"O Benfica volta a ser protagonista de mais um feito do voleibol português!
A qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões, na qual figuram os 20 clubes do topo da modalidade na Europa, significa o cumprimento de um dos objetivos a que a nossa equipa se propôs no início da temporada e o estabelecimento de novo propósito que passa pela melhor prestação possível na alta roda do voleibol europeu.
O cenário não era o mais favorável. Na primeira mão perdêramos, na Luz, por 2-3, obrigando a um triunfo na deslocação à República Checa frente ao Cez Karlovarsko, uma equipa recheada de internacionais de países com tradição na modalidade e experiente na prova.
A raça indómita, o querer inquebrantável e a ambição insuperável da nossa equipa de voleibol levaram-nos a acreditar que a árdua tarefa de regressar à fase de grupos da Liga dos Campeões, embora muito exigente, seria transponível, e ela, com essas características mais a competência e a perseverança habituais, entrou na quadra determinada a carimbar uma passagem rara por parte de um clube português (o Benfica conseguiu-o em 2019/20, antes há que recuar a 2008/09 para encontrar uma participação portuguesa, então a primeira, do Vitória de Guimarães).
Nem sequer a derrota no primeiro set perturbou e desviou a nossa equipa de um caminho que todos nós, imbuídos de fé benfiquista, lhe augurávamos estar traçado. Fomos brilhantes, vencemos, por 1-3, e o desafio é, agora, persistirmos em honrar a nossa camisola e o nosso emblema ante os melhores adversários possíveis na Europa.
O técnico Marcel Matz manifestou toda a sua alegria pelo apuramento e lançou já os desafios vindouros na prova: "Foi uma eliminatória extremamente difícil, como se previa, frente a um adversário muito bom. Estou extremamente satisfeito, a equipa é incrível e rende muito. Estamos neste processo ambicioso, sabemos que a Champions é uma competição dura, vamos continuar a evoluir com toda a certeza, enfrentar os melhores e colher os frutos disso. Obrigado a todos os que nos apoiam."
O emparelhamento para a fase de grupos já está definido e teremos os seguintes adversários: Berlin Recycling Volleys (presente nos quartos-de-final da prova na temporada passada), Vojvodina NS Seme NOVI SAD (que nos derrotou na final da CEV Challenge Cup em 2014/15) e Zenit Saint Petersburg (vencedor da CEV Cup em 2020/21).
Uma palavra também para a nossa equipa feminina de futebol, que ontem disputou, no Benfica Campus, com o BK Häcken, a partida referente à 3.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
O resultado, 0-1, foi aquém das nossas pretensões, mas há que valorizar o adversário, proveniente de um país com forte tradição no futebol feminino, a Suécia, e habituado a embates desta envergadura.
E há, também, que reconhecer, sem qualquer favor, que as incidências do jogo foram madrastas para a nossa equipa. A toada equilibrada ao longo dos 90 minutos poderia fazer a balança pender para qualquer dos lados. Com um pouco de sorte, a bola rematada ao poste por Kika Nazareth ter-nos-ia colocado em vantagem, além de que o golo da equipa sueca surgiu, depois, num lance de grande penalidade que, no mínimo dos mínimos, suscita muitas dúvidas.
O Benfica é o primeiro clube português a fazer-se representar entre os 16 melhores da Europa. Está ainda, no entanto, a dar passos iniciais num projeto que, indubitavelmente, veio para ficar, no qual se nota o crescente entusiasmo e interesse dos benfiquistas em particular e dos amantes de futebol e desporto em geral. Com mais experiência e adaptação à intensidade de jogos deste calibre, os resultados surgirão naturalmente.
Nota final para o desempenho das restantes equipas benfiquistas em ação, ontem: no futsal, Torreense-Benfica, 0-3; e, no hóquei em patins (feminino), Benfica-APAC Tojal, 20-1."
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