Últimas indefectivações
terça-feira, 28 de junho de 2022
Manual 🅿🅰🅻🅷🅰 🅿🅰🆁🅰 🅱🆄🆁🆁🅾🆂 concebido pelo FC Porto
"Todos os dias são dias do FC Porto recusar propostas milionárias pelos seus jogadores.
É fascinante como um clube que apresenta capitais próprios negativos há uma década seguida, esteve intervencionado pela UEFA e vende o seu melhor jogador a meio da época, Luís Diaz, por €45M, se dá ao luxo de negar todas e quaisquer propostas pelos seus jogadores. Isto, claro, segundo a comunicação social desportiva. Na realidade, o caso é bem diferente. Vejamos:
• Pepê à prova de saldos, mas, entretanto, o melhor avançado do clube e que rende 20 grandes penalidades por época, Taremi, está disponível por apenas €20M. Pegar ou largar! ✅
• Crucial recusar tudo por Vitinha que seja abaixo da cláusula de rescisão! €40M a pronto ou nada feito! Vá, pode ir por €25M a pronto e os restantes €15M pagam para o ano que vem. ✅
• Evanilson com proposta de €60M? Estão todos doidos, só sai por €100M! Entretanto tanto os clubes visados como o seu agente negam interesse no jogador ou qualquer proposta. ✅
• Proposta do Aston Villa por Otávio? Recusado! Jogador só sai por €60M. A menos que seja o Liverpool a apresentar proposta inferior. Aí aceitamos. ✅
• Rui Pedro por €15M? Quem?!? Recusado. Acaba no Vitória de Guimarães num negócio clandestino. ✅
• Danilo por €30M? Nunca! Sai por €20M, que é para aprenderem! ✅
• Ricardo Pereira blindado! Cláusula de rescisão de €25M já não chega para comprar o jogador, agora têm de desembolsar €37.5M se o quiserem levar! Alguns meses depois? Sai por 20M. ✅
• Brahimi, estrela, só sai por €30M! Tudo o que seja abaixo disso será recusado... exceto se o interesse vier do Qatar. Aí já oferecem o jogador e ainda incluem um postal comemorativo. Por quanto foi? Custo zero! Pumba! ✅
O clube azul e branco só sabe dizer que não. Negam com tanta frequência que poderiam virar negacionistas."
Aí está a “Justiça” que esta gente pretende e a que faz continuamente menção
"Joaquim Pinto e Pedro Figueiredo nomeados para a finalissima de amanhã.
Dois árbitros fanáticos Andrades para a final entre Calor da Noite e o Benfica. Dois árbitros com um histórico vergonhoso na modalidade, onde não têm qualquer pejo em roubar à grande e à francesa, sempre em benefício do clube do coração.
Está bem assim? Pretendem mais alguma coisa? Tipo começar com 3 golos de vantagem ou assim?
A Imparcialidade que eles gostam é isto. Juntou-se a fome com a vontade de comer, e Senica responde assim à expulsão do Pavilhão da Luz no passado fim de semana. Não chega, meus caros. Algo mais tem que ser feito a este senhor.
Um misto de cobardia, com corrupção, juntando-lhe uma pitada de fanatismo. É isto o Hóquei em Patins em Portugal!"
Hop, step, jump!
"A exigente prova do triplo salto teve peso na história do atletismo do Benfica e de Portugal
O triplo salto surgiu na primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896, num tempo em que se assistia a um renovado interesse pela Antiguidade Clássica. No feminino, a prova só se tornaria olímpica em 1996.
A sua concepção baseou-se em textos da Grécia Antiga que mencionaram atletas e dar longos saltos de 15 metros. De forma a se atingir essa marca, a prova foi constituída em três saltos (hop, step e jump).
Devido à sua exigência física, o triplo salto só apareceu em competições portuguesas em 1926. No Benfica, a prova surgiu em 3 de Julho de 1927, nos Campeonatos Regionais do Sul de Atletismo, com Américo Antunes e o eclético José Prazeres. A exigência para o triplo salto era tanta que Prazeres, campeão nos 100 metros, desistiu da corrida dos 200 metros por ter 'os músculos maçados' e os adversários apresentavam 'distensões nos músculos das pernas que os impediu da entrarem em outras provas'.
Nos anos 40, o Benfica evidenciou-se com os saltos de Luís Alcide, que foi oito vezes campeão e três vezes recordista nacional e, ainda, o primeiro atleta do triplo salto de Portugal a apurar-se para os Jogos Olímpicos. A exigência da prova mantinha-se como uma dura realidade para os atletas portugueses, pois o triplista encarnado teve a sua prestação condicionada nos Jogos Olímpicos de 1948 por se encontrar 'ainda incompletamente restabelecido' de uma lesão. Com um salto de 13,92m, Alcide ficou em 22.º lugar, falhando a final.
O novo milénio trouxe Nelson Évora para o Benfica. Dez vezes campeão nacional, Évora deu, em 2008, a primeira medalha olímpica de ouro, de sempre, no triplo salto a Portugal. Num salto histórico de 17,67m, fez juz à sua promessa de 'fazer um salto kamikaze e saltar para o infinito'. Quem ficou infinitamente agradecido ao atleta foi o adversário cubano Arnie David Girat, que sofrera uma pequena lesão. Ao saber disso, Nelson Évora mandou vir de Lisboa uma palmilha especial, possibilidade ao cubano competir e ficar em 4.º lugar na final.
Também de Cuba chegou Pedro Pichardo. Dadas as condições políticas do país insular, o atleta aproveitou uma deslocação à Europa em 2017 e desertou, ingressando no Benfica pouco depois, sendo reconhecido como um dos melhores e mais promissores triplistas da atualidade. Naturalizando-se português em 2018, pôde representar o país e, com um salto de 17,98m, dar o segundo ouro olímpico a Portugal.
Conheça mais sobre a história do atletismo encarnado na área 3 - Orgulho Eclético, no Museu Benfica - Cosme Damião."
Pedro S. Amorim, in O Benfica
Neres
"“Se não fosse pela eliminação da Liga dos Campeões na época passada, o Benfica seria agora o segundo clube preferido dos adeptos do Ajax”. Foi com esta mensagem que o meu cunhado, fervoroso adepto do Ajax portador de bilhete de época, me felicitou pela recente contratação do Benfica, David Neres.
Se entusiasmado estava, mais entusiasmado fiquei. E embora os muitos anos a ver futebol já me tenham ensinado que as expectativas elevadas geradas nas pré-épocas se esgotem no início das competições, podendo ou não serem correspondidas depois, há uma diferença fundamental do Neres para outras aquisições entusiasmantes, no passado, de jogadores brasileiros: o desempenho no Ajax, em particular na Liga dos Campeões. O talento já testado em circunstâncias extremas de ordem táctica, o que mitiga o risco de inadaptação.
No entanto, não se leia das minhas palavras a convicção de que Neres, por si só, transformará a equipa do Benfica. Mas que é uma grande contratação, disso não tenho a mínima dúvida. Gosto de extremos rápidos, sobredotados tecnicamente que, de cabeça levantada, arrisquem no um contra um e saibam, ultrapassados os defesas, o que fazer com a bola. Neres tem este perfil, assim jogue ao nível do que o vi fazer no Ajax.
