Últimas indefectivações

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Está montado o circo, mandem entrar os palhaços


"Há dias, Renato Paiva, antigo treinador do Benfica B e atualmente ao serviço do Independiente del Valle, no Equador, comentou a postura do FC Porto no futebol português, dizendo que «a história deles é aquela maneira de eles verem o contra tudo e contra todos, os coitadinhos, os Calimeros» e prosseguiu «encontraram uma 'mola' que os motiva e isso perdeu-se. Durante algum tempo perdeu-se. Agora recuperaram e voltou a choradeira. Não se pode expulsar um menino do FC Porto porque é uma vergonha, porque no banco do FC Porto podem estar 150 gajos em pé e se não puderem estar em pé ninguém gosta do FC Porto, é uma vergonha, é a capital, é o governo». Na mouche!
O modus operandi é sobejamente conhecido, porém, este ano está a atingir proporções insustentáveis. O motivo é de fácil entendimento: lutam desesperadamente pelo ar que necessitam para respirar. Mas sobre o Relatório & Contas deste semestre debruçaremo-nos numa próxima publicação.
Hoje falaremos apenas do – triste - espetáculo circense com que o FC Porto vestiu o estádio do Dragão para a receção ao Boavista FC. Mais um, depois da infame tarja que orgulhosamente ergueram no último jogo do campeonato nacional de 2018/19, no jogo diante do Sporting, onde visaram árbitros, o empresário César Boaventura e também figuras da sociedade, como António Costa. Relembramos que o FC Porto acabou por ser multado unicamente em estonteantes 1150 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Inenarrável.
Os dirigentes FC Porto, assim como os seus adeptos, nomeadamente a sua claque legalizada, gozam de um sentimento e prática de impunidade por responsabilidade direta do Governo e de quem devia tutelar o futebol português, mas que opta por assobiar para o lado perante a constante coação despudorada desta corja.
Não é preciso ter-se dons de futurologia para prever o que irá acontecer com as tarjas do «basta», hoje colocadas no estádio do Dragão. Como é que o Manuel Mota, árbitro nomeado para o jogo, irá arbitrar num ambiente hostil destes? Não se sentirá condicionado? Será difícil de prever que, caso não assinale - mais - um mergulho escandaloso do Taremi ou o jogo não corra de feição ao clube da casa, amanhã verá o seu talho ser novamente vandalizado? Por mais imune que seja à pressão, estes “fantasmas” afetam sempre, nem que seja inconscientemente.
Há três dias Pinto da Costa disse querer «paz no futebol». Hoje presenteia a classe da arbitragem com tarjas grosseiras de intimidação. A Liga Portugal irá permitir que o jogo se realize perante este manto de coação? E os patrocinadores MEO e Super Bock, cujos logótipos se encontram estampados nas tarjas, apoiam a causa? Seria interessante saber.
Basta, dizemos nós!"

1 comentário:

  1. O interessante é que se pusermos a questão à Comunicação Social sobre o que pensam sobre este assunto, não há um! um que seja, que não diga sim senhor, têm toda a razão, MAS SÂO TODOS! A escória da comunicação jamais terá coragem de ver e relatar as verdades sem arrastar para a lama os outros clubes e seus representantes, como se realmente não houvesse diferenças. Eventualmente, pretenderão que os andrades digam e façam o que bem querem e entendem, sem dar o direito aos outros de se defenderem ou o direito ao contraditório. Não. A cobardia é de tal ordem que preferem meter todos no mesmo saco e siga o baile!

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