Últimas indefectivações

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Nápoles, Paris e o sabor da vida


"Na mesma semana, Itália consagrou um novo campeão e França praticamente decidiu, também, quem levará o título da Ligue 1. O Nápoles selou o triunfo na Série A e o PSG aumentou para seis os pontos de vantagem no topo da tabela, quando só faltam quatro jornadas por disputar. No entanto, o ambiente em Nápoles e em Paris não poderia ser mais diferente.
No sul de Itália há uma festa feita de euforia, uma celebração que mistura o sagrado com o profano, um exagero de emoções retratado com pinturas nas paredes, choros, abraços, Paolo Sorrentino no relvado a celebrar com a equipa, gente que guarda a relva de Udine, onde o scudetto foi conquistado, como se de alguma relíquia divina se tratasse. Um momento pelo qual aquela gente esperou 33 anos, a primeira consagração sem Maradona, a estreia a ganhar sem ser guiado pela canhota do profeta argentino que elevou Nápoles e o Nápoles a patamares inimagináveis.
Enquanto em Itália se grita pelo terceiro scudetto dos azuis do sul, em França o PSG caminha para o nono campeonato nos últimos 11 anos. Até à compra do clube por parte do dinheiro do Catar, em 2011, os parisienses eram um clube triste, desorganizado, longe dos êxitos que se ambicionavam. Agora, mais de uma década depois do momento em que o PSG se tornou um posto avançado das ambições do Catar na geopolítica global, os parisienses são um clube triste, desorganizado, longe dos êxitos que se ambicionavam.
Vamos por partes. Como pode um clube prestes a ganhar o nono campeonato dos últimos 11 e que ergueu 29 troféus nos últimos 12 anos ser triste? Porque, por muito domínio interno que o dinheiro tenha trazido, apesar dos milhões que seduziram Beckham e Ibrahimovic, Mbappé e Neymar, Messi e Sergio Ramos, o clima no PSG é sempre de insatisfação, de insuficiência, de protesto. Na semana em que nova Ligue 1 se tornou, novamente, uma formalidade, houve protestos irados dos adeptos às portas da sede do clube e das casas de Neymar e Verratti, pedindo a demissão da direção do clube. Se tiverem ali no bolso €2,91 mil milhões, valor em que a “Forbes” avalia o PSG, talvez consigam o que pretendem.
Como pode um clube prestes a ganhar o nono campeonato dos últimos 11 e que ergueu 29 troféus nos últimos 12 anos ser desorganizado? Os treinadores sucedem-se ao ritmo a que as eliminações da Liga dos Campeões passam. De Emery para Tuchel, de Pochettino para Galtier. Os diretores desportivos tornam-se, também, alvos fáceis, de Antero Henrique para Leonardo, culminando em Luís Campos. Pega-se no dinheiro do Catar para juntar Mbappé, Messi e Neymar, qual criança a jogar um videojogo, e chega-se a Munique, ao jogo mais importante da época, e do banco saem El Chadaile Bitshiabu (17 anos, estreia absoluta na Champions), Zaire-Emery (17 anos, terceira partida na Champions) e Hugo Ekitiké (20 anos, quarto duelo na Champions).
Como pode um clube prestes a ganhar o nono campeonato dos últimos 11 e que ergueu 29 troféus nos últimos 12 anos andar longe dos êxitos que se ambicionavam? Há várias temporadas que o êxito em Paris se mede pela Liga dos Campeões. E a Liga dos Campeões passa longe de Paris. Não é só que o PSG nunca tenha vencido a competição — é que só passou dos quartos-de-final da prova em duas ocasiões.
No meio deste caos milionário, desta tristeza com sabor a notas, há uma lenda viva a viver a fase final da sua carreira. Lionel Messi foi à Arábia Saudita sem autorização do clube, foi suspenso e pediu desculpa. Já voltou aos treinos , mas é sintomático do que é o futebol em 2023 que o astro argentino se veja no meio desta guerra entre estados que o querem utilizar para promoverem a sua imagem, qual cartaz publicitário de legitimação internacional com 1,70 metros de altura.
O PSG vai, tal como o Nápoles, ser campeão. Será o nono título em 11 anos, o triplo das vezes que o Nápoles venceu a Serie A em toda a sua história. Mas, olhando para as caras dos adeptos de um lado e de outro, vendo como uns choram de alegria e outros se juntam em protestos irados, como uns sentem que fazem parte de um povo em comunhão em torno de um clube e outros são meros espectadores passivos de estratégias geopolíticas, fica claro que o mesmo título sabe a coisas tão diferentes quando se está em estados mentais opostos.
Em Nápoles, a vida sabe, por estes dias, a algo de único. Em Paris, a receita repetida dada a provar pelo cozinhado feito à base de milhões sabe a nada, desfazendo-se na boca como cinzas."