E é um perfil cada vez mais em desuso no futebol estereotipado do primado da posse de bola inconsequente, dos equilíbrios, do horror às bolas perdidas, da estranheza em relação à área, quanto mais às balizas, e da estapafúrdia comparação da percentagem de acerto de passes entre defesas e avançados ou dos quilómetros percorridos, como se passar a bola, sem oposição, para o lado e para trás valha o mesmo que um passe vertical açucarado numa nesga de relvado junto da área contrária ou correr muito seja sinónimo de correr na direcção e velocidade certas.
Claro que o futebol já não é mesmo de uma das minhas primeiras memórias futebolísticas, em que um endiabrado Chalana ridicularizava defesas atrás de defesas no europeu de França, em 1984. Mesmo com o decréscimo acentuadíssimo da violência em campo, os esquemas defensivos são hoje muito mais eficazes no objetivo de parar ou manietar adversários.
No presente, é muito mais difícil ser um jogador como, por exemplo, Neres, e é por isso que os artistas devem ser estimados, algo que no Benfica demora a acontecer, salvo se aos dribles estonteantes que teimam em aparecer com regularidade anteceda a chamada garra, por mais improdutiva que seja... Aliás, deveria mesmo ser caso de estudo o tempo que Di María e Gaitán, entre outros, levaram a cair no goto da generalidade dos benfiquistas, e também a intolerância para com jogadores que arriscam e falham, contrastando com a paciência para tantos que, por não arriscarem, não falham, talvez acertem, mas nada acrescentam.
Contudo, nem tudo está perdido -perdoem-me este tique de velhice. Vejo Diego Moreira a despontar e sorrio…"
João Tomaz, in O Benfica
Bancadolândia
"Ver à frente na melhor das 'ressacas'
Querer foi mesmo poder, nada nem ninguém susteve a marcha de sucesso da equipa feminina de futsal do Benfica, que, numa final de Campeonato disputada ao detalhe, consumou a conquista do quinto título nacional seguido, um Penta inédito no Clube e em Portugal. E foi arrepiante, tudo! Pelas dificuldades criadas pela pandemia e por outras contrariedades incontroláveis que surgiram no caminho das campeãs, 'parabéns' talvez seja palavra demasiado singela para retratar e acomodar um (mais do que) justo tributo. Porém, acima de procurar ricos termos para reconhecer e qualificar tanto o trabalho como os êxitos, neste momento de absorção da melhor das 'ressacas' desportivas será pertinente lembrar o anunciado reforço da aposta do Clube nas modalidades e, nesse contexto, ressaltar que a hegemonia nacional no futsal feminino (para continuar e estender no tempo...) 'pede' complemento externo, isto é, necessita de ser vincada além-fronteiras, numa frente europeia na antecâmara da Champions League feminina (que um dia há de chegar). O futuro é uma página em branco para ser escrita.
Trunfo omnipresente na retoma do gigante
Ganhar ou dispor de condições reais, e não apenas de boca ou potenciais, para entrar em cada jogo com o intuito de discutir a vitória são pilares que proporcionam uma força inabalável para aproximar e ligar adeptos e equipas. No pós-pandemia e nefasto confinamento, o Benfica com nova orientação política na gestão de prioridades desportivas e na valorização da matriz eclética que diferencia o Clube, vive uma fase de retoma de mobilização, alegria, entusiasmo e efervescência nos pavilhões. É um inevitável 'regresso ao passado', que se saúda, num presente sustentado pelo desenvolvimento nas mais diversas áreas de um Benfica que tem na imensa massa adepta o poderoso, inesgotável e omnipresente trunfo para vencer de forma continuada e repetida nas cinco modalidades de pavilhão. O que se viu (e sentiu) no passado domingo tem de ser realçado: numa tarde, no espaço de poucas horas, os benfiquistas empurraram as equipas no Pavilhão Fidelidade (hóquei em patins masculino), em Fafe (futsal feminino) e no Pavilhão João Rocha (hóquei em patins feminino). E foram três vitórias na 'hora da verdade'."
João Sanches, in O Benfica
Campeonatos há muitos
"Daquilo que li e ouvi sobre o assunto, a questão da atribuição dos títulos relativos ao antigo Campeonato de Portugal parece-me óbvia: como prova antecessora da Taça de Portugal, com idêntico formato e com idêntico troféu, esses títulos devem ser somados ao palmarés da competição que imediatamente lhes sucedeu. Qualquer decisão que vier a ser tomada noutro sentido estará a subverter a História.
Não é a única prova a ter mudado de nome. O próprio Campeonato Nacional já se designou Primeira Divisão, Primeira Liga, Superliga, ou simplesmente Liga, sem contar com os sufixos comprados pelos patrocinadores.
Era aquela a prova mais importante da altura? Não duvido, tal como o era a Taça de Inglaterra, que antecedeu em cerca de 15 anos o Campeonato Inglês. Nem por isso os vencedores desse período se intitulam campeões de uma competição que ainda não existia.
Chamava-se 'Campeonato'? É verdade, mas se formos pelo caminho da semântica, o União de Paredes acabou de vencer o Campeonato de Portugal de 2022.
Já apelidar de 'experimentais' as Ligas disputadas entre 1934 e 1938 não foi mais do que uma das muitas fantasias do ex-presidente do Sporting.
Com a soma, o Benfica perde uma Taça de Portugal na correlação com os rivais (mais três para nós, mais quatro para cada um deles). Paciência. Há que ganhar a próxima para repor a diferença.
O que não se percebe é que a Federação tenha agendado uma Assembleia Geral para tratar deste tema. Há assuntos mais importantes e urgentes no futebol português, e os votantes, para além da pouca credibilidade que merecem, são, em alguns casos, parte interessada."
Luís Fialho, in O Benfica
Saibamos acolher
"Felizmente, é para todos nós difícil perceber em toda a sua extensão o drama de um refugiado. Tempos houve, e ainda há, em que os países mais ricos construíram uma narrativa de imigração ilegal encapotada pela fuga em busca de refúgio e em que essa narrativa parcial se tornou praticamente a única para a opinião pública. É que a guerra, o totalitarismo e os efeitos da mudança climática eram realidades distantes que fazíamos por esquecer por entre os dias passados a correr e os efeitos globais da pandemia.
Hoje, infelizmente também, não há telejornal que não inunde com violência e guerra e recato das nossas noites em família. Não há telejornal que nos diga que a energia vai baixar ou que não nos diga que a inflação sobe sem parar e arrasta as taxas de juros, os rendimentos, as famílias, as empresas e os países para a destruição de riqueza e o empobrecimento coletivo.
Sim, hoje entendemos melhor o drama dos refugiados porque o sentimos bem perto de nós e arcamos com os seus efeitos. Por isso olhemos de olhos mais abertos ainda para estas pessoas que, como nós, tinham famílias, empregos, casas, amigos, lugares e que agora distam deles milhares de quilómetros, separações forçadas, mortes e destruições totais. Saibamos acolher e ser solidários. É isso que move os benfiquistas, que sempre o fora, e é essa a missão da Fundação Benfica."
