"Agora que falta pouco mais de 15 dias para o Natal, talvez seja uma boa altura para escrever a tradicional carta que meninos e meninas de todo o mundo enviam ao velhote barbudo que mora lá para os lados do Polo Norte. Calma, Pai Natal, não vou pedir nada de impossível. Não é como se eu não ganhasse um campeonato há 15 anos e agora viesse pedir isso como presente - eu sei que o Pai Natal não faz milagres... Ou como se eu fosse um rapazola mal comportado desde a década de 1880 e agora quisesse passar uma imagem de santinho só porque resolvi passar uma esfregona em todo o lamaçal onde ando enfiado há quase 40 anos. Não se preocupe, caro amigo. Só venho pedir o que já requisitei no ano passado (e em anos anteriores) e o senhor tão gentilmente me cedeu: outro campeonato.
Daqueles saborosos e difíceis, que nos fazem sofrer quase até ao fim, mas deixam tudo em pratos limpos na hora de fazer as contas. Pai Natal, dê-me o Penta, a mim e a todos os que acreditamos desde o início. Já agora, ofereça também o 37 a todos os nossos adeptos mais nervosos que tiveram - ou ainda têm - dúvidas sobre a qualidade do nosso plantel e do nosso treinador da equipa principal de futebol. E, se não for pedir muito - e como eu calço o 45, o sapatinho ainda tem espaço -, traga no trenó títulos nacionais e internacionais de atletismo, basquetebol, hóquei em patins, judo, voleibol, futsal, andebol, rugby, triatlo, bilhar, ténis de mesa e tudo o que puder ser. Não estou a pedir de mais, velho amigo, só o mesmo de sempre, aquilo que merecemos e a que temos direito.
Além disso, na hora dos festejos o país e o mundo vão ficar a condizer com a sua fatiota. E até pode trazer os duendes, aqueles que se vestem de verde. Coitados, há tantos anos que não são convidados para uma festa."
Ricardo Santos, in O Benfica
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