Se um ladrão incomoda muita gente...


"Pelo Iraque em busca das raízes da lenda do Ladrão de Bagdade e de Ali Babá e os 40 Ladrões. Afinal fazem com que o país fique mergulhado numa sombra que (já) não merece. Tudo por causa da imaginação fértil dos homens da literatura.

BAGDADE - Já que estou na terra do Ladrão nada como partir em busca da sua origem. Até porque ter existido um Ladrão de Bagdade dá mau nome à cidade que teve durante muitos anos um patife como Saddam Hussein e tenta agora esquecê-lo à medida que os passos vão sendo dados na reconstrução de um lugar que ficou devastado por guerras sucessivas e isso entra pelos olhos dentro de quem se passeia por entre ruínas, não as de Ur, de Nínive ou da Babilónia, que essas são milenares, mas pelos labirintos da própria Bagdade.
As noites são longas nas Arábias. Mil e uma com Sherezade ou sem ela. De preferência com ela porque ninguém contribuiu tanto para que esta se tornasse uma terra de encantos muitas e muitas centenas de anos antes de se tornar uma terra de pesadelos. Como o Homem é Homem seja em que século for, carregado com as virtudes e defeitos que um deus qualquer resolveu atribuir-lhe à sua imagem e semelhança, o rei Shariar da antiga Pérsia era ciumento da ponta dos cabelos às unhas dos pés. Talvez fosse um daqueles chatos inimitáveis incapaz de entreter uma mulher, pelo que se viu traído pela sua com a facilidade com que os camelos passavam pelos buracos das agulhas. Um dramalhão! Shariar rasgou as vestes, chorou lágrimas em quantidade suficiente para fazer transbordar o Tigre e o Eufrates ao mesmo tempo, mergulhou numa depressão levada da breca e, mal recuperou dela, tratou de fazer executar a mulher e o amante que, ainda por cima, não passava de um mero servente do seu palácio. As mortes acalmaram-lhe a ira e começou a fazer planos para se casar outra vez, que nisso os reis da Pérsia eram muito dados a haréns. Decidiu, pelo caminho, que para evitar novas traições, todos os dias desposaria uma mulher e, depois de uma noite juntos, faria decapitá-la na manhã seguinte. Remédio santo para quem a cabeça lhe pesava por via daquilo que na linguagem popularucha se chama um par de cornos.
Sherazade foi a primeira escolhida. E Shariar ficou a saber o verdadeiro termo da lábia feminina. Não dormiu um segundo na primeira noite que deveria ser igualmente a última porque a sua nova esposa resolveu contar-lhe uma longa história e o sol nasceu sem que a narrativa tivesse chegado ao fim. A curiosidade do rei para conhecer o desenvolvimento dos acontecimentos era tanta que concedeu a Sherezade mais uma noite para que ela pudesse acabar de contar a aventura que tanto o cativou.
A imaginação de Sherezade não tinha limites. Por isso é que a noite que devia ter sido primeira e única de núpcias com o bastante macabro marido ganhou mais mil em seguida, isto que a gente saiba, porque mil e uma foi assim como que um número atirado para o ar para entreter pacóvios. Imagino, mas isto sou eu a supor, que se o rei da Pérsia passava noites a fio a ouvir histórias não terá tido grande oportunidade para actividades sexuais próprias de recém-casados, pormenor que ainda valoriza mais a lábia da mulher. Bem se enganou quem nisso acreditou.
Ora bem, vamos lá por partes. Entretenho-me na escrita à medida que o dia vai caminhando para o fim sentado num café vizinho à Universidade que se encaixa num recesso que o rio Tigre forma com duas curvas sucessivas. Lembro-me da frase que marcou a personalidade do Ahmed, a personagem principal da trama, um fanfarrão que dizia para quem o queria ouvir: «Aquilo que eu quiser terei!». Roubava o que podia envolto na escuridão das noites. Até que, inevitavelmente - este inevitavelmente encaixa na perfeição em tudo o que for romance ou conto - ao percorrer com maus instintos o palácio do califa entrou no quarto da filha do figurão e apaixonou-se fulminantemente pela rapariguinha que dormia o sono dos justos. Nesta matéria de lendas e mitos há aquilo que cada um vai distribuindo pelos que os escutam e uma verdade que lhe fica por cima como o manto diáfano do divino Eça. O pai da dorminhoca que fez o coração de Ahmed bater com uma força inusitada, parecendo que estava disposto para sair-lhe pela garganta, era um homem de grande poder chamado Abu Ja’far Harun ibn Muhammad al-Mahdi , califa abássida entre os anos de 786 e 809, data da sua morte. No Iraque é tido como um magnífico benfeitor: foi ele que fundou Bayt al-Hikma, A Casa da Sabedoria, uma biblioteca extraordinária, e manteve uma relação à distância com Carlos Magno, procurando trazer para o seu país muita da sabedoria dos estudiosos europeus. Diga-se de permeio que, se não fosse por causa de As Mil e Uma Noites, Harun teria caído no fundo do poço do olvido. À boa maneira dos califas do seu tempo acumulou mulheres, amantes, concubinas, aquilo que lhes queiram chamar, e teve filhos em barda, Sherezade incluída.

