Últimas indefectivações

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Vitória na Eslováquia...

Presov 16 - 24 Benfica
6-9


3 jogos, 3 vitórias na Europa, e o 1.º lugar do grupo, muito perto, basicamente vencer este Presov na Luz, e os Suíços, também, na Luz!

Defendemos muito bem, estivemos menos bem, no início da 2.ª parte, mas rapidamente voltámos ao normal... Ofensivamente, faltou o Belone para dar alguma definição, mas mesmo assim estivemos bem...

Antevisão...

Treino...

BI: Antevisão - Feyenoord...

Terceiro Anel: Antevisão - Feyenoord...

3x4x3


Segunda Bola...


Falar Benfica #181

Jogo Pelo Jogo - S02E11 - Assalto Nani, Melhores Jogos da Infância, Taça de Portugal

Observador: E o Campeão é... - "Varandas ataca, mas todos têm telhados de vidro"

5 minutos: Diário...

Zero: Senhoras - S05E08 - Portugal em busca do Euro e Portugal no Mundo

“Sporting GOLEIA”…mas o “Benfica” APENAS “marcou 10”…. Semântica apenas não é…?


E ao intervalo?!

Tempos difíceis


"1. O ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, um ex-assessor, Paulo Gonçalves e a SAD do Benfica foram acusados de corrupção ativa, oferta indevida de vantagem e fraude fiscal qualificada. O Ministério Público pede o Benfica fora das competições desportivas em caso de condenação. O assunto é sério e mancha a reputação deste nosso clube fundado em 1904 por gente séria e de poucas posses.

2. Os prazos em que delonga a justiça no nosso país fazem antever um cenário duradouro de dissolução do nome do Benfica na imprensa e na opinião pública. Saberemos nós, benfiquistas, lidar com a violência que vem aí? O que fazer?

3. A SAD do Benfica emitiu na quarta-feira (16 de Outubro), um comunicado frugal sobre as acusações 'por alegados atos imputados' ao ex-presidente e ao ex-assessor considerando 'infundada a referida acusação'. Outra coisa não seria de esperar. Mas o importante, o fundamental, é que nenhum benfiquista de alma e coração se reveja nas práticas que o Ministério Público imputa ao nosso clube.

4. Confiemos na Justiça, sim. E confiemos nos benfiquistas que saberão defender o Benfica hoje o erguer o Benfica amanhã.

5. O selecionador nacional de futebol continua a emitir declarações destrambelhadas sobre Florentino Luís, o jogador do Benfica que não cabe nas suas opções tal como não coube nas opções do anterior selecionador. Os selecionadores são pagos para selecionar, e nunca ninguém ouviu Florentino lamentar-se ou protestar por não fazer parte do lote das quinas. No entanto, os jornalistas persistem em confrontar o atual selecionador com a ausência no jogador do Benfica o que se compreende. E Roberto Martínez persiste em meter os pés pelas mãos nas suas respostas, o que não se compreende.

6. António Oliveira, o 'nosso' Toni, festejou o seu 78.º aniversário, e sucederam-se as manifestações de apreço pela figura - sim, é uma figura e das grandes - daquele que foi jogador campeão e treinador campeão pelo Sport Lisboa e Benfica. A BTV dedicou-lhe um programa especial no dia do seu aniversário, emissão de grande qualidade homenageando esta personalidade única que recolhe a unanimidade das simpatias dos benfiquistas. Parabéns, Toni, para o ano há mais.

7. Depois da chamada ´pausa' das seleções, volta o Benfica às suas lides domésticas e internacionais até à próxima pausa das seleções marcada para a segunda metade de Novembro. Até lá, temos muito com que nos entreter. São sete jogos referentes a quatro competições. Taça de Portugal, Liga dos Campeões, Liga portuguesa e Taça da Liga. Por ordem de entrada em cena, são estes os nomes dos nossos adversários: Pevidém, Feyenoord, Rio Ave, Santa Clara, Farense, Bayern de Munique e FC Porto. Carrega, Benfica! Carrega sete vezes, Benfica!"