Jorge Miranda, in O Benfica
Núm3r0s d4 S3m4n4
"0
Os preços dos Red Pass não sofreram quaisquer alterações relativamente a 2019/20. O período de venda e renovação começa hoje, dia 24;
A nossa equipa feminina sub23 de polo aquático, já tricampeã nacional, terminou o campeonato sem qualquer derrota;
1
Estamos a um triunfo do eneacampeonato de hóquei em patins (feminino). Pode acontecer já amanhã, na Luz. A conseguirmos este título, a nossa equipa igual o recorde de 9 títulos consecutivos do Benfica em modalidades de pavilhão (voleibol feminino de 1967 a 1975);
5
Somos pentacampeões nacionais de futsal feminino – um feito inédito – e que extraordinário foi ver o nosso pavilhão cheio no jogo 3 da final com o Nun’Álvares. Ao longo destas 5 edições do campeonato disputámos 137 jogos, com 126 vitórias, 6 empates e 5 derrotas (mais 19 jogos e 19 vitórias em 2019/20, suspensa devido à pandemia). Ana Catarina, Inês Fernandes, Maria Pereira, Raquel Santos e Sara Ferreira fizeram parte de todo o percurso;
7
São 7, para já, as equipas seniores do Benfica campeãs nacionais em 2021/22. Masculinos: basquetebol e voleibol; Femininos: andebol, basquetebol, futebol, futsal e polo aquático. Um pecúlio a que acrescem as notáveis conquistas europeias no andebol e futebol de formação (além do título nacional nos sub19 de futebol e outros da formação das diversas modalidades);
Futebolistas do Benfica convocadas, por Portugal, para o Campeonato da Europa. Catarina Amado, Carole Costa, Sílvia Rebelo, Lúcia Alves, Andreia Faria, Kika Nazareth e Jéssica Silva são as eleitas;
10
Pentacampeonato e 10º título nacional no futsal feminino para o Benfica. Depois do tetra de 2005 a 2008 e do título em 2010, 5 triunfos consecutivos na principal prova do modelo competitivo nacional."
João Tomaz, in O Benfica
Amanhã, dia 29, poderá acontecer a maior vergonha do desporto mundial
"Pela primeira vez em qualquer país deste mundo, irá votar-se a história, irá votar-se factos, irá deturpar-se o que realmente aconteceu há praticamente 100 anos e reescrever a verdade de acordo com os interesses de cada um.
O mote está dado pelo Sporting e pelo Marítimo. Cada um irá votar no que mais lhe convém e não no que verdadeiramente aconteceu."
David Neres | Futebol de rua na capital
"Achas Que Vai Brilhar Na Luz?
O Sport Lisboa e Benfica tem estado bastante ativo no mercado e chegou a Lisboa um jogador que transpira futebol pelos pés. David Neres, ex-Ajax e Shakthar Donetsk assinou pelo SL Benfica a troco de 15,3 milhões de euros e promete ser um dos jogadores a ter em atenção na próxima temporada.
Já foi visto como um jovem prodígio, mas, sem nunca conseguir corresponder àquilo que realmente se esperava dele, chega ao Benfica com o desejo de relançar a sua carreira e almeja a voos maiores.
Com 25 anos, David Neres promete irreverência e futebol de qualidade. Pode vir a ser o extremo que tem faltado ao Benfica nos últimos anos. A saída de Everton abre ainda mais espaço no plantel e Neres será o seu substituto natural.
O extremo formado no São Paulo assinou com os encarnados um contrato válido por cinco temporadas e fica blindado por uma cláusula de rescisão na ordem dos 100 milhões de euros.
A qualidade de Neres é inegável. Até Mourinho o chegou a elogiar: “Reflete tudo o que é um jogador brasileiro (…) o melhor desta nova geração”, contudo, o que aconteceu para que nunca se tenha conseguido afirmar no futebol mundial?
David Neres é um talento nato, capaz de tirar adversários da frente como poucos, contudo, não se consegue perceber muito bem como é que a chama se foi apagando. Após uma temporada de afirmação, na época 2018-19, o jogador nunca mais conseguiu replicar essa sua versão de si mesmo, até que saiu para o Shakthar Donetsk.
Em terras ucranianas, e tudo à conta da guerra que assola este país, não jogou sequer um minuto. David Neres vê no Benfica uma oportunidade de voltar à ribalta, e ainda há tempo. Com 25 anos, é agora um jogador mais maduro, mais experiente, mas sempre com o futebol de “menino de rua”, e é isto que mais me encanta neste jogador.
A sua adaptação à liga portuguesa e a Portugal não deverá ser muito complicada e isso certamente ajudará no processo de “reabilitação” do jogador. Primeiro, a língua, que é a mesma e será sempre um fator abonatório, depois já está familiarizado com o futebol europeu e, em terceiro, terá muitos colegas da mesma nacionalidade a quem recorrer.
Lisboa e o SL Benfica em específico podem ser o sítio e o clube ideal para Neres. À chegada ao Estádio da Luz, o brasileiro prometeu que nunca faltará entrega e vontade de ajudar o clube a vencer títulos.
Bastante irreverente e particularmente veloz, David Neres é fortíssimo no drible. É um jogador fantasia, drible curto e rápido, é especialista no um contra um. Pode atuar nos dois corredores, sendo que pela direita tem a benesse de puxar a bola para a sua canhota e alvejar a baliza.
Acredito bastante neste jogador e creio que está mentalmente preparado para finalmente mostrar o seu valor. O aspeto mental sempre foi o principal fator para que não se conseguisse projetar para outro contexto, mas com a maturidade, acredito que seja capaz."
Uma nova oportunidade para Florentino
"Achas Que O Português Vai Conseguir Assegurar O Seu Lugar Na Luz?
O Sport Lisboa e Benfica acabou de iniciar os trabalhos de pré-temporada, com vista a preparar a nova época desportiva. E Florentino Luís foi uma das caras novas a apresentar-se no Seixal, com o objectivo de convencer o novo treinador Roger Schmidt a atribuir-lhe um lugar no plantel na temporada 2022/23.
O médio-defensivo nascido em 1999 vem de uma das gerações mais prolíficas que o Seixal já produziu, sendo campeão nacional em todos os escalões e tendo ainda sido um dos jogadores que conseguiu a proeza de se sagrar campeão europeu de sub-17 e de sub-19 pela selecção nacional.
Florentino Luís foi lançado na equipa principal por Bruno Lage em Fevereiro de 2019, na célebre vitória por 10-0 sobre o Nacional da Madeira. Até final dessa temporada, seria opção regular na equipa principal, tendo bons desempenhos que contribuíram para a conquista do campeonato.
No entanto, em meados da temporada seguinte, Florentino Luís deixaria subitamente de ser opção, e a sua carreira começaria aí a entrar em declínio. Nas duas últimas temporadas, seria emprestado ao AS Mónaco e ao Getafe, respectivamente, onde também não teve a competição regular de que necessitava para se afirmar (11 jogos em 20/21 e 24 jogos em 21/22).
Apesar disso, o médio internacional sub-21 português já reconheceu publicamente que estas suas experiências no estrangeiro contribuíram para o seu desenvolvimento enquanto jogador, reconhecendo que no futebol francês teve uma grande evolução a nível físico, e no futebol espanhol evoluiu bastante a nível táctico.
No seu modelo de jogo, Roger Schmidt gosta mais de ter um seis de perfil mais clássico, ou seja, um médio-defensivo que possua características de um trinco puro, que tenha grande disponibilidade física, agressividade sem bola e um bom sentido posicional. Dos médios que fazem atualmente parte do plantel principal do Benfica, Florentino é de longe, aquele que mais se aproxima desse perfil.
Com isto, há razões para acreditar que esta será a melhor oportunidade que Florentino Luís tem para se afirmar no plantel principal do Benfica. Regressa mais experiente e mais maduro e irá trabalhar com um treinador que gosta de apostar em jovens e tem um perfil que encaixa no seu sistema e na sua ideia de jogo.