O bom trafulha
Toda a gente sabe que a história de Sherezade, a contadora de histórias, acabou em bem. Shariar ouviu uma infinidade de contos enquanto o carrasco que deveria separar à machadada a cabeça do corpo da rapariga ficava à espera de notícias. Ao fim de mil uma noites, Sherazade teve o atrevimento de se impor: «Já se passaram mais de mil noites desde que estamos casados, agora chegou o momento de conhecer os filhos que tivemos entretanto e de me mandar para o cadafalso». O amor tem destas coisas: apaixonado e fascinado pela mulher, Shariar deixou-se de ideias parvas e de vícios sanguinários vivendo com a esposa dias ditosos.
Por seu lado, Ahmed, tornava-se cada vez mais ousado. Uma noite não teve pejo em trepar por uma corda mágica e insinuar-se no palácio do califa Abu Ja’far Harun ibn Muhammad al-Mahdi, percorrer salas e corredores até entrar no quarto da filha deste e decidido a raptá-la. A miúda não esteve pelos ajustes, gritou «Ò da guarda!» e Ahmed deu às de Vila-Diogo perseguido por um grupo de mongóis mais mal encarados do que o próprio Mafoma. Irritado consigo mesmo e com o mundo inteiro, Ahmed repetiu para consigo: «Tudo o que quiser terei!» E gizou outro plano.
Ahmed, o Ladrão de Bagdade, tinha um amigo íntimo chamado Adu que era uma espécie de Grilo Falante da história do Pinóquio mas às avessas. Isto é, em vez de lhe dar conselhos que o levassem por bons caminhos espicaçava-o para as maiores futriquices.
Desta vez, Ahmed foi mais vivaço. Sabendo que a princesa fazia anos e iria escolher um homem para seu marido - aquele que entre os pretendentes tocasse primeiro numa das suas rosas de um vermelho-inimitável, disfarçou-se de homem poderoso, carregado de sedas, e apresentou-se no meio dos outros candidatos, o elegante Príncipe das Índias, um anafado Príncipe da Pérsia, e o façanhudo Príncipe dos Mongóis. Todos passaram pela roseira sem lhe tocar mas, avisado por um dos seus criados sobre a promessa da princesa, o mongol preparava-se para colher uma rosa quando, num gesto absolutamente dramático, Ahmed esporeou o cavalo e recolheu a flor primeiro. Um movimento que caía como uma luva de pelica no canastrão que foi Douglas Fairbanks, o primeiro Ladrão de Bagdade das telas de cinema, em 1924, embora na versão de 1940, dirigida por Michael Powell e com argumento de Alexnder Korda, John Justinian de Ledesma, o filho de um inglês proprietário de um ror de cabeças de gado na Argentina, tenha sido capaz de ser ainda mais canastrão de que Fairbanks, o que é obra!
O lugar de parceiro da princesa e futuro homem mais poderoso da nação continuava em aberto, porque o bufo do Príncipe dos Mongóis continuou na ser um esbirro do pior e foi fazer queixinhas ao rei aconselhando-o a enfiar Ahmed numa masmorra já que era um indiscutível aldrabão de primeira classe.

