"Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo apareceram inspirados no joguinho com a Estónia. O resultado foi volumoso e abrilhantado com golos do mais fino recorte empolgando o público e a generalidade da imprensa que não perdeu tempo a concluir que "este ano é que é". E seria um feito notável visto que nunca a nossa Selecção principal conquistou um troféu deste quilate.
No dia seguinte as estações de televisão transmitiram a partida da Selecção e ouviu-se muito repórter consternado com a "falta de adesão" do público que era suposto comparecer patrioticamente no aeroporto e que não compareceu por uma questão de bom senso e, certamente, por ter mais que fazer. Quando está a Selecção em causa repete-se um fenómeno curioso. Libertos das amarras da isenção a que estão obrigados, os jornalistas perdem as estribeiras transformando-se em adeptos mais desaustinados do que os adeptos propriamente ditos que, por sua vez, vestem a pele de analistas fleumáticos dos acontecimentos dando tréguas à clubite que a todos infeta sem limitações éticas durante o ano inteiro.
Friamente analisado, o desempenho da Selecção foi bom demais para ser verdade. Não esquecendo também o perigo de se terem gasto os golos todos que nos estavam reservados para este Junho. Pelo que viu, para além das camisolas 1 e 7 que estão entregues, teremos ainda mais três titulares indiscutíveis: João Mário, Renato Sanches e Ricardo Quaresma. Quanto aos outros, Fernando Santos que decida pelo bem geral e sem que ninguém se aborreça. E que a fleuma da nação triunfe sobre o histerismo da comunicação que já cansa e isto mal começou."
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