Resta saber se o jovem jogador formado no Seixal terá as capacidades mentais necessárias para agarrar esta oportunidade com unhas e dentes e se conseguirá convencer o novo treinador encarnado de que tem qualidade para fazer parte desta equipa."
Benfica no feminino
"Entre 1966 e 1975, o desporto português testemunhou um feito único. As 'Marias', nome pelo qual era conhecida a equipa de voleibol feminina do Sport Lisboa e Benfica, sagraram-se eneacampeãs da modalidade, perdendo apenas um jogo ao longo de nove temporadas. O legado das 'Marias' parecia inigualável até que, neste fim-de-semana, a equipa de hóquei em patins feminina do Benfica se sagrou, também ela, campeã pela nona vez consecutiva.
Este feito histórico das hoquistas benfiquistas reflete uma temporada inesquecível para as modalidades femininas, em que o Benfica se sagrou campeão nacional de andebol, basquetebol, futebol, futsal e hóquei em patins, confirmando assim, uma vez mais, o seu estatuto de clube mais eclético de Portugal. Como assinalou o presidente Rui Costa, o Benfica é hoje o único clube que participa em seis modalidades femininas, para além do projeto olímpico e ainda do râguebi.
Segundo dados do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), na última década o número de praticantes do desporto cresceu mais entre as mulheres do que entre os homens. O desporto feminino já não pode ser visto como um mero ato de responsabilidade social, praticamente como se tratasse de um privilégio que é concedido às atletas. O Benfica tem a obrigação de continuar a investir nestas atletas, que tanto fazem por amor à camisola, dando-lhes todas as condições necessárias para dignificar o emblema que envergam ao peito. O futuro do desporto joga-se no feminino e a maior instituição desportiva nacional não pode faltar à chamada.
Também fora de campo existe ainda um longo caminho a percorrer. Segundo os últimos dados oficiais disponíveis, um em cada quatro sócios do Benfica são mulheres. Apesar dessa realidade, a participação feminina na vida interna do clube continua a ser uma raridade.
O Benfica tem vindo a tomar passos importantes para tornar o clube mais inclusivo, como os 'Red Pass' com preços distintos e também as linhas de merchandising dedicado, mas ainda resta muito por fazer. Um dia, muito em breve, o clube terá tantas sócias como sócios e, até lá, precisaremos da participação ativa das mulheres benfiquistas na vida do clube, tanto dentro como fora dos relvados. A bola está do lado das nossas consócias. Contamos convosco para construir o futuro do nosso clube!"
Ver Ganso, recordar Sócrates, lembrar Riquelme
"Ver jogar Ganso, Paulo Henrique Ganso, é perceber como se acelera pausando, como o jogo se torna melhor quando ele o influencia, quando o pensa. Porque PH Ganso é sobretudo pensamento. E arte. A bola anda ali entre correrias e encontrões, como carrinhos de choque em romaria, até que lhe chega, ao 10 do Flu, esquerdino, longilíneo sempre de cabeça levantada, parece que nunca se dobra, como se desprezasse o esforço que tantos valorizam em excesso, faz tudo com a naturalidade dos que aprendem a ler antes da escola, ele já nasceu compêndio de receção, drible e passe, sem adornos, ou então com adorno permanente, que nenhuma bola sai dele como lhe chega, sai melhor. Todos o procuram, qual farol, farol é uma boa metáfora, parece mais alto que o 1,84m que lhe atribuem os sites, parece que vê o jogo com uma spidercam incorporada, talvez por esse jogar sem que se curve, identifica os atalhos certos e sobretudo sabe indicar à bola o melhor destino: Como faziam Schuster, Redondo ou Xavi: entre as 2 ou 3 opções de passe que lhe surgem descobre uma quarta, a que mais se recomenda. Com Fernando Diniz, no futebol bonito do actual Fluminense, tendo ali ao lado um miúdo chamado André que joga muito, todos procuram o farol e Ganso ilumina de novo um coletivo, organiza com os pés e as mãos, gesticula, exaspera que os companheiros demorem a ver o que ele anteviu, são assim os maiores craques, únicos, imensos. Tem em exagero o que mais gosto num futebolista: a compreensão do jogo e a intuição natural que conduz à decisão mais certa. Ganso é isso. Dizem que falhou na Europa. Estou convencido de que a Europa é que falhou com ele. Com ele como com Riquelme, o maior génio que o velho continente não identificou a nível superior (só no Villarreal, que lhe pedia que fosse apenas o melhor nas decisões e não nas estatísticas). Num Barcelona de alguns anos depois Riquelme teria sido o que foi no Submarino Amarelo, mais que um craque naquele que é més que un club. Já no Boca Juniors, e apesar dos descaminhos como dirigente, Ídolo é palavra curta para ele. Na escala de divindade da Bombonera consideram-no a par ou ainda um degrau acima de Maradona, imagine-se. Também Riquelme desprezava a aceleração inútil, mas era imbatível numa velocidade ainda mais relevante que a de pernas, que é a de raciocínio. Um pouco como Ganso e muito como Sócrates.
Sim, há qualquer coisa que os liga, Ganso, Riquelme, Sócrates. Sócrates é o génio diferente na história do país que mais génios deu ao jogo: Garrincha, Pelé, Zico, Ronaldinho, Ronaldo, mais Didi, Tostão, Rivelino, Falcão, Romário, Rivaldo, a lista seria interminável mas Sócrates entra em qualquer galeria. Também ele bem alto, gigante mesmo, médio e avançado conforme as necessidades, organizador raro e goleador efetivo, é difícil imaginar alguém com mais classe de chuteiras calçadas, imortais aqueles golos de 82, à União Soviética pleno de crença e explosão, o primeiro à Itália na tarde fatídica do Sarriá, momento mágico e máximo da parceria que o une eternamente a Zico, tantos golos pelo Corinthians, menos na Fiorentina, falhou na Europa ou a Europa falhou com ele? A pergunta repete-se. Não, não era rápido de pernas nem capaz de carrinhos e hoje teria a genialidade questionada pelo escasso contributo defensivo e contrariada pelo GPS. Incrivelmente também médico e ativista político em paralelo a uma carreira futebolística de topo, qualquer pretexto é bom para lembrar o Doutor, o rei magrinho dos toques de calcanhar. Procurem-nos nos vídeos – felizmente há muitos – e vão sentir um pouco do que me ocorre quando vejo o Flu, que há ali um elemento que se diferencia, que tem luz própria mas também faz melhores os que o acompanham. Vejo o Fluminense com mais prazer porque Ganso existe, o jogador vindo do passado mas que não pode desaparecer do futebol do futuro. A menos que o queiramos pior. E mais feio e triste."
Silly season todo o ano
"A generalização do disparate ou da estupidez está a ir ao tutano do sentido dos princípios, valores e regras que norteiam o funcionamento da sociedade portuguesa.
Houve um tempo em que Verão era considerado a silly season, tantos eram os desmandos verbais e de ação que tomavam conta das instituições e dos protagonistas, mas o mundo mudou. Agora, a silly season assumiu vocação anual, pavoneia-se pelos 365 dias do ano, com aparente comiseração cívica e displicência de quem assume funções públicas pela conjugação da vontade política com o mandato popular.
O problema é que a generalização do disparate ou da estupidez, em português, está a ir ao tutano do sentido dos princípios, valores e regras que norteiam o funcionamento da sociedade portuguesa. Com complacência geral, há conceitos que estão em mutação, moldados à medida dos poderes vigentes, sem a sanção adequada e com perigosas derivas que caracterizaram outros regimes, noutras latitudes e longitudes. Vejamos o caso da responsabilidade política.
