"À semelhança d’“O Touro Enraivecido, parece evidente que Bruno de Carvalho e os seus capangas vão acabar mal, até porque a justiça vai querer fazer do acontecimento um caso exemplar. Até para que não se repita.
Há uma cena memorável no filme “O Touro Enraivecido” que me persegue até hoje. A personagem de Jake LaMotta, interpretada magistralmente por Robert De Niro, depois de ter sido campeão do mundo e de ter tido o mundo a seus pés, acaba na miséria, fruto da porcaria que tinha feito. Rico e mau, Jake ia esmurrando tudo e todos, principalmente a mulher, e não tinha respeito por ninguém, nem pelo dinheiro. Quando estava na miséria, como comediante de um bar que podia ser no Cais do Sodré do final dos anos 80, Jake encontra, salvo erro, o irmão e pergunta-lhe por que razão este nunca lhe chamou a atenção para as suas brutalidades e devaneios. Penso que o irmão lhe virou as costas sem lhe dizer nada, já que não tinha feito outra coisa no passado que não fosse repreendê-lo e chamá-lo à razão.
Vem esta conversa toda a propósito de Bruno de Carvalho: não sei se os seus defensores lhe foram chamando a atenção para onde caminhava, o abismo, ou se lhe davam palmadas nas costas. Certo é que o presidente do Sporting cavalgou uma onda completamente louca – nem na Nazaré existem desse tamanho – e agora é certo que irá chocar com as rochas quando se aproximar da terra.
O que se passou em Alcochete seria impensável sem o consentimento, nem que fosse velado, de Bruno de Carvalho. Os trogloditas que invadiram o balneário onde estavam os jogadores do clube nunca teriam hipótese de o fazer se a direcção não lhes tivesse dado gás e não lhes tivesse escancarado as portas da academia. Digamos que os adeptos agressores se portaram como os arruaceiros que acompanhavam Jake LaMotta quando este ainda tinha dinheiro e espalhava o terror. À semelhança d’“O Touro Enraivecido, parece evidente que Bruno de Carvalho e os seus capangas vão acabar mal, até porque a justiça vai querer fazer do acontecimento um caso exemplar. Até para que não se repita.
P. S. Os defensores de Bruno de Carvalho bem podiam pedir desculpa às vítimas do presidente que foram achincalhadas ao longo de cinco anos. Ficava-lhes bem."
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