"No estrangeiro e sem tempo para a habitual crónica, avanço com algumas sugestões que, eventualmente, não carecem de revisão, para um dicionário informal e abrangente sobre o léxico futebolístico português.
Proençar - assumir posições de poder para apelar a melhorias genéricas e infrutíferas, enquanto nada se faz e se ostenta um garboso aspecto e o sorriso de missão cumprida;
Xistrar - confundir analistas desatentos e/ou crédulos na bondade alheia acerca da incompetência ou premeditação de decisões erradas;
Xistralhada - acto de xistrar em jogos em que actuem equipas trajadas a vermelho ou, em alternativa, mas em sentido contrário, às listas, verticais ou horizontais, de outros cores;
Coroado - aziado;
VAR - instrumento exemplificativo de que uso humano de boa tecnologia nem sempre produz os efeitos desejados;
Calendarização - exposição cruel da incompetência generalizada entre os diversos intervenientes no futebol português;
Claques organizadas - chapéu que encobre todo e qualquer acto de adeptos criminosos ou abafa cânticos insultuosos num estádio de futebol;nt
Apelar ao bom senso - evitar a todo o custo a intervenção do poder político na legislação do desporto;
Natal - época festiva em período variável que marca o término do autodeclarado estatuto de candidato do Sporting;
Calor da Noite - o equivalente a 'escola da vida' detectado em inúmeras descrições do Facebook, mas para elementos da estrutura portista;
Record - órgão de comunicação oficioso do SCP;
O Jogo - órgão de comunicação semi-oficial do FCP;
E-mail - palavra usada quando os argumentos são inexistentes e se pretende justificar o insucesso;
Benfica - glorioso;
(...)"
João Tomaz, in O Benfica
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