui-lo por Manuel Oliveira! Aparentemente o Benfica só podia ser arbitrado por alguém da AF Porto!!! Devia ser uma 'obrigação'!!!
Basicamente proibiu as recuperações de bola! Qualquer contato numa recuperação, com o jogador do Gil a cair, foi sempre falta, sempre!!! Se o Gil conseguiu ter muita posse de bola (sem qualquer objectividade), deve agradecer ao apitador, que obrigou os jogadores do Benfica a serem passivos na pressão...
No lance do penalty contra o Benfica, para mim, pessoalmente, não existe falta! A bola raspa no ombro do Nico e vai ao braço, que está na posição normal... mas admito que o critério este ano, no Tugão tem sido marcar penalty's nestes casos!
Mas entre todas as decisões erradas que tomou neste jogo, a mais parva foi mesmo o Amarelo ao Otamendi!!! Inacreditável... Não teve influência neste jogo, mas terá quando o Nico chegar aos 5 Amarelos!!!

No Bessa mais uma festival do Godinho, com o Nobre no VAR a ficar caladinho, salvando assim a sua carreira!!! Desta vez, não ouve acusações nem confusão dos Corruptos no final da partida, tudo correu bem...!!!
- 1.º golo nasce de um Canto que não devia ter existido... claro fora-de-jogo por assinalar.
- 3.º golo, falta claríssima de Toni Martinez sobre o Central do Boavista. O silêncio do VAR neste lance é assustador...!!!
- A expulsão do Cannon é absurda: 1.º Amarelo, nem sequer existe falta!!! Corte limpo, após um mau domínio do Galeno!!! No 2.º Amarelo existe falta, mas para mim, não é para Amarelo: existiu um tropeção... não existe intenção de derrubar, é falta, mas nunca Cartão e muito menos 2.º Amarelo...
- Já nos descontos o Makouta devia ter levado Vermelho direto... Só foi pena não ter acertado com mais força no Porco!!!

Em Famalicão mais um festival Soares Dias!!!
- Penalty sobre o Cadiz... o facto do venezuelano estar em desequilíbrio quando o Inácio o empurra claramente, não faz que a falta deixe de ser falta!!!
- Expulsão clara do Matheus Reis... Inacreditável a decisão do árbitro e do VAR!
- As linhas no golo anulado ao Morita também são discutíveis, mas...

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Arouca(c), V(4-0), Mota(V. Santos, Licínio), Prejudicados, (5-0), Sem influência
2.ª-Casa Pia(f), V(0-1), Martins(Nobre, P. Ribeiro), Prejudicados, Sem influência
3.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-2), Soares Dias(Malheiro, Coimbra), Prejudicados, Sem influência
4-ª-Boavista(f), V(0-3), Pinheiro(L. Ferreira, J. Silva), Prejudicados, Sem influência
5.ª-Vizela(c), V(2-1), Veríssimo(Nobre, N. Pereira), Prejudicados, (3-1), Sem influência
6.ª-Famalicão(f), V(0-1), Almeida(Melo, B. Costa), Prejudicados, (0-2), Sem influência
7.ª-Marítimo(c), V(5-0), Nobre(V. Santos, Mesquita), Nada a assinalar
8.ª-Guimarães(f), E(0-0), Rui Costa(L. Ferreira, S. Jesus), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
9.ª-Rio Ave(c), V(4-2), M. Oliveira(Rui Oliveira, L. Costa), Nada a assinalar
10.ª-Corruptos(f), V(0-1), Pinheiro(Martins, Godinho), Prejudicados, Sem influência
11.ª-Chaves(c), V(5-0), Godinho(Malheiro, Coimbra), Nada a assinalar
12.ª-Estoril(f), V(1-5), Almeida(Hugo, B. Jesus), Nada a assinalar
13.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), M. Oliveira(C. Pereira, A. Costa), Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Braga(f), E(3-3), Veríssimo(Martins, H. Ribeiro), Nada a assinalar
2.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Mota(Narciso, P. Brás), Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
3.ª-Corruptos(f), D(3-0), Almeida(Hugo, Martins), Prejudicados, Impossível contabilizar
4.ª-Chaves(c), D(0-2), Narciso(V. Santos, D. Silva), Beneficiados, Sem influência
5.ª-Estoril(f), V(0-2), M. Oliveira(Pinheiro, L. Maia), Nada a assinalar
6.ª-Portimonense(c), V(4-0), C. Pereira(V. Ferreira, Cunha), Nada a assinalar
7.ª-Boavista(f), D(2-1), Pinheiro(Melo, B. Costa), Nada a assinalar
8.ª-Gil Vicente(c), V(3-1), Martins(Godinho, R. Teixeira), Nada a assinalar
9.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Soares Dias(Malheiro, Cidade), Nada a assinalar
10.ª-Casa Pia(c), V(3-1), Malheiro(C. Pereira, A. Costa), Prejudicados, Beneficiados, (2-2), Impossível contabilizar
11.ª-Arouca(f), D(1-0), Rui Costa(Hugo, Felisberto), Prejudicados, Impossível contabilizar
12.ª-Guimarães(c), V(3-0), Mota(Martins, A. Campos), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
13.ª-Famalicão(f), V(1-2), Soares Dias(V. Ferreira, Cunha), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)