Palavra puxa palavra
Não restam dúvidas que Ahmed, a dar-se o caso de ter realmente existido, além de atrevido até à protérvia era um cara de pau bem caçado. Falamos de um tempo em que as histórias iam de boca em boca e de memória a memória. Numa delas, o Ladrão de Bagdad perde o protagonismo para um mamífero chamado Jaffar que faz evoluir toda a trama da lenda. Claro que em histórias como esta o importante é que o herói acabe a sua vida lado a lado com a heroína habitando um T3 nas Olaias e produzindo um ror de filhos. Quem diz nas Olaias diz a ilha de Um Al-Khanzir, exposta num dos cotovelos do Tigre e onde me sento numa esplanada a beber um enjoativamente doce chá de hibisco.
Este é um universo de gente tão rica que só faltava que não existissem ladrões por toda a parte. Na parte que me toca não posso queixar-me muito. Ninguém me roubou um tostão que fosse, mas é o cabo dos trabalhos para negociar o que quer que seja porque há sempre uma figura tutelar que manda nos que negoceiam connosco e quer a maior parte do bolo. Exige paciência. Muita paciência. E boa disposição - nada como um sorriso para deitar abaixo uma relativamente bem programada ideia de extorsão.
Ora bem, se um ladrão incomoda muita gente, quarenta ladrões incomodam muito mais. É nesta altura que passamos de uma lenda para outra e conhecemos Ali Babá, um tipo cuja missão era viajar por todos os cantos do reino da Pérsia e recolher material para depois revelar ao rei. Enfim, mais um bufo. Só que este era dos quadros, por assim dizer, com contrato assinado e tudo e tudo. Passaram-se anos e anos e anos e toda a gente conhece a história de Ali Babá e os 40 Ladrões. Ali Babá não é um herói de coisa nenhuma, há que reconhecer. Na verdade limitou-se a espiolhar um bando de canalhas pouco recomendáveis e perceber que tinham uma palavra-passe para abrir um buraco numa montanha e no fundo do qual jazia um tesouro de esbugalhar os olhos a toda a família Rockfeller. «Abre-te Sésamo!», gritou ele quando se sentiu seguro, imaginando que os salafrários estavam longe o suficiente para não lhe provocarem sarilhos. Se o Ladrão de Bagdade ficou com essa alcunha de Ladrão só por ter pilhado uma rosa do canteiro da princesa que, aqui para nós, o entalou de tal forma que o obrigou a um casamento apenas por interesse, já que ninguém vai na conversa de que se terá apaixonado pelo simples motivo de ver a garota adormecida e com um sorriso nos lábios provocado por um sonho mais agradável ou mais húmido, vá lá saber-se, Ali Babá devia ter sido tatuado na testa com a palavra gatuno, lapim, larápio ou malandrim por ter deitado a mão a uma considerável porção do tesouro que tanto tinha custado a rapinar aos 40 ladrões. Mas, ao contrário do seu colega, teve o azar de ser topado por um dos ladrões mais molenga que tinha ficado para trás do bando e o viu, com os olhos que a terra comeu, sair da caverna ajaezado de joias como um burro da Judeia. O final da narrativa é um bocado à trouxe-mouxe mas, lá está, são histórias passadas de boca em boca e não obras literárias de fôlego, a despeito de terem surgido mais tarde em livros e em filmes. Parece que, depois de Ali Babá ter convencido a princesa da Pérsia (a Pérsia teve mais princesas do que os coelhos têm filhos) a casar-se com ele, erguendo um palácio de deixar um boi embasbacado onde viverem juntos (quais T3 nas Olaias qual carapuça!), os 40 Ladrões lembraram de se esconder em barricas de vinho durante a festa da boda de forma a saltarem cá para fora de surpresa e darem o tratamento que Ali bem merecia por ser pilha-galinhas. Mais um bufo (nestas histórias das arábias há sempre bufos) tratou de se chegar à frente e avisar Ali Babá do que se planeava. E este, com a desculpa que o vinho das pipas estaria estragado, pôs os criados a empurrá-las por um desfiladeiro abaixo levando no bojo os desgraçados dos ladrões.
Sentado frente a frente com o meu chá de hibisco dou voltas à moleirinha para perceber o fascínio que esta gente das Mil e Uma Noites tinha por ladrões. Há que considerar que tais aventuras serviam para traçar um risco entre o bem e o mal, algo que as crianças precisavam de aprender de uma maneira lúdica. Enquanto negoceio o preço de uma viagem de 400 quilómetros entre Bagadad e a antiga Nínive, A Maior de Todas as Cidades, segundo as escrituras, fico a contar com o momento em que qualquer dos meus interlocutores decidirá ir-me aos bolsos. Não parecem para aí virados. É gente simpática. E também não levavam grande coisa. Viajo sempre com o menos dinheiro possível. Os ladrões se quiserem que trabalhem. A vida deles não é assim tão dura."

Consagração...

Benfica 5 - 1 Torrense


Vitória escassa, na consagração das Inspiradoras Tricampeãs...

