"Chegam de alguns quadrantes indicações de que os jogadores não estarão ainda completamente disponíveis para voltarem à actividade com uma pandemia a decorrer e a ameaçar a segurança de todos nós
A expressão, “possibilidade de retoma”, é do Secretário de Estado do Desporto dada à estampa numa das últimas edições do diário "Record".
Ou seja, João Paulo Rebelo não dá como adquirida a certeza de que haverá futebol a sério no próximo mês de Junho, havendo para isso necessidade de dar alguns passos considerados fundamentais para que seja dada luz verde à competição. A ideia é ir avaliando as diversas circunstâncias que iremos ter pela frente e que, neste momento, não é possível prever.
Por exemplo, um eventual aumento do número de casos Covid-19 poderá determinar o cancelamento das decisões ora tomadas. Entretanto, a Comissão Médica designada para efectuar o estudo das condições exigidas para o regresso do futebol já foi adiantando algumas ideias.
Assim, já se sabe que vão ser necessários quatro balneários em cada estádio, bem como dois autocarros para cada uma das equipas. Não sendo uma coisa sobrenatural, trata-se de dois pressupostos que não vão ser fáceis de cumprir.
Para além de tudo isto há também uma questão que envolve aqueles que devem ser considerados como os elementos mais preponderantes do jogo, os jogadores. Contrariando expectativas, os jogadores ainda não foram ouvidos, e o seu representante sindical nem sequer foi chamado à reunião de São Bento, na qual participaram a Federação, a Liga e os três clubes principais, o que não teria sido desajustado.
É que, sem grande estrondo, chegam de alguns quadrantes indicações de que os jogadores não estarão ainda completamente disponíveis para voltarem à actividade com uma pandemia a decorrer e a ameaçar a segurança de todos nós.
Talvez esse facto justifique a indecisão que ainda se regista em países onde o futebol é preponderante, tais como a Inglaterra, a Espanha e a Itália, sabendo-se também que na Alemanha a Chanceler Merkel travou algum entusiasmo naqueles seus concidadãos que desejam o regresso para breve e sem condições da Bundesliga.
Sabemos todos da grande motivação que une os principais dirigentes do futebol português: a falência técnica a que chegaram os clubes que dirigem obriga a encontrar soluções para o desvario que agora quase os sufoca."
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