"Tenho por princípio respeitar a opinião dos outros, seja ou não próxima da minha. Não posso, contudo, ignorar algumas apreciações negativas apontadas aos benfiquistas que alegadamente celebraram a conquista do segundo lugar. Da minha parte, posso garantir que não houve qualquer tipo de comemoração. Não pela classificação em si, altamente positiva olhando para o contexto da última ronda. Apenas não festejei, porque após quatro anos de algazarra já tinha decidido que não iria festejar caso o Benfica fosse campeão, quando mais não o sendo. Isto de andar sempre na farra não faz bem a ninguém. Devemos ser responsáveis e primar pela moderação. O meu pai bebeu tanto champanhe nas últimas épocas, que se for parado numa operação stop, ainda deve acusar álcool no sangue. O único motivo de verdadeiro entusiasmo neste ano é o facto de o meu pai poder desinfectar o organismo.
Todavia, mesmo não havendo qualquer troféu para erguer, parece-me estranho que um benfiquista se incomode ao ver outro benfiquista satisfeito com a subida ao segundo posto mesmo em cima da meta. Podemos ser infantis e apregoar que somente o primeiro lugar interessava; ou ser racionais e entender que a possibilidade de entrar na Liga dos Campeões, especialmente na próxima temporada, poderá ser determinante na saúde financeira do clube. É óbvio que ficar em segundo é lamentável. Assim como é óbvio que ficar e segundo é melhor do que acabar em terceiro. É também por ter alternado entre essas duas posições nas últimas nove épocas que o Benfica respira saúde. Nas nova anteriores, o Benfica tinha sido campeão uma vez, dois segundos lugares, três terceiros, dois quartos (!) e um sexto (!!).
Eu não tenho saudades."
Pedro Soares, in O Benfica
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