"Época futebolística terminada para o Benfica, deparamo-nos agora com o período de férias onde nada acontece, não fossem (lá está) os 300 jogadores que o Benfica irá contratar… por semana.
Numa entrevista ao Record, Rui Costa afirma que «João Félix faz parte do projecto europeu». O tão famigerado “projecto europeu” que tanto ouvimos falar sempre que o Benfica ganha um campeonato e que tão boas memórias nos traz. Eu compreendo, é uma forma de assegurar os adeptos e sócios que se está a tentar almejar algo mais que apenas as competições nacionais. Mas haverá outro propósito por detrás destas palavras? Ou melhor, nas palavras do Diácono Remédios (acabei de perder 90% dos leitores neste momento)... haverá necessidade? Não me estou a referir à exteriorização de uma ambição (incriticável), mas sim à manifestação pública que há um plano em marcha para conquistar títulos europeus. Plano esse que, atendendo a declarações feitas no passado, já existe há algum tempo.
O constante fracasso nesse aspecto competitivo poderia indicar que tal demonstração serve um de dois propósitos: ou enganar, ou esconder. E sobre isso não me quero debruçar, porque este texto não será sobre especulações. Dizem-me ali do canto que teria mais piada se assim fosse. Vou optar por ignorar. Voltando ao assunto em epígrafe, e acreditando que há então em marcha um plano para fazer do Benfica novamente uma potência europeia, como é que lá chegamos?
Essa tal glória europeia pode surgir com um de dois desfechos: vencer a Liga dos Campeões, ou (pelo menos) vencer a Liga Europa. Tornar-se uma potência europeia significa (digo eu) chegar consistentamente às últimas fases (semi-finais/finais) destas competições.
Quanto à Liga dos Campeões, o exemplo dado por outros grandes europeus que se dedicaram ao tal “projecto europeu” tem sido por demais evidente, e convenientemente com o mesmo desfecho: a Juventus bateu o seu próprio recorde em transferências e contratou Cristiano Ronaldo, porque queria mais do que vencer apenas o Scudetto; o Manchester City gastou fortunas a ir buscar o segundo melhor treinador do Mundo (és grande, Rui Vitória!) e vários jogadores chave para atacar o mesmo; e em França, o Paris Saint Germain gasta mais que qualquer outro clube no Mundo para, ano após ano, atacarem a Champions.
Dominam as ligas nacionais, mas não chega para ganhar na Europa. E assim sendo, poder-se-ia dizer que o dinheiro não compra títulos. Mas sabemos que não é bem assim. A Liga doméstica mais milionária do Mundo conseguiu colocar quatro equipas nos quatro finalistas das competições europeias. E em boa verdade, o Liverpool foi das equipas que mais investiu e, em dois anos, atingiu duas finais. Sejamos justos, esse investimento acaba por surgir na sequência da sua maior venda de sempre, e talvez o segredo tenha estado neste equilíbrio financeiro e em manter o treinador, apesar de este não ter ganho nada até Maio de 2019. Passará a solução também por aqui? É que equipas com orçamentos bem inferiores (Roma e Ajax) ou sem quaisquer contratações durante uma época (Tottenham) continuam a mostrar-se competitivas perante portentos do futebol europeu. E vendo estes últimos exemplos, poderíamos inferir que investir com lógica e não mexer muito no plantel, apostar em “miúdos” da formação, ou manter o treinador ano após ano poderá trazer bons resultados. Mas haverá mesmo uma fórmula que garantidamente traga sucesso? Tirando (lá está) o eventual favor da UEFA em não “help to catch the red octopus”?
