"Quando Luís Filipe Vieira afirmou, há uns anos, que o Benfica poderia um dia vir a ter uma equipa predominantemente formada no Seixal, confesso que torci o meu nariz.
Não me parecia possível criar jogadores em quantidade e qualidade suficiente para tal. E, assim, pensava que uma aposta demasiado voltada para esse caminho poderia significar tempo perdido. Passados alguns anos, e quando olho para Ederson, Nélson Semedo, Lindelof, João Cancelo, Renato Sanches, Bernardo Silva, André Gomes ou Gonçalo Guedes, para citar apenas os casos mais relevantes (e só estes oito nomes representam já mais de 200 milhões de euros em transferências), percebo que a ideia era tudo menos disparatada. Na verdade, não estivesse o Benfica brigado a vender jogadores anualmente para, com isso, manter as contas equilibradas, e já poderíamos ter uma grande equipa, quase toda ela made in Seixal.
O que falta então para o sonho se concretizar no futuro? Essencialmente diminuir o nível de endividamento, de modo a permitir à SAD a robustez financeira suficiente para resistir ao assédio das grandes potências internacionais. Daí a redução do passivo ser, hoje, uma das grandes prioridades do Benfica.
Entretanto, Rúben Dias e Diogo Gonçalves afirmam-se a cada dia que passa como apostas ganhas. João Carvalho também terá, seguramente, as suas oportunidades. E outros estão na calha. O investimento no Seixal mostra-se, portanto, um dos pilares do Benfica para as próximas décadas. Modelo que, diga-se, está prestes a ser replicado também noutras modalidades, com o Centro de Alto Rendimento de Oeiras já em marcha."
Luís Fialho, in O Benfica
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