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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Plantel Glorioso

"Em boa hora, o meu caro João Tomas e o Fernando Arrobas levaram a cabo a iniciativa de promover a escolha dos melhores jogadores da história do Benfica.
O resultado é um livro – que aconselho vivamente -, onde 100 pessoas, de alguma forma ligadas ao benfiquismo, elegem 26 jogadores e 3 treinadores da sua preferência.
Tive a honra de ser um dos votantes, e devo dizer que as minhas opções pouco diferiram do plantel vencedor. Como se calcula, o exercício não foi fácil, pois, para nossa felicidade, da história centenária do Benfica constam muito mais do que 26 nomes merecedores de uma distinção como esta. Dos que escolhi, apenas Pietra, Vítor Paneira, Simão Sabrosa e Di Maria, não figuram na lista final. De entre estes, confesso que foi a ausência do extremo argentino a que maior estranheza me causou, por estar convencido de se tratar de um dos melhores - senão o melhor… - estrangeiros de sempre a vestir o Manto Sagrado. Democracia é democracia, e os escolhidos são também, todos eles, craques de primeiríssimo plano. Todos nos orgulham, e alimentam a nossa memória colectiva. E nem me atrevo a dizer, neste momento, quem deixaria de fora para colocar Di Maria, ou qualquer outra das minhas preferências pessoais.
Quanto a treinadores, tive menos dúvidas. Optei por Béla Guttman, pelo impressionante palmarés, por Eriksson, por ter revolucionado o futebol do Benfica na minha adolescência (nunca esquecerei a equipa de 82-83…), e por Jorge Jesus, por tê-lo feito nos anos mais recentes. Foi, de resto, este trio que venceu a votação, se bem que Otto Gloria, Jimmy Hagan e Toni também merecessem uma menção honrosa. Nem percebo a relativa polémica que a escolha de Jesus causou nalguns meios (mais externos do que internos): quem fere uma hegemonia de décadas do FC Porto, quem alcança todos os títulos nacionais numa temporada, quem chega a duas finais europeias consecutivas e coloca o clube no top 5 do ranking europeu, tudo com um futebol bonito e empolgante, entra claramente para a eternidade."

Luís Fialho, in O Benfica

2 comentários:

  1. O livro pode ser muito interessante mas um painel que escolhe Fabio Coentrão que esteve uma época em grade nível e que depois só exigiu sair para o madrid em detrimento de Alvaro Magalhães, lateral esquerdo de uma das melhores equipas do Benfica que eu vi jogar e da seleção, só pode estar ferido de vício de favores e outras encomendas...

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  2. Não é necessário procurar muitas explicações:
    Memória mais fresca.
    A memória é fraca, e como é óbvio os jogadores mais recentes, são aqueles que estão na memória das pessoas.
    Veja-se o esquecimento que os jogadores pré-Taça Latina, são vitima no Benfica...
    Pode ser injusto, mas acaba por ser natural.

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