Quanto à Liga Europa, haverá com toda a certeza muitos benfiquistas que acreditam estar ao alcance do clube vencer esta competição. Entenda-se, benfiquistas que bebem com regularidade. Isto porque, convenhamos, os clubes que a têm vencido nos últimos anos têm todos orçamentos superiores ao do Benfica, e por norma não ganham os respectivos títulos domésticos. Pode o tão almejado “projecto europeu” prejudicar as chances do Benfica no campeonato nacional? Será algo que os benfiquistas estariam dispostos a abdicar? Ou serão competições compatíveis, contrariando as últimas estatísticas? É que nos últimos dez anos, só houve um clube a conseguir vencer a Liga Europa e respectivo campeonato nacional na mesma época. Não deixa de ser curioso que a esperança benfiquista para que tal se repita com o nosso clube, recaia no historial do seu maior rival.
Anunciar que há um “projecto europeu” não traz resultados práticos. Nunca trouxe. E ainda se está por confirmar se ter um “projecto europeu” é sinónimo de conquistas europeias. Até ver, não. Nem na Europa, nem em Portugal, com as suas muitas limitações. A nossa liga continuará a ser um entreposto de jogadores (e treinadores) para outros campeonatos mais apetecíveis, e jogadores de qualidade elevada não se mantêm por muitos anos. Tirando obviamente André Almeida. A própria massa associativa tem pouca paciência (e muitas vezes memória) para experiências ou projectos a longo prazo que não colham frutos no imediato. Tivesse eu 1 euro por cada vez que ouvi ou li que o Bruno Lage deveria poupar jogadores na Liga Europa (porque o objectivo era o campeonato), e neste momento estava a entregar o depósito para um Ferrari. Em 2ª mão. Num stand na Musgueira.
Não será mais aconselhável evitar esta obsessão? Admitir que, caso a época esteja a correr bem, talvez se consiga alcançar (como objectivo secundário) um título europeu? Não é assim que por norma as coisas boas tendem a acontecer? Talvez não. Talvez a comunicação do Benfica saiba mais do que eu. E assim sendo, quero ser o primeiro a dar-te as boas vindas ao Benfica, Messi!"
Artigo estranho, com vário parágrafos repetidos sem grande nexo... tudo para concluir que será muito difícil ao Benfica conquistar um título europeu... isso já nós sabemos. Mas, como é difícil, critica-se que se anuncie esse objectivo? E se não se anunciasse esse objectivo, se calhar criticava-se a falta de ambição.. preso por ter cão...
ResponderEliminarTambém se dá a entender que, ao fazer o anúncio se está a esconder alguma coisa... enfim, no meu entender, artigo inútil.
Texto fraquinho, tal e qual esta direção do SLB.
ResponderEliminarTer um "projecto Europeu" consistirá em ter permanentemente a melhor equipa possivel, e fazer por todos os anos esticar mais um pouco esse limite.
Ter um projecto Europeu consistirá em mudar esta imagem de "barriga de aluguer para clubes a sério" que a actual direccão faz questão de alimentar.
Ter um projecto Europeu consistirá em ter o futebol entregue a profissionais de grandes capacidades e preferencialmente Benfiquistas (ou seja, tudo o que LFV, mais as suas luzes, nao é)
Ter um projecto Europeu é ter de facto uma academia de excelência que nos permita eliminar essas "diferenças orçamentais" - uma equipa para ter o Joao felix 5 anos precisa de 120M + Premio Assinatura + ordenados, algo como 180M de euros. O Benfica precisa de 60M para ter esse mesmo João Félix ( e de um projecto Europeu)
As coisas boas acontecem com trabalho, planeamento e querer.
As coisas boas acontecem com trabalho, planeamento e querer, reveladas nos disparates escritos pela inveja de benfiquistas impotentes, carentes de tachos e com lesões causadas pelo 37.
EliminarO projecto europeu do Benfica passa essencialmente pela propaganda sendo os seus instrumentos a Benfica TV e o RTP Memória.
ResponderEliminarVi lá ontem à conquista do 37.
EliminarOs lesados do DEZ e do 37 continuam o seu período de nojo, cheios de azia, ódio e raiva.
EliminarA alegria e os sentimentos de felicidade que isso dá aos benfiquistas ninguém pode imaginar.