"Dirigentes e sócios encarnados saudaram, no salão nobre da secretaria, os grandes valores do tiro nacional
Terminada de forma brilhante a época de tiro de 1947, a comissão administrativa da secretaria decidiu realizar uma grande homenagem aos valorosos atiradores do Clube. Foram muitos os sócios que acorreram na noite de 17 de Janeiro de 1948 ao salão nobre da secretaria para assistir à efusiva festa.
Presidiu à cerimónia Tamagnini Barbosa, presidente do Benfica, ombreado na mesa de honra pelo tenente-coronel Fernando Lomelino, representante do diretor de armas de infantaria, coronel Francisco António Real, presidente da Federação Portuguesa de Tiro, José Pessoa em representação do diretor de O Século, Carlos Queiroga Tavares, do Sporting, e Manuel Garrido do GD Atlantic.
O dirigente encarnado saudou em nome do Clube todos os desportistas e entidades presentes. O eng.º Dionísio Magro, da secção de tiro, esboçou o panorama deste desporto no Benfica e a importância da escola de tiro na formação de novos valores na modalidade. Carlos Queiroga Tavares focou o importante aspecto de camaradagem desportiva existente entre os dois clubes rivais, frisando que a 'Secção de Tiro do Benfica tem sido a única a impulsionar a modalidade'. O orador terminou as suas palavras felicitando os encarnados pelo projeto do seu novo parque de jogos.
Procedeu-se depois à distribuição das diversas medalhas e taças, destacando-se o eng.º Dionísio Magro, a quem foram atribuídos nada mais, nada menos do que nove troféus! Em ambiente festivo, os atletas galardoados foram agraciados com os seus prémios, seguindo-se vibrantes salvas de palmas de todo, o público que enchia o salão.
Em seguida, o brigadeiro Tamagnini Barbosa agradeceu as palavras de Carlos Queiroga Tavares, desejando firmemente que a sã rivalidade existente entre o Sporting e o Benfica continuasse a ser útil ao desenvolvimento do desporto português, assim como das duas colectividades.
O acto de variedades final foi apresentado por Artur Agostinho, popular vedeta da rádio. A primeira exibição coube a José Manuel Lopes Filipe e Alda Lima, interpretando um bailado saloio. Seguiram-se depois as actuações de Maria Odete, Branca Velez, Luís Piçarra, Renato Chaves e Fernanda Baptista, brilhantes artistas da canção que levaram a sala do delírio. Depois, a orquestra Casanova abrilhantou noite fora o concorrido baile, ao qual muitos se juntaram para dar o seu pezinho de dança.
Se desejar saber mais sobre esta modalidade, visite a área 3 - Orgulho Eclético, no Museu Benfica - Cosme Damião."
Ricardo Ferreira, in O Benfica
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