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terça-feira, 19 de julho de 2022

Em construção


"É melhor gerar a abundância do que a escassez. Nesse sentido, Roger Schmidt, tendo à sua disposição um lote alargado de atletas, pode tomar as suas decisões fundamentadas no trabalho de cada um deles no dia adia, e assim ir filtrando o plantel que pretende. Para quem vem de fora, talvez seja uma vantagem.
Haverá certamente casos que já estão definidos na cabeça do técnico alemão, faltando que o timing dos mercados permita encontrar saídas que agradem simultaneamente a jogadores e clube. O mercado de transferências só encerra no final do próximo mês (absurdo que persiste), pelo que as melhores soluções podem não ser imediatas. Além de que teremos de jogar a qualificação da Champions, toda ela dentro dessa janela temporal. E apurarmo-nos ou não para a fase de grupos será tudo menos indiferente.
Quanto a entradas, pela estratégia seguida até aqui (reforços cirúrgicos e foco na componente desportiva) não me parece que o Benfica venha a contratar muito mais. Talvez dê apenas um ou outro retoque no plantel, de acordo com aquilo que os trabalhos de pré-temporada forem evidenciando. Como treinador de bancada, e sabendo que Schmidt usa frequentemente duplo pivot defensivo, gostaria de ver entrar um médio robusto capaz de dar músculo a essa posição. Cada adepto terá as suas ideias. As que contam são as do treinador, dentro da estratégia definida pelo clube.
Nos próximos dias, os testes algarvios diante de Nice e Fulham vão ajudar a perceber melhor o perfil deste Benfica 2022-23. Dentro de vinte dias esperar-nos o primeiro compromisso.
A hora é de definições. E também de muita esperança."

Luís Fialho, in O Benfica

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