PS: Dois Bronzes, no último dia da Taça do Mundo de Canoagem de Velocidade em Szeged na Hungria, no K2 500m, com o Diogo Ribeiro e o Messias Baptista; e no K2 misto 500m, com o Pimenta e a Portela.

Iniciados - 12.ª jornada - Fase Final

Guimarães 2 - 2 Benfica


Nas primeiras 11 jornadas, sofremos 2 golos, hoje ao intervalo estávamos a perder 2-0!!!
Menos mal, no 2.º tempo, com o 'cliente' habitual: Tomás 'Pastel' Soares, empatámos a 12 minutos do fim, e saíamos de Guimarães com 1 ponto!

Nas 6 jornadas que faltam, só temos dois jogos fora: Setúbal e Braga, e recebemos os Corruptos no Seixal na última jornada, a única equipa que nos pode incomodar (estão a 6 pontos, com menos 1 jogo)!

Mais uma vez, uma paragem para a seleção do escalão (jogos particulares), acabou por retirar embalagem à nossa equipa!

Vitórias importantes


"Sábado repleto de triunfos, entre os quais se destacam o Bicampeonato Nacional de andebol no feminino, a goleada em Portimão e as medalhas na Taça do Mundo de Canoagem. Estes e outros sucessos, hoje, na News Benfica.

1
Grande exibição, coroada com uma goleada em Portimão, deixa-nos mais próximos do título, mas nada está ainda conquistado.
Roger Schmidt elogia a equipa pela exibição e vitória conseguidas ante o Portimonense: "Sabíamos que ia ser um jogo difícil. Criámos muitas oportunidades e até podíamos ter marcado mais golos. Fomos melhores e a vitória foi justa. A equipa tem mostrado, semana após semana, que quer ser campeã. Demos mais um passo em direção a esse objetivo."
Sobre as contas do título, Schmidt deixa claro que a equipa está ciente da necessidade de continuar focada: "Sinto-me 0% campeão. Ou somos campeões, ou não somos e ainda não somos. Respeito sempre os adversários. Estamos numa boa situação porque só nos falta uma vitória com dois jogos por disputar."
Também essencial para o triunfo foi o apoio dos benfiquistas: "Podemos contar sempre com os nossos adeptos. Eles criaram uma atmosfera excelente num estádio pequeno, onde nos sentimos perto deles."
Veja a conferência de Imprensa do nosso treinador.

2
Considerado o homem do jogo, João Neves enaltece o coletivo e aponta baterias para os próximos desafios: "Estudámos o adversário, pusemos em prática o que treinámos, estivemos muito bem, é o que se pede. Não nos sentimentos campeões, só dependemos de nós, do nosso trabalho, é isso que vamos fazer."

3
Somos Bicampeões Nacionais na vertente feminina de andebol, um feito que não alcançávamos desde 1993. Ainda com uma jornada por disputar, a nossa equipa revalidou o título ao vencer, por 31-52, na visita ao Colégio de Gaia.
O treinador João Alexandre Florêncio enaltece o plantel e o Clube: "É uma alegria muito grande e o trabalho de uma equipa tremenda, a começar pelo Presidente, o vice-presidente e esta estrutura magnífica que é a Irene Henriques e a Marina Teixeira, que começaram este projeto há seis anos. Agora começamos a colher os frutos. Esta equipa nem sempre joga bem, mas joga sempre à Benfica, com muito coração. Elas merecem cem por cento estes títulos, e esperemos que venham mais."
Veja a reportagem da BTV e leia a mensagem de felicitações do presidente Rui Costa.

4
Fernando Pimenta conquistou o ouro (K1 500) e a prata (K1 1000) na Taça do Mundo de canoagem, além do bronze, com Teresa Portela, em K2 500 misto. Também João Ribeiro e Messias Baptista alcançaram o bronze em K2 500. A competição prossegue hoje. Acompanhe, aqui.

5
As nossas equipas de basquetebol e hóquei em patins asseguraram a qualificação para as meias-finais dos play-offs dos respetivos campeonatos. Em basquetebol ganhámos, por 72-93, na deslocação à Póvoa de Varzim. No hóquei em patins vencemos, por 4-9, no reduto do HC Braga.
Também em râguebi estamos nas meias-finais do Campeonato Nacional, um patamar da prova que não alcançávamos desde 2006. Nos quartos de final triunfámos, por 21-28 após prolongamento, no campo do Belenenses, o campeão em título.