Corruptos
1.ª-Marítimo(c), V(5-1), Malheiro(Esteves, R. Cidade), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
2.ª-Vizela(f), V(0-1), Veríssimo(Correia, I. Pereira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
3.ª-Sporting(c), V(3-0), Almeida(Hugo, Martins), Beneficiados, Impossível contabilizar
4.ª-Rio Ave(f), D(3-1), Martins(Rui Costa, C. Martins), Beneficiados, Sem influência
5.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Pinheiro(Melo, Manso), Nada a assinalar
6.ª-Chaves(c), V(3-0), Nobre(Narciso, V. Marques), Beneficiados, Impossível contabilizar
7.ª-Estoril(f), E(1-1), Godinho(Soares Dias, Licínio), Beneficiados, (3-1), (+1 ponto)
8.ª-Braga(c), V(4-1), Soares Dias(Hugo, B. Jesus), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
9.ª-Portimonense(f), V(0-2), Mota(Martins, A. Campos), Nada a assinalar
10.ª-Benfica(c), D(0-1), Pinheiro(Martins, Godinho), Beneficiados, Sem influência
11.ª-Santa Clara(f), E(1-1), Soares Dias(R. Oliveira, C. Campos), Beneficiados, Prejudicados, (0-0), Impossível contabilizar
12.ª-Paços de Ferreira(c), V(4-0), M. Oliveira(Correia, J. Afonso), Nada a assinalar
13.ª-Boavista(f), V(1-4), Godinho(Nobre, N. Pereira), Beneficiados, Prejudicados, (1-2), Impossível contabilizar

Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica

Sporting
Soares Dias - +2
V. Ferreira - +2

Corruptos
Veríssimo - +3
Correia - +3
Godinho - +1
Soares Dias - +1

Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
Pinheiro - 2
Almeida - 2
M. Oliveira - 2
Mota - 1
Martins - 1
Soares Dias - 1
Veríssimo - 1
Nobre - 1
Rui Costa - 1
Godinho - 1

Sporting
Mota - 2
Soares Dias - 2
Veríssimo - 1
Almeida - 1
Narciso - 1
M. Oliveira - 1
C. Pereira - 1
Pinheiro - 1
Martins - 1
Malheiro - 1
Rui Costa - 1

Corruptos
Pinheiro - 2
Soares Dias - 2
Godinho - 2
Malheiro - 1
Veríssimo - 1
Almeida - 1
Martins - 1
Nobre - 1
Mota - 1
M. Oliveira - 1

VAR's:
Benfica
Nobre - 2
V. Santos - 2
L. Ferreira - 2
Malheiro - 2
Melo - 1
R. Oliveira - 1
Martins - 1
Hugo - 1
C. Pereira - 1

Sporting
Hugo - 2
Martins - 2
V. Ferreira - 2
Narciso - 1
V. Santos - 1
Pinheiro - 1
Melo - 1
Godinho - 1
Malheiro - 1
C. Pereira - 1

Corruptos
Hugo - 2
Martins - 2
Correia - 2
Esteves - 1
Rui Costa - 1
Melo - 1
Narciso - 1
Soares Dias - 1
R. Oliveira - 1
Nobre - 1

AVAR's:
Benfica
Coimbra - 2
Licínio - 1
P. Ribeiro - 1
J. Silva - 1
N. Pereira - 1
B. Costa - 1
Mesquita - 1
S. Jesus - 1
L. Costa - 1
Godinho - 1
B. Jesus - 1
A. Costa - 1

Sporting
Cunha - 2
H. Ribeiro - 1
P. Brás - 1
Martins - 1
D. Silva - 1
L. Maia - 1
B. Costa -1
R. Teixeira - 1
Cidade - 1
A. Costa - 1
Felisberto - 1
A. Campos - 1

