"Houvera necessidade de explicar o motivo de um país campeão da Europa, com o melhor jogador do mundo, e alguns dos melhores treinadores da actualidade, ter uma liga tão fraca e pouco apelativa, e o último Marítimo-Benfica seria um óptimo exemplo.
Embora com um historial respeitável, esta equipa madeirense mostrou não ter lugar naquilo que seria um campeonato conforme as exigências acima mencionadas. Na primeira parte praticou wrestling. Na segunda, teatro. Futebol? Nada. Sobrou uma chico-espertice saloia, também ela tão tipicamente lusitana - a fazer lembrar um certo Benfica-V.Guimarães da temporada passada, que tanta celeuma levantou na altura. Enquanto adepto, senti-me gozado.
A arbitragem foi um desastre, contribuindo para a encenação grotesca a que assistimos. Durante a maior parte do tempo, aos da casa valia tudo menos tirar olhos. Na ponta final, quando o Benfica precisava de cada segundo para tentar o golo, e com um critério diametralmente oposto, o juiz interrompia o jogo por coisa nenhuma, cortando-lhe o ritmo, e alimentando toda a espécie de simulações. Os seis minutos de desconto foram risíveis, dado o que se passara até então. Não queria chamar-lhe habilidade, mas...
Não é possível pretender um campeonato competitivo e compactuar com este tipo de treinadores, jogadores e árbitros, que não têm nível para o futebol de topo. Os primeiros, pela atitude tacanha de quem promove o anti-jogo como lema (e não falo de sistemas tácticos defensivos, esses absolutamente legítimos). Os últimos, pela incompetência (vamos dizer assim) na gestão do espectáculo.
Pobre desporto."
Luís Fialho, in O Benfica
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