6
Houve mais partidas realizadas ontem. A equipa B ganhou, por 1-2, na deslocação ao Feirense e assegurou a permanência na II Liga. Os Sub-19 registaram um empate sem golos em Braga. Em andebol, 32-32 com o Belenenses. No futsal adiantámo-nos nos quartos de final dos play-offs ao bater o Quinta dos Lombos, por 2-4. A equipa feminina de futsal lidera as meias-finais dos play-offs após vencer, por 0-6, no pavilhão do Santa Luzia. Assim como no hóquei em patins no feminino, ao ganharmos, por 2-6, na visita ao Stuart Massamá. Saliente-se ainda o regresso, passados quatro anos, à Primeira Divisão do ténis de mesa.
Hoje há jogo de futebol no feminino. As Tricampeãs Nacionais recebem o Torreense, às 16h00, no Benfica Campus."

Visão: React - 3-6: Toni, Kenedy e Malheiro...

PitchCam: Portimão...

Mais três rumo ao Marquês

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Cabeçada!


"Isto está bonito, está!! Este balneário deve estar todo "rebentado", a uma semana de conseguirem conquistar o 38!! Estão todos irritados uns com os outros.
Gonçalo Ramos até já agrediu, de forma bárbara, Chiquinho, à cabeçada..."

Este Benfica faz-nos sonhar


"Que festival de futebol.
Que garra.
Que ambição.
Que crença.
Que vontade de ganhar.
Que diferença a nível exibicional para outros rivais.
Houvesse justiça e o Benfica já seria campeão há mais de um mês, mas infelizmente ainda nada está ganho. Não obstante, as estatísticas falam por si: o Benfica, num só jogo, conseguiu mais remates à baliza que a soma total dos últimos 3 jogos do FC Porto para o campeonato. E sem penáltis ou expulsões a favor.
Isto diz muito do desespero dos cartilheiros das Antas. Isto destrói toda a narrativa que tentam disseminar.
Porquê? Porque é a verdade dos factos. Porque é a realidade nua e crua! NÃO JOGAM NADA E TÊM SIDO LEVADOS AO COLO!
Mas, mesmo assim, SEGUIMOS O NOSSO CAMINHO!
RUMO AO 38! UNIDOS! 🔴⚪️🦅"

Allgarve Red!!!

Portimonense SC 1–5 SL Benfica: Já cheira a título


"A Crónica: Benfica Entrou A Todo O Gás

O Sport Lisboa e Benfica ia a Portimão e sabia que tinha de vencer para dar mais um passo rumo ao título nacional frente à formação local que está em situação tranquila na tabela classificativa.
Desde o início, os pupilos de Roger Schmidt mostraram uma postura dominadora à procura da baliza algarvia para marcar assim que possível. Aos 4´. Grimaldo fez à ponta de lança o primeiro golo e entusiasmou os adeptos encarnados.
Os cruzamentos dos visitantes continuavam a funcionar e o segundo golo resultou também de uma iniciativa com Filipe Relvas a desviar a bola para a própria baliza, em carrinho.
O Benfica abrandou o ritmo e o Portimonense foi subindo no terreno e reduziu, numa bola parada por Pedrão, em que a defesa visitante parece letárgica. As águias voltaram a aproximar-se da baliza da formação de Paulo Sérgio e conseguiu, num momento oportuno, em cima dos 45´, fazer o 3-1 por Gonçalo Ramos.
Na segunda parte, os encarnados baixaram o ritmo, mas estiveram mais perto de marcar do que de sofrer. Por outro lado, os algarvios apresentaram-se algo desanimados e continuaram a cometer algumas falhas nos capítulos do passe e de posicionamento. O resultado viria só a alterar-se perto do final, com o recém-entrado Musa a bisar e a estabelecer a goleada final, com uma fífia de Nakamura no 5-1.
Vitória confortável merecida pelo Benfica que está a três pontos do título, podendo até ser campeão, sem entrar em campo, se o FC Porto perder com o Casa Pia AC.

A Figura
Alejandro Grimaldo O lateral esquerdo desbloqueou o jogo para os encarnados, aparecendo oportunamente ao segundo poste. O jogo esteve de feição para aparecer, com as águias completamente instaladas no ataque. O espanhol deu a largura necessária pelo corredor no ataque, sem necessitar de se preocupar.

O Fora de Jogo
AlemãoNum trio de centrais que acabou por fazer uma atuação desastrada frente aos encarnados, o brasileiro acabou por se deixar muito espaço dos jogadores encarnados e as suas falhas ficaram visíveis, em vários dos golos do adversário. Contudo, os colegas de setor não se podem ficar a rir, nem o próprio meio-campo algarvio que falhou várias vezes na circulação da bola e expôs as fragilidades da defesa do Portimonense."

