"Bruno de Carvalho não foi um dos encapuzados nem o encomendador do ataque, presumo. Mas pode ser considerado o seu instigador. A forma como tem lidado com os jogadores – criticando-os em público, ameaçando com processos disciplinares e acusando-os de serem “meninos mimados” – deixou os adeptos mais primários em “ponto de rebuçado”, à espera da primeira oportunidade para descarregarem a sua frustração nos atletas
Lá diz o ditado que “quem semeia ventos colhe tempestades”. Bruno de Carvalho pode recusar toda a responsabilidade e emitir comunicados a condenar os acontecimentos inaceitáveis de ontem à tarde. Mas a verdade é só uma: existe um elo directo entre o tom do discurso do presidente do Sporting e a invasão da Academia de Alcochete.
Foi Bruno de Carvalho quem mandatou aquela milícia de ultras para agredir atletas e elementos da equipa técnica? Provavelmente não, mas o simples facto de haver quem coloque esta pergunta já diz muito.
O clima em Alvalade, tanto quanto sabíamos, já era de guerra civil. O que vimos ontem na televisão fez lembrar um cenário de batalha campal num qualquer país do Terceiro Mundo. Jogadores e técnicos, por muito conturbado que fosse o momento, nunca imaginariam que iam viver momentos de pânico como os de ontem. E a maioria deles, se já estavam ressentidos, duvido que alguma vez consigam reconciliar-se com a massa adepta e até com o clube.
De quem é a culpa?
Bruno de Carvalho não foi um dos encapuzados nem o encomendador do ataque, presumo. Mas pode ser considerado o seu instigador. A forma como tem lidado com os jogadores – criticando-os em público, ameaçando com processos disciplinares e acusando-os de serem “meninos mimados” – deixou os adeptos mais primários em “ponto de rebuçado”, à espera da primeira oportunidade para descarregarem a sua frustração nos atletas. Discursos disparatados têm consequências imprevisíveis.
No domingo, após a derrota na Madeira, as tentativas de agressão no aeroporto constituíram o ensaio geral (e o presidente do clube nada disse sobre o assunto...). Ontem, em Alcochete, foi a sério.
Há uns dias, enquanto assistia a um mau jogo de futebol, cheguei a uma conclusão digna de La Palice, mas nem por isso menos verdadeira: é muito mais fácil destruir do que construir. Bruno de Carvalho está a ir por esse caminho perigoso. E o risco de não ficar pedra sobre pedra no Sporting parece cada vez mais perto."
CURIOSO esta "resma" de jornalistas que de repente saem da toca para disparar para cima de uma ambulância que dá pelo nome de b.de carvalho...São autênticos COBARDES E HIPÓCRITAS .
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Já sabiamos que os adeptos verdes são uns autênticos carneiros, mas chegar a este ponto, nunca pensei.
ResponderEliminarMiguel