"1. Todos reconhecemos que os dias que vivemos não são os melhores. E sabemos porquê. Não haverá benfiquista que não anseie pelo encerrar deste capitulo tão indesejável, desportiva e socialmente, que nos vem assombrando o arranque do ano de 2025.
2. Os benfiquistas têm, obviamente, direito à indignação do momento - tal como Nicolás Otamendi, o capitão da equipa, sublinhou com acerto no fim do jogo com o Casa Pia - e têm o dever racional de colocar sempre no patamar mais cimeiro de todas as discussões os interesses superiores do Sport Lisboa e Benfica. Acredito que seja o que está a acontecer.
3. Nesse bom e dinâmico sentido, em prol do bom senso e da construção permanente do grande nome do Sport Lisboa e Benfica, seria da maior relevância a marcação da assembleia geral para a votação final dos Estatutos do Clube. Foram notáveis de participação e de benfiquismo as assembleias que discutiram e aprovaram, artigo a artigo, o novo texto. Falta a aprovação global do documento.
4. Jorge Jesus, um treinador que deu ao Benfica muitos títulos e duas finais europeias, mencionou no decorrer de uma entrevista uma situação que, aparentemente, ainda hoje o entristece: 'Estive no Benfica, ganhei tudo o que havia para ganhar, e nunca tive um jogo, um jogo, em que os adeptos gritassem pelo meu nome. Nenhum!' É verdade o que disse. Nunca ninguém cantou por Jesus na Luz.
5. Mas terá isso algum significado especial? È legítimo interpretar esse facto como uma manifestação silenciosa do desamor dos adeptos pela figura do treinador Jorge Jesus? Na realidade, na Luz e fora da Luz, nunca se impõe a tradição entre adeptos de cantar o nome dos treinadores que deram troféus e alegrias aos benfiquistas. Ninguém se lembra de cânticos vindos das bancadas celebrando os nomes de treinadores como Roger Schmidt, Bruno Lage, Rui Vitória ou Giovanni Trapattoni, para nos remetermos exclusivamente aos treinadores que foram campeões no século XXI. E foram alguns.
6. No novo estádio inaugurado em 2003, o único treinador que ouviu o seu nome cantado pela multidão foi o sueco Sven-Goran Eriksson quando, em Abril do ano passado, foi homenageado no centro do relvado pelos benfiquistas de quem fez questão de se despedir estando já gravemente doente. Foi uma noite rara, inesquecível para o Benfica e para Eriksson.
7. O Campeonato Nacional de futebol volta no domingo. O adversário é o Estrela da Amadora na sua casa. Estando o Benfica a 6 pontos da liderança com muito Campeonato ainda por jogar, todos sabemos o que esperar dessa noite. Carrega, Benfica!"
Leonor Pinhão, in O Benfica

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