"Encarnados entram com o pé esquerdo na Champions, jogando muito tempo com 10 contra o Salzburgo.
Estreia amarga para o SL Benfica de Schmidt que, na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, foi derrotado por 2-0 por um diabólico FC Salzburgo.
Todos estávamos à espera de um grande jogo no Inferno da Luz, mas a realidade superou as expectativas, tendo em conta os primeiros 15 minutos de loucos que o SL Benfica e Salzburgo fizeram viver os próprios adeptos.
Dois penáltis – um falhado por Konaté e o outro marcado por Simic aos 15 minutos (1-0) -, uma expulsão, a do filho pródigo António Silva, um remate ao poste de João Mário antes de ser sacrificado, e três ou quatro oportunidades claras para o Benfica que podiam reendireitar o jogo.
Os homems do Salzburg conseguiram pressionar e atacar com eficácia desde os primeiros momentos. A presença física e o dinamismo na fase de ataque forçou o plantel benfiquista a errar demasiadas vezes, como na ocasião do primeiro penálti, aos 2 minutos, onde o culpado principal foi um nervoso Trubin.
A expulsão de António Silva, aos 14 minutos, que cortou a bola com o braço para evitar o remate de Konaté, mudou por completo a cara do jogo, mas também forçou a equipa caseira a rever a sua prestação em campo.
Ficando com 10 elementos, Schmidt não renunciou à linha defensiva de quatro, percebendo que era importante conter o dinamismo austríaco, inserindo assim Morato por João Mário, que até antes da saída, registou um remate ao ferro que cheirou a golo.
Com a saída do médio, o Benfica conseguiu reequilibrar as dinâmicas do jogo, chegando com mais facilidade à baliza adversária, mas desperdiçando oportunidades através de Rafa, João Neves e Musa, em muito devido também a uma excelente exibição do guarda-redes Schlager.
O tempo de descanso no balneário só vigorou ainda mais a determinação do Salzburgo e talvez reforçou também a sorte da equipa visitante, tanto que Musa, após 4 minutos, viu um possível golo novamente travado pelo guarião adversário.
As dificuldades do Benfica ficaram palpáveis durante todo o segundo tempo, apesar de manter uma atitude positiva no ataque, mas no final de contas, foi ainda o Salzburgo, aos 50 minutos, que bisou no marcador, desta vez por Gloukh.
A dúvida que permanece vendo o jogo, é porque o treinador alemão esperou até aos 72 minutos para começar verdadeiramente a mexer na equipa, considerando que a velocidade de Neres podia ser uma arma para enfrentar um Salzburgo literalmente incontornável.
O Benfica de hoje não foi suficiente, e desiludiu em termos de entrega ao jogo. A vontade não faltou, mas em noites como estas, a tática deve ajudar onde a técnica às vezes não chega."
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