Corruptos
Cidade - 1
I. Pereira - 1
Martins - 1
C. Martins - 1
Manso - 1
V. Marques - 1
Licínio - 1
B. Jesus - 1
A. Campos - 1
Godinho - 1
C. Campos - 1
J. Afonso - 1
N. Pereira - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1

Sporting
Soares Dias - 2 + 0 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1
V. Ferreira - 0 + 1 = 1

Corruptos
Godinho - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Soares Dias - 1 + 1 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Nobre - 1 + 2 = 3
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Almeida - 2 + 0 = 2
M. Oliveira - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Malheiro - 0 + 2 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
Soares Dias - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
C. Pereira - 0 + 1 = 1

Sporting
Martins - 1 + 2 = 3
Mota - 2 + 0 = 2
Soares Dias - 2 + 0 = 2
Narciso - 1 + 1 = 2
Pinheiro - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
C. Pereira - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
V. Ferreira - 0 + 2 = 2
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Godinho - 0 + 1 = 1

Corruptos
Soares Dias - 2 + 1 = 3
Martins - 1 + 2 = 3
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Godinho - 2 + 0 = 2
Nobre - 1 + 1 = 2
Hugo - 0 + 2 = 2
Correia - 0 + 2 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
R. Oliveira - 0 + 1 = 1

Anexos(IV):
Jornadas anteriores:

Anexos(V):
Épocas anteriores:

PitchCam: Gil Vicente...

O Circo do Jogador-Sol


"As milhentas fantasias criadas pelo Cirque du Soleil ao longo dos seus 38 anos de existência confundem-se com os incontáveis truques de magia dos quase 38 anos da vida paralela de Cristiano Ronaldo, o Rei-Sol do futebol. CdS e CR7 são duas marcas simultâneas do “show business” que têm inspirado gerações à escala mundial.
“Varekai”, espectáculo que foi estreado no ano em que Cristiano se tornou jogador profissional, contava-nos a história dos nómadas universais, como os futebolistas contemporâneos, que voam alto, tocam o Céu e acabam por cair, a partir do mito de Ícaro, o homem que queria voar e cujas asas derreteram ao aproximar-se do Sol. Como uma metáfora da vida do madeirense.
Nunca o original imortal do grande Artur Jorge, aqui adaptado a “o futebol é um circo”, fez tanto sentido.
E Cristiano interpretou na sua vida de "Saltimbanco" em permanente digressão pelo mundo todas as artes circenses dos inesquecíveis espectáculos do Cirque du Soleil: por vezes no ambiente de “Mystère” de Las Vegas, ou vivendo os sonhos encantados de “La Nouba”, ou empenhado na guerra dos mundos figurada em “Dralion” entre um Messi-Dragão e um Cristiano-Leão, ou perdido nas grandes farras de cabaré das suas férias escaldantes em “Zumanity”, ou nos grandes recitais em estádios míticos como em “Sép7imo Dia” ou, por fim, produzindo a própria saída de cena no funeral carnavalesco de “Cortéo” a que estamos a assistir desde Junho.
Cristiano Ronaldo reservou para o “grand finale” os contorcionismos e equilibrismos mais arriscados, tentando fixar-se nesse espaço mágico entre o céu e a terra, mesmo quando o peso da idade e da vida o atrai cada vez mais para baixo - felizmente para ele, apenas no plano desportivo, pois o seu negócio está nos antípodas da bancarrota financeira que a companhia canadiana entretanto sofreu. A entrevista de ajuste de contas freudiana, assassinando a frio o “pai” Manchester United, é uma perigosa acrobacia sem rede que, para já, deixa o mundo em suspense, temendo o pior desfecho deste “mais difícil ainda” de uma longa carreira de desafios sem limite.
Esta semana, Cristiano muda-se da arena iluminada do palhaço rico Piers Morgan para o picadeiro da FEMACOSA, trazendo atrás toda a atenção do mundo, toda a pressão da imprensa internacional, todos os flashes dos “paparazzi”, todo o enorme ruído marginal e pernicioso para uma equipa de futebol profissional, a poucos dias de enfrentar um campeonato do Mundo.
Por causa deste impensável e egoísta “the show must go on” do seu Jogador-Sol, a selecção de Portugal ficou agora a balançar, perigosamente, entre uma queda do trapézio e uma palhaçada ridícula - isto se, entretanto, o homem-canhão não pegar fogo à tenda, em festa se marcar ou em desastre se não marcar os golos que ainda lhe faltam.

N.A.: Varekai, Saltimbanco, Mystère, La Nouba, Dralion, Zumanity, Sép7imo Dia e Córteo são nomes de espectáculos do Cirque du Soleil."