A responsabilidade política, pela ação ou omissão, sempre transportou consigo um juízo ético sobre o exercício e as consequências do exercício, mas agora não. Munidos de uma certa impunidade, os titulares de cargos políticos, desde logo, o líder do executivo, têm ensaiado a tese de que responsabilidade política é resolver os problemas, é trabalhar nas respostas, que acabam por ser quase sempre menos que soluções. O remendo é a resposta da responsabilização política perante um problema, um acontecimento ou uma situação.
Portanto, não importa se houve possibilidade de antecipação, se houve planeamento para evitar ou potenciar uma ideia, nem mesmo se as opções foram as adequadas para o que é estrutural, circunstancial ou emergente. Não há nenhum juízo sobre o exercício até à situação concreta ou à consequência. O que importa quase sempre é o futuro. O tempo que está para vir ou o que vai ser feito em reação à atualidade é a cenoura dos quotidianos políticos, sem ideia para o país, sem rasgo e sem coragem para as reformas e decisões que se impõem.
Governar é muito mais do que ter uma lista de tarefas para responder no dia-a-dia aos problemas que vão surgindo, porque não se fez, porque as dinâmicas nacionais são assim ou porque a conjuntura internacional afeta as realidades nacionais em função dos níveis de resiliência e exposição. Infelizmente, emerge uma certa perceção de incómodo com a maioria absoluta, primeiro na presidência da República, e cada vez mais no governo. Um governo que não sabe o que fazer com a maioria absoluta acaba a correr atrás do prejuízo, desfocado do que importa.
Houve um tempo em que a desculpa era o passado de Passos Coelho e Paulo Portas, depois a desculpa poderia ser as tentações do Bloco e do PCP, agora, ainda que havendo as sequelas da pandemia e da guerra, há cada vez menos desculpas para que se cumpra o potencial maior de uma maioria absoluta, com alguns recursos: fazer. Por agora, evidencia-se uma dificuldade em saber o que fazer com a maioria absoluta, mas esta debilidade de liderança facilmente se transforma no problema estrutural de “o que fazer”, mesmo com guiões de PRR e afins.
É o que acontece quando a responsabilidade política se dilui ou é absolvida pela tese da validação eleitoral. Se os eleitores aprovam o exercício pelo voto, não é preciso haver responsabilização política durante o exercício. A ética, a responsabilização consequente e o escrutínio passam a ser dispensáveis durante os exercícios políticos.
O drama maior é o da sinalização destas atitudes para os cidadãos e para a sociedade. O problema é o exemplo dado. E começa a assistir-se à generalização de situações, nos diversos setores da sociedade portuguesa.
Quando temos a Federação Portuguesa de Futebol a montar um esquema de fuga ao fisco para contratar o selecionador nacional e se considera que, pela liquidação do valor devido ao Estado como qualquer contribuinte, a atitude de promoção de uma ilegalidade por uma instituição de utilidade pública está resolvida, é uma expressão da desresponsabilização que se instala na sociedade portuguesa. Desde que resolvas o incumprimento detetado, tudo é possível. Se ninguém der por ela, temos pena. Convenhamos que esta deriva, em generalização, não pode ser a referência da República.
É claro que se pode sempre dizer que a ética da República é a que consta da lei e até se pode alterar as normas legais para ser mais favorável como já aconteceu várias vezes aos longo dos últimos anos, mas, num tempo de incertezas e dúvidas, caminharemos todos para a selvajaria social, com o triunfo da geometria variável. Tudo é possível, em função do protagonista, com a complacência das instituições e dos cidadãos. Basta corrigir o que é detetado ou anunciar que se vai corrigir a situação, com as propostas futuras resultantes de um qualquer plano, comissão ou grupo de trabalho.
Por muito que custe a alguns, responsabilidade e responsabilização política não são isso. Se não planeou ou antecipou, devia tê-lo feito. Se aconteceu e decorre da inação, desajustamento das opções ou da não resolução de problemas de sempre, alguma coisa consequente deveria ter sido feita. Tudo o resto é conversa para entreter a pouca exigência cívica e mediática vigente em Portugal que, conjugada com a volatilização da ética, senso e sentido de serviço, conduzem à instalação da silly season nos diversos dias do ano.
Sem reforço do sentido de responsabilização, com extrapolação consequente dos resultados, e maior exigência cívica, as derivas persistirão no sentido de fragilizar os pilares e as regras da sociedade portuguesa. Cada vez mais desigual e arbitrária. É o triunfo do vale tudo, pelo menos, para alguns, desde que mitiguem ou corrijam os incumprimentos quando detetados. Os outros, já eram.
Notas finais
Nova variante dos portugueses piegas.
Já lá vão 10 anos. O país sob intervenção da troika indignou-se com as palavras de Pedro Passos Coelho, “Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas...”. Agora surgiu uma nova variante. Graça Freitas pede aos “portugueses esforço para não ficarem doentes” porque “agosto não é um bom mês para ter acidentes ou doenças”. Portanto, num país com fragilidades no planeamento, os portugueses piegas, têm de agendar as doenças. Marcelo Rebelo de Sousa corrobora com um “cada qual fará um esforço para não estar doente, por si mesmo e para não pressionar o cuidado de saúde dos outros”. É silly e não é da season. O “não ir lá, ao SNS” nestes dois anos de pandemia, está provavelmente a evidenciar-se nos índices de mortalidade que se registam, mas a preocupação não é reforçar a resposta, é apelar ao alívio da pressão, como se estar doente fosse um gosto, um desporto ou ocupação dos tempos livres. Miséria.
Burnout institucional.
Há uma série de instituições e serviços públicos sem condições para responder às necessidades em que a solução não é pedir para não ampliar a pressão. O foco é mobilizar recursos e meios para planear, agir e antecipar, mas o Estado prefere desmantelar o que só não funcionava melhor por falta de recursos, como acontece com o SEF. E com isso abre novas frentes de disputas de áreas e territórios nas forças de segurança e órgãos de polícia criminal. Desfoca e amplia as quintinhas. Enfim, disparates."
O desporto e atletas transgénero
"O impacto de certos temas no espaço público e o respectivo comentário, nem sempre é compatível, face ao elevado grau de complexidade que encerram, com opiniões ou soluções conclusivas.
O tema dos atletas transgénero encontra-se nessa categoria. Conexo com ele existem outras situações relativas a casos de atletas com desenvolvimento sexual diverso (como o da atleta Caster Semenya), pessoas com conformidade entre o sexo biológico e a identidade de género, ainda que desenvolvam hiperandroginismo (excesso de hormonas sexuais masculinas, designadamente testosterona). E se no plano social o reconhecimento de igualdade de direitos é pacífico, no da participação desportiva a questão suscita controvérsia. O que se compreende.
A generalidade das modalidades desportivas hierarquiza as suas competições/classificações na base da diferenciação do sexo biológico (masculino/feminino) e, em algumas modalidades, por categorias de peso. Com a maior visibilidade das pessoas que não se identificam com o sexo biológico e os direitos que reivindicam no que se reporta à participação desportiva, há um problema que se coloca quanto ao escalão de participação, designadamente quando as pessoas em causa se identificarem como sendo do género feminino, embora com disposições anátomo-fisiológicas próprias do sexo masculino. Estas pessoas transportariam, à partida, uma vantagem competitiva que as beneficiaria face às restantes, mais evidente em algumas modalidades ou disciplinas específicas.
