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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

VAR: o caminho faz-se caminhando

"O VAR é o caminho do futuro. Mas é necessário continuar a investir na preparação dos árbitros e na pedagogia junto dos adeptos.

O videoárbitro (VAR) permite que a verdade desportiva seja defendida e deve ser visto como o caminho irreversível que nos leva ao futuro. Ainda no último sábado estalou a polémica em Espanha por uma má decisão da equipa de arbitragem do Barcelona-Málaga, que não viu a bola completamente fora num cruzamento que acabou em golo blaugrana. Nesta fase, nos campeonatos que não têm VAR, clamam pelo auxílio da tecnologia, enquanto que nos outros, como é o caso da Liga portuguesa, não é difícil de identificar um progresso sério, pese embora ainda tenhamos de conviver com as deficiências próprias de um projecto embrionário. E com os erros humanos que nunca deixarão de estar presentes. Ontem, na Vila das Aves, o penalty que deu o terceiro golo ao Benfica não devia ter sido assinalado. No início da jogada, Jonas fez uma falta que escapou ao árbitro Nuno Almeida, que mandou seguir o jogo e apontou, bem, a seguir, um castigo máximo por infracção evidente sobre Pizzi. O VAR, na altura desempenhado por Vítor Ferreira, ficou offline, segundo revelou a FPF, e por consequência impedido de prestar o auxílio a Nuno Almeida, já que o protocolo vigente lhe permite a intervenção em jogadas que acabem em penalty. Do ponto de vista legal, esta situação, de apagão tecnológico, está prevista, passando o árbitro a funcionar apenas com os auxiliares de campo. Fica assim explicado um caso que causou estranheza dentro e fora do campo, valendo talvez e pena lembrar que se as comunicações entre os árbitros fossem públicas (como no râguebi), toda a gente saberia de imediato o que estava a acontecer, sem que se entrasse em qualquer especulação. Por princípio, sou sempre a favor do reforço da transparência...
Quanto ao jogo da Vila das Aves, viu-se um Benfica com algumas unidades jovens e interessantes, mas ainda sem conseguir controlar todos os momentos da partida. Curiosamente, quando Rui Vitória reforçou o meio-campo, com Pizzi e Krovinovic, isso não se traduziu no comando da partida para a turma da Luz. E esse facto deve merecer atenção do técnico encarnado, que precisa de aumentar a fiabilidade da equipa quando chegar a hora de administrar a vantagem. É de recordar que, ao longo desta época, foram vários os dissabores que o Benfica já teve depois de estar em vantagem...

Ás
Quim
O guarda-redes do Aves assinou uma bela exibição no dia em que se tornou no jogador mais velho a actuar em 83 anos de Campeonato Nacional da I Divisão. Quis o destino que batesse este recorde contra o Benfica, clube que representou e que foi de uma extrema deselegância na forma como lhe mostrou a porta da rua.

Ás
Lewis Hamilton
O piloto inglês assinou, no Texas, uma corrida sensacional e está muito perto de se sagrar, pela quarta vez, campeão do mundo, título que, a suceder, será abrilhantando pela réplica tenaz de Sabastian Vettel numa época em que Max Verstappen se afirma como the next big thing na Fórmula 1.

Duque
Iker Casillas
Ainda há pouco lhe chamavam El Santo e agora vê-se relegado, sem aviso prévio nem causa à vista, para o banco de suplentes. Casillas está a reviver no Dragão os piores momentos do Bernabéu e terá encontrado em Sérgio Conceição um novo Mourinho. Não antecipou este cenário quando escolheu o FC Porto.

Será que pensa que, assim, ajuda Gabigol?
«Tem muito mais potencial para mostrar e precisa de continuidade de jogo e ritmo. Não pode jogar um jogo e ficar dois ou três sem jogar...»
Wagner Ribeiro, empresário de Gabriel Barbosa
que os jogadores, hoje em dia, ou não querem falar, ou não os deixam, aparece sempre quem debite discurso por eles, seja o agente, a namorada, o pai, a sogra, o cão, o gato ou o periquito. No caso vertente, ao dizer o que disse, colocando pressão sobre Rui Vitória, será que Wagner Ribeiro pensa que está a ajudar Gabriel Barbosa? Assim só atrapalha, criando ruído e perturbação.

Miguel Oliveira
Em Phillip Island, a 150 quilómetros de Melbourne, Austrália, Miguel Oliveira fez história ao vencer a prova de Moto2. Foi a estreia de um português a ganhar nesta categoria e o piloto de Almada fê-lo na sua trigésima corrida na classe de Moto2, a décima quarta que fez com a KTM. Se dúvidas havia quanto à possibilidade de Miguel Oliveira aceder, mais cedo do que mais tarde, ao Moto GP, estas ter-se-ão dissipado, de uma vez por todas, na Austrália. Há um português a bater com toda a força, à porta da 'piscina dos grandes' no motociclismo.

'Haka' nas Astúrias para a família real
Os 'all blacks' receberam o Prémio Princesa das Astúrias, para o Desporto, em 2017, no teatro Campeoamor de Oviedo e homenagearam quem os galardoou com um 'haka' de gravata, realizado por Kevin Meleamu, Israel Dagg, ConrathSmith e Jordie Barret. Grande momento para o râguebi mundial..."

José Manuel Delgado, in A Bola

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