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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

SC Braga: jogo de todos os perigos

"Este apuramento de Portugal tem mais mérito que outros anteriores, porque é conseguido com um grupo de jogadores de valor inferior. Certo que temos um jogador de outro mundo, e só por isso não é eleito o melhor (deste) mundo, mas a verdade é que a Selecção não transborda de qualidade e há até jogadores muito abaixo do suficiente para uma Selecção Nacional. Este facto só valoriza o papel do principal vencedor desta qualificação, Paulo Bento.
Paulo Bento acredita no trabalho e na disciplina, e por isso num país como Portugal é apelidado de teimoso. Em Portugal a competência e seriedade tem muitas vezes nomes estranhos. Parabéns ao seleccionador, nele congratulo todos os que tornaram este feito possível. Fernando Santos é também credor de elogios pela qualificação grega.
Este fim de semana regressa a primeira Liga com um jogo de elevada dificuldade para o Benfica. A recepção ao SC Braga no ano passado custou o campeonato. Tradicionalmente difícil e frequentemente mal arbitrado este é um jogo de todos os perigos. Sem Jorge Jesus no banco e com um treinador de larga experiência do lado arsenalista, resta ao Benfica ser muito forte para vencer um jogo que é mais que importante, é determinante no futuro da época do Benfica. Em Bruxelas na quarta-feira, desejo... ganhar ao SC Braga. Até ao Natal não pode haver tropeços se queremos lutar pelo título. Esgotámos cedo demais o stock de descuidos da primeira volta. Ora por culpa própria, ora por erros grosseiros de arbitragem a verdade é que já deixámos sete pontos difíceis de explicar.
Parabéns por fim, ao hóquei em patins encarnado que continua a bater recordes e a conquistar troféus únicos para as cores do clube e do país. Tantos títulos internacionais (Taça CERS, uma Liga dos Campeões, duas Taças Continentais e uma Taça Intercontinental) em tão pouco tempo é impressionante e motivo de orgulho."

Sílvio Cervan, in A Bola

De novo o Gil...

Depois do emocionante jogo do Campeonato na Luz no início da época, com uma gloriosa remontada nos descontos, os sorteios desta semana, voltaram a colocar na Luz o Gil Vicente: primeiro tinha sido para a Taça da Liga, e hoje para a Taça de Portugal...
Nota importante, este jogo da Taça de Portugal, será imediatamente antes do jogo com os Corruptos... todos os cuidados são poucos!!!

Obras de Arte

"Estádio da Luz, Fevereiro de 2013: canto a favor do Benfica do lado esquerdo do ataque; Enzo Pérez marca, curto, para Melgarejo que cruza, a sobrevoar a área, para o segundo poste; Óscar Cardozo eleva-se e dá de cabeça para Lima, no centro da área; Lima também de cabeça, serve Nemanja Matic, para a entrada da área, e o sérvio, sem deixar cair, fuzila de pé esquerdo, a meia altura, para o fundo da rede, deixando Helton pregado ao chão. Este golo foi  seleccionado e nomeado pela FIFA e pela France Football para Golo do Ano, Prémio Puskas. Está à votação na Internet.
Mas outra obra de arte, de jogadores do actual plantel do Benfica, neste ano civil, mas no Campeonato transacto, merecia ser igualmente distinguida. Nuno Matos, relator da Antena 1, descreveu esse golo, marcado por Lima, após brilhante trabalho de Nico Gaitán, no Benfica 2 - Sporting 0 em Abril deste ano: 'Meus amigos, isto não é balet. É futebol. Artístico. Nota 10.' O tento é um primor de perfeição e brilhantismo de execução. Mas a jogada é de Gaitán. Aliás, a equipa celebrou o golo à volta do argentino, que deve ter fintado mais de meia equipa do Sporting, algumas 'vítimas' por mais de uma vez, antes de sevrvir Lima, sem apelo, para a estocada rápida e final.
O malogrado relator Jorge Perestrelo dizia: 'É disto que o povo gosta'. E tinha toda a razão, aliás, há quem lhe cite a frase. São obras de arte deste quilate que fazem o fascínio e a magia do Futebol e a alegria do povo. Neste caso do povo Benfiquista.

Em tempo: a equipa de Hóquei em Patins do Benfica fez o pleno dos títulos internacionais do ano: Champions, Taça Continental e Taça Intercontinental. Uma equipa para a História da modalidade, do Sport Lisboa e Benfica e do Desporto português."

João Paulo Guerra, in O Benfica

Urticárias

"1. Parece que a ideia de erigir uma estátua a Cosme Damião, o grande ideólogo do Benfica, provocou uma crise de urticária a Oeste de Pecos. Habituados a ser favorecidos pela Câmara de Gaia, os seguidores do Madaleno insurgem-se quanto à despesa que possa ser levada a cabo pela Câmara de Lisboa. Possivelmente, e pela sua forma de estar na vida, esperariam que fosse a Câmara de Almada a pagar a obra. Mas registe-se a evolução: para quem sempre desejou ver «Lisboa a arder» (imagine-se o gasto que seria para o erário público) revelar esse tipo de preocupação é de louvar. Esperamos agora que se levante em Gaia uma estátua ao fundador do FC Porto. Se até lá se decidirem por um.

