"Gianni Infantino, presidente da FIFA, manifestou preocupação com a redistribuição de receitas no futebol e com um sistema de transferências que, não obstante movimentar montantes cada vez mais elevados, mantém um retorno escasso para federações e clubes, atrofiando o desenvolvimento da modalidade.
Na óptica dos praticantes, constata-se que a crueldade do sistema é ainda maior, pois não se verifica um retorno efectivo da riqueza gerada pelo ‘negócio futebol’ em medidas ou programas que os beneficiem directamente, seja ao nível da educação, da saúde e protecção social e das garantias laborais. As assimetrias na competição estão a aumentar, é facto que clubes de nível médio têm menos capacidade para competir. Pelo meio, deparamo-nos com a perigosa estatística da FIFA de um terceiro lugar para Portugal nas comissões pagas a intermediários.
Existem alterações a promover e a FIFPro, em representação dos jogadores, terá uma preocupação com o desenvolvimento da modalidade, mas sobretudo com as condições mínimas essenciais que devem ser garantidas a qualquer jogador a nível global. Implicará o reequilíbrio uma regulamentação desportiva totalmente diferente? Devem ser desenvolvidos novos procedimentos? Que limitações/condições devem estar associadas à transferência e qual o retorno de cada parte envolvida? Todas estas questão devem ser aprofundadas pela ‘task force’ que no momento prepara as primeiras alterações ao regulamento de transferências da FIFA.
O Sindicato completa 46 anos de existência na sexta-feira e para assinalar a data teremos várias novidades ao longo deste ano, centradas, como sempre, nos verdadeiros protagonistas."
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