Depressa e bem, há mesmo quem: o Benfica acelerou-se contra a ânsia do título


"Marcou cedo, quis e quase marcou mais ainda cedo e rapidamente reagiu quando o Portimonense ainda ameaçou que o jogo poderia ser diferente. Intenso, vertical e com Neres e Grimaldo como melhores amigos a inventarem jogadas de perigo, o Benfica foi ao Algarve - terra do adolescente João Neves, feito o motor da equipa - golear (1-5) e ficar a apenas uma vitória da conquista do 38.º título de campeão nacional

Há mais de minuto e meio que Grimaldo levantara o braço, o sol a bater-lhe na cara, ele a olhar para trás, encadeado à procura do árbitro enquanto corria esperançosamente com a celebração já a aquecer no forno, e o estádio ainda em suspenso. Havia uma bruma de silêncio e o plano da televisão insistia em enquadrar Artur Soares Dias quando o árbitro apitou, esticou um braço em cima e apontou o outro para o meio-campo, coreografando o golo no qual o espanhol confiava apesar do resvés entre a bola, a linha de baliza e o guarda-redes Nakamura. De repente, e só à segunda, o estádio em Portimão rugia em erupção.
Uma moderna jogada, modernizada por um lateral esquerdo enfiado na confusão do meio-campo, na construção de uma jogada, a pedir um passe por dentro e a zarpar numa diagonal do meio para fora, a ser sucedida por uma lupa moderna (o VAR) que originou esta modernice de um golo, hoje em dia, pode ser celebrado mais do que uma vez, dava ao Benfica uma almofada madrugadora. Quatro minutos e já sacudia possíveis nervos de ocasião, ansiedades cénicas, arrelias pelo que estava em jogo. A intenção parecia mesmo ser matar cedo essa inflação.
A adolescência de João Neves já ameaçara, contra um poste, antes de Grimaldo correr campo fora, cruzar atrasado, João Mário lançar Aursnes e o improvisado lateral cruzar a devolução para o remate do espanhol ser correspondido já dentro da baliza por Nakamura. As bancadas apinhadas de vermelho rejubilavam, as gentes nos terraços de prédios altos nas redondezas também. A romaria de um Benfica iminente elevava os sentimentos à temperatura da fervura e o mesmo João Neves ameaçou num canto curto trabalhado por Grimaldo, depois seria Neres, de tabelinha em tabelinha, a rematar cruzado e ainda se viu a ousadia de Gonçalo Ramos em atirar à barra da baliza que via lá bem ao longe.
Parecia o Benfica urgir-se com uma vontade de tudo querer fazer depressa e bem, de arrepiar caminho em qualquer posse de bola para forçar contrapés na organização defensiva do Portimonense e impedir que os algarvios se fechasse lá atrás, num bloco baixo dos que lhe evidenciaram carências neste último terço do campeonato. Quando Filipe Relvas cortou, de cabeça e na área, a bola depois recolhida por João Mário, que a cruzou de novo e rasteiro para o defesa, com os apoios virados à sua baliza, a cortar em auto-golo (25’), a propositada urgência dos encarnados era recompensada. Pareciam ter noção de onde residiam as fragilidades que este contexto de estar tudo a pensar no mesmo lhe causava.
O Portimonense de Paulo Sérgio, um dos treinadores mais longevos num clube da I Liga, também o sabia, ao pressionar sagazmente o portador da bola quando o Benfica concentrava pequenos passes de um lado e rodava um passe para o flanco contrário. Assim roubou a bola que originou a falta cobrada em cruzamento para a área onde a atrapalhação os beneficiou: a cabeça de Pedrão tentou, não desviou a bola que Morato tão pouco atacou, mas amorteceu com o corpo para o médio brasileiro rematar essa sobra. Yony González já antes cabeceara uma tentativa a rasar a barra no espaço entre António Silva e Aursnes onde os anfitriões viam vantagens para o cruzamento ou saídas rápidas em contra-ataque no desábito do norueguês à posição de lateral.
O fogo nas ações dos jogadores do Benfica ateou-se novamente, era tempo de dar corda às chuteiras para nem dar tempo a estas arrelias e Gonçalo Ramos deu essa chama, ao dobrar a espinha do central Park duas vezes na mesma jogada para rematar contra Nakamura. Só depois, já a cheirar a intervalo, o avançado matou a sua seca pessoal de seis jornadas sem golos quando uma bola roubada por Chiquinho a meio-campo foi conduzida por Neres até o brasileiro soltar no português, já na área. A simulação na recação para rematar ao segundo toque de Ramos expunha a queda para o erro dos médios do Portimonense, que jogavam aquém do oxigénio que as receções de Yago Cariello davam à equipa, guardando bolas lá na frente.
