"O guerreiro vai-se embora, mas dificilmente sairá da história recente do Sport Lisboa e Benfica. Foram 10 épocas e meia de entrega, de profissionalismo, de respeito pelo clube e pelos adeptos. Sempre que foi chamado deu o máximo em campo, sempre que ficou de fora (por opção ou por lesão) nunca deixou de trabalhar e, acima de tudo, mostrou uma postura exemplar.
Jardel Nivaldo Vieira, 35 anos, soube vestir muito bem o manto sagrado. Desde que foi contratado ao Olhanense em 2010/11, conquistou 14 títulos e troféus, sendo uma figura fundamental para a conquista do bi, do tri e do tetra. Aliás, é um dos cinco magníficos a conquistar quatro campeonatos consecutivos, com André Almeida, Fejsa, Salvio e o seu companheiro do lado no relvado, Luisão. Ao todo, Jardel foi cinco vezes campeão nacional, ganhou duas Taças de Portugal, cinco Taças da Liga e duas Supertaças.
Foi autor de golos decisivos e de cortes fulcrais, mas a imagem que vai ficar na memória é a de Jardel com uma touca de natação que protegia os 20 pontos de sutura que necessitou depois de sofrer um golpe profundo na cara. Acham que isso o afectou? Se sim, não se notou nada. Jardel deixou tudo em campo. Nesse dia e em todos os outros, nos jogos, nos treinos, como homem e como profissional.
Não era a estrela mais querida dos adeptos, sócios e simpatizantes? Não, mas isso é perfeitamente normal num clube da dimensão do SL Benfica. Há quem goste mais do fogo-de-artifício, dos cortes de cabelo, das bombas que conduzem, das namoradas vistosas e das declarações polémicas. Eu prefiro os homens sérios, simples, bons, que fazem o seu trabalho.
Obrigado, capitão."
Ricardo Santos, in O Benfica
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