"Trump, Erdogan, Putin, Kim Jong-un, Le Pen, Lukashenko, Al-Assad, Maduro, Castro, Mugabe. Dez nomes, dez mensageiros de ódio, de divisão, de intolerância e que ocupam (ou podem estar perto de ocupar, caso de Marine Le Pen) cadeiras poderosas, demasiado e perigosamente poderosas.
O mundo vive, de facto, dias loucos, difíceis de entender. Por esta altura, ainda procuramos perceber como é possível que um homem que passou toda uma campanha a vender mensagens sexistas e racistas conseguiu chegar à presidência de uma das maiores potências do mundo - militarmente, continua a ser a maior; economicamente, mantém papel dominante; e social e culturalmente é ainda muito influente.
Num ápice, uma imensa maioria de não-americanos (e de americanos também) invadiu as redes sociais apontando o dedo à «estupidez» da América branca, pouco ligando ao facto de muitos milhares de homens e mulheres muçulmanas, hispânicas e negras terem votado em... Trump. Sim, é difícil entender como é possível alguém assim chegar por via democrática ao poder. Mas há explicações - como houve, em 1933, quando Hitler, depois de muitas eleições perdidas, conseguiu, enfim, vencer e chegar ao topo (o resto da história, infelizmente, é conhecida por todos... Ou será que já esquecemos?). Entre os principais motivos está o facto de uma fatia grande da população dos EUA (a par do que se vai vendo pela Europa) estar cansada do establishment que figuras como Clinton representam e que ajudaram a conduzir a situação financeira precária de muitas famílias de classe média (uma vez mais, a par do que sucede também na Europa).
No meio da tempestade, há porém raios de luz que tudo fazem na busca de iluminar-nos um pouco. Um bom exemplo (curioso, até) pode ser encontrado no primeiro evento desportivo internacional duma equipa norte-americana após a eleição de Trump: precisamente um duelo EUA - México, de qualificação para o Mundial-2018, já hoje, no Ohio..."
João Pimpim, in A Bola
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