As orientações do Comité Olímpico Internacional (COI), bem como as decisões das federações internacionais e do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) são tudo menos consensuais. E a jurisprudência dos tribunais estaduais ainda vai fazer correr muita tinta.
O COI aponta para uma análise flexível, caso a caso, baseada em alguns princípios orientadores garantindo a elegibilidade de atletas transgénero, mas, ao mesmo tempo, procurando um justo equilíbrio entre a não discriminação e a equidade das competições.
Ao nível das federações desportivas internacionais a resposta é muito distinta: há federações que excluem liminarmente os atletas transgénero femininos das competições femininas; outras que aceitam sem limitações; e outras que o fazem no cumprimento de requisitos como redução de testosterona ou a identidade de género manifestada antes da fase de início da puberdade (como foi agora o caso da Federação Internacional da Natação (FINA).
O problema está longe de estar resolvido. Não apenas porque o conhecimento científico sobre estes assuntos não está consolidado, como emergem questões que envolvem direitos sociais e concepções ideológicas e filosóficas que não podem ser ignoradas.
Os direitos sociais das pessoas transgénero e de desenvolvimento sexual diverso são uma conquista civilizacional. Nesses direitos sociais inclui-se o direito ao desporto. É socialmente aceitável que o exercício desse direito seja limitado? Mas como compatibilizar esse direito com o de não obter uma vantagem competitiva perante pessoas cisgénero ou que não apresentem indicadores fisiológicos fora dos limites do seu sexo biológico?
São perguntas que encerram dúvidas. Conflituam razões desportivas (o princípio da equidade) com razões sociais (o da não discriminação por género). Compreendemos as razões dos que defendem uma limitação desse direito, como a daqueles que se opõem a qualquer limitação do mesmo. E uma coisa temos por adquirida: esta é uma matéria que ainda está a dar os primeiros passos, não há uma doutrina consensualizada pelo que será mais prudente avançar na reflexão e debate sobre o tema, na busca de soluções que compatibilizem o que está em causa: a não discriminação com a equidade que a competição desportiva deve promover."
Já se percebeu que o Javi García é um alvo a abater pela comunicação social
"Há dias, no canal sarjeta, escrutinavam o vencimento que irá auferir no Benfica. Ontem e hoje, discutiam as suas competências e suposta inexperiência para a função de treinador-adjunto. Sobre o assunto temos a dizer:
• Sempre deu tudo em campo com a nossa camisola (tal como o Jardel, chegou a jogar com ligadura na cabeça). Tem mentalidade competitiva e dentro do campo demonstrou capacidade de liderança.
• Esta escolha é uma mudança de paradigma. É jovem, à semelhança da restante equipa técnica.
• Tem vindo a preparar-se nos últimos meses para esta função, marcando presença em diversos cursos de especialização de treinadores certificados pela UEFA.
• Domina perfeitamente os idiomas inglês e castelhano. O que representa uma mais-valia porque pode fazer a ponte entre staff técnico e alguns jogadores.
• Irá receber no Benfica metade do que ganhava no Boavista.
Bem-vindo a casa, Javi!"
Ou se colhem os frutos ou se vendem os Ramos
"O Que É Que Achas Que As Águias Devem Fazer Com O Português?
São muitas as dúvidas que circundam a preparação da época do Sport Lisboa e Benfica. Uma das questões com maior potencial polémico é a continuidade ou saída de Gonçalo Ramos.
Rumora-se que há clubes de renome das principais ligas europeias – com o Borussia Dortmund à cabeça – em cerrada persecução ao jovem formando do Benfica Futebol Campus.
Supostamente, a administração benfiquista está disposta a aceitar uma proposta na casa dos 45/50 milhões de euros. Fazem bem? Talvez sim, talvez não.
O compromisso e qualidade de Ramos fazem acreditar que adiar a venda do português uns anos mais pode compensar, havendo quem acredite que os valores de uma futura transferência podem superar os 50 milhões pedidos atualmente.
A questão, no entanto, é muito relativa, estando umbilicalmente ligada à performance desportiva do jogador. Gonçalo Ramos é um jovem com qualidade e foi justificadamente aposta forte e contínua de Nélson Veríssimo na segunda metade da época passada.
Contudo, nada garante que essa aposta seja perpetuada por Roger Schmidt. Acreditando na continuidade do 4-2-3-1 do alemão, Ramos terá que convencer o novo timoneiro como “9” ou como “10”.
Verá Roger no algarvio as características necessárias para “10”? Apesar de ter começado a sua formação como médio, não me parece que Ramos tenha a capacidade de visão, de construção e de último passe para ser o criativo da equipa.
Verá, então, Schmidt em Ramos o seu ponta de eleição? Neste momento, sinceramente, parece-me que Henrique Araújo até partirá à frente do “88” das águias na corrida à posição mais adiantada no terreno.
O madeirense tem mostrado mais eficácia e produtividade na frente e é um avançado mais “clássico” do que Gonçalo Ramos. A confirmar-se esta linha de raciocínio, Ramos pode estar na calha para ser segunda linha na época que aí vem.
Nesse cenário, uma venda por valores bastante aceitáveis – como parece ser o caso – talvez seja mesmo o melhor para jogador e clube. Ainda que doa sempre ver um dos nossos partir."
Desporto português: a terra sem lei onde vale tudo para intimidar e coagir. E onde os aficionados acham que a culpa é sempre dos outros
"Seja futebol, basquetebol, andebol, hóquei em patins ou futsal, em quase todos os grandes jogos há notícia de pancadaria entre adeptos (dentro ou fora dos complexos desportivos), detenção de dirigentes desportivos, acusações de racismo entre jogadores ou cargas policiais sobre claques/grupos organizados, lamenta Duarte Gomes, ao criticar o ambiente inerente ao desporto em Portugal e questionar: "onde nasceu a influência nefasta que degenerou nesta tendência de brigar, bater, ofender, empurrar e ameaçar tudo e todos, assim que soa o apito final?"
O desporto português precisa de ser continuamente exigente. Precisa de tentar encontrar formas de ser ainda mais forte, credível e competitivo. Não parece haver grandes dúvidas que, dentro de cada pista, pavilhão ou estádio, somos fortes. Muito fortes.
Portugal é um país "abençoado" por talento. Por muitas mãos cheias de jogadores, atletas e treinadores cujo brilhantismo técnico faz inveja a muitos tubarões, com outras valências e potencial.
Onde ainda não demos (totalmente) o passo em frente — e isto gritarei até que a voz me doa — é ao nível dos comportamentos e condutas.
Por cá ainda não se percebeu que competência sem ética vale pouco, muito pouco. Quando conseguirmos soltar as amarras que nos prendem a atitudes absolutamente tribais — daquelas que dão vergonha alheia e nos fazem pensar: "Como é que é possível isto acontecer a este nível?" —, então aí estaremos prontos para dar o salto maior, rumo à excelência técnica e moral.
Desporto joga-se geralmente com mãos, pés, cabeça, coração, alma... e ética. Se alguma destas variáveis falhar, não há consistência ou sucesso que resistam.
Vem esta reflexão (mais uma) a propósito do que tem acontecido nas diferentes modalidades de pavilhão nos últimos tempos.
Basquetebol, andebol, hóquei em patins e futsal (estas em particular) têm, lá está, executantes de topo e técnicos com provas dadas, capazes de oferecer espetáculos fantásticos, cheios de emoção, incerteza e adrenalina. Mas, descontando as emoções pontuais que sempre ocorrem nos grandes momentos, tudo o que se tem visto para lá disso é muito, muito feio.
