"Há pouco mais de um ano, saíamos do Estádio do Dragão vergados a uma derrota injusta, com um golo sofrido nos últimos minutos, após uma excelente exibição - que de algum modo anunciava o potencial que a equipa viria a demonstrar meses mais tarde.
Ainda no último Campeonato, mas já na segunda volta, na Luz, depois de dominarmos completamente o FC Porto, e de criarmos cerca de uma dezena de ocasiões flagrantes para marcar, acabámos por perder de forma inacreditável por 1-2, num dos “Clássicos” com resultado mais desfasado da realidade a que alguma vez assisti.
Indo mais atrás, ainda hoje é difícil de engolir o trágico minuto 92 que, em 2013, nos custou um Campeonato - com toda a certeza o momento mais cruel que o desporto me proporcionou em 47 anos de vida e de benfiquismo.
Ao contrário das situações acima invocadas, há que reconhecer que desta vez a sorte esteve do nosso lado.
Com um golo nos instantes finais de uma partida que, até então, não nos correra bem, evitámos uma derrota que poderia efectivamente ter acontecido.
Sem subtrair mérito à performance do adversário, há que salientar o facto de os nossos jogadores nunca terem deixado de acreditar que podiam ser felizes. E sublinhar que a forma como Rui Vitória mexeu na equipa se revelou determinante no desfecho do jogo.
Não festejo empates, e era o triunfo que eu queria. Mas, dadas as circunstâncias, o ponto alcançado e os dois subtraídos ao rival acabaram por saber bem, mantendo-nos firmes na caminhada rumo ao grande objectivo da época.
Ficou o aviso. Nada nos será dado gratuitamente, e até Maio ainda teremos muito que sofrer."
Luís Fialho, in O Benfica
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