"O futebol mexe com emoções. É precisamente essa a sua função na vida do adepto comum: dar-lhe alegrias e alimentar-lhe sonhos, o que naturalmente abre espaço para momentos de desilusão quando as cosias não correm exactamente como esperado.
Depois de uma época fantástica, em que tudo funcionou na perfeição, os benfiquistas acreditavam ver repetidas as exibições empolgantes que lhes haviam sido proporcionadas um ano antes. Ora, não estamos perante uma ciência exacta, e, embora os resultados, no plano interno, mantenham todas as hipóteses de sucesso em aberto, a verdade é que algumas actuações da equipa não têm correspondido ao padrão de qualidade de 2022/23.
As razões estão, certamente, identificadas pelos responsáveis da SAD. O mercado está à porta, e pode corrigir ou ajustar algumas fragilidades que o plantel tem denotado, designadamente nas posições em que os novos reforços têm revelado maior dificuldade de adaptação. Sem dramas, e sem deitar fora o menino com a água do banho.
O grau de exigências no Benfica é muito elevado, e o sócio que paga quotas e lugar anual tem direito de se manifestar quando não está satisfeito. O que não pode é levar essa manifestação para o campo da violência. Arremessar objetos contra o banco de suplentes da própria equipa é tão violento quanto despropositado, para não dizer estúpido. Expõe-nos al folclore mediático e à galhofa dos rivais. Perturba equipa. Prejudica o Clube.
Em rigor, esse comportamento deveu-se a não mais do que uma dúzia de pessoas, e apenas compromete os próprios. O Benfica tem seis milhões de adeptos, e 99,9% deles, estejam mais ou menos satisfeitos com o rendimento da equipa, gostem mais ou menos do treinador, concordem mais ou menos com esta ou aquela substituição, jamais se identificariam com aquele tipo de comportamento."
Luís Fialho, in O Benfica
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