Leonor Pinhão, in O Benfica

Um dia pouco habitual


"Numa manhã que deveria ser de descontração, Eusébio teve de lidar com situações desagradáveis

Os grandes jogadores têm em comum o facto de serem altamente competitivos. Essa talvez seja a razão pela qual se tornaram tão bons. A ambição de ganhar constantemente leva a que sejam exigentes consigo próprios, trabalhando no limite das suas capacidades. Acreditam que as vitórias sejam a compensação da consistência do seu trabalho. As derrotas são difíceis de gerir e de esconder o seu efeito, fazendo com que se esforcem em dobro para os reverter ou impedir que voltem a acontecer.
Eusébio habitou-se desde cedo a distinguir-se dos companheiros e, como as equipas de que fazia parte estavam sempre mais próximas da vitória, estava habituada aos ciclos vitoriosos. A temporada 1972/73 elevou ainda mais a fasquia. Peça-chave da campanha perfeita do Benfica no Campeonato Nacional, ao sagrar-se campeão invicto, o avançado foi o melhor marcador de competição, apontando 40 golos em 28 jornadas.
No final dessa época, os encarnados rumaram a Espanha para disputar o Troféu Ibérico. O torneio era de boas memórias para o Clube, que tinha vencido a 3.ª edição, em 1969. Em 27 de Junho de 1973, os benfiquistas entraram em prova, defrontando o Málaga. O Pantera Negra destacou-se ao apontar 2 golos nos primeiros 11 minutos, liderando a equipa para a vitória por 7-1.
A exibição dos benfiquistas agradou até ao rígido Jimmy Hagan, que concedeu folga na manhã do dia 29 de Junho. As elevadas temperaturas que se sentiam em Badajoz, 'até a água da piscina do hotel era morna, e as sombras das árvores e dos chapéus coloridos eram mornas', levou a que os jogadores relaxamento junto da piscina.
Todos pareciam estar a aproveitar o momento, exceto Eusébio, irritado por falsas declarações de um jornalista  espanhol, que tinha avançado que o King desejava representar uma equipa desse país. Com jornalistas portugueses presentes no hotel, o avançado pediu: 'Você está a ver? Aquele tipo resolveu põr-me em Espanha. Diga lá em A Bola, se faz favor, que não tenho o mais pequeno interesse em vir para aqui.'
Para o animar, foi convidado a participar num concurso de natação, concorrendo com Malta da Silva. Adolfo e Homero Serpa. O fotógrafo Nuno Ferrari ficou encarregado de ser o juiz. Assim que deu início à prova, Adolfo ganhou enorme vantagem sobre os restantes e venceu. 'Adolfo é Mark Sptiz do Benfica. Tem um certo estilo e muita força. Com uma época de preparação era capaz de competir a sério, especialmente no estilo mariposa.'
Quem não gostou de perder foi Eusébio, juntando assim a frustração da derrota à irritação da imprensa espanhola. Mas no dia seguinte reverteu o ciclo, na final do Troféu Ibérico. Perante o Estrela Vermelha, o avançado teve uma prestação fantástica, sendo determinante na vitória por 5-2, ao apontar um hat-trick. Tudo voltou ao normal!
Saiba mais sobre o fenomenal jogador na área 24 - 'Pantera Negra' e Outras Lendas, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Cuidado com os gatos-pingados


"Aprendi a ler com os livros de banda desenhada de Lucky Luke. Em muitas histórias do cowboy pacifista, que disparava mais rápido do que a sua própria sombra, entrava a personagem do gato-pingado, o cangalheiro que ansiava por duelos e mortes para poder fazer florescer o seu negócio. Lembrei-me muitas vezes desta curiosa personagem durante a semana que agora termina. Assim que saiu a risível acusação do Ministério Público contra a Benfica SAD, logo começaram os gatos-pingados a fazer esticar as suas fitas métricas nos ombros e costas de potenciais defuntos.
Parece-me que o psicanalista austríaco Sigmund Freud poderia ter uma explicação para tanta libido que emana de comentadores, jornalistas e especialistas. Até Ivan Pavlov, o fisiologista russo reconhecido pelas experiências de reflexologia com cães e companhias, conseguiria ter algo a dizer sobre tanta saliva que escorre queixo abaixo dos dirigentes, sócios e simpatizantes dos clubes nossos rivais. É-lhes tão fácil esquecer Apitos Dourados e Cashball, férias pagas de árbitros e vice-presidentes a entrar envelopes de dinheiro, que, confesso, quase solto uma lágrima.
É tão descabida a alegada relação de corrupção entre a Benfica SAD e o Vitória FC (basta ver o historial de jogos e os resultados desportivos obtidos) que vai ser bonito de ver quando, mais uma vez, o Clube e os dirigentes forem ilibados. Sim, fica a nódoa desta acusação, mas, a ver as trapalhadas em que o Ministério Público tem estado envolvido nos últimos anos, até pode ser considerada uma medalha. Aproveitem o curto momento enquanto dura. Ou, numa expressão que os gatos-pingados devem entender melhor: 'Vai ser tão bom, não foi?'"