Em quase todos os grandes jogos há notícia de pancadaria entre adeptos (dentro ou fora dos complexos desportivos), detenção de dirigentes desportivos, acusações de racismo entre jogadores, cargas policiais sobre claques/grupos organizados, sticadas entre adversários, acusações entre técnicos e, claro, suspeitas de arbitragens deliberadamente tendenciosas.
Não vão pelo que eu digo. Façam um pequeníssimo esforço de memória. Googlem. Há dezenas e dezenas de relatos, para todos os gostos, sobre práticas que nunca podem acontecer em alta competição.
Deixem-me que vos diga, de forma muito clara e sincera: é uma vergonha!
Parece que estamos em terra sem lei, onde vale tudo para intimidar, coagir, perturbar o melhor que o espetáculo tem para oferecer. Nessas guerrilhas rasteiras, desculpem-me os mais aficionados ou os que cegamente insistem que a culpa é sempre dos outros... ninguém sai bem na fotografia.
Não há verdadeiros inocentes.
Todas as atitudes negativas são censuráveis, porque em várias ocasiões, mais à esquerda ou à direita, mais para norte ou para sul, uns e outros surgem como autores de instantâneos absolutamente lamentáveis. Apetece perguntar... que palhaçada é esta?!? Tenham santa paciência!
Mas somos meninos ou gente de bem, com nível e educação? Gente que sabe perder e vencer, sem deixar cair o coração para o chinelo? De onde vem este súbito (mas não novo) modus operandi, que parece ter contagiado algumas das pessoas ligadas a essas modalidades?
Onde nasceu a influência nefasta que degenerou nesta tendência de brigar, bater, ofender, empurrar e ameaçar tudo e todos, assim que soa o apito final? Que canalhice é esta?
Nesta fase, de cada vez que há um jogo decisivo, já não estamos apenas à espera do mais importante (saber quem ganha). Também nos questionamos sobre o que é que vai acontecer quando o encontro terminar: quem vai bater em quem, quem vai insultar quem, quem vai se queixar mais, em quem é que a polícia vai bater, quem vai ser detido, quem vai tentar apaziguar este e aquele, quem vai reclamar mais, quem vai interpor processos, fazer queixa-crime, quem vai isto e aquilo...
Que coisa tão feia e descaraterizada.
O desporto não é apenas de quem lá está agora, a achar que fica lá para sempre. O desporto existe desde a Antiguidade Grega e vai existir por muitos mais séculos. Por cá só será uma verdadeira escola de virtudes quando dispensar pessoas permanentemente corrosivas e tóxicas, que não sabem controlar emoções nem respeitar árbitros, adversários e adeptos.
Estará sempre a mais no desporto quem tem valores a menos. É preciso dizer isto com todas as letras, as vezes que forem necessárias!
O pior que pode acontecer a uma sociedade que vê no seu desporto um motivo de orgulho é permitir, acomodada e em silêncio, a normalização de toda esta delinquência, má-educação e falta de vergonha.
Até quando? Ao próximo jogo?"
Fausto, o dono da miséria
"Era embirrento como nenhum outro. Em Lisboa, despejava baldes de água sobre quem ia na rua. Não gostava de portugueses.
Nesse tempo ainda se podia dizer que uma pessoa era preta. Ou negra, como preferirem. Por mim tudo bem. O preto é preto e o branco é branco. No único dos cerca de 120 países onde pus os pés, só num é que puseram um papel à frente, à entrada, no qual estava lá a pergunta, direta: cor da pele? Escrevi: normal. Ser preto é normal. A menos que estejamos a falar sobre algum daqueles divinos negros. Como Fausto. Aí preto é pouco. São retintos como se fossem feitos de baquelite.
Fausto nasceu pobre, algo que era normalíssimo nos pretos dessa altura nos cafundós do Maranhão, como era o caso de Codó, onde veio ao mundo em 1905. Vamos e venhamos: o filho de Dona Rosa, nêga fulô, nasceu mas é miserável, sem uma côdea certa de pão seco para comer ao fim do dia. Não admirava que fosse magrinho como um fio. Dona Rosa gostava do seu menino tanto que tanta magreza e os dias de fome a afligiam até ficar com um buraco fundo, fundo, ali entre a terceira e quarta costela, naquele sítio onde costuma ficar o coração. Pegou em Fausto e foi à procura de uma vida melhor. Que digo eu? Vida melhor?! Foi à procura de uma vida e ponto final.
A bola e Fausto eram de uma intimidade quase sexual. Alguém viu o garoto jogar num baldio qualquer do Rio e levou-o para o Bangu. Fausto tinha futebol para jogar e deitar fora. Num instante estava no Vasco da Gama. E, em seguida, em Espanha, no Barcelona. E depois do Uruguai, no Nacional de Montevidéu. Em 1930 fez parte da seleção do Brasil que participou no primeiro Mundial de futebol.
Seis anos mais tarde, recebeu o chamado do Flamengo. Ou melhor, de José Bastos Padilha, amigo íntimo do jornalista Mário Filho, que deu nome ao Maracanã. Ambos brotavam ideias como água de uma fonte. Ideias sobre ideias. A de Padilha era a de fazer do Flamengo um clube totalmente profissional e o mais poderoso do Brasil. A de Mário era a de popularizar de tal modo os jogos entre Flamengo e Fluminense que lhes deu o nome de Fla-Flu. O povão gostou e guardou a expressão para sempre.
Para construir a sua equipa-maravilha, José precisava de jogadores-maravilha. Foi a Montevidéu convencer Fausto dos Santos a regressar ao Brasil, algo bastante fácil até porque estava em rutura total com o Nacional. Em seguida contratou Leônidas da Silva e Domingos da Guia, mais duas Maravilhas Negras. Padilha e o Flamengo não tinham qualquer problema em serem conhecidos pelo clube dos pretos. Ainda por cima porque os seus pretos eram um bocado melhores do que os brancos dos outros.
Tendo assinado contrato com o Flamengo em 1936, Fausto caiu na asneira de morrer em 1939, o que deixou o sucessor de José Bastos Padilha, Gustavo de Carvalho, furibundo, deitando fumo pelos olhos. Sentiu a morte do jogador como uma traição aos seus planos de o vender ao São Paulo, tal como tinha feito com Leônidas, e ganhou ao falecido um rancor monstro.
Vindo lá da miséria de Codó, Fausto nunca foi bicho muito sociável. Por todo o lado onde passou, arranjou sarilhos com quem podia. Em Espanha, por exemplo, quando ficou no Barcelona com o seu companheiro de equipa do Vasco, o guarda-redes Jaguaré, em 1931, depois de uma digressão dos vascaínos pela Europa. Não gostava de espanhóis, dizia.
E para ele chegava. Nunca abriu um sorriso nem quando marcava um golo, de tal ordem que foi despachado para um clube suíço, Young Fellows, para ver se curava, no sopé dos Alpes, o seu mau feitio e o princípio da tuberculose que viria a matá-lo. Também não gostava de portugueses. De passagem por Lisboa, entreteve-se a atirar baldes de água pela janela do quarto, encharcando os passantes e insultando-lhes as famílias até à quinta geração se se atreviam a dar-lhe troco. Coisa chata que meteu polícia, esquadra e o diabo a quatro.
