Últimas indefectivações

terça-feira, 28 de junho de 2022

Saibamos acolher


"Felizmente, é para todos nós difícil perceber em toda a sua extensão o drama de um refugiado. Tempos houve, e ainda há, em que os países mais ricos construíram uma narrativa de imigração ilegal encapotada pela fuga em busca de refúgio e em que essa narrativa parcial se tornou praticamente a única para a opinião pública. É que a guerra, o totalitarismo e os efeitos da mudança climática eram realidades distantes que fazíamos por esquecer por entre os dias passados a correr e os efeitos globais da pandemia.
Hoje, infelizmente também, não há telejornal que não inunde com violência e guerra e recato das nossas noites em família. Não há telejornal que nos diga que a energia vai baixar ou que não nos diga que a inflação sobe sem parar e arrasta as taxas de juros, os rendimentos, as famílias, as empresas e os países para a destruição de riqueza e o empobrecimento coletivo.
Sim, hoje entendemos melhor o drama dos refugiados porque o sentimos bem perto de nós e arcamos com os seus efeitos. Por isso olhemos de olhos mais abertos ainda para estas pessoas que, como nós, tinham famílias, empregos, casas, amigos, lugares e que agora distam deles milhares de quilómetros, separações forçadas, mortes e destruições totais. Saibamos acolher e ser solidários. É isso que move os benfiquistas, que sempre o fora, e é essa a missão da Fundação Benfica."

Jorge Miranda, in O Benfica

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