Essa aptidão do ágil brasileiro, rápido a decidir o que fazer aos tesouros que protegia de costas para a baliza, esvaneceu ainda antes da hora de jogo. Foi engolido pelo prolongamento da vida das jogadas do Benfica que encolhiam a equipa do Portimonense e deixavam Yago a perseguir sombras sozinho. Quem corria de encarnado continuou a apoiar-se no pára-arranque de David Neres, especialista naquele estilo de finta que espera até o adversário estar colado a ele para, de repente, lhe fugir com esse engodo.
Tê-lo na esquerda com as invenções de Grimaldo a virem de trás, as tabelas ou diagonais curtas de Rafa, mais Gonçalo Ramos a oferecer-se em apoio, continuou a azucrinar a última linha dos algarvios. O brasileiro rematou e o português que correr em bicos dos pés também e para dentro da baliza, mas seria anulado por fora de jogo (já outra bola o fora na primeira parte). Em ambas as tentativas, a origem de tudo foi uma jogada tricotada pela esquerda, de onde o lateral canhoto ainda viria para martelar uma das suas bolas secas e sem efeito de longe - o japonês Nakamura voou para a desviar.
O ritmo do jogo abrandaria para surpresa de vivalma, provavelmente pela sapiência dos jogadores do Benfica, sensíveis à quebra de capacidade dos adversários. Ao Portimonense sobraram saídas curtas de trás, para os centrais, que viam todas as soluções de passe apoiado tapadas e redundaram a suas opções no passe longo. A previsibilidade da falta de ideias tornou, com os minutos, os algarvios numa equipa inoperante. Apenas tarde, aos 85’, tiveram uma saída que soube farejar o espaço pela relva e Paulo Estrela cruzou largo para só uma correria de Aursnes evitar que Yony tivesse um remate nas barbas da baliza.
Essa singela aproximação do Portimonense foi matreira e, talvez, dona de uma mão demasiado pesada a espalmar os anfitriões contra o seu relvado. Logo no canto, o Benfica apertou de novo o seu gatilho da rapidez, reciclou rapidamente a segunda balou e Rafa foi lançado na transição e perseguido por uma vontade em particular - Petar Musa, entrado há segundos em campo, sprintou de uma área à outra para o português lhe servir um golo. Duas voltas ao relógio depois, Nakamura amanteigou as mãos num cruzamento de Grimaldo e lá estava o croata à sua beira para ter outro golo fácil.
Foram cinco a encher a mala com que o Benfica saiu de Portimão, envolto numa cacofonia de festejos solta no humilde estádio. A uma hora de lá nasceu, no sotavento algarvio, o pequeno e impecavelmente aprumado João Neves, cuja segunda parte mostrou mais uma vez a valia do médio que sempre jogava com a camisola escondido dentro dos calções e empresta à equipa uma rotação constante nas suas ações. Com Florentino a escudá-lo desde o intervalo, o médio soltou os ânimos e com eles encontrou a tranquilidade ter muito mais acerto nas receções, toques e passes a lançar gente que foram alimentando o Benfica.
O rugir do público e o mais comedido dos seus jogadores, no final, escondia um suspiro de alívio. Todos se alinharam virados para a bancada central do estádio para aplaudir o êxodo encarnado e todos reconhecerem a fragrância que não é inevitável, mas já lhes entra pelas narinas: o Benfica está a uma vitória de ser campeão nacional pela 38.ª vez. E em Portimão mostrou que está com pressa."

Unanimidade estranha!!!


"Todos os cartilheiros dos andrades se apressaram a julgar Artur Soares Dias, dizendo que errou muito neste jogo...
E não é que têm razão!? 😏"

Até temos Tribunal Unânime a favor do Benfica hoje e tudo. Milagre de Fátima por ontem ter sido 13 de maio!

Até o Coroado!!!


"Jogo fechado. 5 minutos para o fim e 3-1 para o Benfica.
Penálti tão óbvio que até o Coroado admite, mas Artur Soares Dias diz que não há nada.
Tudo normal no Tugão."

BTV: pós-Portimão, excerto...

RTP: Portimão, excerto...

Sábado, excerto...

Visão: Neves vs. Portimonense...

Terceiro Anel: Portimonense...

Bigodes: Portimonense...

El Mítico #46 - Portimonense...

Águia: Portimonense...

BI: Portimonense...

5 minutos: Portimonense...