Fausto dos Santos podia ser um trombudo de pai e mãe, mas era bonito p’ra cacete vê-lo encher o peito, receber a bola como se fosse apenas mais uma parte do seu corpo, driblar adversários para dentro ou para fora, e fazer passes milimétricos para onde bem lhe apetecesse. «Fausto falava pouco, ia guardando o que tinha de dizer, de repente explodia, lá vinha tudo. Vingava-se dando gritos no vestiário, dando pontapés no campo», escreveu Mário Filho.
«Entrava em São Januário de chapéu no alto da cabeça, o paletó desabotoado, a camisa sem um botão, deixando aparecer um pedaço da barriga preta. E olhava para todo mundo de cara amarrada, para ver se alguém não gostava… Fausto, se estava doente, nem se queixava, bom ou doente tinha de entrar em campo. Fausto não conversava, metia logo o pé. Vinha uma bola alta, ele levantava a perna como numa bailarina, as travas da chuteira dele passavam raspando pela cara do jogador do outro time. A bola era de Fausto, não era de mais ninguém». Depois passou a cuspir sangue. Deram-lhe uma campa rasa. Com uma cruz de madeira. A miséria também era dele. Como a bola."
Georges Vigarello e a sua história da fatiga
"Stresse, “burn-out”, esgotamento físico e mental: os séculos XX e XXI são vistos como uma extensão do domínio da fatiga. Os esgotamentos físicos e mentais vão desde o trabalho a casa, do lazer às condutas quotidianas. Uma hipótese atravessa o livro do historiador e agregado de filosofia George Vigarello, na “Histoire de la fatigue : du moyen âge à nos jours”, publicado pela Seuil: um ganho de autonomia, real ou imaginário, foi adquirido pelo indivíduo das sociedades ocidentais e a descoberta do “eu” mais autónomo e o sonho permanente de liberdade tornaram mais difíceis suportar tudo o que pode nos constrange ou entrava.
O autor, com quem tive o privilégio de conversar por breves momentos em Paris, coloca a questão: o que nos aconteceu? Este livro, inovador, revela uma história pouco estudada, rica de metamorfoses e de surpresas, desde a idade média aos dias atuais. As formas “privilegiadas” de fatiga evoluíram com o tempo. Os sintomas de cansaço se modificaram, as palavras se ajustaram, as explicações se desdobraram e as reivindicações surgem com maior acuidade. Esta obra é percurso apaixonante que cruza a história do corpo e das sensibilidades, as estruturas sociais e o trabalho, a guerra e o desporto, até às questões da intimidade.
A crise sanitária e o confinamento pela Covid.19 aceleraram o fenómeno: a fatiga está em todo o lado. A história da fatiga cruza-se com outro dos campos de investigação favoritos do autor: o do sentido de si mesmo. O aumento do individualismo inventa novas formas de fadiga, que nascem do fosso entre os sonhos cada vez maiores de autonomia e de autorrealização e as formas de constrangimento e de controlo que estão constantemente a reforçar o seu domínio, particularmente no que diz respeito a ritmos e a condições de trabalho.
Os leitores familiarizados com o trabalho de George Vigarello encontrarão nele a marca do seu interesse pelas práticas desportivas, ou pela silhueta, cujo cânone evoluiu no século XIX com a crescente importância da respiração e a consequente valorização de novos índices de robustez física, a circunferência do peito em primeiro plano, medida por recrutadores militares e acentuada pela moda dos coletes. A fatiga pode revelar uma sociedade e a sua evolução."
Imagens do desporto
"1
No final dos anos 90, quando o FC do Porto foi a San Ciro defrontar o AC Milan para a Liga dos Campeões, Jorge Costa pisou a mão de George Weah quando este se encontrava no chão, num lance dividido entre ambos. No jogo da segunda volta, o AC Milan foi às Antas empatar por uma bola. No final do encontro, já nos balneários, Weah, que ainda tinha a mão engessada, deu uma forte cabeçada a Jorge Costa deixando-o coberto de sangue. Curioso, ou talvez não, o facto de na época anterior, em 1996, ter sido Weah o jogador a receber o prémio FIFA ‘fair-play’... George Weah, eleito em 2017, é actualmente o Presidente da República da Libéria…
2
José Luis Chilavert guarda-redes da selecção de futebol do Paraguai desde 1989 até 2003, em tempos disse: “O que opinem sobre mim pouco me importa. No papel de ‘mau da fita’, ganhei tudo. Dizem que não respeito os códigos do futebol?! Para mim não existem! O que existe são as leis da vida. Sendo como sou, cheguei onde cheguei.” Condenado num processo movido pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, por calúnia e difamação, cumpre pena de um ano revertida em medidas alternativas. Neste momento anuncia que será candidato à Presidência da República do seu país em 2023…
3
Natela Dzalamidze, tenista, é a atual 44.ª classificada no ‘ranking’ mundial de pares. Sendo de nacionalidade russa, e de acordo com as sanções impostas, não se poderia apresentar no torneio de Wimbledon. No entanto, a moscovita contornou a situação naturalizando-se pela Geórgia. Para além de Natela Dzalamidze, vários desportistas russos optaram por outras nacionalidades nos últimos meses. Foram os casos do ciclista Pavel Sivakov (França), assim como dos xadrezistas Evgeny Romanov (Noruega) e Alina Kashlinskaya (Polónia) entre outros…
Entretanto o defesa Maciej Rybus foi excluído da selecção nacional de futebol da Polónia e vai falhar o Mundial por continuar a competir no campeonato russo: foi anunciado na semana passada que, após cinco temporadas ao serviço do Lokomotiv de Moscovo, seria reforço do Spartak de Moscovo para a próxima época desportiva.
Já em Fevereiro o presidente da federação sueca de basquetebol tinha anunciado o afastamento do jogador Jonas Jerebko da selecção nacional do seu país por este ter assinado contrato com o clube russo CSKA Moscovo…
4
Notícias que nos chegam do Japão dizem-nos que a All Japan Judo Federation decidiu cancelar um seu prestigiado torneio nacional para crianças com idades entre os 10 e os 12 anos. Yasuhiro Yamashita, presidente desta associação e também presidente do Comité Olímpico Japonês diz que a eliminação desta competição colocou em evidência "um problema que envolve a sociedade japonesa". E realça que "o judo é um desporto que enfatiza o sentimento de humanidade. Se só a vitória tem valor, se só o resultado conta, então a filosofia do judo está deformada". Casos de crianças forçadas a perder peso, levadas até ao limite nos treinos ou sujeitas a castigos corporais têm sido revelados. A existência de uma associação japonesa de vítimas do judo revela a contabilização de 121 mortes atribuídas à prática do desporto nas escolas entre 1983 e 2016…
5
A nadadora artística norte-americana Anita Álvarez foi resgatada do fundo da piscina pela treinadora, Andrea Fuentes, depois de desmaiar no final da sua prova a solo no Campeonato Mundial de Natação, em Budapeste, na Hungria. Ao ver que a jovem não vinha à tona, a treinadora espanhola saltou para a piscina. Só quando já estava a trazer a jovem para fora um nadador-salvador da organização foi ajudar a treinadora a tirar Álvarez da água. Andrea Fuentes, quatro vezes medalhada olímpica, declarou ter saltado para a piscina "porque os nadadores-salvadores não o faziam". Em comunicado, a FINA revelou que os salva-vidas contratados para trabalhar em campeonatos mundiais de natação só podem entrar em acção após autorização dos árbitros… e admite rever os regulamentos…"
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