"2020 tem sido um ano louco, mas com o aproximar do fim dele, as boas notícias começam finalmente a surgir. No futebol, o principal destaque é o facto de Jorge Mendes, ao fim de 10 anos a trabalhar nas trevas e entre o nevoeiro, ter voltado a funcionar no meio da legalidade, colocando de lado a parceria Gestifute / SAD mais lucrativa do futebol português, para abraçar com carinho os únicos clubes do paraíso à beira mar plantado, que já levaram tau-tau da UEFA por não cumprirem com o Fair Play Financeiro. Numa altura em que tanto se discute a criminalidade de colarinho branco em Portugal, é reconfortante ver a reabilitação de um patife demonizado pelo anti benfiquismo, num anjo às riscas azul esverdeadas.
Jorge Mendes vendeu o Novo Ronaldo de 2020 por 40 milhões de euros. Há um ano, o mesmo empresário tinha negociado o Novo Ronaldo de 2019 por 126 milhões de biscas. Para fazer o Atlético de Madrid comprar o NR19, a Gestifute precisou que João Félix facturasse 20 golos profissionais. O Wolverhampton foi convencido a adquirir o NR20 após 3 golos nos séniores. Seria interessante saber o que pensa o Ronaldo original acerca da evidente desvalorização do Novo Ronaldismo.
Felizmente, a celeuma criada em redor da transferência de João Félix não se está a repetir com Fábio Silva. Mas também, obviamente que os negócios de uma SAD portuguesa que gera lucros consecutivos há uma longa série de Relatórios e Contas, devem levantar muito mais dúvidas legais do que as de uma que colecciona resultados abaixo de zero de há uns bons anos a esta parte. É normal que se vasculhe bem os 100 milhões que o SLB recebeu dos madrilenos (retirada a comissão Mendiana), apresentados como o lucro da última demonstração de contas do SLB, enquanto se faz vista grossa às 40 grandes (ainda ninguém falou na talhada gestifutiana, portanto não deverá haver) cambiadas das libras vindas do Mollineux, que mantém a contabilidade azul e branca uns bons 10 milhões de euros abaixo de água. Era só o que faltava os paladinos da transparência desportiva, apontarem o dedo a um clube que perdeu 6 pontos por corrupção desportiva, comunicando à CMVM que não ia recorrer, recuperando-os com um recurso entregue após transito em julgado da decisão, até porque como estes factos bem espelham, não estamos a falar de uma sociedade desportiva polvo de influências."
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