Ricardo Santos, in O Benfica

Jamor? Pode ser uma mesa para 15 mil


"Está de volta a Taça de Portugal e, claro, a saudade de transformar a mata do Jamor numa cozinha a céu aberto. Onde qualquer um se sente um masterchef atrás do grelhador, porque na verdade toda a barriguinha ou costelinha degustada debaixo daquelas árvores sem um sabor especial, tanto para quem come como para quem põe os outros a comer. Desde os panados, no meio do pão - temperados com limão, sal e com o pó levantado pelos carros que, de mala aberta, servem de mercearia - ao arroz de feijão cozido dentro de betoneiras, não há prato do menu que desiluda quem quer que seja.
Quando se fala da magia do Jamor, fala-se muito além de a bola a rolar em cima do relvado, porque esta é o único jogo da época onde o primeiro apito do árbitro sinaliza que o jogo já está a chegar ao fim, e não o contrário. O pontapé de saída é uns dias antes, quando vamos ao supermercado buscar as grades de cervejas que uns dias depois se vão evaporar sem que o calor do sol tenha qualquer responsabilidade.
Ir ao Jamor é como ir de férias a Palma de Maiorca: se pudesse, voltava lá todos os anos. Bebe-se bem, come-se ainda melhor, e ainda celebramos o amor pelo Benfica desde manhã cedo até ao final da tarde? È difícil exigir mais do que isto quando se trata de procurar a definição de felicidade. Por isso mesmo, é bom que se proteja este porque como se fosse mesmo uma área reservada. Fala-se há alguns tempo da recuperação do Jamor, mas estranhamente fecha-se os olhos ao maior escândalo que envolve aquele espaço. A ausência de uma merecida estrela Michelin. Eu e o leitor estamos à espera de mesa desde 2017."

Pedro Soares, in O Benfica

Dia de festa


"A Taça de Portugal é a festa do futebol português. Trata-se da competição onde, mesmo os emblemas mais modestos, mesmo os atletas mais anónimos, pode, um dia, desfrutar do seu momento de fama e de glória. Desta vez a sorte grande sorriu ao Pevidém, equipa minhota que disputa o Campeonato de Portugal e vai receber o Benfica naquele que será, com certeza, um dos dias mais cintilantes do seu historial e da vida dos seus jogadores.
Lamentavelmente, o jogo não irá disputar-se no estádio local, mas, sim, em Moreira de Cónegos. Lembro-me de ver Chalana em campos pelados, com gente espalmada entre muros e linhas laterais. Na época de Eusébio, por maioria de razão, tal seria ainda mais frequente.
Até posso entender as razões pelas quais, hoje, existe uma maior necessidade de proteger os atletas e garantir a segurança dos adeptos. Não percebo é por que motivo se obriga os grandes clubes a jogar fora de casa esta eliminatória, quando as partidas acabam invariavelmente por ser deslocadas para campos neutros. Desconfio que os jogadores do Pevidém gostavam mais de pisar o relvado da Luz por uma vez nas suas carreiras, e que o próprio clube obteria uma receita partilhada muito superior num estádio onde provavelmente estariam mais de trinta mil pessoas. Mas o futebol português tem razões que à razão desconhece. As mesmas que, com a sobrecarga de jogos que os principais jogadores sofrem nas pernas, os fazem jogar as meias-finais desta prova a duas mãos - quando todas as outras eliminatórias, bem como a final, se disputam em jogo único.
É óbvio que, respeitando o adversário, o Benfica irá passar à fase seguinte. E esperamos que, a partir daí, possa prosseguir a sua caminhada até ao Jamor. Em 28 anos vencemos apenas 3 Taças de Portugal. Estão muitas em dívida. Queremos começar a cobrá-las."