2. Defour é um excelente entrevistado. Depois de ter confessado que mal chegou a Portugal foi proibido pelos dirigentes do seu clube de manter a amizade que trazia da Bélgica com o benfiquista Witsel, vem agora dizer que no «FC Porto se divertem imenso». Acredito. Mas não tanto, com certeza, como no tempo de Hulk e Sapunaru, aqueles moços gaiatos que rebentavam com os túneis e os «stewards» a pontapé. Isso, por mais que o Copiador-de-Livros-Alheios, do alto da sua grande honestidade intlectual, teime em desmentir, é que eram tempo felizes!

3. O presidente do Sporting também é um rapazinho feliz, à sua maneira. Viaja no autocarro da equipa, dá uns pontapés na bola com os profissionais, senta-se no banco de suplentes e embaraça o treinador, já é mais popular do que o Paulinho, essa jóia de menino que não merecia tal desfeita. A sua última tirada foi de estalo, Consta que se dirigiu ao árbitro, Duarte Gomes, dizendo: «Temos de falar, nós os dois!» É de homem! Só posso entender tal frase de duas maneiras: ou como uma ameaça, ou como um convite para tomar um cafézinho. Vai longe..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Música de fundo

"Sem querer viajar até ao tempo dos penáltis à Jardel, e ignorando as incidências do empate de Setembro em Alvalade, as três únicas derrotas do Benfica ante o Sporting em oito anos, tiveram, todas elas, um ponto em comum: ficou sempre um penálti por marcar a nosso favor. Foi assim em 2008, com Jorge Sousa (3-5); foi assim em 2009, com Olegário Benquerença (2-3); e a história repetiu-se em 2012, com Artur Soares Dias (0-1). No primeiro caso ficou por sancionar um derrube a Luisão, no segundo um agarrão a Aimar, e no terceiro uma rasteira a Gaitán.
Não obstante tudo isto, o nosso vizinho continua a vitimizar-se, à medida que as vitórias benfiquistas se vão sucedendo. Já não há dérbi que não venha acompanhado da habitual música dos dias seguintes - salvo quando o Sporting ganha, o que apenas aconteceu nas ocasiões mencionadas.
Nessas, não houve “música”. Houve festa, do lado de lá, resignação do lado de cá, e silêncio generalizado nos media. Quando somos nós a vencer, pelo contrário, é o que se vê, e o que se ouve.
A Taça da Liga de 2009 foi talvez o momento mais ilustrativo desta realidade. Um só lance, um só erro (que na altura permitiu apenas o empate), e logo um escândalo de que ainda hoje falam com a indignação de uma virgem ofendida. Os factos remetem-nos para um simples penálti mal assinalado. A lenda, para um roubo premeditado e aparatoso que subtraiu um troféu às vitrinas de Alvalade.
Na época passada…mais do mesmo. Uma arbitragem que não marcou faltas a ninguém, em nenhum local do campo, foi o que bastou para descobrirem 2, 3, ou 4 penáltis, mais todos os que fossem necessários para justificar nova derrota. Com triunfo benfiquista, o último dérbi não poderia escapar ao folclore. No estádio ninguém viu nada. Algumas horas mais tarde, a narrativa estava já composta, com o ruído do costume. Passado tanto tempo, ainda perdura.
As arbitragens portuguesas têm muito que se lhes diga. Mas para o Sporting, aconteça o que acontecer, se o Benfica ganha, a culpa é do árbitro."

Luís Fialho, in O Benfica

Histórico Estádio

"1. Lotação esgotada e grande festa nas bancadas do nosso Estádio no 'paly-off' Portugal-Suécia. Tantos espectadores e tanto entusiasmo só seriam possíveis ali. Como aconteceu nas grandes noites europeias e na célebre Final do Mundial de Juniores no antigo Estádio e a Final do Campeonato da Europa, já no novo. Um Estádio histórico, como o anterior. Embora (nunca me canso de o referir), no tempo da 'outra senhora', o nosso Estádio, de longe o maior, só tivesse começado a ser utilizado pela Selecção Nacional 17 anos depois da inauguração, em 1971, ao invés dos estádios do Sporting, FC Porto e Belenenses, clubes com muito menos jogadores nas equipas nacionais.

