"Afastado sumariamente de todas as competições, sem nada a perder ou a ganhar neste campeonato, com o orgulho ferido de inveja, não é difícil perceber que, para o Sporting, o “Dérbi” deste fim-de-semana seja encarado como o jogo do ano.
Na verdade, é quase sempre assim. Mas desta vez nem a classificação lhes interessa: o que conta é mesmo complicar a vida ao velho rival. Apenas isso os pode satisfazer neste momento.
Espera-nos, pois, um opositor motivadíssimo, e de faca nos dentes para nos retirar pontos. É com isso que temos de contar para aquela que é mais uma “Final” na nossa caminhada rumo ao Tetra. É isso que teremos de contrariar para trazer a preciosa vitória.
Ganhar em Alvalade não é, felizmente, coisa rara. Para o campeonato, em sete anos apenas lá perdemos uma vez (e com um penálti do tamanho do estádio por assinalar sobre Nico Gaitán, logo nos instantes iniciais de jogo arbitrado por Soares Dias em 2012). Ainda na temporada passada lá vencemos, numa partida de altíssima pressão e de importância semelhante. Nos últimos vinte anos, em terreno adversário, vencemos nove vezes, e apenas perdemos cinco. Se considerarmos todos os jogos do campeonato (em casa e fora), a vantagem no mesmo período é de 19-9 (!!!), com 12 empates pelo meio. Valha isso o que valer, são números suficientes para estabelecer um certo padrão.
Não há nada a temer. Não há lugar a hesitações. Vamos a Alvalade para ganhar, e dar mais um passo rumo ao 4.º campeonato consecutivo.
Temos melhor equipa, somos campeões, somos mais fortes, estamos na frente. Ansiedade? Desconfio que do lado de lá seja maior…"
Luís Fialho, in O Benfica
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