Luís Fialho, in O Benfica

Pela paz


"Lutar pela paz é o mais nobre papel que um exército pode ter. E o Exército Português tem-no! Mas não se pense que é passivo ou isento de risco o papel destes comandos. Pelo contrário, exige-lhes redobrada coragem, defender populações civis transformadas em alvo de predadores e bandidos armados numa terra sem lei como é hoje, infelizmente, a República Centro-Africana.
Ali, a realidade é tão terrível, que ultrapassa a ficção. Metade das crianças não tem acesso à saída, apenas um terço vai à escola, e quase 40% sofrem de malnutrição. Quem o diz é a UNICEF e o próprio governo que impotente perante a dimensão da catástrofe social, pode ajuda ao mundo, divulgando que continua, e até aumenta o recrutamento forçado de crianças como combatentes. São já mais de 10 mil meninos soldados feitos carne para canhão e meninas usadas como escravas sexuais.
Os mais fracos de entre os fracos, as crianças, estão na linha da frente aos abusos, mas, para ação das Nações Unidas, estão também na linha da frente da defesa dos direitos humanos e da proteção pelas forças de paz. É esse, entre outros de natureza estratégica militar, o papel social das tropas portuguesas em missão de paz. Por isso, interagem com amizade e carinho junto das comunidades que protegem, levam tudo o que podem para melhorar o acesso à educação e à prática desportiva das crianças centro-africanas. Por isso levam o melhor que lhes poderiam dar daqui deste lado do mundo: a solidariedade benfiquista e a beleza contagiante das nossas cores!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Pre-Bet Show #80 - O amasso que deu origem à expressão: 15 minutos à Benfica 🦅