2. Ano após ano é assim. Já não é novidade. Desta feita, começou bem cedo, o que também não é novo. Com nove jornadas do Campeonato realizadas, o FC Porto segue com três pontos de vantagem sobre o Benfica e Sporting. Mas, segundo a Liga da Verdade, do Record, que 'acerta' as pontuações das equipas consoante os erros dos árbitros, o Benfica deveria estar à frente e com dois pontos de vantagem sobre o FC Porto e três sobre o Sporting. A nossa equipa já foi prejudicada em quatro pontos, enquanto o FC Porto beneficiado em um ponto. Assim se vão fazendo (mais uma vez...) as contas do Campeonato. É bom recordar isso, numa altura em que o Sporting faz o habitual alarido quando se julga prejudicado, esquecendo, por exemplo, o que se passou no recente Sporting-Benfica para o Campeonato.

3. Respeito, naturalmente, o estado de saúde do presidente do FC Porto, Pinto da Costa. Mas não consigo aceitar as falsidades que o clube difundiu na sexta-feira, quando foi tornado público o internamento do presidente, tentando fazer crer às pessoas que fora um internamento previamente previsto e apenas para exames clínicos. Faz lembrar antigas (e actuais) ditaduras e ditadores...

4. O nosso Hóquei em Patins soma e segue. Depois do título europeu, a Supertaça (neste caso Taça Continental) e a Taça Intercontinental. Era a que faltava, num palmarés com 21 títulos nacionais... que são 22, pois o campeonato de 1962/63 (tal como o da época seguinte), disputado nos mesmíssimos moldes dos anteriores e posteriores, em 'poule', se chamou... Taça de Portugal, competição que só viria a iniciar-se em 1976. O Benfica deveria solicitar à Federação a emenda desse erro histórico."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Glorioso hóquei em patins

"Durante anos, mais de uma década, vimos como a Federação de Patinagem de Portugal fechou os olhos a roubos em cima de roubos e calcados com mais roubos que impediram que o Benfica lutasse em pé de igualdade com o rival que somou títulos alicerçados nos ditos roubos.
Tivemos de ser de uma competência imaculada para conseguir vencer o campeonato nacional de 2011/12 (o nosso 22º, sim, porque o troféu de 1961/62 é, na sua concepção, um campeonato a que deram outro nome). Toda a Glória internacional que agora vivemos começou aí, com essa conquista caseira, arrancada a ferros, contra tudo e todos. Nestes momentos sucessivos de conquistas europeias e mundiais é importante não esquecer aquela 29ª jornada do campeonato nacional de 2011/12, em que Sérgio Silva liderou o nosso Benfica para a antecâmera do campeonato que se confirmaria em Almeirim. Bastou uma vez, uma única vez em que derrotámos o “sistema” (e que “sistema”!) em Portugal, para podermos mostrar ao Mundo que a sua melhor equipa de hóquei joga com a nossa camisola e com o nosso emblema. As conquistas da Liga Europeia, Taça Continental e Taça Intercontinental decorrem daquele campeonato de nacional de 2011/12. 
Assim, neste momento de merecida celebração da equipa que mais alto subiu na história do hóquei em patins português é de extrema importância recordar que a consolidação deste estatuto internacional é um imperativo, mas que, para que estas vitórias gloriosas tenham sequência, é essencial interiorizar que é dentro de portas, na mesquinhez de um hóquei ainda carregado de viciação, que temos de recomeçar a ganhar, contra tudo e contra todos."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

CR Álvares Cabral

"Não conhecendo uma palavra de sueco foi um prazer tentar decifrar os minutos-a-minutos dos jornais suecos a partir do momento em que a Suécia estava a ganhar 2-1 a Portugal.
Não há melhor vitória nem vingança do que aquela que se obtém depois de dar esperança ao adversário. Cristiano Ronaldo (CR) já tinha tirado a esperança marcando o primeiro golo e marcando o trabalho de casa da Suécia: "Agora, se quiseres ir ao Brasil, marca três golos e não nos deixes marcar mais nenhum". 
Com cruel paciência CR esperou que a Suécia marcasse dois desses três golos. Deu-lhes uns escassos minutos de esperança – não fosse ela tornar-se contagiosa – e marcou o 2-2. Deu um novo trabalho de casa aos suecos: "Agora têm de marcar mais dois golos, para além dos dois que já marcaram. Desculpem eu vos ter dado a impressão que poderiam ir ao Brasil marcando apenas três golos. Afinal são quatro".
Enquanto os suecos ainda estavam a cismar como é que iriam marcar mais dois golos, CR marcou mais um, dando a vitória do jogo a Portugal, por um previsível golo de diferença, tal como tinha acontecido em Lisboa.
Nem deu trabalho de casa. A Suécia só tinha marcado dois golos. Agora teria de marcar mais três nos poucos minutos que lhe faltavam. Não é tarefa que se possa pedir a alguém.
CR ainda sofreu imenso o facto de não ter marcado um quarto golo. E ainda há quem diga que ele não se esforça quando joga por Portugal. Pois não. Esforçamo-nos nós. Para acompanhá-lo."