Frederico Varandas tem pouca autoridade para dar lições de moral


"«O sistema existe, não lhe posso é provar. E realmente essas situações são corriqueiras, desde os juniores até aos seniores. (…) As pessoas que falavam comigo nessas alturas eram pessoas que apareciam e desapareciam, e todas elas tinham uma bitola consoante a importância do jogo. Muitas das vezes fui contactado e não aceitei, e uma das vezes fui experimentar e vi que realmente funcionava».
Estas declarações pertencem a Jorge Gonçalves, antigo presidente do Sporting. Não foi preciso vasculhar terabytes de e-mails consultados indevidamente para chegar a esta declaração clara como água. Que me lembre, é a única admissão de corrupção ativa alguma vez feita por um presidente de um clube português de grande dimensão. Por um lado, apetece-me elogiar a sinceridade da declaração. Por outro, apetece-me perguntar se está prevista a suspensão do Sporting de todas as provas desportivas. Investigue-se.
Vem a provocação a propósito da mais recente entrevista de Frederico Varandas, ao longo da qual o presidente do Sporting enumera uma série de feitos como se o próprio fosse aquilo a que hoje se chama na gíria de «talento geracional». A expressão é usada para descrever um talento que só aparece uma vez uma geração, uma espécie de cometa que passa pela realidade dos comuns mortais e nos abençoa com a sua presença. A expressão foi cunhada para caracterizar o talento de pessoas como Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo, portanto Frederico Varandas não me levará a mal se o colocar numa categoria diferente, ligeiramente abaixo dos verdadeiros talentos que marcam uma geração como nenhum outro.
Não quero ser mal interpretado e tento sempre reconhecer valor a quem o demonstra. O presidente do Sporting tem grande mérito no sucesso que, em conjunto com a sua equipa, voltou a um clube que parecia cronicamente afastado das grandes vitórias. Ninguém lhe tira isso, como ninguém lhe deve tirar os demais progressos que o clube tem feito durante os seus mandatos. Mas, para alguém tão revoltado com páginas negras do futebol português, Frederico Varandas parece-me um pouco inebriado pelas recentes conquistas.
Já aqui elogiei a firmeza do presidente do Sporting em relação ao FC Porto, mas não me parece que seja boa ideia o presidente do Sporting viver excessivamente convencido da sua pureza. A ideia de que Frederico Varandas, por ser mais novo e aparentemente impoluto do que dois ex-presidentes seus rivais, representa um clube moralmente inatacável, não resiste ao embate com a realidade. O exercício é simples. Se Frederico Varandas se sente intitulado a decretar sentenças acerca de crimes por demonstrar, como o fez em relação ao Benfica, o mesmo critério poderia ser usado contra o seu Sporting. Bastaria para isso que, tal como Frederico Varandas, fintássemos o Estado de Direito da forma mais conveniente e tirássemos as nossas próprias conclusões acerca da conduta de um antigo vice-presidente do clube de Frederico Varandas, ou de outros funcionários do clube.
Se isso não for suficiente, podia falar sobre o Euromilhões que permitiu ao Sporting obter uma vantagem económica por via da recompra das VMOCS, vantagem essa que Frederico Varandas considerará devida, mas que eu reservo o direito de considerar moralmente condenável, mesmo que financeiramente lícita, e mais do que capaz de desvirtuar a relação de poder entre clubes rivais. Já agora, também valeria a pena lembrar o acionista do clube, detentor de 9,9 % da SAD do Sporting, que se vê hoje enredado em acusações graves de branqueamento de capitais, numa operação alegadamente tornada possível com a entrada de dezenas milhões de euros na SAD. Apetece perguntar a que expediente recorrerá para defender o Sporting no dia em que um destes problemas, ou outros daí decorrentes, se abater sobre o seu clube.
Daqui se infere uma verdade relativamente prosaica: Frederico Varandas, com quem, pasme-se, não antipatizo, tem pouca autoridade para dar lições de moral a quem quer que seja. Pode e deve pugnar pela ética do seu clube enquanto o representar, mas para isso terá de considerar também um objeto, para além dos artifícios verbais. Chama-se espelho e permite ver o nosso próprio reflexo. Nele, se olharmos com atenção, descobrimos as nossas próprias imperfeições e aprendemos coisas importantes sobre nós.
De resto, por muito assertividade que empregue, as sentenças de Frederico Varandas não transitam em julgado. O presidente do Sporting está no direito de escolher a parte da realidade que lhe interessa. Quem o ouve, está no direito de fazer exatamente a mesma coisa. Nisto, devemos ser francos. Não sairá daqui um país melhor, mas antes o país que temos. Quando este choque acontece, ou seja, quase sempre, a acusação de negacionismo é válida para ambos os lados, mas, em rigor, só um dos participantes nesta troca preside a uma instituição com a dimensão do Sporting.
Refiro-me à dimensão, não porque esta crónica semanal se deva ocupar demasiado com o tamanho dos outros, que empalidece por comparação com o Sport Lisboa e Benfica, mas, porque, em virtude dessa dimensão institucional, se aconselharia uma postura diferente por parte do presidente do Sporting, que, à sua maneira, acaba por ser capturado pela narrativa mais corriqueira do futebol que tantas vezes já criticou.
A sensação é a de que Frederico Varandas aproveitou os ventos favoráveis dentro de campo para uma operação de outra natureza, neste caso uma nova recompra de VMOCs, leia-se, Valores Morais Oportunamente Convertíveis. No entanto, se há coisa que o futebol português nos ensinado, é que todos os heróis acabam por viver tempo suficiente para acabarem como vilões.
O meu clube tem um longo caminho a percorrer, precisamente por se ter deparado e continuar a deparar-se com esses heróis caídos em desgraça. Felizmente, há muitos sócios e adeptos que lhe colocam um espelho à frente, sem receio de confrontar a realidade. Podemos ser muito grandes em muita coisa, mas não devemos ser tímidos a reconhecer os momentos em que fomos pequenos, sem pretensas virtudes morais e sem achar que temos algo a ensinar aos outros. Gosto de pensar que nos preocuparemos sempre mais connosco.
Quanto a Frederico Varandas, talvez não o antecipe, mas é possível que a dívida moral, ao contrário da financeira, acabe por cobrar o seu preço."

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Terceiro Anel: Diário...